VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SÉRIE MEDITAÇÕES: A SAGRADA TEOLOGIA



SÉRIE MEDITAÇÕES

A SAGRADA TEOLOGIA

A Sagrada Teologia é o estudo de Deus. Deus Santo, Deus Imortal, Deus de Poder. Senhor do céu e da Terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis; doador de todos os dons, porque tudo lhe pertence inteiramente, e somente a Ele pertence. Ninguém pode conhecer a Deus em sua Essência, quando muito, podemos conhecê-lo pela fé, seja ela teológica, carismática, ou ainda a fé natural, isto porque Deus se dá conhecer também por meio de suas obras.

Assim sendo, todo conhecimento que temos de Deus é revelação que Deus faz de Si mesmo, seja por suas obras, todas elas maravilhosas; seja por meio de Sua Palavra comunicada na Lei e nos Profetas, seja inda pela experiência de fé do seu povo, e seja, principalmente pelo seu Verbo que se fez Carne, no seio da Virgem Maria, e habita no meio de nós. Pois Jesus Cristo é o ápice da revelação divina; tudo o que Deus quis revelar nos últimos tempos, o fez por meio do Seu Filho amado.

A sagrada Teologia apoia-se, como em seu fundamento perene, na Palavra de Deus escrita e na sagrada Tradição, e nela se consolida firmemente e sem cessar se rejuvenesce, investigando, à luz da fé, toda a verdade contida no mistério de Cristo. As Sagradas Escrituras contêm a palavra de Deus, e, pelo fato de serem inspiradas, são verdadeiramente a palavra de Deus; e por isso, o estudo destes sagrados livros deve ser como que a alma da sagrada teologia. Também o ministério da palavra, isto é, a pregação pastoral, a catequese, e toda a espécie de instrução cristã, na qual a homilia litúrgica deve ter um lugar principal, com proveito se alimenta e santamente se revigora com a palavra da Escritura”. (Constituição Dogmática Dei Verbum)

Portanto, estudar a Sagrada Teologia, guiados pelo Espírito Santo, firmes na fé e em comunhão com a Sagrada Tradição e o Magistério da Igreja, é a vontade de Deus para todos os seus filhos e filhas; a fim de que sigamos Jesus Cristo, seu Filho amado, praticando o que Ele nos ensinou, e vivendo como testemunhas de sua presença em nosso meio, como Ele mesmo disse: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou conosco todos os dias, até o fim do mundo”. (Mt 28,19-20).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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sábado, 24 de novembro de 2012

SÉRIE MEDITAÇÕES: CONHECENDO OS MANDAMENTOS...


SÉRIE MEDITAÇÕES

CONHECENDO OS MANDAMENTOS...

Os Santos Mandamentos são Leis Divinas que nos ensinam a verdade da fé e como devemos vive-la. Ora, todas as criaturas de Deus já trazem implícitas suas leis naturais em seu código genético; e em sua alma as leis divinas pelas quais conhecemos a Deus. Nossas almas têm três propriedades essenciais, volitiva que corresponde à vontade, intelectiva que corresponde à inteligência; e apetitiva que corresponde aos desejos. Essas três propriedades são livres e é por elas que tomamos nossas decisões. Nada acontece em nossa vida sem que antes decidamos, e, mesmo quando nos omitimos, as coisas adversas que se dão, são fruto de nossa decisão pela omissão.

Portanto, o livre arbítrio é a maior fonte de liberdade ou da perca dela, dependendo sempre do que decidimos. Por isso, tudo depende de nós no que diz respeito ao ser e estar na vida e no mundo. Porém, devido à nossa contingência, a providência divina nos auxilia para não perdermos nossa autonomia de criaturas; alguns até chamam isso de sorte, na verdade, trata-se tão somente da divina providência, que criou tudo para a existência e não quer que ninguém se perca ou se autodestrua.

Então, vamos aos mandamentos, pois estes são verdades de fé reveladas; porém, não podemos esquecer que eles já se encontram implícitos no âmago de nosso ser, e Deus apenas no-los deu conhecer explicitamente para regrarmos nossa existência e assim poder mantê-la na verdade e justiça, para assim evitarmos os danos que o não cumprimento deles acarreta em nossa vida.

Primeiro Mandamento: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as tuas forças”. (Deut 6,5). O amor a Deus está acima de todas as coisas, porque nada se compara ao Criador que é bendito para sempre. Cabe a nós, suas criaturas amadas, amar a Deus e a tudo o que Deus ama, porque sem este amor não existe vida nem perspectiva dela, mas somente o caos.

Segundo Mandamento: Não tomar seu Santo Nome em vão. Isto significa, trazer o santo temor do Senhor em nossas almas, pois onde não existe respeito também não existe reconhecimento e amor. Deus é Deus e é digno de toda reverência e adoração, por isso, não podemos usar o nome de Deus e de seus santos para nada que não seja sua vontade. Pois aqui tudo passa, mas em direção à eternidade, onde prestaremos contas no dia do juízo final de tudo aquilo que aqui falamos ou fizemos. (cf. Mt 12,33-37; 1Cor 4,1-5; Heb 9,27).

Terceiro Mandamento: Guardar domingos e festas. Ou seja, Deus nos dá todo dia vinte e quatro horas e enquanto aqui estivermos nunca deixará de fazê-lo; e nós quanto desse tempo damos a Deus? Nos domingos e festas, Deus marca um encontro pessoal conosco por esse mandamento para nos perdoar, nos ensinar, nos alimentar e proteger; e nós, vamos ao seu encontro nesses dias ou o deixamos esperando ou mesmo chegamos atrasados? Quem quer ser abençoado procura sua benção, quem a rejeita vive lhe dando as costas e nunca cresce na graça, no conhecimento, na sabedoria e na vivência da fé, porque anda na contra mão do Reino de Deus.

Quarto Mandamento: Honra teu pai e tua mãe. O dever de honra é nosso, porque eles já nos deram o direito à vida cooperando com Deus no nosso nascimento, e pelos benefícios que nos fazem a vida inteira; em contra partida, o que lhes damos? Falando sobre este mandamento escreveu São Paulo:Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra” (Dt 5,16).(Ef 6,1-3). Portanto, em relação aos nossos pais só temos deveres, porque deles já recebemos todos os direitos, inclusive o de herança quando deixam este mundo.

Quinto Mandamento: Não matarás. A vida a Deus pertence e somente a Ele pertence, ninguém tem o direito de tira-la; cabe a Deus e tão somente a Ele dá-lhe o fim determinado. Não julgue, não condene, não mate ninguém, seja por palavras, atos e intenções, porque “quem com o ferro fere, com ele será ferido” (Mt 26,52). Antes, pelo contrário, sejamos misericordiosos e compassivos uns com os outros, perdoando-nos mutuamente.

Sexto Mandamento: Não pecar contra a castidade. Uma alma casta é uma alma inacessível ao mal, pois, habitada pelo Espírito Santo, vive o prazer dessa santa habitação e nada se compara a esse divino prazer. De fato, somos um misto de carne e espírito; temporalidade e eternidade, todavia, deve se sobressair aquilo que em nós não perece, pois tudo o que é carnal é passageiro e não satisfaz, porque não preenche nosso desejo de felicidade permanente. Portanto, somente o Espírito Santo preenche totalmente o nosso viver, porque nós somos seus templos vivos.

Sétimo Mandamento: Não furtar. Tudo o que é material tem o fim que lhe é próprio conforme a natureza das coisas; no entanto, existem valores em nós que são eternos, dentre estes está a honestidade, fonte de liberdade para quem a cultiva. Ser honesto é ser livre de todos os apegos materiais, é viver a simplicidade de ser o que somos aos olhos de Deus, sabendo que Ele cuida muito bem de nós por sua divina providência. Nada mais fútil do que se prender à coisas materiais, fruto do roubo ou mesmo do egoísmo que corrói a dignidade e a autoestima de nossa humanidade.

Oitavo Mandamento: Não levantar falso testemunho. A mentira é a pior de todas as armadilhas que o demônio tem posto diante dos homens, querendo nos enganar e impedir que a verdade nos conduza. Nenhum mentiroso vive sossegado, pois o demônio, pai da mentira, lhe atormenta dia e noite, tirando-lhe toda paz. Ora, o Espírito da verdade é o Espírito de Deus que acompanha seus filhos e filhas conduzindo-os à felicidade eterna. Quem vive na mentira e da mentira, nunca se encontra e nem encontra Deus, por isso, vive sem rumo e sem vida; pelo contrário, a verdade liberta e salva sempre, porque todo aquele que se entrega ela e se deixa conduzir por ela tem a vida eterna. A verdade é o próprio Deus, pois assim disse o Senhor Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. (Jo 14,6).

Nono Mandamento: Não desejar a mulher do próximo nem o marido da próxima. A traição é uma das piores maldades do ser humano na face da terra, ela, na verdade, é uma tragédia perversa repleta de desunião e dor. Ao contrário, a união sacramental legítima é uma fonte de felicidade, porque é na fidelidade que se fundamenta e cresce a família humana. Deus criou o homem e a mulher para formar família, sua família, por isso, os criou à sua imagem e semelhança. Uma família bem estruturada na fé dá frutos fecundos de felicidade, porque quem é fiel serve a Deus e vive Dele, Nele e para Ele. Sem fidelidade não há verdade, não há amor, não há liberdade, não há vida, não há nada de bom.

Décimo Mandamento: Não cobiçar as coisas alheias. Segundo São Paulo, o pecado da cobiça assemelha-se ao pecado da idolatria, porque gera a morte da alma. Na cobiça se encontra o cúmulo do egoísmo, pois, nela, os bens materiais se tornam somente fonte de lucro, consumismo, prazer hediondo e nada mais. De fato, a sentença do Senhor: “Comerás o teu pão com o suor do teu rosto...” (Gen 3,19a), dignifica o ser humano e o leva a viver com equilíbrio e bem estar a vida que de Deus recebeu, sem egoísmo algum.

***
Aqui estão estas simples meditações sobre os Santos Mandamentos da Lei de Deus, elas nos ajudarão a viver a nossa fé conforme a vontade do Senhor expressa neles. Pois, como disse São João: ”Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: se amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos. Eis o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos. E seus mandamentos não são penosos, porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. (1Jo 5,2-4).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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terça-feira, 20 de novembro de 2012

SÉRIE MEDITAÇÕES: O AMOR, A VERDADE E OUTRAS VIRTUDES (CONTINUIDADE)...


SÉRIE MEDITAÇÕES

O AMOR, A VERDADE E OUTRAS VIRTUDES (CONTINUIDADE)...


JUSTIÇA

A Justiça dá a cada ser o que lhe é devido na medida certa...
Por isso, Ela busca sempre a verdade dos fatos, porque esta lhe dá a capacidade de ação para o bem estar de todos...
Repara o mal que de fato houve...
Pune o que devido, liberta o que preciso...
Assim é e sempre será a Justiça...
Destarte, só Deus é Justo, e por seu Filho Jesus Cristo,
Justifica todos os injustiçados... (cf. Mt 5,6)

PIEDADE

A Piedade é a verdade em oração no coração das almas santas...
Uma alma piedosa ama a Deus com profunda reverência...
Clama por sua clemência, e se põe à disposição de sua vontade...
Cresce na intimidade e no fervor, e sabe guardar com amor todas as pérolas divinas que lhes são confiadas, não as atirando aos porcos...
Todavia as multiplica pela oração,
Ornando com a unção divina e salutar as almas mais necessitadas...


A Fé é como um expectorante para a alma,
visto que põe para fora dela toda desconfiança,
firmando-a na esperança que não decepciona....
Isto porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações,
pelo Espírito Santo que nos foi dado...(cf. Rom 5,5).
A fé tudo alcança, porque obtém de Deus todo poder,
Por isso, tudo é possível ao que crer...

ESPERANÇA

A Esperança é alma gêmea da fé,
porque tem certeza do que não vê...
Diz o ditado popular: quem espera em Deus nunca cansa,
porque Deus não falha nunca...
A esperança também se chama convicção,
porque quem espera em Deus nunca duvida de suas promessas,
pois sabe que elas são o motivo e o fundamento de sua aliança conosco...

CARIDADE

A Caridade é o amor assistindo as necessidades,
reparando as injustiças e imperfeições dos homens...
Ela por sua vez é assistida pela Providência Divina,
que consola os corações caridosos pelo milagre do bem feito aos mais necessitados...
Ela é como que a mão do Senhor a socorre-nos em seu amor...
Pela caridade somos anjos de resgate...
Apoiando os caídos, assistindo os desvalidos,
libertando os oprimidos que o egoísmo de alguns mutilou...
A caridade nunca passa, até que cheguemos ao céu...
Todavia, não busque nela alguma salvação pessoal,
Pois ninguém é salvo pelas obras...
Porém, convém saber que as boas obras só existem,
porque fomos salvos por Jesus Cristo, o Filho de Deus...

TEMPERANÇA

A Temperança é o equilíbrio perfeito entre os desejos da carne e os do Espírito; isto porque a aspiração da carne é a morte; enquanto a aspiração do Espirito é a vida e a paz; pois a carne (concupiscência) não se submente à Lei de Deus e nem o pode, porque os que vivem segundo a carne rejeitam as graças do Espírito de Deus...

“Portanto, irmãos, não somos devedores da carne, para que vivamos segundo a carne. De fato, se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras da carne, vivereis, pois todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. (Rom 8,12-14).

SOBRIEDADE, MODÉSTIA

Em cada área do nosso ser existe a possibilidade do prazer, pois o dom de sentir prazer é um dom que Deus nos deu, e que gera em nós certa satisfação prazerosa, isto é, certa sensação de felicidade. Todavia, é preciso que haja equilíbrio em todos os nossos sentidos para que estas sensações não se transformem em fuga de nós mesmos, dos outros e de Deus; ou mesmo desemboquem nos vícios que levam ao precipício da perca de liberdade, porque toda sensibilidade carnal é passageira e fugaz, quando não equilibrada pela sobriedade.

A Sobriedade é a virtude que Deus nos deixou para não nos afastarmos do seu amor, que é a nossa eterna fonte de felicidade. É ela que nos equilibra e nos conduz à moderação no comer e beber; no pensar e falar; no olhar e sentir; no vestir e se portar. A sobriedade é prima irmã da modéstia, pois esta faz a festa da graça de Deus em nossas almas. (cf. Rom 12,16).

MANSIDÃO

Quem vive cultivando a virtude da Mansidão tem seu coração em Deus, que nos ensina por seu Filho amado, a nunca nos alterarmos em meio aos desequilíbrios dos homens (cf. Mt 11,28-30). Essa virtude vem também acompanhada de uma promessa, os mansos possuirão a terra, indício da posse do céu, terra eterna prometida por Deus aos filhos seus (cf. Mt 5,5; 2Ped 3,11ss).

INOCÊNCIA

A inocência nos torna imunes à todo tipo de perseguição e violência, porque todo inocente é livre e tem na inocência sua maior defesa. Alguém é inocente quando vive a verdade diante de Deus e dos homens, porque o fato de existir naturalmente já é a verdade em si. Todavia, precisamos vive-la com ela é, transparente sempre, como o próprio Deus. Os mais temidos dos homens são os inocentes, porque até mesmo o seu silêncio causa tortura aos seus algozes. Por isso, todo inocente é invencível, pois nem a morte o poderá destruir.


PENITÊNCIA

Jesus começou seu ministério nos ensinando a fazer penitência: "Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho”. (Mc 1,15).

Como vimos nesse ensinamento do Senhor, a penitência é o reforço da fé, pois o verdadeiro arrependimento precisa de penitência para que haja verdadeira conversão. Não basta dizer, “creio em Jesus Cristo”; pois, a fé é muito mais do que uma simples afirmação; ela precisa do esforço da alma penitente para se firmar e crescer na graça santificante, e dar os frutos da adesão ao Senhor, por meio da vivência do seu evangelho. Fazer penitência é vencer-se a si mesmo, como nos ensinou São Francisco de Assis, em sua décima Admoestação: “O pior inimigo do homem é ele mesmo, vence-te a ti mesmo e vencerás todos os teus inimigos visíveis e invisíveis”. Porquanto, ajuda-nos Senhor a penitenciar-nos em tua presença, pois sem Ti nada podemos fazer (cf. Jo 15,5).

PRUDÊNCIA

A Prudência é a aliada que perpassa todas as outras virtudes...
Por ela ninguém erra...
Por ela evita-se a dúvida atroz e o desengano...
Porque a Prudência nos faz atentos, nos dá alento para decidirmos somente pela vontade de Deus...
Desse modo, Ela é o discernimento perfeito e a razão de ser do equilíbrio de todas as outras virtudes em nossa vida...

COERÊNCIA

A Coerência é a autêntica vivência da fé, é ela a despenseira de todas as graças, para darmos os frutos de santidade que o Senhor nos concede na Santa Comunhão. Ela é o motivo de sermos recebidos e atendidos diante de Deus. Por ela somos livres desde já de todo julgamento diante do tribunal do Senhor.

É a Coerência que ilumina nossas almas com a luz que nunca se apaga e por isso, se torna nosso escudo de proteção para todos que a vivem. Ela põe por terra toda falsidade, porque faz valer a verdade e a autoridade divina em nossa vida. Foi pela virtude da coerência que Natanael foi identificado por Jesus e recebeu dele o mais belo elogio entre os apóstolos, e uma especial revelação do Senhor. (cf. Jo1,43-51).

O QUE DIZER AINDA MAIS A RESPEITO DAS VIRTUDES?

Todas as virtudes com que Deus nos criou...
Foram-nos concedidas para permanecermos fieis ao seu amor,
E gozarmos da liberdade infinita em sua Presença bendita...
Por isso, abusar da misericórdia e da bondade divinas...
É deixar de viver no santo temor...
É perder-se na agonia e na dor de não amar o Senhor,
e não se deixar amar por Ele eternamente...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

SÉRIE MEDITAÇÕES


SÉRIE MEDITAÇÕES

A FÉ É UM DOM DE DEUS?


A fé é um dom de Deus e uma de suas leis naturais presente em todas as suas criaturas. Ora, naturalmente todos já nascem acreditando seja na própria vida, seja em algum credo que professa, seja no seguimento de alguma ideologia, seja ainda pela incredulidade ou indiferença com que alimenta sua alma; o fato é que todos creem, e isto é inegável. Porém, em todos os batizados a fé é dom do Espírito Santo que lhes concede a percepção das graças que Deus nos prodigalizou (cf. 1Cor 2,12).

Tanto na vida dos que creem como dos que não creem, a fé ou a falta dela, surte efeitos inigualáveis. Para os que creem a fé é fonte de salvação, como nos ensinou nosso Senhor Jesus Cristo: “Tudo é possível ao que crê”. (Mc 9,23). Por ela nos aproximamos de Deus e com Ele interagimos, porque, “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê” (Heb 11,1). “Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra” (II Tim 3,17).

Ela é também uma arma poderosa na luta contra o mal (cf. Ef 6,10-18), e, juntamente com as outras virtudes, uma graça especial na conquista da vida eterna: “Mas tu, ó homem de Deus, foge dos vícios e procura com todo empenho a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão. Combate o bom combate da fé. Conquista a vida eterna, para a qual foste chamado...”. (1Tim 6,11-12a).

Já na vida dos que não creem, a falta de sua força salvadora, leva estes à perca do sentido eterno da vida por não amarem a Deus e nem interagirem com Ele. Visto que, “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram” (Heb 11,6). De fato, um rastro de morte se faz presente nos corações incrédulos, pois, ao negarem a evidência divina, afirmam a impiedade e a perversidade humanas, aprisionando pela injustiça a verdade que os podia salvar. Porque, “Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar”. Assim, “Pretendendo-se sábios, tornaram-se estultos” (Rom 1,20.22).

Porém, nos ensina São Paulo: “Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens... Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tim 2,1.3-4).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

SÉRIE MEDITAÇÕES: O AMOR, A VERDADE E OUTRAS VIRTUDES




SÉRIE MEDITAÇÕES

O AMOR, A VERDADE E OUTRAS VIRTUDES...

Perguntei a uma criança da catequese, o que é virtude? Ela me respondeu bem de mansinho: virtude é uma qualidade boa, frei... Nossa! Como eu fiquei feliz com essa resposta, pois percebi que o Espírito Santo fala com as crianças e por meio delas... Então, meditemos sobre algumas dessas virtudes das quais fomos dotados por Deus...


AMOR

O Amor é o fundamento de todos os dons que Deus nos deu...
A maior de todas as virtudes é amar,
amar a Deus acima de todas as coisas
e amar aqueles que Deus nos dar para amar...
Entretanto, basta a raiva, o ódio, o ressentimento...
Para macular esse precioso presente que Deus nos deu...
Portanto, o maior dom de cura é o perdão, por ele o amor permanece sempre...


VERDADE

A Verdade está dentro de todo ser humano e presente em tudo que existe...
Mesmo que alguém minta, tem consciência dela,
e sabe que a está traindo...
Então, não faça da mentira seu ofício,
porque ela será a causa de sua ruína...
Pois a mentira é como uma areia movediça,
quanto mais alguém se move nela, mais afunda e se perde...


OBEDIÊNCIA

A Obediência é a ciência daqueles que se tornam capazes de dar a própria vida, para não desorganizar o que a Sabedoria de Deus organizou...
Por isso, todo ser obediente é também humilde, porque não faz valer seus interesses pessoas, mas sim os interesses dos demais em vista dos santos interesses de Deus...
Todo ser obediente serve sempre, porque não faz a própria vontade, mas somente a vontade de Deus...


PUREZA

A Pureza de coração nos leva à visão de Deus...
“Bem aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus”.
Ora, todos nós sabemos disso...
Mas por que todos não a praticam?
Por causa do imediatismo da impureza,
que faz a carne experimentar o que a alma rejeita...
E porque a alma rejeita?
Porque a impureza leva ao precipício do egoísmo...
Mesmo assim milhares e milhões caem nas chantagens psíquicas dos egoístas de plantão e se tornam também escravos do imediatismo...


FIDELIDADE

À Fidelidade se contrapõe a traição ou infidelidade...
Traço da terrível maldade de Judas contra Jesus...
O fato é que todo traidor só morre na desgraça...
A não ser que se arrependa,
peça perdão e repare sua maldade...
Caso contrário, jamais se salvará...


BONDADE

A Bondade se contrapõe à todo tipo de maldade que se comete na face da terra...
E todos temos a virtude da bondade no mais íntimo de nós, mas quantos a cultivam?
É por falta do cultivo da bondade que a perversidade tem se alastrado como peste maligna em todos os campos da vida...


HONESTIDADE

A Honestidade põe por terra a ganância, a corrupção e seus derivados, chamados falcatrua, estelionatários, corruptores e corrompidos...
A honestidade é a maior prova de nossa inocência...
E quem tem a consciência limpa, não precisar provar nada...
Estes já receberam de Deus a liberdade eterna...


GENEROSIDADE

A Generosidade é irmã da solidariedade,
esposa e mãe de todo bem que há...
Liberta dos apegos e dos medos das percas materiais...
Liberta da avareza, vileza que leva muitos à idolatria do dinheiro...
Uma alma generosa é rica em satisfação,
porque é alento para os necessitados
e porta aberta da salvação...


SIMPLICIDADE

A simplicidade descomplica tudo...
Não faz de um pingo uma tempestade,
Visto que nunca se liga na maldade de quem quer que seja...
Os simples de coração são os humildes que Deus pôs neste mundo para derrotar o cão imundo da soberba...


POR ENQUANTO FIQUEMOS ASSIM, LOGO, LOGO TEM MAIS...

Todas estas são virtudes presentes em todos nós...
Nelas encontramos a Deus e com ele convivemos...
Elas são vias de perfeição com as quais Deus nos ornou...
Por elas Ele nos comunica sua santidade,
por meio de seu Filho amado, Jesus Cristo,
caminho, verdade e vida de todos os que se exercitam pela via de sua redenção...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SÉRIE MEDITAÇÕES: O QUE QUERO EU DA VIDA?


SÉRIE MEDITAÇÕES

O QUE QUERO EU DA VIDA?

Pensando bem, da vida eu quero somente o que a vida me convém ela mesma, em conformidade com a vontade de Deus. “Pois de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier perder sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida?” (Mc 8,35-36). Sim, é isso mesmo o que quero, pois aprendi do Senhor que nada tenho, porque tudo o que tenho são dádivas do Senhor que em seu infinito amor nos concedeu para que tenhamos vida e bem estar no mundo.

Fora disso, tudo o mais é perca de tempo, do bom convívio e medo de perder tudo, até mesmo a vida; isto porque os maus associam os bens materiais à ela e tentam tira-la a todo custo para obterem os dividendos que buscam, só que inutilmente, pois ao perderem também a vida, nada poderão levar consigo para o dia do julgamento (cf. Heb 9,27), a não ser todo o mal que causaram aos seus semelhantes, e isto como prova de sua condenação.

De fato, “Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições”. (1Tim 6,9-10).

Portanto, vivamos a vida como ela é, simplesmente acolhendo-a como dádiva do nosso Criador e Pai de nossas almas, crendo firmemente, que em seu Filho, Jesus Cristo, ela é eterna para além de tudo o que somos ou temos neste mundo, pois Jesus nos ensinou: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito; pois vou preparar-vos um lugar. Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais”. (Jo 14,1-3).

Senhor, confiamos ardentemente nessa verdade que revelaste, e abraçamos com amor o que dissestes:Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. Eis-nos aqui Senhor, realiza o teu querer e executar em nosso viver, pois te amamos e te adoramos como o único Senhor, que nos deu a vida e com ela a salvação eterna. Amém!

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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terça-feira, 6 de novembro de 2012

SÓ A BÍBLIA? OU BÍBLIA, TRADIÇÃO E MAGISTÉRIO?


SÓ A BÍBLIA? OU BÍBLIA, TRADIÇÃO E MAGISTÉRIO?

Com a cisão no Cristianismo, por volta de 1519, nossos irmãos Protestantes resolveram rever a Doutrina ensinada pela Igreja Católica e com isto, entenderam de forma diversa, vários pontos doutrinários, dos quais, alguns, estudaremos a seguir.

CANONICIDADE DOS LIVROS DA BÍBLIA: A palavra cânon significa lista, regra, norma.

Os livros inspirados da Bíblia chamam-se canônicos, isto é, reguladores da nossa fé.

O cânon é a lista dos livros inspirados que tem Deus como autor.

A Bíblia católica possui 46 livros no A.T. e 27 no N.T., perfazendo um total de 73 livros.

Já a Bíblia protestante possui apenas 39 livros no A.T. e 27 no N.T., perfazendo um total de 66 livros.

As divergências dos livros que compõem o Antigo Testamento, são causadas pelo fato de existirem dois cânons diferentes, conhecidos como a Bíblia hebraica, dos judeus palestinenses e a Bíblia dos setenta ou Bíblia grega, dos judeus da diáspora (dispersão dos judeus pelo mundo).

A Bíblia hebraica dos judeus da Palestina, tem menos sete livros que a Bíblia dos setenta e não contém alguns trechos dos livros de Ester e Daniel e foi toda escrita em hebraico (livros originais).

A sua codificação começou quase 500 anos antes de Cristo e terminou 100 anos depois de Cristo.

A Igreja Cristã recebeu a versão grega da Bíblia codificada pelos judeus da diáspora.

Ora, esta Bíblia contém os Livros de Judite, Tobias, Eclesiástico, Sabedoria, Baruc e 1º e 2º Livros de Macabeus, além dos capítulos 3, 13 e 14 do Livro de Daniel e os capítulos 10 a 16 do Livro de Ester que a Bíblia dos judeus da Palestina não possui.

Esta tradução da Bíblia, também conhecida como Bíblia Alexandrina ou dos setenta, foi traduzida por 70 (setenta) sábios de Alexandria, 300 anos antes de Cristo.

E por que da diferença na relação de livros considerados como inspirados entre os judeus da Palestina e os judeus da diáspora?

Porque os judeus da Palestina eram ultra-nacionalistas e consideraram os seguintes critérios para decretar um livro como canônico:

Ter sido escrito na língua hebraica;
Ter sido escrito na Terra Santa (Israel);
Ter sido escrito até o tempo de Esdras (458-428 a.C.);
Estar de acordo com a Lei de Moisés.

A Bíblia dos setenta foi a Bíblia usada por Jesus e pelos Apóstolos.

Isto significa dizer que aceitavam os livros que não constam na Bíblia hebraica, como Palavra de Deus revelada.

Estes sete livros que não constam na Bíblia hebraica, são chamados livros deuterocanônicos, isto é, canônicos depois.

Os Judeus de Alexandria chegaram a traduzir os livros sagrados hebraicos para o grego entre 250 e 100 A.C..

Jesus e os Apóstolos citam o A.T. 350 vezes.

Pois bem, destas 350 citações, 300 são tiradas da Bíblia dos setenta.

Isto demonstra, sem dúvida, que os livros deuterocanônicos contém a Palavra de Deus autêntica e revelada.

Verificamos também que nos escritos do N.T. há citações implícitas dos livros deuterocanônicos.

Vejamos algumas:

Rm 1,19-32 = Sabedoria 13,1-9;
Rm 13,1 = Sabedoria 6,3;
Mt 27,43 = Sabedoria 2,13.18;
Tg 1,19 = Eclesiástico 5,11; (obs.: Eclesiástico também é conhecido como Sirácida)
Mt 11,29s = Eclesiástico 51,23-30;
Hb 11,34s = 2 Livro dos Macabeus 6,18-7,42;
Ap 8,2 = Tobias 12,15.

A Bíblia dos Setenta sempre foi, desde o início da Igreja, a Bíblia utilizada pelos cristãos de todo o mundo.

2) Fundamentação para a Fé e Doutrina:

Para os Protestantes: só a Bíblia (Livre Exame);

Para os Católicos: Bíblia, Tradição e Magistério.

Com a cisão no cristianismo, os cristãos protestantes resolveram rever o entendimento da Igreja com relação aos seus ensinamentos e, uma das decisões foi não mais aceitar a Tradição e o Magistério da Igreja Católica, além de optar pela Bíblia hebraica.

Segundo o Protestantismo, o método para se obter a verdadeira interpretação da Bíblia, é através do livre exame, isto é, ao lermos e refletirmos sobre a Palavra de Deus, oramos ao Espírito Santo e lhe suplicamos que nos revele a verdadeira interpretação da passagem bíblica lida.

Já a Igreja Católica ensina que, não somente a Bíblia Sagrada é fonte de revelação e ensinamento de Deus para nós, mas também a Tradição e o Magistério.

Vejamos o que a própria Bíblia nos diz a respeito disto:

Livre Exame:

II Pd 1,20-21: "Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus".

Tradição: Alegam nossos irmãos protestantes não aceitar a Tradição, entre outros motivos, pelas palavras de Jesus em Mt 15,2-3, vejamos então este texto:

Mt 15,2-3: "Por que transgridem teus discípulos a tradição dos antigos? Nem mesmo lavam as mãos antes de comer. Jesus respondeu-lhes: E vós, por que violais os preceitos de Deus, por causa da vossa tradição?".

É necessário esclarecer que, a tradição à qual Jesus se refere na passagem narrada segundo Mateus, é a tradição (ensinamentos) dos homens e que muitas vezes contradizem a Palavra de Deus.

A Tradição ensinada pela Igreja e proclamada também, como fonte de revelação da Palavra de Deus, nada mais é que, o ensinamento oral de Jesus e dos Apóstolos que não foi escrito em pergaminhos (livros), mas que só foi ensinado oralmente.

Tradição e Bíblia não se contradizem mas sim, se complementam e se confirmam uma a outra.

Vejamos o que a Bíblia diz a respeito:

II Tm 3,16-17: "Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra".

Jo 20,30-31: "Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome".

Jo 21,25: "Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever".

At 20,35: "Em tudo vos tenho mostrado que assim, trabalhando, convém acudir aos fracos, e lembrar-se das palavras do Senhor Jesus, porquanto Ele mesmo disse: É maior felicidade dar que receber!".

II Ts 2,15: "Assim pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa".

II Tm 2,1-2: "Tu, portanto, meu filho procura progredir na graça de Jesus Cristo. O que de mim ouviste em presença de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis que, por sua vez, sejam capazes de instruir a outros".

Magistério: Ao contrário do Livre Exame pregado pelos nossos irmãos protestantes a Igreja Católica prega que a interpretação da Bíblia é revelada pelo Espírito Santo à sua Igreja, esta Igreja na pessoa dos Bispos e Papas forma o Magistério que nada mais é que os esclarecimentos da Igreja, em nome de Deus, sobre a interpretação correta da Palavra de Deus.

Há uma grande diferença entre o Magistério da Igreja Católica e o Método do Livre Exame dos protestantes.

No Protestantismo existem várias explicações diferentes para um mesmo ponto doutrinário, algumas até contrárias umas as outras.

Já no Magistério da Igreja Católica, o entendimento é um só e aceito e pregado pelo mundo inteiro, em todas as paróquias, dioceses e em toda a Igreja Católica.
Pois se o Magistério da Igreja se pronuncia a respeito de um ensinamento, dúvida de fé ou dogma é porque ela não tem dúvida de que o que ela proclama é confirmado por Deus, na pessoa do Espírito Santo, pois quando não sabe, se cala.

Esclareça-se que o Magistério não é fonte de revelação da Palavra de Deus, mas apenas esclarece e corrige entendimentos errôneos sobre a Palavra de Deus.

Vejamos o que a Bíblia nos fala a respeito deste assunto:

Jo 14,26: "Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos tenho dito".

Jo 16,12-13: "Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão."

Jo 20,22-23: "Depois destas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos’".

Lc 24,45: "Abriu-lhes então o Espírito para que compreendessem as Escrituras".

At 2,1-4a: "Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceram-lhes, então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiam e repousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo ...".

At 15,28: "Com efeito, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor outro peso além do seguinte indispensável...".

At 16,4-5: "Nas cidades pelas quais passavam, ensinavam que observassem as decisões que haviam sido tomadas pelos Apóstolos e anciãos em Jerusalém. Assim as Igrejas eram confirmadas na fé, e cresciam em número de dia para dia".
Ef 2,19-20: "Consequentemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos Apóstolos e Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus".

II Pd 3,15-16: "Reconhecei que a longa paciência de nosso Senhor vos é salutar, como também vosso caríssimo irmão Paulo vos escreveu, segundo o Dom da Sabedoria que lhe foi dado. É o que ele faz em todas as suas cartas, nas quais fala nestes assuntos. Nelas há algumas passagens difíceis de entender cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam, para a sua própria ruína, como o fazem também com as demais Escrituras".

Mt 28,19-20: "Ide, pois ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo".

Pois bem, esta é a promessa de Deus para a sua Igreja, estar conosco "todos os dias até o fim do mundo".

As Igrejas Protestantes surgiram só por volta do ano de 1519.

Conforme alguns protestantes afirmam, a verdadeira Igreja de Jesus não é a Igreja Católica e sim a Igreja Protestante.

Então Jesus só passou a cumprir a sua promessa a partir de 1519?

E antes, no período compreendido entre a sua morte/ressureição e 1519?

Reflita bem.

Será que Jesus só começou a cumprir a sua promessa a partir de 1519 e até este ano não havia Igreja?

Respondemos que não.

A verdadeira Igreja de Jesus é aquela que vem desde os Apóstolos, mas que foi dividida pelos homens.

Jesus não queria a divisão da sua Igreja, apesar de saber, como Deus, que isto iria acontecer.

Vejamos o que o próprio Jesus nos fala contra a divisão da sua Igreja:

Jo 17,21-23: "A fim de que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviastes, eu lhes dei a glória que me deste para que sejam um como nós somos um: Eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que me enviaste e os amaste como amaste a mim".

Vejamos o que mais a Bíblia nos fala a respeito:

Ef 4,1-6: "Exorto-vos, pois – prisioneiro que sou pela causa do Senhor -, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, com toda humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade. Sêde solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Sêde um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos".

D Estevão Bettencourt, OSB

Fonte: http://aef.domestevao.nom.br/T4_Frameset.htm


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