VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

PENSANDO EM DEUS E NAS COISAS QUE DIZEM RESPEITO À NOSSA SALVAÇÃO
















PENSANDO EM DEUS E NAS COISAS QUE DIZEM RESPEITO À NOSSA SALVAÇÃO

Ø  Aqui entre nós nem tudo é perfeito, mas como estamos numa escola de santidade, precisamos aprender as lições de humildade do amor de Deus para sermos santos como o Senhor é Santo...

Ø  Todo o amor verdadeiro requer correspondência para criar raízes e crescer e dar frutos em abundância; sem a correspondência de nossa parte não há amor nem fruto algum que cresça... Portanto, amar a Deus sobre todas as coisas é o único meio da vida permanecer plena de amor e bons frutos...

Ø  Os homens com sua ciência querem provar que o universo surgiu sem que um autor o tivesse criado; por isso, inventaram a teoria evolucionista e a do “Big Bang”, com o intuito de negar o autor da criação; ora, mesmo as coisas mais elementares tem em seu autor a origem que as faz existir e mesmo a ciência humana tem no homem sua origem e permanência; logo, não há razão de ser para negar a Deus como autor da criação...

Ø  Querer negar a verdade que fala e revela qual seja sua divina vontade é negar seus desígnios de amor para conosco com interpretações subjetivistas... Ora, essa negação não passa de opiniões pessoais cheias de conjecturas e palavreado figurado, na tentativa de enganar os incautos...

Ø  A realidade divina difere da nossa, pois Deus é Santo e nos ama perfeitamente, por isso, precisamos amá-lo com entrega total e esse amor, resgatará nossa humanidade e a elevará à perfeição do Seu divino amor...

Ø  Senhor, a nossa miséria não pode ser curada por nós mesmos; é de Ti que necessitamos para nos reerguermos...

Ø  À Deus tudo é possível; à nós cabe gozar desse privilégio santo...

Ø  A Igreja Católica é a parte visível do Reino de Deus neste mundo, por isso, ela é conduzida pelo Espírito Santo na Pessoa do Santo Padre, queiram os homens ou não...

Ø  Simplesmente linda, é a alma tomada pelo amor de Deus... E também simplesmente eterna, como Eterno é Aquele que nos fez...

Ø  A oração, o diálogo com Deus, é um bem incomparável, porque nos põe em comunhão íntima com o Senhor, e faz sua vontade acontecer em nossa vida...

Ø  Quando comungares, procura experimentar interiormente Aquele que comungas e ouvi-lo atentamente, pois o Senhor no momento de nossa comunhão age profundamente em nossas almas, santificando-nos de tal forma que o menor esforço para ouvi-lo já é graça infinita...

Ø  Lembra sempre, quem comunga Jesus nunca está só, porque o Senhor não deixa, visto que sem Ele nada podemos fazer (Cf. Jo 15,5)...

Ø  Em Jesus temos o mais perfeito prazer que a alma pode sentir aqui e por toda a eternidade... Nada neste mundo se compara com o prazer de comungar o Corpo e Sangue, a Alma e a Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, e Senhor de toda vida...

Ø  A vida eterna é o que devemos levar sempre em conta, pois nada é por acaso e a vida eterna consiste em viver em comunhão com Deus aqui e por toda a eternidade...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv. 


Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

DEUS SE MANIFESTOU EM NOSSA CARNE
















DEUS SE MANIFESTOU EM NOSSA CARNE


O que era desde o princípio, o que nós ouvimos, o que vimos com os nossos olhos e as nossas mãos tocaram da Palavra da Vida (1Jo 1,1). Quem poderia tocar a Palavra com suas mãos, a não ser porque a Palavra se fez carne e habitou entre nós? (Jo 1,14).

A Palavra que se fez carne para ser tocada com as mãos, começou a ser carne no seio da Virgem Maria; mas não foi então que a Palavra começou a existir porque, diz João, ela era desde o princípio. Vede como sua Carta é confirmada pelas palavras do seu Evangelho, que acabais de escutar: No princípio era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus (Jo 1,1).

Alguns talvez julguem que a expressão Palavra da Vida designe de modo geral a Cristo e não o próprio Corpo de Cristo que foi tocado pelas mãos. Reparai no que vem em seguida: E a Vida manifestou-se (1Jo 1,2). Por conseguinte, Cristo é a Palavra da Vida.

E como se manifestou esta Vida? Ela existia desde o início, mas não tinha se manifestado aos homens; manifestara-se aos anjos que a contemplavam e se alimentavam dela como de seu pão. E o que diz a Escritura? O homem se nutriu do pão dos anjos (Sl 77,25).
Portanto, a Vida se manifestou na carne, para que, nesta manifestação, aquilo que só o coração podia ver, fosse visto também com os olhos, e desta forma curasse os corações. De fato, o Verbo só pode ser visto com o coração, ao passo que a carne pode ser vista também com os olhos corporais. Éramos capazes de ver a carne, mas não éramos capazes de ver a Palavra. Por isso, a Palavra se fez carne que nós podemos ver, para curar em nós o que nos torna capazes de vê-la.

E somos testemunhas, diz João, e vos anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e que se tornou visível para nós (1Jo 1,2), isto é, que se manifestou entre nós ou, falando mais claramente, nos foi manifestada.

Isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos (1Jo 1,3). Prestai atenção: Isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos. Eles viram o próprio Senhor presente na carne, ouviram da boca do Senhor suas palavras e no-las anunciaram. E nós ouvimos certamente, mas não vimos.

Somos, por isso, menos felizes do que eles que viram e ouviram? Por que então acrescenta: Para que estejais em comunhão conosco? (1Jo 1,3). Eles viram, nós não vimos e, contudo, estamos em comunhão com eles porque temos uma fé comum.

E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Nós vos escrevemos estas coisas, diz João, para que a vossa alegria fique completa (Cf. 1Jo 1,4). Essa alegria completa encontra-se na mesma comunhão, na mesma caridade, na mesma unidade.

Paz e Bem!

Fonte: Dos Tratados sobre a Primeira Carta de São João, de Santo Agostinho, bispo - (Tract. 1,1.3: PL 35, 1978.1980) (Séc. V)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A MANIFESTAÇÃO DO MISTÉRIO ESCONDIDO

                                       














MANIFESTAÇÃO DO MISTÉRIO ESCONDIDO

Único é o Deus que conhecemos, irmãos, e não por outra fonte que não seja a Sagrada Escritura. Devemos, pois, saber o que ela anuncia e compreender o que ensina. Creiamos no Pai como ele quer ser acreditado; glorifiquemos o Filho como ele quer ser glorificado; e recebamos o Espírito Santo como ele quer se dar a nós. Consideremos tudo isso, não segundo nosso próprio arbítrio e interpretação pessoal, nem fazendo violência aos dons de Deus, mas como ele próprio nos ensinou pelas santas Escrituras.

Quando só existia Deus, e não havia ainda nada que existisse com ele, decidiu criar o mundo. Criou-o por seu pensamento, sua vontade e sua palavra; e o mundo começou a existir como ele quis e realizou. Basta-nos apenas saber que nada coexistia com Deus. Não havia nada além dele, só ele existia e era perfeito em tudo. Nele estava a inteligência, a sabedoria, o poder e o conselho. Tudo estava nele e ele era tudo. E quando quis e como quis, no tempo que havia estabelecido, manifestou o seu Verbo, por quem fez todas as coisas.

Deus possuía o Verbo em si mesmo, e o Verbo era imperceptível para o mundo criado; mas fazendo ouvir sua voz, Deus tornou-o perceptível. Gerando-o como luz da luz, enviou como Senhor da criação aquele que é sua própria inteligência. E este Verbo, que no princípio era visível apenas para Deus e invisível para o mundo, tornou-se visível para que o mundo, vendo-o manifestar-se, pudesse ser salvo. O Verbo é verdadeiramente a inteligência de Deus que, ao entrar no mundo, se manifestou como o servo de Deus. Tudo foi feito por ele, mas ele procede unicamente do Pai. Foi ele quem deu a lei e os profetas; e ao fazê-lo, impulsionou os profetas a falarem sob a moção do Espírito Santo para que, recebendo a força da inspiração do Pai, anunciassem o seu desígnio e a sua vontade.

O Verbo, portanto, se tornou visível, como diz São João. Este repete em síntese o que os profetas haviam dito, demonstrando que aquele era o Verbo por quem tinham sido criadas todas as coisas: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus; e o Verbo era Deus. Tudo foi feito por ele e sem ele nada se fez (Jo 1,1.3). E, mais adiante, prossegue: O mundo foi feito por meio dele, mas o mundo não quis conhecê-lo. Veio para o que era seu, os seus, porém, não o acolheram (Jo 1,10-11).

Paz e Bem!

Fonte: Do Tratado contra a heresia de Noeto, de Santo Hipólito, presbítero. - (Cap. 9-12: PG 10, 815-919) (Séc. III).



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

OS QUE VEEM A DEUS RECEBEM A VIDA

















OS QUE VEEM A DEUS RECEBEM A VIDA

Com a vinda de Cristo, Deus torna-se visível aos homens. Há um só Deus que, por sua Palavra e Sabedoria, criou e harmonizou todas as coisas. Sua Palavra é nosso Senhor Jesus Cristo, que nos últimos tempos se fez homem entre os homens, para unir o fim ao princípio, isto é, o homem a Deus.

Por isso, os profetas, que tinham recebido dessa mesma Palavra o carisma profético, anunciaram sua vinda segundo a carne; mediante essa vinda, realizou-se a união e a comunhão de Deus com o homem, conforme a vontade do Pai. Desde o começo a Palavra de Deus tinha anunciado que Deus seria visto pelos homens, que viveria e conversaria com eles na terra, que se faria presente à sua criatura, para salvá-la e ser percebido por ela, livrando-nos das mãos de todos os que nos odeiam (Lc 1,71), isto é, de todo o espírito de pecado, e fazendo que o sirvamos em justiça e santidade enquanto perdurarem nossos dias (Lc 1,74-75). E assim, unido ao Espírito de Deus, o homem tenha acesso à glória do Pai.

Os profetas anunciavam que Deus seria visto pelos homens, conforme diz também o Senhor: Felizes os puros de coração, porque verão a Deus (Mt 5,8). Contudo, ninguém pode ver a Deus na sua grandeza e glória inenarrável e continuar vivendo (cf. Ex 33,20), porque o Pai é inacessível. Mas em seu amor, sua bondade e sua onipotência, ele chega a conceder aos que o amam o dom de ver a Deus; é isto que anunciavam os profetas, pois o que é impossível aos homens, é possível a Deus. (Cf. Lc 18,27).

O homem, por si mesmo, não poderá ver a Deus. Mas Deus, se quiser, será visto pelos homens, por aqueles que ele quiser, quando e como quiser. Deus, que tudo pode, foi visto outrora em visão profética por meio do Espírito, deixa-se ver agora por meio de seu Filho, graças à adoção filial, e será visto finalmente no reino dos céus como Pai. Com efeito, o Espírito prepara o homem para o Filho de Deus, o Filho conduz o homem para o Pai e o Pai lhe dá a imortalidade na vida eterna, que é fruto da contemplação de Deus.

Assim como os que veem a luz estão na luz e recebem a sua claridade, também os que veem a Deus estão em Deus e recebem a sua claridade. A claridade de Deus vivifica; portanto, os que veem a Deus recebem a vida.

Paz e Bem!

Fonte: Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo (Lib. 4,20, 4-5: SCh 100, 634-640) (Séc. II)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A VINDA GLORIOSA DO SENHOR



















A VINDA GLORIOSA DO SENHOR

Cristo (Χριστός), palavra grega com o mesmo significado da palavra hebraica Messias (משיח), que quer dizer Ungido do Senhor, referente Àquele que Deus enviou para a salvação do seu povo e de toda a humanidade. Aquele que foi anunciado pelos profetas que o revelaram como, “filho de Davi”; “filho do homem”; “o esperado das nações”; “Filho de Deus”; o “Salvador” da vida e “Senhor” de toda criação.

Deus, criando e conservando pelo seu Verbo o universo, apresenta aos homens, nas coisas criadas, um contínuo testemunho de si mesmo; além disso, querendo abrir o caminho da salvação eterna, manifestou-se desde o princípio a nossos primeiros pais. Depois que eles caíram, com a promessa da redenção, deu-lhes a esperança da salvação e cuidou sem cessar do gênero humano, a fim de dar a vida eterna a todos os que buscam a salvação perseverando na prática das boas obras.

No tempo próprio, chamou Abraão para fazer dele um grande povo; depois dos patriarcas, ensinou esse povo, por meio de Moisés e dos profetas, a conhecê-lo como único Deus vivo e verdadeiro, Pai providente e Juiz justo, e a esperar o Salvador prometido. E assim, ao longo dos séculos, preparou o caminho para o Evangelho. Mas depois de ter falado muitas vezes e de muitos modos por meio dos profetas, nestes dias que são os últimos, Deus nos falou por meio do seu Filho (cf. Hb 1,1-2).

Com efeito, ele enviou seu Filho, o Verbo eterno que ilumina todos os homens, para habitar entre os homens e dar-lhes a conhecer os segredos de Deus. Jesus Cristo, portanto, o Verbo feito carne, homem enviado aos homens, fala as palavras de Deus (Cf. Jo 3,34) e consuma a obra da salvação que o Pai lhe confiou.

Assim, ele – quem o vê, vê também o Pai – por toda a sua presença e por tudo o que manifesta de si mesmo, por suas palavras e obras, seus sinais e milagres, mas, sobretudo por sua morte e gloriosa ressurreição dentre os mortos, e finalmente pelo envio do Espírito da Verdade, aperfeiçoa e completa a revelação, confirmando com o testemunho divino a revelação de que Deus está conosco para nos libertar das trevas do pecado e da morte e nos ressuscitar para a vida eterna.

A economia cristã, portanto, que é a nova e definitiva aliança, jamais passará; já não há nova revelação pública a esperar antes da manifestação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo. (Da Constituição dogmática Dei Verbum sobre a revelação divina, do Concílio Vaticano II - (N. 3-4)- (Séc. XX)). Pois o Senhor mesmo revelou que virá segunda vez para levar à plenitude todas as coisas e fazer-nos participantes do seu reino eterno como ressuscitados do Pai, uma que, “Revestido de nossa fragilidade, ele veio a primeira vez para realizar o seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação. Revestido de sua glória ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos”. (Pref. do advento, I).

Portanto, aqui estamos na expectativa de sua vinda gloriosa para nos unirmos a ele definitivamente, todavia, não esqueçamos o que nos ensinou a respeito dessa segunda vinda: “Assim reunidos, eles o interrogavam: Senhor, é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel? Respondeu-lhes ele: ‘Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder, mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo’. Dizendo isso elevou-se da (terra) à vista deles e uma nuvem o ocultou aos seus olhos... Enquanto o acompanhavam com seus olhares, vendo-o afastar-se para o céu, eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: ‘Homens da Galiléia, por que ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu’.” (At 1,6-11).

Assim, estamos certos dessa sua vinda gloriosa, mas, toda vez que um de nós faz a sua páscoa, o Senhor já chegou para esse, pois é como ele disse: ”Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais.” (Jo 14,1-3).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A VIDA PARA ALÉM DO QUE SOMOS E TEMOS














A VIDA PARA ALÉM DO QUE SOMOS E TEMOS...

Aqui ou ali é lugar de ninguém...
São apenas palavras indicativas,
porém, sem o verdadeiro sentido da vida...
Pois a vida requer de nós algo substancial...
Algo que diga e execute a verdade tal qual ela é...

Desse modo, precisamos ser práticos,
porque a realidade é feita de acontecimentos provocados...
que necessitam de direcionamento correto, preciso...
Para que o que fazemos tragam bons resultados...
Caso contrário, somos depositários de nossa própria perdição...

Assim é a vida analisada a partir do que somos e temos...
Mas, como tudo aqui é efêmero e presa fácil da morte...
Necessitamos de algo que nos faça ir além de nossos limites...
Porque é isto que consiste o verdadeiro sentido da vida...

Então, como podemos ir além dos limites que a morte nos impõe?
Ora, não somos frutos do acaso...
Nem somos coisas ou pessoas sem um autor original...
Porque tudo na vida precisa de uma fonte geradora para existir...
E, por estarmos aqui, não podemos ser diferentes...
Logo, somos frutos da semente-fonte-eterna do amor de Deus...

Isto, porque os homens com sua ciência querem provar que o universo surgiu sem que um autor o tivesse criado...
Por isso, inventaram a teoria do “Big Bang” e a evolucionista com o intuito de negar o Autor da Vida e de toda Criação.
Ora, mesmo as coisas mais elementares tem em seu autor a origem que as faz existir...
E até mesmo a ciência humana tem no homem sua origem e permanência...
Logo, não há razão de ser a negação de Deus,
como Autor e Senhor do universo e de toda Criação...

Portanto, Deus é, de fato, a nossa Fonte Original...
Autor e consumador de todas as coisas...
Aquele que nos sustenta e nos governa...
Agora, quem não quer se deixar governar por Ele...
Perde-se totalmente, porque, como num de repente, se esvai...
E tudo o que julgava ter, não tem mais...

É simples assim...
A vida sem sua Fonte Eterna, que é Deus, estanca...
E quando isso acontece, nada somos ou temos além da morte que havemos de enfrentar...
Isto, caso escolhamos a triste sorte de não crer, de não o amar...
E de viver como se tudo dependesse apenas de nós mesmos...
Porque a realidade de ser e existir no mundo tem seu fundamento profundo em Deus...
E somente a fé em Deus tem respostas que a razão humana não nos pode dar...

Então, façamos humildemente esta oração...
Vem, Senhor Jesus, vem...
Restaura a nossa vida à originalidade criada pelo Pai de nossas almas...
Plano traçado para Ti por nosso Grande Deus Criador...
E que puseste em prática pela tua santa obediência...
que nos leva à essência do que somos pelo arrependimento e o perdão de nossos pecados...

Vem, Senhor Jesus, precisamos ardentemente de Ti...
Porque sem Te nada somos nada podemos...
Pois a vida sem tua presença é um veneno que corrói nossas almas...
Marcadas pelas maldades aqui praticadas sem necessidade alguma...

Misericórdia Senhor, misericórdia...
É o que suplicamos, misericórdia é o que desejamos...
Para que haja verdadeira conversão...
Assim teremos a salvação que nos viestes trazer...
E o verdadeiro prazer de tua divina e permanente companhia...
Que nos livra de agonia de termos um dia, fim...

Amém! Assim seja!

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

HUMILDADE E PAZ















HUMILDADE E PAZ

Não te preocupes muito em saber quem é por ti ou contra ti; mas deseja e procura que Deus te ajude em tudo que fizeres. Tem boa consciência e Deus será tua boa defesa. A quem Deus quiser ajudar, nenhum mal poderá prejudicar. Se souberes calar e sofrer, verás certamente o auxílio do Senhor. Ele sabe o tempo e o modo de te libertar; portanto, entrega-te a ele inteiramente.

A Deus pertence aliviar-nos e tirar-nos de toda confusão. Às vezes é muito útil, para guardar maior humildade, que os outros conheçam e repreendam nossos defeitos. Quando o homem, por causa de seus defeitos, se humilha, então facilmente acalma os outros, e desarma os que estão irados contra ele.

O humilde, Deus protege e livra; ao humilde ama e consola. Ao homem humilde se inclina; ao humilde dá-lhe abundantes graças, e depois de seu abaixamento eleva-o a grande honra. Ao humilde, revela seus segredos, e com doçura o atrai a si e convida. O humilde, depois de receber uma afronta, conserva sua paz: porque confia em Deus e não no mundo.

Não julgues que fizeste algum progresso se não te consideras inferior a todos. Primeiro conserva-te em paz; depois poderás pacificar os outros. O homem pacífico é mais útil do que o letrado. O homem dominado pelas paixões, até o bem converte em mal e acredita facilmente no mal. O homem bom e pacífico tudo converte em bem.

Quem está em boa paz não suspeita mal de ninguém. Mas quem é descontente e inquieto, com diversas suspeitas se atormenta: não tem sossego nem deixa os outros sossegar. Diz muitas vezes o que não devia; e deixa de fazer o que mais lhe conviria. Preocupa-se com as obrigações alheias e descuida-se das próprias.

Zela, portanto, primeiro por ti mesmo, e depois poderás zelar devidamente por teu próximo. Bem sabes desculpar e disfarçar tuas faltas, mas não queres aceitar as desculpas dos outros. Seria mais justo acusares a ti e desculpares teu irmão. Se queres que te suportem, suporta também os outros.

Paz e Bem!

Fonte: Do livro “Imitação de Cristo” (Lib. 2, cap. 2-3) (Séc. XV)

***
“Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas.         Porque meu jugo é suave e meu peso é leve”. (Mt 11, 28-30).
***


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL














O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL

O Natal é uma festa linda e única, mesmo que se repita por anos a fios; mesmo que o comércio em seu desvario, invente um monte de baboseiras, falsos personagens e lendas pagãs, tentando tirar a atenção do verdadeiro sentido do Natal do Senhor, para poder vender e lucrar mais; nem assim consegue desviar ou denegrir a verdade da mensagem do Natal.

O Natal é o aniversário da entrada física de Deus neste mundo, pois, até então a humanidade só O conhecia pela fé nas profecias, dando-nos a esperança de que um dia viria até nós. O Natal do Senhor é esse grande dia do cumprimento de todas essas profecias a respeito do Filho do Homem, o Emmanuel, o Deus conosco, Jesus Cristo, nascido em Belém da Judeia, gerado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria.

Desde então, a cada Natal, a humanidade se rejubila e comemora com grandíssima alegria esse dia em que conheceu a Deus fisicamente; seu nascimento, sua história e o significado de sua vinda, que é a nossa libertação para a Sua Maior Glória. Pois todo aquele que se une ao menino Deus que nasceu em Belém, experimenta como ninguém a libertação dos pecados, a ressurreição dos mortos, a felicidade dos justos e a vida do mundo novo que há de vir.

Feliz Natal Jesus! Agora podemos dizer que conhecemos a Deus, porque o Senhor No-Lo deu a conhecer, nascendo como um de nós no meio de nós neste nosso mundo.

Um Santo e Feliz Natal para todos!

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.



Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O SABER FAZ O MESTRE, MAS É A CONDUTA QUE CONFERE AUTORIDADE
















O SABER FAZ O MESTRE, MAS É A CONDUTA QUE CONFERE AUTORIDADE

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 167; CCL 248, 1025, PL 52, 636

«João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele»

João Baptista ensina com palavras e atos. Verdadeiro mestre, mostra pelo seu exemplo aquilo que afirma com a sua palavra. O saber faz o mestre, mas é a conduta que confere autoridade. [...] Ensinar pelos atos é a única regra daquele que quer instruir. A instrução pelas palavras é sabedoria; mas quando passa pelos atos é virtude. Por conseguinte, a sabedoria é autêntica quando unida à virtude: só então é divina e não humana. [...]

«Naqueles dias, apareceu João, o Batista, a pregar no deserto da Judeia. Dizia: 'Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu'» (Mt 3,1-2). «Convertei-vos.» Porque não diz: «Rejubilai»? «Rejubilai antes porque as realidades humanas dão lugar às realidades divinas, as terrestres às celestiais, as temporais às eternas, o mal ao bem, a incerteza à segurança, a tristeza à felicidade, as realidades perecíveis às que permanecerão para sempre.

O Reino dos céus está muito próximo. Convertei-vos.» Que a tua conduta de convertido seja evidente. Tu que preferiste o humano ao divino, que quiseste ser escravo do mundo em vez de vencedor do mundo com o Senhor do mundo, converte-te. Tu que fugiste da liberdade que as virtudes conferem porque quiseste sofrer o jugo do pecado, converte-te; converte-te verdadeiramente, tu que, por medo de possuir a Vida, te entregaste à morte.

Paz e Bem!  

         ©Evangelizo.org 2001-2010

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A NOSSA MISÉRIA NÃO PODE SER CURADA POR NÓS...

















A NOSSA MISÉRIA NÃO PODE SER CURADA POR NÓS; É DE TI QUE NECESSITAMOS PARA NOS REERGUEMOS.

São Cirilo de Jerusalém (313-350), bispo de Jerusalém e doutor da Igreja
Catequese baptismal 12, 6-8

«Porque não lhe destes crédito?»

Os profetas foram enviados com Moisés para curar Israel; mas cuidavam de Israel chorando, sem conseguirem dominar o mal, como disse um deles: «Ai de mim! Desapareceram da terra os justos» (Mq 7,1-2). [...] Grande era a ferida da humanidade; «desde a planta dos pés até ao alto da cabeça, não há nada de são em vós. Tudo são feridas, contusões, chagas vivas, que não foram curadas, nem ligadas, nem suavizadas com azeite» (Is 1,6).

Os profetas, esgotados pelas lágrimas, diziam: «Quem dera que viesse de Sião a salvação de Israel!» (Sl 13,7) [...] E outro profeta suplicava nestes termos: «Senhor, abaixa os céus e desce» (Sl 143,5). As feridas da humanidade excedem os nossos remédios. «Derrubaram os Teus altares e assassinaram os Teus profetas.» (1R 19,10). A nossa miséria não pode ser curada por nós; é de Ti que necessitamos para nos reerguemos.

O Senhor satisfez a oração dos profetas. O Pai não desprezou a nossa raça mortificada; enviou do céu o Seu próprio Filho como médico. «O Senhor que procurais virá brevemente» disse um profeta. Onde? «No Seu santuário» (Ml 3,1), onde apedrejastes o Seu profeta (2Cr 24,21). [...] O próprio Deus disse ainda: «Eis que Eu venho para morar no meio de ti, e muitas nações se unirão ao Senhor» (Zc 2,14-15). [...] Agora venho reunir todos os povos de todas as línguas, porque «veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam» (Jo 1,11).

Vens; e que dás Tu às nações? «Eu virei para reunir os povos e colocarei no meio deles um sinal» (Is 66,18-19). Com efeito, na sequência do Meu combate na cruz, cada um dos Meus soldados levará sobre a fronte o selo real (Ap 7,3). E outro profeta disse: «Inclinou os céus e desceu, com densas nuvens debaixo dos Seus pés». (Sl 17,10). Mas a Sua descida dos céus permaneceu desconhecida dos homens.

Paz e Bem!

         ©Evangelizo.org 2001-2010

sábado, 10 de dezembro de 2011

"BASTA-TE MINHA GRAÇA..."















“BASTA-TE MINHA GRAÇA...”

Senhor, preciso te ouvir...
Porque não quero mais dar ouvidos a mim mesmo...
Visto que, nem sempre chega aos meus pensamentos o que convém...
Por isso, preciso filtrar o que me chega ao pensar...
Desse modo, discernirei o que é bom, o que é justo,
o que te agrada, o que é perfeito...

Ah! Senhor! De mim mesmo já não sei o que fazer...
Por isso, renovo hoje e para sempre minha consagração a Ti...
E Te peço humildemente, conduz-me ao teu devir...
Porque aqui neste mundo tudo é ilusão...
A começar pelo lixo da televisão
e outros meios de comunicação social...
Que comunicam tudo, menos a tua vontade...

Senhor, somos a parte visível do teu Reino neste mundo...
Mas, somos atacados por todos os lados,
pelo inimigo invisível de nossas almas...
E Tu, Senhor, que nos sustentas nesta guerra espiritual que travamos...
Dá-nos vencer os desenganos que às vezes bate à nossa porta...
Como que, querendo nos abater e nos tirar de tua presença...
Mas sei que isso não é possível, porque tu mesmo disseste:
“Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força.” (2Cor 12,9).

Ah! que alívio, Senhor, te ouvir e acreditar no teu amor...
Teu amor que nunca nos deixa.
É por isso que é impossível viver e te esquecer...
Vem, Senhor, te pedimos, permanece conosco...
Aviva ainda mais tua lembrança em nossos corações...
Porque somente assim haverá esse intercâmbio constante entre o céu e a terra...
Entre o visível e o invisível...
Entre o tempo e a eternidade...
Entre o teu Senhorio e a nossa serventia...
Alegria de nossas almas que anseiam pela união definitiva contigo na tua glória...Amém!

Paz e Bem!

***
“Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte”. (2Cor 12,9b-10).

***


Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM MARIA, MÃE DE DEUS



















A IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM MARIA, MÃE DE DEUS

Ó Virgem, pela tua benção é abençoada a criação inteira!

O céu e as estrelas, a terra e os rios, o dia e a noite, e tudo quanto Obedece ou serve aos homens, congratulam-se, ó Senhora, porque a beleza perdida foi por ti de certo modo ressuscitada e dotada de uma graça nova e inefável. Todas as coisas pareciam mortas, ao perderem sua dignidade original que é estar em poder e a serviço dos que louvam a Deus.  Para isto é que foram criadas. Estavam oprimidas e desfiguradas pelo mau uso que delas faziam os idólatras, para os quais não haviam sido criadas. Agora, porém, como que ressuscitadas, alegram-se, pois são governadas pelo poder e embelezadas pelo uso dos que louvam a Deus.

Perante esta nova e inestimável graça, todas as coisas exultam de alegria ao sentirem que Deus, seu Criador, não apenas as  governa invisivelmente lá do alto, mas também está visivelmente neles, santificando-as com o uso que delas faz. Tão grandes bens procedem do bendito fruto do sagrado seio da Virgem Maria.

Pela plenitude da sua graça, aqueles que estavam na mansão dos mortos alegram-se, agora libertos; e os que estavam acima do céu rejubilam-se renovados. Com efeito, pelo fim se seu cativeiro, e os anjos se congratulam  pela restauração de sua cidade quase em ruínas.

Ó mulher cheia e mais que cheia de graça, o transbordamento de tua plenitude faz renascer toda criatura! Ò Virgem bendita e mais que bendita, pela tua benção é abençoada toda a natureza, não só as coisas criadas pelo Criador, mas também o Criador pela criatura!

Deus deu a Maria o seu próprio Filho único, gerado de seu coração, igual a si, a quem amava como si mesmo. No seio de Maria, formou seu filho, não outro qualquer, mas o mesmo, para que, por natureza, fosse realmente um só e o mesmo Filho de Deus e de Maria! Toda a criação é obra de Deus, e Deus nasceu de Maria. Deus criou todas as coisas, e Maria deu à luz Deus! Deus que tudo fez, formou-se a si próprio no seio de Maria. E deste modo refez tudo o que tinha feito. Ele que pode fazer tudo do nada, não quis refazer sem Maria o que fora profanado.

Por conseguinte, Deus é o pai das coisas criadas, e Maria a mãe das coisas recriadas. Deus é o Pai da CRIAÇÃO UNIVERSAL, e Maria a mãe da redenção universal. Pois Deus gerou aquele por quem tudo foi feito, e Maria deu à luz aquele por quem tudo foi salvo. Deus gerou aquele sem o qual nada absolutamente existe, e Maria deu à luz aquele sem o qual nada absolutamente é bom.

Verdadeiramente o Senhor é contigo, pois quis que toda a natureza reconheça que deve a ti, juntamente com ele, tão grande benefício.

Paz e Bem!

Fonte: Das Meditações de Santo Anselmo, bispo - Oratio 52: PL 158,955-956 - sec.XII



Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

QUAL É O NOSSO FUTURO, O QUE ESPERAMOS NA ETERNIDADE?










QUAL É O NOSSO FUTURO, O QUE ESPERAMOS NA ETERNIDADE?

Deus cumpre as suas promessas por meio de seu Filho

Deus estabeleceu não só um tempo para suas promessas, como também um tempo para a realização do que prometera. O tempo das promessas vai dos profetas a João Batista. A partir dele começa o tempo de cumprir-se o prometido.

Deus, que se fez nosso devedor, é fiel, nada recebendo de nós, mas nos prometendo tão grandes bens. Pareceu-lhe pouco a simples promessa e, por isso, quis ainda comprometer-se por escrito, como que firmando conosco um contrato. Desse modo, quando começasse a cumprir as coisas prometidas, veríamos em tal escritura a ordem com que seriam realizadas. O tempo das profecias era o do anúncio das promessas, como já dissemos várias vezes.

Prometeu-nos a salvação eterna, a vida bem-aventurada e sem fim em companhia dos anjos, a herança imperecível, a glória eterna, a doçura da visão de seu rosto, a sua morada santa nos céus e, pela ressurreição dos mortos, a exclusão total da morte. É esta, de certo modo, a sua promessa final, o objeto de toda nossa aspiração. Quando a tivermos alcançado, nada mais buscaremos, nada poderemos exigir. Não deixou também de revelar o caminho que nos havia de conduzir a esses últimos fins, mas o prometeu e anunciou.

Deus prometeu aos homens a divindade, aos mortais a imortalidade, aos pecadores a justificação, aos humilhados a glória. Contudo, meus irmãos, pareceria inacreditável aos homens que Deus prometesse tirá-los da sua condição mortal de corrupção, vergonha, fraqueza, pó e cinza, para torná-los semelhantes aos anjos. Por isso, não só firmou com eles um contrato que os levasse a crer, mas constituiu ainda como mediador e garantia, não um príncipe qualquer ou algum anjo ou arcanjo, mas seu Filho único. Desse modo, mostrou-nos e ofereceu-nos, por meio de seu próprio Filho, o caminho que nos levaria ao fim prometido.

Não bastou, porém, a Deus fazer seu Filho indicar o caminho; quis que ele mesmo fosse o caminho, a fim de te deixares conduzir por ele, caminhando sobre ele próprio. Para isso, o Filho único de Deus deveria vir ao encontro dos homens e assumir a natureza humana. Tornando-se homem, deveria morrer, ressuscitar, subir aos céus, sentar-se à direita do Pai e realizar entre os povos o que prometera. E, depois da realização de suas promessas entre os povos, cumprirá também a de voltar para pedir contas de seus dons, separando os que merecerão a sua ira ou sua misericórdia, tratando os ímpios como ameaçara e os justos como prometera.

Tudo isso devia ser profetizado, anunciado e recomendado, para que, ao suceder, não provocasse medo com uma vinda inesperada, mas ao contrário, sendo objeto da nossa fé, o fosse também por uma ardente esperança.

Paz e Bem!

Fonte: Dos comentários sobre os Salmos, de Santo Agostinho, bispo - (In Ps. 109,1-3: CCL 40,1601-1603) - (Séc. V).

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...