VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

MARTÍRIO DE SANTO ANDRÉ...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,34-36)(01/11/18).
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Caríssimos irmãos e irmãs, a paz da vida eterna que tanto desejamos começa aqui com o nosso batismo e, à medida que a cultivamos, ela vai dando frutos de sua presença em nossas almas em tudo que vivemos por amor ao Senhor. Por isso, precisamos permanecer vigilantes como ouvimos do Senhor no Evangelho de hoje: "Ficai atentos e orai a todo momento."
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Sim, porque a oração é um dom do Espírito Santo (cf. Rm 8,26-27); por ela Deus nos concede todas as graças de que precisamos; por ela intercedemos e levamos essas mesmas graças aonde desejamos que elas cheguem. Por isso, a oração é encontro com Deus a quem amamos acima de todos as coisas e também o próximo por quem intercedemos e amamos como a nós mesmos. De fato, a oração é um diálogo fecundado pelo silêncio à todos os outros pensamentos fora desse encontro com o Senhor.
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Com efeito, tudo o que chega à nossa mente em forma de tentação precisa do nosso consentimento para se tornar pecado; por isso, muita atenção para o discernimento: nunca escute nenhum pensamento vão, desordenado ou estranho, nunca dê permissão à eles, nunca os deixar ocupar o espaço da voz de Deus em sua alma. Em outras palavras, tudo o que é contrário ao amor de Deus, não vem de Deus, não vem de nós; só vem do mal.
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Conclusão: Escutemos, então, atentamente o que nos ensinou São Paulo: "Irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos. O que aprendestes, recebestes, ouvistes e observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará convosco." (Fil 4,8.9b).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,20-28)(29/11/18)
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Caríssimos irmãos e irmãs, nada acontece na face da terra sem que seja do conhecimento do Senhor; aliás, somente três atitudes de alma podem mudar o curso da história humana, o rumo dos acontecimentos futuros, são elas: o verdadeiro arrependimento, o perdão sacramental dos pecados e o retorno à obediência que conduz à comunhão com a vontade de Deus. Fora disso, os homens só teem que esperar o justo juízo divino que os julgará pelos atos praticados contrários aos santos mandamentos.
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Ora, tudo o que meditamos no relato das leituras de hoje, fazem parte da pena que será imposta aos adoradores da besta que infestaram a humanidade com os escárnios infernais de suas práticas perversas. De fato, pelo que tem demonstrado, essa geração está chegando a um nível tão intolerável de desobediência que, sem dúvida alguma, se nivela à dos próprios demônios.
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Vejamos, então, alguns acontecimentos catastróficos que estão para acontecer como o Senhor mesmo revelou: "Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas." Mas, o que está causando tudo isso? Os desvarios dos homens entorpecidos pelos muitos pecados praticados.
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Conclusão: Caríssimos, no final do evangelho de hoje Jesus tranquiliza o nosso coração com as seguintes palavras: "Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. Portanto, peçamos ao Senhor a perseverança final, como Ele mesmo disse: "Aquele que perseverar até o fim será salvo." (Mt 24,13), Para que no dia eterno sejamos recebidos por Ele na morada eterna do Pai.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

TUDO ESTÁ EM TUAS MÃOS Ó PAI...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,12-19)(28 /11/18)
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Caríssimos irmãos e irmãs, estamos vivendo os últimos acontecimentos da obra da criação, iniciada por Deus e posta em prática por nosso protagonismo nessa obra, pois sem a presença humana de que adiantaria as coisas terrenas? De fato, não foi o sol nem a lua nem os outros astros nem mesmo o universo, que Deus criou à sua imagem e semelhança, mas sim à sua amada criatura humana, obra prima de suas mãos.
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Com efeito, com a vinda de Jesus, passamos a conhecer a Deus como Pai e Senhor de todas as coisas, não somente por suas obras, mas diretamente pelas Palavras e ações de Seu Filho, como lemos na Carta aos Hebreus: "Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas. Ultimamente nos falou por seu Filho, que constituiu herdeiro universal, pelo qual criou todas as coisas."
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E ainda na Carta aos Efésios: "Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça que derramou profusamente sobre nós, em torrentes de sabedoria e de prudência. Ele nos manifestou o misterioso desígnio de sua vontade, que em sua benevolência formara desde sempre, para realizá-lo na plenitude dos tempos - desígnio de reunir em Cristo todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra."
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Por fim, depois de cumprir a sua missão, Jesus se entregou totalmente ao Pai, dizendo: "Entrego-te meu espírito. Ele está em tuas mãos. É minha última oferta, é o sacrifício do meu ser, é a entrega da minha divindade unida à minha humanidade, nas mãos daquele de quem procede todo ser.
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Entrego-te o meu espírito, ó Pai, porque confio em ti, porque sei que estás em mim, porque eu permaneço em ti, assim como eu desejo que não se perca nenhum daqueles que me deste, que me darás, aqueles que por ti vivem, que viverão, aqueles que por ti são e no futuro ainda serão.
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Por eles eu me consagro, por eles eu me ofereço.
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Em tuas mãos entrego o meu espírito, porque, mesmo que eles não mereçam, eu te mereço, eu te mereço."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

OS SINAIS DOS TEMPOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 21,5-11)(27/11/18)
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Caríssimos, o tempo presente para nós, cristãos, carrega em si
vários sentidos, especialmente o sentido escatológico, próprio dos últimos ensinamentos de Jesus antes de sua partida para o Pai. O termo escatologia significa os últimos e definitivos acontecimentos da história humana, da humanidade e do universo. Últimos porque diz respeito à plenitude ou perfeição para a qual tende a totalidade da criação; e definitivos porque trata da vitória triunfal do amor de Deus sobre o pecado e sobre o mal.
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Assim como no tempo de Noé, Deus revelou os acontecimentos presentes e futuros do "êschaton" por meio de sinais como a construção da arca e o arco-íris, e vimos que se realizaram tal qual descritos em Sua Palavra; de igual modo nas leituras da liturgia de hoje o Senhor nos alerta sobre tudo o que haverá de acontecer à humanidade e à toda criação nos últimos dias.
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Com efeito, dentre estes sinais descritos por Jesus, estão as falsas crenças e os falsos Cristos; e como Ele também revelou: "Haverá guerras e revoluções; um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”. Todavia, continuou, Ele: "Não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”.
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Conclusão: "Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados! Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça.
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Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

O SENTIDO ETERNO DA VIDA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Lc 21,1-4)(26/11/18)
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Caríssimos irmãos e irmãs, a vida natural é uma obra prima divina composta no tempo em vista da eternidade; é por isso que somos esse misto de carne e espírito, e é também por isso, que tanto aspiramos as coisas eternas, uma vez que as naturais não nos satisfazem devido o seu fim temporal. De fato, estamos aqui, mas não somos daqui, porque aquele que nos criou, nos criou para Si.
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Ora, com a vinda de Cristo Jesus, as portas do céu, do Reino de Deus nos foram abertas, pois tinham sido fechadas por causa do pecado; mas, por sua infinita misericórdia, o Senhor leva a bom termo essa sua obra prima que somos. Por isso, seguir a Cristo, é ser um só com Ele; essa unidade nos foi dada por Deus no batismo, por meio do Seu Espírito, como nos ensinou São Paulo: "Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos."
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Na liturgia de hoje, o Senhor nos revela, por meio de São João, o Mistério que nos envolve e de como será o nosso devir. Ora, essa nova condição dos redimidos vem acompanhada de todas as graças recebidas e postas em prática por eles quando de sua estadia neste mundo. São essas, então, algumas das virtudes eternas dos filhos de Deus: "caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança."
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Conclusão: Caríssimos, quem tem como fundamento de sua vida as coisas que passam, tende ao desespero, pois a vida natural sem o estado de graça advindo da comunhão com a vontade de Deus, gera um profundo vazio existencial, pois somente em Deus a vida humana encontra a realização e o sentido eterno de ser.
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Portanto, não viva sem esse sentido eterno, porque "Deus criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra, porque a justiça divina é imortal."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 25 de novembro de 2018

CRISTO, REI DO UNIVERSO...


Homilia da Sol. de Cristo Rei do Universo (Jo 18,33b-37) (25/11/18)
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Caríssimos, como entender o reinado de Cristo se vemos este mundo aparentemente dominado pelo pecado? Para responder a essa pergunta é necessário primeiro responder quem é que reina em nossa vida. Talvez até pareça difícil dar uma resposta totalmente convincente, dada a multiplicidade de ideologias e seguimentos que cresce assustadoramente nesse nosso mundo tomado pelas novas tecnologias.
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No entanto, não é bem assim, pois o Senhor nos ensinou que "se conhece a árvore pelos frutos que ela dá." Desse modo, compreendemos que os frutos dos que participam do reinado de Cristo são frutos de felicidade e de paz interior, embora passando pelas mais diversas provações deste mundo (cf. At 14,22). Todavia, fiquemos certos, fora do reinado de Cristo não existe felicidade alguma.
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No Evangelho de hoje, meditamos o encontro que Pilatos teve com Jesus no dia de seu julgamento terreno, onde a autoridade humana julgou o Filho de Deus a partir das calúnias levantadas contra Ele; pois todas as acusações apresentadas eram falsas. E o resultado desse injusto julgamento foi a morte cruenta do Senhor que não resistiu aos seus algozes, mas, os venceu por sua inocência e ressurreição.
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Caríssimos, o Reinado de Cristo está consolidado pelo poder de Deus Pai. É como está escrito no Livro do Apocalipse: "Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo. Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens.
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Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição. Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras."
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Paz e Bem!
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Fr Fernando Maria OFMConv.

sábado, 24 de novembro de 2018

COMO VENCER A MORTE?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 20,27-40)(24/11/18).
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Caríssimos, a morte é uma lei que se cumpre naturalmente em todo ser vivente; promulgada em consequência do pecado original, foi vencida pelo sacrifício do Filho de Deus que nos amou e por nós se entregou para nos libertar dela e de todo mal. Pois, por mais perfeitas que sejam as criaturas nenhuma se sustenta por si mesma; na verdade, são como um rio, dependem da fonte que as alimenta; e Jesus é a única Fonte de vida eterna que temos.
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Com efeito, ao longo dos tempos os acontecimentos que se sucederam foram acompanhados por um rastro de injustiças, de violência e de morte; mas também por sinais de ressurreição das vítimas inocentes que foram sacrificadas como Cristo. De fato, vivemos no meio de uma guerra espiritual cujas partes oponentes são: bem e mal; amor e ódio; justos e injustos; fiéis e incrédulos, e por aí vai.
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Mas de uma coisa fiquemos certos, a vitória nessa guerra pertence àqueles que tudo perderam por amor a Cristo e ao Seu Reino.
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Conclusão: A liturgia de hoje nos mostra que a oposição existente entre os homens revela o abismo que os separa uns dos outros e de Deus, e que só pode ser superado pelo o arrependimento sincero dos pecados e verdadeira conversão. Portanto, peçamos ao Senhor a graça de fazermos em tudo a sua vontade, para que no dia de sua Parusia, sejamos recebidos por Ele na moradia eterna do Pai.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

"A CASA DE MEU PAI É CASA DE ORAÇÃO E NÃO UM COVIL DE LADRÕES."


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 19,45-48)(23/11/18).
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Caríssimos, a liturgia de hoje trata especificamente da Palavra e da vida humana enquanto casa de oração e morada permanente do Senhor, por isso, não pode ser ao mesmo tempo um covil de ladrões. No que diz respeito à Palavra, precisamos mediata-la, digeri-la, degusta-la, para que assimilada, seja vivida integralmente, porque é a verdade que nos faz livres de todos os apegos; mas, para tanto, requer a renúncia de nós mesmos.
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Desse modo, a Palavra tem o sabor de mel por aquilo que resulta, mas também tem o sabor de fel pela oposição que enfrenta, todavia, nada e ninguém jamais poderá vencê-la. No que diz respeito à vida como casa de oração, ela é, de fato, o espaço sagrado de Deus; qualquer outra atividade que não expresse a Sua presença não passa de profanação do que verdadeiramente somos para Ele.
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Com efeito, quando à Palavra se une a oração nossa vida torna-se expressão daquilo que Deus quer para toda a humanidade, pois o testemunho que advém desse binômio, é sinônimo da realização do Seu Plano de amor para a nossa salvação. Assim, compreendemos que a Palavra e a oração, livres dos interesses mesquinhos, são a espinha dorsal para a vivência da fé, porque, como disse o Senhor: "Tudo é possível ao que crê."
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Conclusão: No Evangelho de hoje, Jesus expulsou os vendilhões do Templo em cumprimento às profecias do Antigo Testamento; desse modo, expulsou também os apegos materiais que são os falsos deuses com suas falsas proteções que os homens criaram e puseram em seus corações no lugar, que na verdade, que é somente de Deus.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

OS DESÍGNIOS DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 19,41-44)(22/11/18).
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Caríssimos, ninguém pode conhecer os desígnios de Deus sem que Ele os revele, isto porque somente Ele os conhece e dá a conhecer aos seus enviados. Desse modo, peçamos ao Senhor que em seu desígnio de amor nos conceda a graça da obediência perfeita, para que por meia dela, o amemos sobre todas as coisas e nos amemos uns aos outros como Jesus nos ensinou.
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Na primeira leitura de hoje, São João, por vontade de Deus, nos dá a conhecer o que o Senhor lhe havia revelado, e assim nos faz participar diretamente do grande mistério escatológico que acontecerá no fim do mundo, como escreveu São Paulo, "na plenitude dos tempos Deus reunirá em Cristo todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra." Pois, fomos salvos mediante o seu sacrifício de cruz, para vivermos em permanente comunhão com a sua vontade e assim participarmos de sua glória eterna.
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Caríssimos, a lição de vida que Jesus no Evangelho de hoje nos ensina é pura manifestação de Sua Divina Misericórdia, e que nos leva a refletir sobre as escolhas que fazemos e quais são as consequências delas. Ora, o choro de Jesus sobre a cidade santa de Jerusalém e a revelação de sua ruína por haver rejeitado à Ele que o Pai enviou para salvá-la, é a demonstração de quanto o Senhor nos ama e de quão doloroso é rejeitar a graça da salvação concedida.
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Portanto, nenhuma criatura em toda extensão do universo poderá acusar o Senhor de qualquer falta, visto que tudo o que Ele criou é bom, é belo, é perfeito, e somente nós podemos contradizer isso por meio da desobediência, permitindo o pecado em nossa vida.
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"Ó abismo de riqueza, de sabedoria e de ciência em Deus! Quão impenetráveis são os seus juízos e inexploráveis os seus caminhos Quem pode compreender o pensamento do Senhor? Quem jamais foi o seu conselheiro? Quem lhe deu primeiro, para que lhe seja retribuído? Dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele a glória por toda a eternidade! Amém."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA NO TEMPLO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 12,46-50)(21/11/18).
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Caríssimos irmãos e irmãs, Maria Santíssima é aquela que reflete em toda sua plenitude a Luz da verdade, Cristo Jesus, como Ele mesmo disse: "Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida." De fato, Maria Santíssima foi escolhida entre todas as mulheres da terra para ser a Mãe do Filho de Deus Altíssimo e também por Ele, ser a nossa Mãe.

Nenhuma vocação se compara à sua, pois, é como ela mesma cantou: "O Senhor fez em mim maravilhas e Santo é o Seu Nome." De fato, o que nela se consumou jamais se repetirá, tudo o que aconteceu depois do nascimento do seu Filho, Jesus Cristo, é consequência do seu sim; em suma, é o cumprimento de todas as promessas e de todas as profecias do Antigo Testamento.
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No Evangelho de hoje, Jesus confirma essa verdade dizendo que todos os cumprem a vontade do Pai, são sua mãe, seus irmãos e irmãs, isto é, fazem parte de sua família divina. De fato, com o nascimento do Filho de Deus, toda a criação foi renovada, pois é Ele que faz nova todas as coisas(cf. Ap 21,5); e tudo isso começou com o sim de Sua Mãe.
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Caríssimos, a festa da apresentação de Maria no templo que hoje celebramos, remonta a prática religiosa hebraica; pois, apresentar a Deus os filhos e filhas pós nascimento é uma consagração à Ele, na certeza que todos lhe pertencem. Maria e José fizeram o mesmo com Jesus cumprindo, com isso, a Lei do Senhor, que o acolheu por meio do sacerdote Simeão.
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De igual modo o nosso batismo significa não só essa apresentação, mas também o novo nascimento na ordem da graça para a vida eterna.
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Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

ENCONTRAR JESUS, VÊ JESUS É O MAIOR DESEJO DA ALMA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 19,1-10)(20/11/18).
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Caríssimos, estamos acostumados com o nosso modo de ser natural; todavia, mesmo que não tenha nada de anormal nele, não é o suficiente para nos atermos seguros, pois, apesar de toda naturalidade aparentemente pacata, sempre tem algo, alguém ou alguma situação que nos incomoda, que nos inquieta, tirando de nós a paz que até pensamos que ter.
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Ora, é isso o que vemos na primeira leitura de hoje; pois tudo que julgamos de nós mesmos conforme os nossos interesses, não são condizentes com os propósitos de Deus para a nossa vida e salvação. De fato, não podemos esquecer que estamos na via da perfeição onde a conversão diária é o meio mais eficaz para crescermos na graça, no conhecimento e na sabedoria do Senhor até atingirmos a santidade determinada por Ele em seu desígnio de amor.
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Mas, como viver esse processo de conversão permanente? Seguindo em tudo os conselhos divinos: "Já te foi dito, ó homem, o que convém, o que o Senhor reclama de ti: que pratiques a justiça, que ames a bondade, e que andes com humildade diante do teu Deus." Desse modo, se formos obedientes, compreendemos que é o Senhor mesmo que nos conduz no caminho da perfeição eterna.
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No Evangelho de hoje, Zaqueu encontrou Jesus, mesmo sem ainda viver os valores que Ele pregava, contudo, como disse o Senhor: "ele também é um filho de Abraão." Todavia, diante de seu desejo de ver Jesus e do esforço que fez para isso, recebeu Dele mais do que esperava, pois o Senhor se dispôs fazer uma refeição em sua casa, recebendo como resposta o total despojamento dos bens que possuía como sinal de um verdadeiro convertido.
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Portanto caríssimos, nunca se deve julgar as pessoas ou suas situações existenciais pela aparência, porque somente Deus conhece a essência de cada ser que criou.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

CONVÉM QUE O SENHOR CRESÇA E QUE EU DIMINUA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA
(Lc 18,35-43)(19/11/18).
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Caríssimos, as palavras carregam em si o conteúdo existencial daqueles que as proferem, todavia, necessitam das abras que as confirmam. Ora, todos nós espelhamos à todo instante o conteúdo do que somos, do que pensamos por meio de atitudes que revelam à quem pertencemos e qual o fim à que nos destinamos. É o que nos ensina São Paulo: "Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção [e a morte]; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna."

De fato, as palavras acompanhadas das boas ações que o Senhor nos inspira na prática da vida são comprovadamente expressão de nossa obediência aos Seus Santos Mandamentos, ou seja, da plena realização de Sua Vontade. É o que meditamos no Cântico de Zacarias: "Fomos libertos de mãos inimigas, para servirmos ao Senhor em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias da nossa vida." (Lc 1,74-75).
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O Evangelho de hoje comprova tudo o que foi dito à cima; da parte do cego de Jericó vemos fé, oração, perseverança e o desejo de vê a Cristo e segui-lo; da parte de Jesus comprovamos sua filiação divina por meio da Palavra que salva, cura e faz feliz à todos que Dele se aproximam; da parte do povo constatamos o reconhecimento da verdade, o louvor e o agradecimento pelas sinais que Deus realiza por meio de Seu Filho.
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Conclusão: As obras que o Senhor nos dá a realizar são sinais de Sua presença no meio de nós; caso elas não expressem esse propósito, não passam de propaganda enganosa para chamar a atenção sobre seus autores desejosos de holofotes e de fama. Por isso, prestemos muita atenção ao que disse São João Batista: "Ninguém pode atribuir-se a si mesmo senão o que lhe foi dado do céu. Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante dele. Nisso consiste a minha alegria, que agora se completa. Importa que ele cresça e que eu diminua."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 18 de novembro de 2018

ENTÃO VEREIS O FILHO DO HOMEM VINDO SOBRE AS NUVENS...


Homilia do 33°Dom do tempo comum (Mc 13,24-32)(18/11/18).
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Caríssimos, a Palavra escatologia significa os últimos acontecimentos da história da humanidade e do universo, ou seja, o fim dos tempos e de todas as coisas visíveis. Ora, pela experiência que temos, vemos que tudo quanto existe no tempo tem fim, e é por isso, que temos saudade das pessoas amadas que se foram e dos bons tempos que vivemos. Dessa forma, compreendemos, que tudo quanto existe já tem um fim pré-anunciado em si mesmo, pois trata-se do cumprimento da lei natural tal qual Deus determinou em seu desígnio transcendente.
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Com isso, compreendemos também que o fim temporal de todas as coisas, na verdade, é o ponto culminante da criação, ou seja, é a chegada à plenitude para a qual Deus criou todas as coisas; em suma, é a realização de Seus desígnios de amor, de Sua Vontade. Pois, assim disse o Senhor: "Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras."
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O Evangelho de hoje, trata exatamente da escatologia, isto é, dos últimos acontecimentos onde Jesus revela aos Apóstolos como se dará o "escaton": “Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória."
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Conclusão: "Em verdade vos digo, o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai. Estai, pois, preparados, porque, à hora em que não pensais, virá o Filho do Homem." (Mc 13,30a-32; Lc 12,40).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 17 de novembro de 2018

"MAS O FILHO DO HOMEM, QUANDO VIER, SERÁ QUE AINDA VAI ENCONTRAR FÉ SOBRE A TERRA?"


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 18,1-8)(17/11/18).
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Caríssimos, o bem que fazemos inspirados pelo Espírito de Deus nos leva à cumprir seus desígnios de amor para com todos. É bem como meditamos nos Atos dos Apóstolos: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém dizia que eram suas as coisas que possuía, mas tudo entre eles era comum. Com grande coragem os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. Em todos eles era grande a graça."
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Com efeito, a liturgia de hoje põe em relevo os dons da fé, da oração, da partilha, da perseverança e da unidade, pois, os dons do Espírito Santo e o uso fruto deles são sinais de sua presença em nossas almas nos conduzindo à perfeição desejada por Deus Pai. Rezar é amar, é viver a fé mais intimamente, é também partilhar as graças recebidas, é crescer em todos os sentidos da vida, é formar a unidade perfeita.
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Em uma de suas exortações o Senhor Jesus deu a conhecer aos Apóstolos que era necessário a vinda do Espírito Santo para que conduzidos por Ele cumprissem a missão que lhes confiava para que assim fizessem tudo conforme a vontade do Pai como Ele mesmo fez. Disse: "Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei."
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Caríssimos, no Evangelho de hoje, introduzindo à Parábola que Jesus contou, São Lucas escreveu: "Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo." Em seguida deixou no ar uma pergunta enigmática do Senhor que desafia a humanidade até os nossos dias: "Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

O ENCONTRO DIFINITIVO COM O SENHOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,26-37)(16/11/18)
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Caríssimos, estamos à caminho da eternidade e todos nós sabemos que essa é via única, isto é, sem retorno, e que percorremos por meio da fé que recebemos no batismo; ela nos orienta para não nos perdermos no labirinto da incredulidade ou da indiferença ou das falsas doutrinas, como nos alertou São João: "Tomai cuidado... Todo o que não permanece na doutrina de Cristo, mas passa além, não possui a Deus. Aquele que permanece na doutrina é o que possui o Pai e o Filho."
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Com efeito, "quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! Portanto já não és escravo, mas filho. E, se és filho, então também herdeiro por Deus."
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Ora, essa é a verdadeira doutrina como nos ensinou o Senhor: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim." Ou seja, sem o Senhor a humanidade não chega a nenhum lugar à não ser no fim da estrada natural desta vida que termina com a morte. Então, eis aqui a nossa profissão de fé que nos faz transpor os limites de nossa natureza: "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá."
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Caríssimos, de fato, aqui estamos nos preparando para o último dia ou o dia eterno onde todos nos encontraremos com o Senhor, pois, foi isso que Ele nos prometeu: "Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

PARUSIA...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,20-25)(15/11/18)
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O que é o Reino de Deus e quando ele virá? Na verdade, disse Jesus: "O Reino de Deus não virá ostensivamente, porque ele já está no meio de vós." Caríssimos, o Reino de Deus se traduz pela presença real de Deus em todos os sentidos de nossa vida, ou seja, o Senhor se faz presente em todos os seus filhos e filhas, porque os criou à sua imagem e semelhança.
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Com efeito, se cremos nesse verdade, vivamos, então, em conformidade com ela, desse modo, confirmamos que somos seus filhos e filhas e o transparecemos como Cristo o transpareceu ao dizer: "Quem me vê, vê o Pai, eu e o Pai somos um." Ora, e não é difícil de compreender essa verdade, basta escutarmos o Senhor: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada." (Jo 14,23).
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Caríssimos, para ser morada do Senhor por meio da santa obediência, só é possível porque o Senhor nos fez eternos como Ele. São João na sua primeira carta assim escreveu: "Todo o que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de Deus; e todo o que ama aquele que o gerou, ama também aquele que dele foi gerado." (1Jo 5,1-2). De fato, esse é um grande mistério de amor que só o dom da fé nos leva à compreentender e viver.
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Conclusão: "E Jesus disse aos discípulos: “Dias virão em que desejareis ver um só dia do Filho do Homem e não podereis ver. As pessoas vos dirão: ‘Ele está ali’ ou ‘Ele está aqui’. Não deveis ir, nem correr atrás. Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O SENHOR É O MEU PASTOR NADA ME PODE FALTAR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,11-19)(14/11/18)
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Caríssimos irmãos e irmãs, a fé não conhece barreiras que impeçam sua ação, todavia, como dom do Espírito Santo, vem acompanhada da virtude do reconhecimento e da gratidão. Desse modo, o coração que acolhe as dádivas de Deus, saiba também agradecê-lo, pois as graças recebidas quando reconhecidas e agradecidas são testemunho de fé viva, para que também por meio dela outros possam usufruir das mesmas dádivas.
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Caríssimos, os benefícios divinos que tanto precisamos nos são concedidos à medida que os buscamos em Cristo Jesus; isso ficou evidenciado no Evangelho de hoje, porém, como vimos também, o Senhor requer de nós o cumprimento de suas leis que são como um selo da fé que os autentica. "Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”.
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Outro belo exemplo de fé, vemos nas palavras do salmista que a deposita em Deus na certeza de que Ele nunca falha: "O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças."
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Ora, tal expressão de fé é pura comunhão de amor e confiança inabalável, pois nasce da intimidade da alma que se entrega ao seu Senhor por sentir que a Ele pertence. Por isso, num arroubo de esperança, exclama: "Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

À SERVIÇO DO REINO DE DEUS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,7-10)(13/11/18)
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Caríssimos, sábios aos olhos de Deus são aqueles que se confiam à Ele e o servem de todo coração, isto é, sem apego à própria vontade. Na verdade, sem apego algum, porque somente assim escutam a Sua voz e o seguem fielmente. De fato, os verdadeiros servos de Cristo não buscam as glórias deste mundo, muito menos os elogios dos homens; não se dão aos colóquios inúteis e não se deixam levar pelos maus procedimentos.
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Ora, se pôr à serviço do Reino de Deus significa praticar as virtudes próprias do Reino de Deus (cf. Gl 5,22-23), pois somente assim tal serviço é eficaz para o bem de todos. Pois o único objetivo de um servidor de Cristo é a salvação das almas que se encontram distantes Dele e que por isso ainda não experimentam o seu amor. São Paulo na primeira leitura de hoje nos ensina que Jesus é o nosso grande Deus e Salvador, e que felizes são aqueles que o seguem e nele põem sua esperança.
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Em uma de suas homilias, assim se expressou São Paulo VI, há pouco canonizado: "Sou um enviado de Cristo para anunciar o evangelho; sou um apóstolo, sou sua testemunha, dou testemunho do seu nome, Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo. É Ele que revela a visibilidade de Deus; Ele é o primogênito de toda criação e o fundamento de todas as coisas. Ele é o Mestre da humanidade e o seu Redentor. Ele nasceu, morreu e ressuscitou por nós; Ele é o centro da história e do mundo; é aquele que nos conhece e nos ama; é Ele o companheiro e amigo de nossa vida."
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E continua São Paulo VI: "Ele é o homem das dores e da esperança; é Ele que virá um dia para ser o nosso juiz, enfim, Dele esperamos a plenitude de nossa existência, a felicidade eterna. Eu jamais poderei deixar de falar Dele, porque Ele é o caminho, a verdade e a vida." (Insignamenti IX (1971),1241).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

VIVEMOS EM MEIO A UMA GRANDE GUERRA ESPIRITUAL...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 17,1-6)(12/11/18)
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Caríssimos, a vida é o que é, liberdade de ser, de existir, porque Deus nos criou assim; todavia, não somente isso, visto que é no tempo que temos aqui que decidimos o nosso devir. De fato, Deus tudo criou por meio de sua Palavra, mas, como escreveu São Paulo: "Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos." Por isso, fora desse propósito divino tudo é engano, ilusão.
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Ora, já em outra carta São Paulo nos exorta: "Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como pretexto para prazeres carnais. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros, porque toda a lei se encerra num só preceito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo." De fato, a fé em Jesus Cristo é traduzida pela transparência com que a vivemos, ou seja, nosso testemunho só é verdadeiro quando é seguido pelas obras que o confirmam.
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Com efeito, vivemos em meio a uma grande guerra espiritual onde as armas usadas pelo inimigo de nossas almas são bem conhecidas às quais chamamos, tentações, são elas: "Fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus!"
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Conclusão: Caríssimos, nenhum pecado existe sem que haja consentimento, tudo primeiro passa pela nossa mente, depois de examinado e consentido é que se realiza (cf. Tg 1,12-16). Portanto: "Deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne." Destarte, "tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos. Isto praticai, e o Deus da paz estará convosco."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 11 de novembro de 2018

"TODA VEZ QUE DEIXATES DE FAZER ISSO AO MENOR DOS MEUS IRMÃOS..."


Homilia do 32°Dom do tempo comum (Mc 12,38-44)(11/11/18).
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Caríssimos irmãos e irmãs, dar e receber faz parte da pedagogia divina para o bem de nossas almas e a nossa salvação. Tudo o que vemos ou temos pertence a Deus e isso é inegável, pois qual de nós naturalmente permanecerá aqui para sempre? De fato, essa certeza nos livra do egoísmo e do apego às coisas deste mundo; como bem nos ensinou São Paulo: "Porque nada trouxemos ao mundo, como tampouco nada poderemos levar. Tendo alimento e vestuário, contentemo-nos com isto." (1Tim 6,8-9).
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A liturgia de hoje nos põe em comunhão com a vontade de Deus a partir de nosso relacionamento com as coisas existentes e entre nós. O Profeta Elias, cumprindo uma missão que o Senhor lhe deu, se dirige a uma viúva que nada possuía além de um punhado de farinha e um pouco de azeite para sobrevivência sua e de seu filho; pede-lhe para saciar também sua fome, ao que ela atende generosamente; e, assim, por sua profecia, Elias lhe dá a conhecer que "o pouco com Deus é muito e o muito sem Deus é nada."
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Caríssimos, vivemos num mundo de extrema riqueza e também de extrema pobreza, onde os pretensos donos dos bens materiais usufruem deles, porém, vitimando com sua ganância a maioria que morre à míngua sem nada poder fazer. E onde, então, está o Senhor em meio a tudo isso? Está nas dores dos injustiçados, nas filas dos hospitais, na fome dos desamparados e em tudo o que se assemelha a morte de cruz de seu Filho Jesus; desse modo, Ele denuncia a injustiça cometida contra a vida de seus filhos pequeninos.
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Caríssimos, como se dará o juízo final? Se dará pelo exame das obras de misericórdia aqui praticadas ou não, como vemos no Evangelho de São Mateus, onde Jesus dirá em sua sentença final: "Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era peregrino e não me acolhestes; nu e não me vestistes; enfermo e na prisão e não me visitantes. Então, lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, peregrino, nu, enfermo, ou na prisão e não te socorremos? E ele responderá: Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que deixastes de fazer isso a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer."
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 10 de novembro de 2018

A VIDA É O MAIOR BEM QUE TEMOS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 16,9-15)(10/11/18).
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Caríssimos, interroguemos à nós mesmos, o que temos de fato além do sopro de vida que portamos? Pensando bem entendemos que a vida natural é feita de momentos respiratórios e nada mais além disso. E por mais que alguém se esforce por muito possuir, ao morrer, não levará nada consigo, mas somente a ganância pela qual se deixou dominar.
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São Paulo na primeira carta a Timóteo (cf. 1Tm 6,6-10) nos faz entender que o acúmulo e o apego ao dinheiro é a causa de todos os males que existem na face da terra, pois a função dos bens criados é apenas suprir as nossas necessidades naturais e à de todos, sem esse objetivo eles se tornam armadilhas traiçoeiras que nos impõem um pesado julgo quando caímos nelas.
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Ora, tudo pertence a Deus, e no entanto, Ele se nos deu a conhecer, em Seu Filho Jesus Cristo, pobre, como se nada possuísse. Com isso, nos ensinou que o bem maior que temos é a vida e que sem ela nenhum bem visível vale coisa alguma. Por isso, disse o Senhor: "Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida?"
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Conclusão: A riqueza aos olhos do mundo é sinônimo de glamour, ostentação, poder, etc. Ora, isso é tão instigante aos olhos dos homens que não é fácil encontrar um ser humano que não queira ficar rico ou que nunca sofreu tal tentação. Todavia, a resposta do Senhor é o antídoto que nos liberta do apego às riquezas deste mundo: "Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas! É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar o rico no Reino de Deus." (Mc 10,24-25). Portanto, infeliz do homem cuja ganância é o deus a quem adora.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

FESTA DA DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DO LATRÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 2,13-22)(09/11/18).
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"Segundo uma tradição que remonta ao século XII, celebra-se neste dia o aniversário da dedicação da Basílica do Latrão, construída pelo imperador Constantino. Inicialmente foi uma festa exclusivamente da cidade de Roma; mais tarde, estendeu-se à Igreja de Rito romano, com o fim de honrar a basílica que é chamada “mãe e cabeça de todas as igrejas da Urbe e do Orbe e como sinal de amor e unidade para com a Cátedra de Pedro que, como escreveu Santo Inácio de Antioquia, “preside a assembléia universal da caridade”.
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Com efeito, as festas litúrgicas que a Igreja celebra nos recorda as graças derramadas pelo Senhor em nossas almas, além disso, elas são oportunidades que o Senhor nos dá para vivermos em perfeita unidade celebrando os acontecimentos de nossa salvação; elas também são meios de crescimento espiritual em sabedoria, conhecimento e perfeita comunhão fraterna uma vez que somos irmãos e estamos à caminho do Reino dos Céus.
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Ora, mais que uma grande festa de comemoração pela dedicação da Basílica de Latrão, este é um momento sublime de nossa fé, pois essa Basílica papal é considerada a mãe de toda as Igrejas como vimos. Em verdade, todos os batizados nascem da água e do Espírito Santo no seio da Igreja; desse modo, todo fiel católico traz consigo essa identidade eterna, este selo divino como sinal de salvação (cf. Ez 9,4).
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Conclusão: Referindo-se ao chamado de Deus para fazermos parte do Corpo de Cristo que é a Igreja (cf. Cl 1,18), assim escreveu São Pedro: "Mas vós sois a raça escolhida, o sacerdócio do Reino, a nação santa, o povo que ele conquistou para proclamar as obras admiráveis daquele que vos chamou das trevas para a sua luz maravilhosa. Vós sois aqueles que “antes não eram povo, agora porém são povo de Deus; os que não eram objeto de misericórdia, agora porém alcançaram misericórdia”.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

NÃO JULGUEIS...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 15,1-10)(08/11/18).

Caríssimos irmãos e irmãs, a tentação mais constante que sofremos é a de julgar-nos e condenar-nos uns aos outros. Todo julgamento sem a devida autoridade para isso, é injusto e malfazejo porque não condiz com a verdade, embora os pretensos julgadores digam que sim, todavia, as reais motivações não passam de interesses mesquinhos eivados de parcialidade com doses cavalares de perversidade.

Todos nós que aqui vivemos de alguma forma já fomos julgados ou julgamos injustamente e é difícil até enumerar os casos ocorridos, pois são tantos que não se dão à lembrança. Com efeito, no dia em que o ser humano deixar de julgar e condenar uns aos outros injustamente, será feliz e nada lhe impedirá de viver em paz, pois fomos criados por Deus para amar-nos uns aos outros e não para nos condenar mutuamente.

O Evangelho de hoje começa com a passagem em que Jesus é julgado e criticado porque "acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. Ora, e quem o julga são exatamente aqueles que deveriam recebê-lo, pois para isto é que foram escolhidos e constituídos no posto de guardiões da fé e dos bons costumes; e no entanto, com suas atitudes mesquinhas, desdenham da Lei que dizem defender, e fazem isso porque a interpretam não como um meio de salvação, mas sim de condenação.

Conclusão: "Ide e aprendei o que significam estas palavras: Eu quero a misericórdia e não o sacrifício (Os 6,6). Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores. Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. Portanto, falai, pois, de tal modo e de tal modo procedei, como se estivésseis para ser julgados pela lei da liberdade. Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o julgamento."

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

TRABALHAI NA VOSSA SALVAÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 14,25-33)(07/11/18).

Caríssimos, o caminho da fé que percorremos requer de nós entrega total e um trabalho contínuo de conversão até que cheguemos à plenitude da vida divina que nos foi dada no batismo. São Paulo, na primeira leitura de hoje nos ensina como atingimos essa plenitude desejada: "Assim, meus caríssimos, vós que sempre fostes obedientes, trabalhai na vossa salvação com temor e tremor... Porque é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar.

E, continua ele: "Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a palavra da vida. Dessa forma, no dia de Cristo, sentirei alegria em não ter corrido em vão, em não ter trabalhado em vão."

De fato, não sabemos quanto tempo ainda temos até o momento de nossa Páscoa definitiva, todavia, o tempo que o Senhor nos dá é um tempo de espera, mas também de preparação para o encontro com Ele face a face. Em vista disso o Senhor nos exorta: "Quem ouve minhas palavras e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não incorre em condenação (Jo 5,24); e de novo: "Quem crê no Filho não será julgado, mas passa da morte para a vida (cf. Jo 3,18.24).

Conclusão: Caríssimos, os acontecimentos que estão por vir com toda certeza fazem parte do plano de Deus para nossa salvação, por isso, precisamos ficar atentos aos seus encinamentos para não cometermos nenhum pecado, pois quem vive em estado de graça permanece em comunhão com Ele aqui e por toda a eternidade no Reino que tem preparado para aqueles que o amam.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

FELIZES SÃO AQUELES QUE O SEGUEM FIELMENTE...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 14,15-24)(06/11/18).

Amados irmãos e irmãs, em uma de suas admoestações escreveu São Francisco de Assis: "Somos o que somos aos olhos de Deus e nada mais." De fato, nossa vida só tem sentido quando a vivemos para Deus, "Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?" Ora, com isso entendemos que a vida é o maior tesouro que Deus nos deu, porém, poucos são aqueles que a sabem administrar com prudência e retidão.

Na primeira leitura de hoje São Paulo nos exorta à seguirmos o exemplo de de Cristo Jesus que se fez obediente até a morte e morte de cruz; e assim, por esse seu amor incondicional, perdoou os nossos pecados e nos comunicou o dom do Espírito Santo como havia sido prometido por Deus, nosso Pai (cf. Jl 3,1-5).

Com efeito, na parábola contada pelo Senhor no Evangelho de hoje, percebemos que aqueles que rejeitam o convite para o seu basquete nupcial, o fizeram porque puseram os seus interesses acima dos interesses divinos e por essa causa disso se indispuseram ao seu convite, mas Ele os substituiu pelos pobres, aleijados, cegos e coxos e até mesmo por aqueles que foram encontrados nos caminhos e atalhos da vida.

Conclusão: Caríssimos, "muitos são os chamados, e poucos os escolhidos." Isto porque, “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o reino de Deus.” (Lc 9,62). "Mas, aquele que a tudo renuncia por amor de mim e do Evangelho, disse o Senhor, terá a vida eterna." Portanto, felizes são aqueles que escutam a sua voz e o seguem fielmente.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

HUMILDADE, GENEROSIDADE, AMOR...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 14,12-14)(05/11/18).

Caríssimos, o caminho da paz traçado pelo Senhor para nós, é via de perfeição que nos faz permanecer em sua presença e obtermos todas as graças necessárias para a nossa salvação; isto porque ela tem como fundamento as virtudes da humildade, da generosidade e do amor ao próximo como a si mesmo.

Com efeito, quem cultiva estas virtudes carrega em si também o dom da escuta atenta e da obediência ao Senhor, que se traduz em amor incondicional ao nosso Pai celestial e à todas as suas criaturas. Ora, as leituras da liturgia de hoje nos conduz à vivência dessas virtudes que nos leva a unidade perfeita desejada pelo Senhor.

Assim sendo, meditemos, então, quão significativas elas são para prática de nossa fé. Vejamos: a humildade é a base de todas as virtudes, visto que os humildes reconhecem sempre as qualidades dos outros e se alegra com isso, pois não buscam os próprios interesses, mas sim os de todos.

A virtude da generosidade consiste em não se apegar à nada fora da vontade de Deus; toda pessoa generosa carrega consigo a bondade mais sublime, pois entende que tudo pertence a Deus e por isso pertence também aos seus filhos e filhas.

Por fim, meditemos sobre o amor. Ora, ele não é um mero sentimento que passa; mas a presença real de Deus em nossas almas. Por ele nos amamos uns aos outros, reconhecendo realmente que somos imagem e semelhança de Deus.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

domingo, 4 de novembro de 2018

"SEDE SANTOS, ASSIM COMO VOSSO PAI CELESTE É SANTO."


Homilia do 31°Dom do tempo comum (Mt 5,1-12a)(04/11/18).

Caríssimos, celebrar a solenidade de todos os Santos é participar da mesma santidade que Deus dispõe à nosso favor por seu Filho, Jesus Cristo nosso Senhor. De fato, aqui estamos, mas em vista da plenitude de nossa filiação divina, pois fomos redimidos por seu sacrifício de cruz para vivermos desde já na sua presença e assim no dia de sua Parusia, participarmos de sua glória.

Certa feita, perguntaram ao Senhor se eram poucos o número dos que se salvariam. Ora, nessa liturgia de hoje São João nos mostrou que esse número é incalculável: "Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. Todos proclamavam com voz forte: “A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”.

Por sua vez, o Salmo Responsorial nos mostra como viver a nossa comunhão de amor com o Senhor para gozarmos de sua santidade: "Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação? Quem tem mãos puras e inocente o coração, quem não dirige sua mente para o crime nem jura falso para o dano de seu próximo. Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador. É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face”.

Caríssimos, no Evangelho de hoje Jesus nos ensina a via das Bem-aventuranças como via de perfeição, isso significa dizer que, ser bem aventurado é segui-lo fielmente até o último instante de nossa vida neste mundo, como Ele mesmo nos ensinou: "Aquele que perseverar até o fim será salvo." Destarte, a salvação é um dom de Deus para todos e o resultado dela é a santidade, como Ele mesmo nos disse: "Sede santos, assim como vosso Pai celeste é Santo."

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 3 de novembro de 2018

O EXEMPLO DE VIDA É A MAIS PERFEITA PREGAÇÃO...


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 14,1.7-11)(03/11/18).

Caríssimos irmãos e irmãs, frequentemente somos tentados a não vivermos em conformidade com a vontade de Deus; ora, isso acontece por meio dos maus pensamentos que chegam à nossa mente contrariando em tudo os desígnios do Senhor para a nossa salvação; e se não tivermos cuidado cairemos facilmente em tais emboscadas. Mas, o Senhor que sempre vela por nós, nos dá o seu auxílio permanente por meio dos dons do discernimento e da oração para não caírmos em tentação.

Com efeito, são inúmeras as passagens bíblicas que nos ensinam como vencermos as ciladas do mal; dentre elas escolho esta: "Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé. O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará. A ele o poder na eternidade! Amém."

No Evangelho de hoje Jesus exortou os convidados para refeição que tomariam com Ele, sobre uma dessas ciladas, trata-se do desejo de ocupar os primeiros lugares sem levar em conta os outros. De fato, na pedagogia divina os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos; isto significa que nunca podemos esquecer que somos servos e os servos só fazem o que o seu Senhor lhes ordena.

Conclusão: caríssimos, seguindo essa pedagogia do Pai, eis o que disse o Senhor: "De mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." E ainda: "Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos." Desse modo, aprendemos com o Senhor, que o exemplo é realmente a mais perfeita pregação que fazemos.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

COMO VENCER ESSA GUERRA ESPIRITUAL NA QUAL ESTAMOS?


PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 13,31-35)(01/11/18).

Caríssimos, não resta dúvida de que a nossa luta neste mundo é contra o maligno e seus sequazes, portanto, é uma luta esclusivamente espiritual e que só termina quando fazemos a nossa Páscoa com Cristo Jesus. O bom nisso tudo é saber que o Senhor está conosco até o fim e que por Ele sairemos vitoriosos desse confronto, para isto precisamos ficar atentos aos seus ensinamentos para que possamos nos defender com precisão.

Ora, somos filhos de Deus nascidos da água e do Espírito Santo, por isso, somos incapazes de pensar o mal, de falar mal e de fazer o mal; todavia, se sedermos às tentações que chegam à nossa mente, perderemos a batalha, visto que as armas espirituais do maligno são os maus pensamentos contra Deus, contra a Igreja, contra as outras pessoas e contra nós mesmos. Ora, eles chegam em forma acusações ou instigacões, seduções, maus desejos, perversões, maledicência e todo tipo de maldade, tentando nos atingir e enfraquecer para nos tirar da comunhão com o Senhor.

Por isso, como disse São Paulo: "Tomai, portanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever.
Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz.
Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno.

Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos."

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria OFMConv.
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