VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

AS PALAVRAS DE JESUS NÃO SÓ PALAVRAS...


AS PALAVRAS DE JESUS NÃO SÃO SOMENTE PALAVRAS...

Sempre que ouvimos o Senhor, percebemos que Nele tudo é novo e perfeitamente diferente de tudo o que há; suas palavras, seus gestos, seu modo de ser revelam quem é Deus; como Ele age em meio a nossa naturalidade; e de quanto está próximo de cada um e de todos nós cada vez que o invocamos.

Ora, a linguagem divina, sem dúvida alguma, difere claramente de nossa linguagem humana; todavia, como somos “sua imagem e semelhança”, o Senhor procura falar nossa linguagem injetando nela sua Sabedoria Eterna, para nos comunicar a Sua Santidade, tão necessária para entramos no seu Reino de amor. É como está escrito: “Aquele que vem de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra é terreno e fala de coisas terrenas. Aquele que vem do céu é superior a todos. Ele testemunha as coisas que viu e ouviu, mas ninguém recebe o seu testemunho. Aquele que recebe o seu testemunho confirma que Deus é verdadeiro. Com efeito, aquele que Deus enviou fala a linguagem de Deus, porque ele concede o Espírito sem medidas.” (Jo 3,31-34).

Logo, é exatamente essa linguagem que Jesus usa nas parábolas que conta, cada vez que o ouvimos nos santos Evangelhos proclamados. E por que Jesus fala em parábolas? Por ser um dos meios mais eficazes de comunicação, pois atinge a todos por suas analogias e conclusões. Dizer algo em parábolas é manter “in aeternum” aquilo que se quer ensinar, isto porque as palavras de Jesus não são somente palavras, elas são poder, virtudes, curas, milagres, sabedoria, discernimento; entendimento das coisas eternas a partir das coisas temporais; elas, na verdade, são o devir, ou o já e ainda não da escatologia.

O bom de tudo isso é saber que, quando Jesus fala, Ele já comunica a graça que anuncia, ou seja, Sua Palavra já vem acompanhada da ação que incide sobre a quem foi dito ou ao que foi dito, como vemos nestes exemplos: “Vós já estás puros pela palavra que vos tenho anunciado” (Jo 15,3); “Jesus respondeu-lhe: Por causa desta palavra, vai-te, que saiu o demônio de tua filha. Voltou ela para casa e achou a menina deitada na cama. O demônio havia saído.” (Mc 7,29-30);

Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” (Jo 20,21-23). “E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: ‘Silêncio! Cala-te!’ E cessou o vento e seguiu-se grande bonança.” (Mc 4,39).

Por fim, não podemos esquecer que o Senhor pôs o paraíso dentro de cada um de nós, quando nos deu o livre arbítrio, que é o poder de decisão para permanecermos Nele ou não. E isto depende da escolha que fazemos: viver como filhos de Deus amando-o acima de todas as coisas por nossa obediência à Sua Sabedoria, expressa nas suas leis e mandamentos, e nos ensinamentos de Jesus, seu Filho amado; ou escolher permanecer no pecado, que consiste em não amar a Deus, pela desobediência aos seus mandamentos e às Palavras de Jesus.

Portanto, quem vive na obediência aos santos mandamentos, seguindo a Cristo Jesus, está sob a proteção divina, porque a sua alma se torna o lugar de Deus por excelência. E onde Deus habita, não existe lugar para o mal. Porém, quem se entrega ao pecado não pode ver a Deus, porque o pecado é o esconderijo do diabo (cf. 1Jo 3,4-6).

Então, quem poderá ver a Deus? Os que têm o coração puro, como diz o Senhor: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus!” (Mt 5,8). E quem nos dá essa pureza de coração? O senhor mesmo, pois, quando nos deu o santo batismo, nos deu, para sermos santos como Ele é Santo (cf. Mt 5,48; Jo 15,3; 1Jo 3,3); só precisamos deixar que o Espírito Santo nos conduza nesta trajetória para o Reino de Deus e sua justiça. (cf. Rm 8,14-17).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.
Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A REDE GLOBO E A FARSA SOBRE A DITA QUESTÃO TRANSGÊNEROS...


A REDE GLOBO E A FARSA SOBRE A DITA QUESTÃO TRANSGÊNEROS...

No último domingo (20/9/2015) a rede Globo de televisão, transmitiu reportagem sobre a dita questão transgêneros, cujo título é: “Hospitais brasileiros pesquisam e cuidam de jovens transgêneros: Adolescentes sentem pertencer ao gênero oposto. Dilema desafia pais e mães no mundo inteiro”. Pelo que foi visto posso afirmar categoricamente a manipulação da reportagem em defesa da bandeira do homo afetiva, que essa emissora defende com unhas e dentes, por meio das suas teledramaturgias, e na maioria de sua grade de programação.

E aqui deixo bem claro, que não estou combatendo ou querendo coibir o comportamento homossexual, ou apresentando algum tipo de descriminação ou defendendo a perversa homofobia; pois, todos nós temos o livre arbítrio, que é o poder de decidir sobre tudo em nossa vida, e por isso mesmo, respeito profundamente quem quer se comportar deste ou de outro modo. Entretanto, chamo a atenção, pois uma criança de 2 anos não tem o seu livre arbítrio ainda formado, porque a maturidade do livre arbítrio se alcança a partir dos 7 anos de vida, conforme a psicologia ensina. Por isso, embasado nos estudos do comportamento humano, posso tecer minhas considerações sobre esta reportagem e o meio que a transmitiu; mesmo sabendo que não serei compreendido por parte daqueles que seguem essa emissora e as teses que ela defende.

Todavia, onde se encontra a manipulação da reportagem? Simples, qualquer psicólogo sério conhece os mecanismos modificadores do comportamento humano. Por exemplo: o behaviorismo, que é uma das correntes da psicologia, ensina que “o comportamento humano ao sofrer a influência do meio e dos processos mentais, é facilmente modificado e até controlado”; assim, pois, para a psicologia, a personalidade humana é formada a partir do 0(zero) aos 7(sete) anos, sofrendo sempre a influência do meio em que vive, e seus mecanismos internos. Desse modo, qualquer indivíduo que está em formação sofre tais influências e apresenta o comportamento pelo que é influenciado.

Ora, a reportagem apresenta não só adolescentes como diz o enunciado acima, mas também crianças de 2 anos manifestando o que chamam de comportamento “transgênero”, que na verdade é o comportamento “homo afetivo”. Ora, que fique bem claro, Ela já começa a manipulação por ai, pois em se tratando de comportamento, a ciência psicológica, como foi dito acima, ensina que ele pode ser modificado de acordo com a intenção ou o interesse de quem está tentando modificar esse ou aquele comportamento; por exemplo: uma mãe que está grávida, mas deseja um bebê do sexo masculino, porém, concebeu um bebê do sexo feminino; caso essa mãe rejeite tal criança concebida, a psicologia ensina que essa mãe ao rejeitar seu bebê do sexo oposto ao seu desejo, está manipulando essa criança e levando-a a ter um comportamento que seja aceito pela mãe que a concebeu.

Então, essa ideia ou concepção de que a criança já nasce com algum distúrbio de ordem sexual, diferente de sua composição natural, é falsa, tendo em vista que a sexualidade é determinada naturalmente pelos genes x e y. Existe o caso especial do hermafrodita (que é o indivíduo que nasce com os dois órgãos sexuais), mas neste caso, o órgão que mais se destaca é o que prevalece, não modificando o comportamento de quem nasce assim, pois a tendência segue naturalmente o órgão que se destaca. Ora, a reportagem em nenhum momento procura um profissional que tenha uma visão diferente das teses defendidas pela emissora. Pois, infelizmente, ela assumiu de vez essas teses e tenta manipular ou influenciar a todos que a assistem para que faça o mesmo; e combate tenazmente quem é contrário a ela.

Portanto, não há nada de novo ou do se estranhar nas atitudes dessa emissora, pois, como é do conhecimento de todos os que sofreram a repressão militar nas décadas de 60, 70 e 80; a Rede Globo de Televisão é uma cria da Ditadura Militar que se implantou no Brasil, como tentáculo da CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos da América), que na época treinou muito bem o jornalista que se tornou dono da tal conglomerado midiático, que por muitos anos serviu à mesma ditadura militar e aos governos que se sucederam; sempre procurando manipular, anos após anos os eleitores e o resultado das eleições, puxando sempre “a sardinha para a sua brasa”.

Hoje os seus sucessores continuam a mesma saga, porém, agregaram novas bandeiras com a clara intenção de continuar mandando nas mentes que lhes assistem. Triste Nação a nossa, cujos habitantes dependem dos meios de comunicação reinantes para ter algum lazer ou “novidades lúdicas” ou mesmo informativas, que na verdade lhes envenena a vida, e os leva a perca da liberdade, que é justamente o livre arbítrio que de Deus recebemos.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFConv.

Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS (1Con 12,10)


O DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS... (1Cor 12,10)

Discernimento é aquilo que enxergamos com os olhos da alma, ou seja, é aquilo que percebemos pelo entendimento da fé; é um dom do Espírito Santo, trata-se de ver claramente se as situações, as atitudes, o modo de ser, são ou não conforme a vontade de Deus para a nossa vida. Por meio desse dom, percebemos quem está falando ou atuando; ou se os acontecimentos são dos homens; são de Deus, ou se é algo que vem do maligno. De uma coisa fiquemos certos, estas realidades não se misturam nunca (cf. Is 55,7-11; Jo 14,30), e é este o critério para que tenhamos um verdadeiro discernimento.

Aquilo que é do homem pode mudar pelo arrependimento (cf. Lc 15,7), ou por sua inconstância (cf. Tg 1,5), ou ainda por sua ignorância (cf. Lc 12,47); aquilo que é de Deus é definitivo, como bem nos ensinou São Tiago: “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade.” (Tg 1,17). Enquanto que, aquilo que é do maligno é sempre mau e uma grande mentira (cf. Jo 8,44). Assim, compreendemos que é Deus quem protege a humanidade; a humanidade por sua vez procure fazer a vontade de Deus, pois é somente ela que dá sentido a nossa vida; e a vontade de Deus se faz presente em seus mandamentos e nas palavras e ações de seu Filho, Jesus Cristo. Por outro lado, as únicas armas de que o inimigo dispõe são as tentações; e estas podem ser combatidas por uma vida de santidade obtida nos Sacramentos, e pelas penitências e orações, e a intercessão dos santos, com as quais buscamos as graças de Deus para seguirmos cumprindo seu plano de amor para a nossa salvação eterna.

Com efeito, eis o que o Senhor Jesus nos ensinou para obtermos um bom discernimento: “Ouvistes ainda o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos. Eu, porém, vos digo: não jureis de modo algum, nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes fazer um cabelo tornar-se branco ou negro. Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno.” (Mt 5,33-37). Ou seja, somos filhos da verdade e somente a verdade pode sair de nosso coração, porque a verdade liberta e salva sempre (cf. Jo 8,32).

Então, o que é o discernimento dos espíritos? Trata-se dos pensamentos consentidos e externados em atitudes e ações, realizadas por nós mesmos ou pelos outros, pois tudo o que é pensamento nosso ou dos outros vem de fonte invisível, como o próprio pensamento que é invisível em si mesmo; porém, depois de externados e examinados, é que são discernidos; Jesus, porém, os discernia perfeitamente antes de externados e examinados, por ser o Filho de Deus, e conhecedor de todas as coisas (cf. Col 1,15-17). Convém aqui lembrar que, antes de tudo, esteja o nosso coração pleno do primeiro e o segundo mandamentos, ou seja, o mandamento do “amor a Deus acima de todas as coisas; e ao próximo como a si mesmo”. Pois, é fundamentados no amor, que devemos agir sempre; e assim acolhermos ou rejeitarmos aquilo que concorda ou discorda desse amor (cf. 1Jo 4,8.16).

De fato, vivendo num mundo de tantas contradições e de tantos credos religiosos, precisamos está atentos na vivência de nossa fé, para não cairmos nas contradições e armadilhas do mal, que usa de todos os meios e tentações, para nos afastar da comunhão com Cristo e da Sua Santa Igreja, pois, como disse São Paulo: “Jesus é a Cabeça do Corpo, da Igreja” (Col 1,18), do qual somos os seus membros. Logo, o discernimento nos é necessário para nos atermos seguros daquilo que diz respeito à nossa salvação eterna; e nada melhor para esse discernimento que o amor, a obediência, a fidelidade, a humildade, e a perseverança como membros do Corpo de Cristo que somos. Para isto ele derramou em nossas almas, pelo batismo, o Espírito Santo com todos os seus dons e frutos para nos aperfeiçoar em nossa condição de redimidos.

Realmente, quando tratamos da Igreja, Sacramento Universal da Salvação; da vivência e prática da fé e dos bons costumes; das mais diversas vocações no seio da Igreja; da participação nas instituições que compõem a nossa sociedade; precisamos ter a certeza do discernimento que nos é dado pelo Senhor, por meio da Sagrada Escritura, da Tradição e do Magistério da Igreja, como Ele nos ensinou: “Quem vos ouve, a mim ouve; quem vos rejeita, a mim rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lc 10,16). E que também São Paulo nos confirma: “Toma por modelo os ensinamentos salutares que recebestes de mim sobre a fé e o amor a Jesus Cristo. Guarda o precioso depósito, pela virtude do Espírito Santo que habita em nós”. (2Tim 1,13-14).

Quanto ao discernimento pessoal, as bases são as mesmas: a instituição e os valores a que estamos ligados (Sagrada Escritura, Tradição, Magistério da Igreja; fé, mandamentos, virtudes, Sacramentos, vida de oração, obras de misericórdia, etc.). Desse modo, como a fonte é cristalina, a água também é cristalina; caso contrário, não discerniríamos nada. É como disse o Senhor Jesus: “Ou dizeis que a árvore é boa e seu fruto bom, ou dizeis que é má e seu fruto, mau; porque é pelo fruto que se conhece a árvore.” (Mt 12,33). Aqui se trata das graças recebidas da fonte inesgotável do amor de Cristo pelos membros do seu Corpo, a Igreja. Pois, “Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível.” (Ef 5,25b-27).

Destarte, para termos um discernimento perfeito, conforme a vontade do Senhor, eis algumas passagens bíblicas que nos dão as precisas instruções para isto: “Guarda teu coração acima de todas as outras coisas, porque dele brotam todas as fontes da vida.” “O coração é, na Bíblia, considerado como sede da inteligência, dos desejos, dos pensamentos, da vontade, da consciência.” (Pr 4,23 e nota). E ainda: “Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.” (Rm 12,1-2).

Por fim, escutemos o Senhor: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. (Mt 26,41). “O espírito é que vivifica, a carne de nada serve. As palavras que vos tenho dito são espírito e vida”. (Jo 6,63). “Portanto, irmãos, não somos devedores da carne, para que vivamos segundo a carne. De fato, se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras da carne, vivereis, pois todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. (Rm 8,12-14)

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.

Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

FELIZES OS QUE TE OUVEM E TE SEGUEM...


FELIZES OS QUE TE OUVEM E TE SEGUEM...

Aqui estou Senhor;
Pedindo-te humildemente para renovares minhas forças...
Para assim querer sempre o que tu queres...
Pois sei Senhor que, o que tu queres, é eterno...
Mesmo ainda aqui no tempo...

Senhor, mas como posso fazer somente a tua vontade,
Se a realidade com que me deparo é cheia de interesses,
E por isso mesmo, também cheia de confusões?
Aspirações eu tenho, especialmente de ser santo...
As graças de tua parte não me faltam para isto...
Porém, preciso aprender a bem administrá-las...
Para a salvação de minha alma e de todas as almas,
que eu encontrar a caminho da eternidade...

Senhor, por isso, preciso silenciar...
Preciso te ouvir e pôr em prática tudo o que me falas...
Não quero incorrer no erro dos que só escutam a si mesmos...
E por isso, não sabem se governar...
Porque, de fato, nem tudo vai acontecer como queremos...
Mas, com toda certeza tudo se realizará conforme a tua vontade...

Felizes os que te ouvem e te seguem...
Se conformando em tudo ao teu querer...
Esses sabem que a unidade vinda do teu amor e da misericórdia...
É que forma a comunidade perfeita...
Onde és tudo em todos...

Ó Senhor!
Esse deve ser sempre o impulso de nosso coração,
para transbordarmos a salvação que de ti recebemos...
Porque, queiram os homens ou não,
Deus, nosso Pai, já pôs as bases do seu Reino de amor,
quando pelo Senhor, nos perdoou e apagou nossos pecados,
para que reconciliados com Ele, tenhamos a felicidade eterna...

Amém, assim seja!

Paz e Bem!

Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

ESTA É MINHA MÃE NA SERENIDADE DE SUA PÁSCOA...


ESTA É MINHA MÃE NA SERENIDADE DE SUA PÁSCOA...

Minha mãe, a vida e a verdade sempre lhe acompanharam, pois tudo o que Deus preparou para que a senhora fizesse, a senhora o fez com empenho e determinação, para que todos se sentissem bem, porque a senhora fez pra Jesus e por Maria; quem não se lembra das comidas que só a senhora sabia fazer; e brincando eu até lhe dizia: minha mãe, só tem duas coisas dos seus quitutes que eu não aprecio tanto, macarrão e chafé doce; mas eu sei o porquê disso, porque agora no céu seu alimento tem o sabor de felicidade eterna, como aqui todos nós nos deliciávamos com seus quitutes gostosos, igual aquela buchada e mocotó que a senhora fazia, que jamais eu vi alguém fazer igual; a senhora fazia questão de guardar um bodinho de um ano, para quando eu chegasse de férias comesse a iguaria que eu mais gostava.

Minha mãe, eu sempre lhe admirei por sua bondade e por ser desapegada das coisas materiais; agora também sei por que sou assim, herdei da senhora. Quantas e quantas vezes em minhas viagens a senhora sempre tinha algo para me dá sem que eu pedisse. Eu até me acostumei das coisas que lhe dei, e a senhora recebia com imensa alegria, mas sempre repassava para os mais necessitados. Sua casa não era sua, era de todos que chegassem precisando de sua ajuda. Com muita alegria digo: encontrei a bondade de Jesus na senhora; o carinho de Maria, Mãe de Jesus, na senhora. Na verdade a senhora foi incansável em fazer a vontade de Deus por amor a Ele, devotada no que fez para quantos a encontraram nesta vida. E o que é mais lindo em tudo isso, é que a senhora fazia tão espontaneamente que quase ninguém percebia, só mesmo os beneficiados.

Minha mãe, eu sei que poderia dizer muitas e muitas coisas maravilhosas sobre a senhora, mas vou deixar para o céu, no convívio dos santos, quando Deus pra lá nos chamar em nosso dia eterno, no tempo que Deus reservou, para continuarmos a felicidade que o Senhor aqui nos deu, a mim e meus irmãos e irmãs, de sermos seus filhos, com seus netos e bisnetos; e com todos os seus amigos e amigas, num permanente festim real em comunhão com Cristo Jesus e com Maria, e todos os santos e santas para glória de Deus Pai, pelo seu Espírito que habita em nós.

Com minha benção sacerdotal...

Frei Fernando Maria,OFMConv.

Paz e Bem!

SENHOR, É BOM ESTARMOS AQUI...


SENHOR, É BOM ESTARMOS AQUI...

Jesus manifestou a seus discípulos este mistério no monte Tabor. Havia andado com eles, falando-lhes a respeito de seu reino e da segunda vinda na glória. Mas talvez não estivessem muito seguros daquilo que lhes anunciara sobre o reino. Para que tivessem firme convicção no íntimo do coração e, mediante as realidades presentes, cressem nas futuras, deu-lhes ver maravilhosamente a divina manifestação do monte Tabor, imagem prefigurada do reino dos céus. 

Foi como se dissesse: Para que a demora não faça nascer em vós a incredulidade, logo, agora mesmo, eu vos digo, alguns dos que aqui estão não provarão a morte antes de verem o Filho do homem vindo na glória de seu Pai (cf. Mt 16,28). Mostrando o Evangelista ser um só o poder de Cristo com sua vontade, acrescentou: E seis dias depois, tomou Jesus consigo Pedro, Tiago e João e levou-os a um monte alto e afastado. E transfigurou-se diante deles; seu rosto brilhou como o sol, as vestes se fizeram alvas como a neve. E eis que apareceram Moisés e Elias a falar com ele (cf. Mt 17,1-3).

São estas as maravilhas da presente solenidade, é este o mistério de salvação para nós que agora se cumpriu no monte: ao mesmo tempo, congregam-nos agora a morte e a festa de Cristo. Para penetrarmos junto àqueles escolhidos dentre os discípulos, inspirados por Deus, na profundeza destes inefáveis e sagrados mistérios, escutemos a voz divina que do alto, do cume da montanha, nos chama instantemente.

Para lá, cumpre nos apresarmos, ouso dizer, como Jesus, que agora nos céus é nosso chefe e precursor, com quem refulgiremos aos olhos espirituais – renovadas de certo modo as feições de nossa alma – conformados à sua imagem; e à semelhança dele, incessantemente transfigurados, feitos consortes da natureza divina e prontos para as alturas.

Para lá corramos cheios de ardor e de alegria; entremos na nuvem misteriosa, semelhantes a Moisés e Elias ou Tiago e João. Sê tu também como Pedro, arrebatado pela divina visão e aparição, transfigurado por esta linda Transfiguração, erguido do mundo, separado da terra. Deixa a carne, abandona a criatura e converte-te para o Criador a quem Pedro, fora de si, diz: Senhor, é bom para nós estarmos aqui (Mt 17,4).

Sim, Pedro, verdadeiramente é bom para nós estarmos aqui com Jesus e aqui permanecermos pelos séculos. Que pode haver de mais delicioso, de mais profundo, de melhor do que estar com Deus, conformar-se a ele, encontrar-se na luz? De fato, cada um de nós, tendo Deus em si, transfigurado em sua imagem divina, exclame jubiloso: É bom para nós estarmos aqui, onde tudo é luminoso, onde está o gáudio, a felicidade e a alegria. Onde no coração tudo é tranquilo, sereno e suave. Onde se vê a Cristo, Deus. Onde ele junto com o Pai tem sua morada e ao entrar, diz: Hoje chegou a salvação para esta casa (Lc 19,9). Onde com Cristo estão os tesouros e se acumulam os bens eternos. Onde as primícias e figuras dos séculos futuros se desenham como em espelho. 

Paz e Bem!

Fonte: Do Sermão no dia da Transfiguração do Senhor, de Anastásio Sinaíta, bispo
(Nn.6-10: Mélanges d’archéologie ET d’histoire 67[1955],241-244)(Séc.VII)

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

É ESTE O CAMINHA DA LUZ


É ESTE O CAMINHO DA LUZ

Eis o caminho da luz: se alguém deseja chegar a determinado lugar, que se esforce por seu modo de agir. Foi-nos dado saber como andar por este caminho: amarás quem te criou. Terás veneração por quem te formou; darás glória a quem te remiu da morte. Serás simples de coração e rico no espírito; não te juntarás aos que andam pelo caminho da morte. Terás aversão por tudo quanto desagrada a Deus; odiarás toda simulação; não desprezes os mandamentos do Senhor. Não te exaltes a ti mesmo, sê humilde em tudo; não procures tua glória. Não trames contra teu próximo; não te entregues à arrogância.

Ama teu próximo mais do que a tua vida. Não mates o feto por aborto, nem depois do nascimento. Não retires a mão de teu filho ou de tua filha e, desde a infância, ensina-lhes o temor do Senhor. Não cobices os bens de teu próximo nem sejas avaro; não te unas de coração aos soberbos, mas sê amigo dos humildes e justos. Tudo quanto te acontecer, recebe-o como um bem, sabendo que nada se faz sem Deus. Não sejas inconstante nem usarás duplicidade no falar; na verdade, é laço de morte a língua dúplice.

Partilharás tudo com teu próximo e não dirás ser propriedade tua o que quer que seja; se sois coerdeiros das realidades incorruptíveis, quanto mais daquilo que se corrompe. Não serás precipitado no falar, pois a boca é um laço de morte. Tanto quanto puderes, em favor de tua alma, sê casto. Não tenhas a mão estendida para receber e, encolhida, para dar. Ama como a pupila dos olhos todo aquele que te dirigir palavra do Senhor.

Relembra, dia e noite, o dia do juízo e procura diariamente a presença dos santos, estimulando pela palavra, exortando e meditando como salvar a alma por tua palavra ou trabalhar com tuas mãos para a remissão dos teus pecados.

Não hesites em dar nem dês murmurando; bem sabes quem é o bom remunerador da dádiva. Guarda o que recebeste, sem tirar nem pôr. Seja-te perpetuamente odioso o Maligno. Julgarás com justiça. Não fomentes dissídios, mas esforça-te por restituir a paz, reconciliando os contendores. Confessa teus pecados. Não vás à oração, de má consciência. Este é o caminho da luz.[1]

Paz e Bem!


[1] Da chamada Carta de Barnabé (Cap.19,1-3.5-7.8-12: Funk 1,53-57) (Séc.II)

quinta-feira, 11 de junho de 2015

AINDA SOBRE A PARUSIA E O DEVIR HUMANO...


AINDA SOBRE A PARUSIA E O DEVIR HUMANO...

Viver com Cristo ressuscitado e em Cristo ressuscitado, é gozar de sua paz, é receber o seu Espírito Santo como os apóstolos o receberam do “sopro de vida” que o Senhor soprou sobre eles (cf. Jo 20,22).  Ou seja, Cristo ressuscitado se une a nós e nos livra deste mundo, da atual situação em que ele se encontra, e de todo o mal, para testemunharmos que somente Nele temos a vida eterna. E é exatamente isso que Ele nos revela, somos filhos e filhas de Deus, por seu Espírito habita em nós (cf. Rm 8,14-17). E Deus, sempre presente, age por meio de sua Divina Providência, e assim somos assistidos e amados por Ele prontamente, mesmo quando não o percebemos. De fato, Deus cuida muito bem de seus filhos e filhas...

E aqueles que Deus protege, porque se põem debaixo de sua divina proteção pela obediência aos seus mandamentos, mesmo que percam alguma coisa neste mundo, lhes será restituído em dobro ou mais ainda, uma vez que a graça do Senhor supera todas as percas temporais; aliás, todas as coisas que existem naturalmente, existem em função do homem e não o homem em função delas; visto que todas as coisas só têm sentido por causa do homem; sem a existência humana toda a criação perderia o sentido de ser.

Desse modo, não nos apeguemos a nada e a ninguém, pois tudo o que existe naturalmente está destinado ao fim que lhe é próprio, isto é, se tornará pó, cinza, como a própria experiência existencial nos mostra... No entanto, o homem não é só matéria animada, mas “alma vivente”, um ser para o futuro eterno que o Senhor nos reserva como herança, que são os “novos céus e nova terra onde habitará o amor e a justiça” definitivamente.

Não há como duvidar, a razão para este mundo ainda existir, é o fato de o Senhor sustenta-lo com o poder de sua Palavra até que chegue o julgamento de todos os seres humanos, responsáveis pelo destino deste mundo e de si mesmos, em vista do devir. De uma coisa fiquemos certos, todos seremos julgados pelo que recebemos do Senhor: a vida; as leis naturais e as leis divinas; que nos foram dadas para regermos a nós e as outras criaturas aqui existentes.

Com efeito, a ordem (as leis) existe para que não haja desordem, para isto é preciso a obediência às leis postas a fim de que a justiça se cumpra e haja equilíbrio e paz entre nós. Pois Deus criou o homem em estado de graça para governar todas as coisas a partir desse estado de graça, isto é, em plena comunhão com Ele. Mas infelizmente o homem deixou entrar o pecado em sua vida, que consiste em não amar a Deus, desobedecendo a suas leis e mandamentos; e passou a governar todas as coisas a partir deste estado mórbido; o resultado é o que vemos hoje na face da terra, toda espécie de desiquilíbrio e maldade, e o encaminhamento do mundo criado a um fim trágico, ao caos.

Caríssimos, vivendo em meio à dualidade deste mundo, de que lado nós estamos? Lembram-se da parábola do joio e do trigo que Jesus contou (cf. Mt 13,24-30)? De fato, quem é batizado católico, vive a experiência da ressurreição de Jesus, pois é a primeira graça que o Senhor nos dá quando do nosso batismo, “nascer da água e do Espírito Santo”, ou seja, participar de sua ressurreição. Se falta o santo batismo, falta também o dom do Espírito Santo, pois, foi para isto que Deus nos criou, para sermos morada sagrada do Espírito Santo (cf. 1Cor 3,16; 6,19). Sem a presença do Espírito Santo, só a vida natural não nos é suficiente para fazermos a experiência da ressurreição do Senhor, é preciso nascer de Deus mesmo (cf. Jo 1,12-13) pela fé dom do Espírito Santo, e assim fazermos parte da nova criação. Porém, muitos receberam essa graça, mas, poucos são os que a vivem como deveria ser vivida.

Enfim, Como será a minha eternidade e a tua? Para obtermos essa reposta, precisamos perguntar primeiro: qual é o nosso grau de convivência com o Senhor aqui? Porque quem convive bem com Deus aqui, convive bem consigo mesmo e com os demais; mas, quem não convive bem com o Senhor aqui, também não convive bem consigo mesmo e nem com os demais, e isso se reflete no nosso devir. Porque se falta comunhão com o Senhor, não temos o Seu Espírito em nossa vida para nos conduzir à sua glória.

Então, vejamos a seguinte exortação do livro do Apocalipse sobre o devir humano: “Disse ele ainda: Não seles o texto profético deste livro, porque o momento está próximo. O injusto faça ainda injustiças, o impuro pratique impurezas. Mas o justo faça a justiça e o santo santifique-se ainda mais. Eis que venho em breve, e a minha recompensa está comigo, para dar a cada um conforme as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Começo e o Fim. Felizes aqueles que lavam as suas vestes para ter direito à árvore da vida e poder entrar na cidade pelas portas. Fora os cães, os envenenadores, os impudicos, os homicidas, os idólatras e todos aqueles que amam e praticam a mentira!”

“Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos atestar estas coisas a respeito das igrejas. Eu sou a raiz e o descendente de Davi, a estrela radiosa da manhã”. (Ap 22,10-16).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.

Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

terça-feira, 28 de abril de 2015

A SALVAÇÃO DA HUMANIDADE...


A SALVAÇÃO DA HUMANIDADE...

Desde que o Filho de Deus, Jesus de Nazaré, veio a este mundo cumprir sua missão de redimir a humanidade, que a nossa história passou a ser contada Antes de Cristo (AC); e Depois de Cristo (DC). Ora, isto não é fruto do acaso nem mera coincidência, trata-se da verdade que Cristo Jesus é: o Senhor de todas as coisas e também de toda a história. É impossível pensar o mundo sem Deus e sem seu Cristo, é impossível a vida sem Deus e sem Cristo. Creio que toda a humanidade aspira por uma vida paradisíaca onde reine a verdade, o amor, a justiça e a paz; mas apesar das tentativas dos regimes totalitários, capitalista, comunista, socialista etc.; apesar do progresso das ciências e de toda a experiência humana acumulada, este mundo, que infelizmente quer viver sem Cristo e sem Deus, parece mais um inferno em ebulição.

Talvez seja porque os homens não percebem que caminham na contra mão das leis divinas e naturais, ou mesmo se percebem, desdenham de tais leis. O resultado é uma sociedade desvairada, sem controle, mergulhada na corrupção dos valores cristãos e humanos; mergulhada nos vícios e malefícios das artimanhas humanas; mergulhada no tráfico de pessoas, drogas, armas e toda espécie de contrabando; mergulhada nos desmandos das autoridades constituídas, e nos males que dissipam vidas e mais vidas à todo instante.

E aí vem a pergunta, será que existe solução para tudo isto? Será que podemos evitar o caos e a destruição da terra e de tudo que há nela? Pensando bem, sem a intervenção divina, isto é impossível, dada as circunstâncias que vivemos. Mas, podem até argumentar: ora, Deus não já interviu na história? Cristo já não veio para redimir a humanidade, por que ela permanece nesse mar de lama em que se encontra? Responderei estas perguntas com as arguições de São Pedro: “Mas há uma coisa, caríssimos, de que não vos deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como mil anos, e mil anos como, um dia. O Senhor não retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa da paciência para convosco. Não quer que alguém pereça; ao contrário, quer que todos se arrependam”.

Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém. Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados! Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça. Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz. Reconhecei que a longa paciência de nosso Senhor vos é salutar...”. (2Pd 3,8-15a).

Portanto, nenhum ser humano se salva fora da ressurreição de Cristo, porque não há salvação fora da ressurreição do Filho de Deus. Desse modo entendemos que a ressurreição de Jesus abrange todo o universo, e é por ela que toda a humanidade é salva. Pois, “Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens pelo qual devemos ser salvos”. (At 4,12). Por isso, um dos maiores privilégios do ser humano é dizer: Jesus Cristo me salvou, Nele tenho a vida eterna. E assim seguir o Senhor, ressuscitado com Ele, no seu Corpo, que é a Igreja, a parte visível do Reino de Deus neste mundo.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.

Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

PARA ISTO É QUE O VERBO SE FEZ CARNE...


PARA ISTO É QUE O VERBO SE FEZ CARNE...

A Ressurreição de Jesus de Nazaré é o selo da perfeição dos justos que Ele redimiu com o seu Sangue derramado. Sua Páscoa é também a nossa páscoa, pois que por ela nos uniu à Si definitivamente, para que gozemos o céu como herança eterna. “Porque a glória de Deus é o homem vivo e a vida do homem é a visão de Deus. Se já a revelação de Deus através da criação dá a vida a todos os seres que vivem na terra, tanto mais a manifestação do Pai pelo Verbo dá a vida aos que creem em Deus! «Ninguém jamais viu a Deus: o Filho único, que está no seio do Pai, é o que O deu a conhecer»: desde o início, o Filho é que dá a conhecer o Pai, uma vez que está junto do Pai desde o início (cf. Jo 1,18.1). Em tempo oportuno, foi Ele que mostrou aos homens, para benefício destes, as visões proféticas, a diversidade das graças, os ministérios e a manifestação da glória do Pai, qual melodia bem composta e harmoniosa”. (Santo Ireneu de Lyon (c. 130-c. 208), bispo, teólogo, mártir - Contra as heresias, IV, 20, 7; SC 100).

Deste modo, a Ressurreição de Cristo é o milagre permanente da Vida divina conosco e em nós, depois que fomos batizados. Pois, assim escreveu São Paulo: “Ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova”. (Rm 6,3-4). O próprio Senhor, que tem a Vida em Si mesmo, já havia revelado essa verdade, quando disse: “O Pai me ama, porque dou a minha vida para a retomar. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou de mim mesmo e tenho o poder de a dar, como tenho o poder de a reassumir. Tal é a ordem que recebi de meu Pai”. (Jo 10,17-18).

E ainda: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo: vem a hora, e já está aí, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão. Pois como o Pai tem a vida em si mesmo, assim também deu ao Filho o ter a vida em si mesmo, e lhe conferiu o poder de julgar, porque é o Filho do Homem”. (Jo 5,24-27).

Logo, viver com Cristo ressuscitado e em Cristo ressuscitado, é gozar de sua paz, é receber o seu Espírito Santo como os apóstolos o receberam do “sopro de vida” que o Senhor soprou sobre eles (cf. Jo 20,22). Ou seja, Cristo ressuscitado se une a nós e nos livra deste mundo e de todo o mal, para testemunharmos que somente Nele temos a vida eterna. E é exatamente isto que Ele nos dá a conhecer, somos filhos e filhas de Deus, por seu Espírito habita em nós (cf. Rm 8,14-17). Por isso entendemos que Deus se faz sempre presente no meio de nós; e, por meio de sua Divina Providência, somos assistidos e amados por Ele prontamente, mesmo quando não o percebemos... De fato, Deus cuida muito bem de seus filhos e filhas e nem um só fio de cabelo deles se perderá (cf. Mt 10,28-31).

Porém, de uma coisa fiquemos certos, todos se apresentarão diante do Altíssimo quando chegar o dia eterno de cada um (cf. Hb 9,27), mas quem julgará todos os homens é o Verbo de Deus, Jesus Cristo, pois para isto é que Ele se fez carne, para julgar os vivos e os mortos no último dia. A princípio Jesus veio para salvar todos os homens da condenação à morte a que estavam sentenciados pelos pecados aqui praticados desde o primeiro homem até os dias atuais (cf. Jo 3,16-21).

Todavia, uma vez sacrificado pelos pecadores, ressuscitou dos mortos revelando deste modo que não era um simples homem, mas Deus conosco, Emanuel, o Messias enviado pelo Pai para a salvação de todos. Entretanto, sua presença entre nós é também sinônimo de que estamos na reta final da criação natural de Deus, pois Jesus veio para abrir-nos a porta do Reino dos Céus; e é fazendo o seu caminho de cruz que entraremos com Ele em sua glória eterna. Porquanto, se não houvesse a segurança da esperança na ressurreição para a vida eterna em Deus, o que seria da humanidade? Apenas pessoas e coisas destinadas a um fim trágico, devido ao triste quadro que contemplamos atualmente na face da terra.

“Contudo, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém. Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados! Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça. Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz”. (2Pd 3,10-14).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.

Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

sábado, 4 de abril de 2015

A RESSURREIÇÃO...


A RESSURREIÇÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS...

A Ressurreição dos mortos. Quem poderia compreender e experimentar essa verdade, se Deus Pai não a tivesse realizado em Seu Filho, Jesus Cristo? Pasmem os incrédulos, os indiferentes, “os tíbios, os infiéis, os depravados, os homicidas, os impuros, os maléficos, os idólatras e todos os mentirosos”; pasmem até mesmo os que creem, pois, Deus que é infinitamente Santo, Eterno, Todo Poderoso, e nosso Sumo Bem; destituiu a Besta, a antiga serpente, e desmontou o seu plano maléfico de destruição da Criação, por meio da Paixão, morte e ressurreição de Seu Filho Jesus Cristo, o Cordeiro Imolado, que tira o pecado do mundo, e mantém o Reino de Deus, com o poder de sua Palavra (cf. Hb 1,1ss), tal qual concebido por Seu Pai e nosso Pai.

Com efeito, Deus criou todas as coisas, para o louvor de Sua Glória e para a nossa felicidade eterna; esse foi e sempre será o sentido da Criação, e não cooperar na realização desse santo desígnio do Senhor é perde-lo e perder-se eternamente com o diabo e seus sequazes. Isto porque Deus sempre age diferentemente de suas criaturas, pois, é isto o que diz o Senhor ao profeta Isaías: “Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto. Renuncie o malvado a seu comportamento, e o pecador a seus projetos; volte ao Senhor, que dele terá piedade, e a nosso Deus que perdoa generosamente”.

“Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor; mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos. Tal como a chuva e a neve caem do céu e para lá não volvem sem ter regado a terra, sem a ter fecundado, e feito germinar as plantas, sem dar o grão a semear e o pão a comer, assim acontece à palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado minha vontade e cumprido sua missão”. (Is 55,6-11). Ou seja, Deus é fiel, tudo o que planejou em seu amor para a obra de suas mãos, se cumprirá perfeitamente, pois o Senhor não falha nunca; por isso, leva a bom termo sua obra criada e redimida por Seu Filho, Jesus Cristo. (cf. Ef 1,3-23).

Celebramos a Ressurreição do Senhor Jesus como ápice da revelação divina e de todas as profecias e promessas de Deus no antigo testamento. Mas celebramos também o início do Reino de Deus ainda aqui no tempo, isto é, na finitude natural que nos cerca, que na verdade é a porta de entrada na eternidade, ou ainda, no definitivo de todas as criaturas; pois é aqui que definimos nosso devir, por isso, para bom entendedor o eterno já é; basta compreender que colhemos aquilo que aqui plantamos no terreno de nossa vida natural com o nosso modo de ser, de pensar, de falar e de viver. Todavia, lembrem-se: “Somos o que somos aos olhos de Deus e nada mais”. (São Francisco de Assis). Todavia, ninguém é nada sem Jesus Cristo, pois Ele mesmo nos ensinou: “Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado”. (Jo 15,5.3).

Portanto, precisamos viver a experiência da ressurreição de Cristo com Cristo e em Cristo Eucarístico. Bem como nos ensinou São Paulo: “Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra. Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com ele na glória”. (Cl 3,1-4).

Meu Senhor e meu Deus, guarda-me ressuscitado contigo, hoje e sempre. Amém!

Feliz Páscoa!

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.

Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

domingo, 29 de março de 2015

HOMILIA DO DOMINGO DE RAMOS


SENHOR, SEGUIR-TE EM TEU SILÊNCIO É PERMANECER NA VONTADE DO PAI

FELIZES OS QUE TE SEGUEM DE TODO CORAÇÃO...


sexta-feira, 13 de março de 2015

Ó SENHOR! POR FAVOR, FAZ-ME VOLTAR AO PRIMEIRO AMOR...


Ó SENHOR! POR FAVOR, FAZ-ME VOLTAR AO PRIMEIRO AMOR...

Senhor, venho bater à porta de tua misericórdia...
Atende-me, e livra-me dos percalços desta vida...
Para que eu possa testemunhar
Que estás em mim,
e eu estou em Ti...

Sei que te peço muito...
Por isso, preciso aprender a dar...
“Porque, disseste, todo aquele que pede, recebe.
Quem busca, acha.
A quem bate, abrir-se-á”. (Mt 7,8)...

Todavia, disseste, também:
“Dai, e dar-se-vos-á.
Colocar-vos-ão no regaço medida boa,
cheia, recalcada e transbordante,
porque, com a mesma medida com que medirdes,
sereis medidos vós também”. (Lc 6,38).

Logo, não há indigente
que não possa algo doar...
Como também não há alguém tão bastado
que não precise de algo...
Mas, Senhor, como viver a perfeita união contigo,
Para contigo saber doar e receber?

Pela oração e pelo jejum?
Pelas obras de misericórdia?
Pela meditação e vivência de tua divina palavra?
Pelo perdão dado e recebido?

Ó Senhor! Livra-nos dos perigos deste mundo:
Orgulho, avareza, mentira, indelicadeza;
E de todos os males advindos dos julgamentos
que fazemos uns dos outros...

Pois, nos ensinastes:
“Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.
Não julgueis, e não sereis julgados;
não condeneis, e não sereis condenados;
perdoai, e sereis perdoados...” (Lc 6,36-37).

Senhor, preciso voltar ao primeiro amor...
Onde tudo o que vivia, o vivia por amor...
Sem nenhuma murmuração ou ácidas críticas...
Porque aprendi a ti louvar nas adversidades...
E nas mais difíceis situações de perigo...

Quem dera Senhor, voltar ao primeiro amor...
Onde tudo era sempre novo e motivo de entusiasmo...
Onde tudo fazia para evitar os pecados...
Pois, tudo o que mais queria era a tua companhia
e a de meus irmãos amados...

Ó Senhor!
Por favor, faz-me voltar ao primeiro amor...

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.

Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS QUARESMAIS...


OS EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS DA QUARESMA...


Fomos salvos por Cristo, como nos ensinou, São Paulo: “De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo. A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte”. (Rm 8,1-2). Todavia não podemos esquecer que o Senhor nos alertou contra as tentações existentes (cf. Mt 4,1-11; 26,41), para não perdermos a herança que recebemos do Senhor, que é a vida eterna; para as paixões desordenadas, apegos às coisas materiais e aos valores mundanos advindos do pecado.

Aliás, o Senhor nos ensinou que por sua Palavra já estamos puros, mas é preciso permanecer Nele, porque sem Ele nada podemos fazer de bom (cf. Jo 15,1-8). Assim, por sua presença permanente em nós, cumpriremos o Plano da salvação, que Deus Pai preparou desde toda a eternidade para aqueles que o amam. É como está escrito: “Há bem pouco tempo, sendo vós alheios a Deus e inimigos pelos vossos pensamentos e obras más, eis que agora Cristo vos reconciliou pela morte de seu corpo humano, para que vos possais apresentar santos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai. Para isto, é necessário que permaneçais fundados e firmes na fé, inabaláveis na esperança do Evangelho que ouvistes, que foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu...” (Col 1,21-3a).

Com efeito, assim nos exortou São Paulo sobre a importância dessa permanência em Cristo Jesus: “Eis uma verdade absolutamente certa: Se morrermos com ele, com ele viveremos. Se soubermos perseverar, com ele reinaremos. Se, porém, o renegarmos, ele nos renegará. Se formos infiéis... ele continua fiel, e não pode desdizer-se” (2Tm 2,1-13). Por isso: “Toma por modelo os ensinamentos salutares que recebeste de mim sobre a fé e o amor a Jesus Cristo. Guarda o precioso depósito, pela virtude do Espírito Santo que habita em nós. Foge das paixões da mocidade, busca com empenho a justiça, a fé, a caridade, a paz, com aqueles que invocam ao Senhor com pureza de coração” (2Tm 1,13-14.22).

Ora, essa permanência em Cristo requer de nós uma conversão permanente, ou seja, conversão permanente significa pertencer a Deus e somente a Ele. Em outras palavras, é como ensinou São Clemente de Alexandria: “Arrependamo-nos; convertamo-nos da ignorância ao verdadeiro conhecimento, da loucura à sabedoria, da injustiça à justiça, da impiedade a Deus. [Porque] São numerosos os bens que daí derivam, como diz o próprio Deus em Isaías: «Esta é a herança dos servos do Senhor» (Is 54,17). [Pois] Não é ouro nem prata, nem o que os vermes corroem, nem o que roubam os ladrões (Mt 6,19), mas o inestimável tesouro da salvação. […] É esta herança que nos põe nas mãos o testamento eterno pelo qual Deus nos assegura os seus dons”.

“Este Pai que nos ama com tanta ternura exorta-nos, educa-nos, ama-nos e salva-nos incessantemente. «Sede justos», diz o Senhor. «Todos vós que tendes sede, vinde beber desta água. Mesmo os que não tendes dinheiro, vinde, comprai trigo para comer sem pagar nada. Levai vinho e leite, que é de graça» (Is 55,1). Ele convida-nos ao banho que purifica, à salvação, à iluminação […]. Os santos do Senhor herdarão a glória de Deus e o seu poder, «que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não pressentiu» (1Cor 2,9) […]. (São Clemente de Alexandria (150-c. 215), teólogo «Protréptico», cap. 10).

Destarte, os exercícios espirituais quaresmais são todos os esforços de fé (oração, jejum, abstinência, obras de misericórdia, etc) que fazemos para permanecermos na justiça divina que nos veio pela morte e ressurreição de Cristo Jesus, pois ele, “Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade. Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve. E uma vez chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, porque Deus o proclamou sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque”. (Hb 5,7-10).

Paz e Bem!

Creative Commons License
FREI FERNANDO, VIDA, FÉ E POESIA by Frei Fernando,OFMConv. is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...