VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

sábado, 26 de janeiro de 2013

QUANDO ESTOU EM TUA PRESENÇA SENHOR...


QUANDO ESTOU EM TUA PRESENÇA SENHOR...


Quando estou em tua presença, Senhor,
tudo em minha vida fala de Ti...
Mas quando estás presente, e mesmo assim eu não te percebo...
Tudo não é mais que saudade...
E uma imensa vontade de ti encontrar e em ti permanecer...
E não querer te deixar por nada, por mais nada mesmo...
Porque tudo o que existe não é nada sem a tua presença amorosa...

O céu e a terra que vejo são lindos...
Porém, mesmo toda essa beleza natural...
Em nada se compara à tua Beleza divina,
porque ela é infinita como infinitos são aqueles
à quem destes a honra de te conhecer pela fé...
de te contemplar e te amar por essa mesma fé...

Senhor, enche-me da santa esperança...
De ver-te um dia face a face no céu...
Na alegria dos teus redimidos...
Na felicidade dos teus eleitos...
Dá-me a capacidade de te amar sem medida,
Por isso, te peço, ó Senhor,
permanece definitivamente em minha vida...
Assim nenhuma criatura me afastará de ti...
Assim viverei sempre em ti, por ti e para ti...

Porque aqui, por mais que eu queira algo,
tudo é muito vago, nada e ninguém me satisfaz...
Isto acontece, porque trago em mim uma paz inquieta...
que não suporta o barulho ensurdecedor deste mundo...
Deste mundo, ó Senhor, que não te conhece
e ao que parece não procura te conhecer...
Porque faz do imediatismo a razão de ser de sua busca intrínseca...
Por isso vive na penumbra da vida,
no mais terrível vazio que o indiferentismo traz...

Porque aqui no mundo é assim,
muitos só buscam riquezas, status social, fama e poder...
E como que, se esquecem que são simples mortais...
De fato, naturalmente somos apenas um sopro,
nada além, nada mais que um sopro...
E se nos falta esse sopro, somos apenas esboços mortos,
cadáveres ambulantes prestes a se decompor rumo ao pó...
Todavia, deste-nos alma imortal, capaz do céu...

Como seria bom Senhor que todos reconhecessem isso...
Assim jamais abandonariam os teus mandamentos...
Pelo contrário, seguiriam a ti e todos os teus desígnios...
sem jamais te negarem em seus pensamentos, palavras e ações...

Então, felizes são os que se reconhecem como teus filhos e filhas...
E andam por tuas trilhas e dão testemunho de tuas maravilhas neste mundo...
Estes reconhecem também que lhes dás capacidade
para fazer somente o bem,
o que te agrada e o que é perfeito...
Assim consagram a ti seus corpos num sacrifício vivo e santo, perfeita oblação de suave odor...
Por isso, não se conformam à este mundo,
mas renovam seu espírito no mais profundo do teu amor...

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.


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sábado, 19 de janeiro de 2013

SÉRIE MEDITAÇÕES: OS NOVÍSSIMOS DO HOMEM, OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS DE SUA VIDA...


SÉRIE MEDITAÇÕES

OS NOVÍSSIMOS DO HOMEM,

OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS DE SUA VIDA...


A MORTE

Em tudo o que fizeres, lembra-te de teu fim, por isso, evites cometer pecados. (cf. Eclo 7,40). A morte é tão real para nós quanto a vida que vivemos dia a dia, todavia, não pensamos nela com frequência, a não ser quando passamos por algum perigo iminente e escapamos por pouco. Isso acontece, talvez, porque nos acomodamos com as seguranças que criamos, no entanto, nada somos além de um sopro de vida; na verdade, andamos como que na corda bamba da existência ou ainda singrando no mar revolto desta vida em busca de algum porto seguro de salvação.

Com efeito, meditando sobre a morte, assim escreveu Santo Afonso Maria de Ligório, em sua obra intitulada, “Preparação Para a Morte”: “Considerai que sois pó, e que em pó vos haveis de tornar. Virá um dia em que morrereis e sereis lançado à podridão num fosso, onde o vosso único vestido serão os vermes. Tal é a sorte reservada a todos os homens, aos nobres e aos plebeus, aos príncipes e aos vassalos. Logo que a alma saia do corpo com o último suspiro, dirigir-se-á à eternidade e o corpo deverá reduzir-se a pó”.

De fato, a morte nos acompanha a cada instante e vemos ela acontecer na vida dos que partem antes de nós, só que um dia partiremos também como eles, e de tudo o que fizemos restarão apenas lembranças que logo cairão no esquecimento. Por isso, precisamos rezar como o salmista: “Só em Deus a minha alma tem repouso, porque dele é que me vem a salvação. Só ele é meu rochedo e salvação, a fortaleza, onde encontro segurança!” (Sl 61,1-2). Porque sem Deus não há esperança, não há vida, não há nada, só o caos.

O JUIZO PESSOAL

“Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo...” (Heb 9,27). Quem não haverá de ser julgado? Ora, ninguém escapará ao juízo divino, até mesmo os inocentes que receberão a sentença favorável por sua inocência, também eles serão julgados. E esta é uma das maiores certezas que temos por tudo o que recebemos de Deus, que nos criou por amor e somente para amarmos. “Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige?” (Heb 12,7c).

Então, que julgamento é esse? Na verdade, todos nós que fomos batizados nascemos na ordem da graça para a vida eterna e não para o pecado, logo, ele não devida fazer mais parte de nossa vida. Pois, assim nos ensinou São Paulo: “De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo. A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte. O que era impossível à lei, visto que a carne a tornava impotente, Deus o fez. Enviando, por causa do pecado, o seu próprio Filho numa carne semelhante à do pecado, condenou o pecado na carne, a fim de que a justiça, prescrita pela lei, fosse realizada em nós, que vivemos não segundo a carne, mas segundo o espírito”. (Rom 8,1-4).

Acontece que muitos se aproveitam da liberdade que receberam para agirem, não conforme a vontade de Deus, presente em nossa liberdade de escolha e decisão, mas como insensatos que não levam em conta o fim de seus dias e a eternidade na qual serão julgados logo após sua morte. Bem nos alertou São Paulo a esse respeito quando escreveu: “Irmãos, não somos devedores da carne, para que vivamos segundo a carne. De fato, se viverdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras da carne, vivereis, pois todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. (Rom 8,12-14).

Enfim, a respeito do juízo só não o temerão aqueles que em sua vida natural se portaram como verdadeiros filhos de Deus, isto é, fiéis aos seus mandamentos e dignos do seu Reino pelas obras que os acompanham. Por isso, nosso Senhor Jesus Cristo nos ensina: “Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. (Mt 26,41). Então, rezemos com o salmista: “Escutai, Senhor, a voz de minha oração, tende piedade de mim e ouvi-me. Fala-vos meu coração, minha face vos busca; a vossa face, ó Senhor, eu a procuro. Não escondais de mim vosso semblante, não afasteis com ira o vosso servo. Vós sois o meu amparo, não me rejeiteis. Nem me abandoneis, ó Deus, meu Salvador. Ensinai-me, Senhor, vosso caminho; por causa dos adversários, guiai-me pela senda reta”. (Sl 26,7-9.11).

O PARAÍSO CELESTE

Ao contemplarmos este mundo notamos tanta disparidade e desequilíbrio, apesar das perfeições também nele notadas, que achamos difícil crer que ele foi criado por Deus, que é infinitamente Perfeito. De fato, Deus é Infinitamente Perfeito e tudo criou para atingir a plenitude de sua Perfeição. É por isso, que em tudo Ele pôs inteligência, sabedoria e leis que se articuladas conforme sua vontade, atingirão a perfeição de Sua Caridade e os atributos de sua Natureza Divina que são Santidade e Imortalidade, como Ele mesmo desejou em seu desígnio de amor (cf. Sab 2,23-24). Ora, mesmo as imperfeições e maquinações maléficas aqui notadas são também elas articuladas, só que por uma inteligência inferior, e por isso, dão sempre em nada, porque são adversas à perfeição e a intenção do nossa Criador. Logo, todo esse desequilíbrio, obviamente, dará lugar à justiça divina, à verdade eterna e ao amor perfeito que é o anseio de todas as criaturas.

É como escreveu São Paulo: “Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada. Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. Pois a criação foi sujeita à vaidade (não voluntariamente, mas por vontade daquele que a sujeitou), todavia com a esperança de ser também ela libertada do cativeiro da corrupção, para participar da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Pois sabemos que toda a criação geme e sofre como que dores de parto até o presente dia. Não só ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a redenção do nosso corpo. Porque pela esperança é que fomos salvos”. (Rom 8,18-24a).

Então, que salvação é esta, que paraíso é este? “Nota bem o seguinte: nos últimos dias haverá um período difícil. Os homens se tornarão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados, desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a realidade. Dessa gente, afasta-te!” (2Tim 3,1-5). “Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém. Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados! Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça. (2Ped 3,10-13).

Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia. Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo. Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição”. (Apo 21,1-4). “Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz”. (2Ped 3,14).

Santo Afonso descreveu assim a felicidade do céu: “Depois de entrar na felicidade de Deus, a alma não terá mais nada a sofrer. No paraíso não há doenças, nem pobreza, nem incômodos. Deixam de existir as vicissitudes dos dias e das noites, do frio e do calor; é um dia perpétuo, sempre sereno, primavera perpétua, sempre deliciosa. Não há perseguições nem ciúmes; neste reino de amor, todos os seus habitantes se amam mútua e ternamente, e cada qual é tão feliz da ventura dos outros como da própria. Não há receios, porque a alma, confirmada na graça, já não pode pecar nem perder a Deus. Tudo é novo, tudo consola, tudo satisfaz.

Os olhos deslumbrar-se-ão com a vista desta cidade cuja beleza é perfeita. Que maravilha não nos causaria a vista de uma cidade cujas ruas fossem calçadas de cristal, e cujas casas fossem palácios de prata ornados de cortinados de ouro e de grinaldas de flores de toda espécie. Oh, quanto mais bela ainda é a cidade celeste!

Que delicioso não será ver todos os seus habitantes vestidos com pompa real, porque todos efetivamente são reis, como lhes chama Santo Agostinho: Quot cives, tot reges (Quantos cidadãos, tantos reis). Que delicioso não será ver Maria, que parecerá mais bela que todo o paraíso! Que delicioso não será ver o Cordeiro divino, Jesus, o Esposo das almas!

Numa palavra, o paraíso é a reunião de todos os gozos que se podem desejar.

Mas essas inefáveis delícias até aqui consideradas são apenas os menores bens do paraíso. O bem, que faz o paraíso, é o Bem supremo, que é Deus, diz Santo Agostinho. A recompensa que o Senhor nos promete não consiste unicamente nas belezas, nas harmonias, nos outros encantos da bem-aventurada cidade; a recompensa principal é Deus, isto é, consiste em ver Deus face a face, a amá-Lo. Assegura Santo Agostinho que, para os condenados, seria como estar no paraíso se chegassem a ver Deus. E acrescenta que se fosse dado a uma alma, ao sair desta vida, a escolha de ver a Deus ficando nas penas do inferno, ou ser livre das penas do inferno e ao mesmo tempo privada da vista de Deus, ela preferiria a primeira condição.

A felicidade de contemplar com amor a face de Deus, não a podemos conceber neste mundo, mas procuremos avaliá-la, ainda que não seja senão pela rama, segundo os efeitos que conhecemos”. (Preparação para a Morte, Parceria Antônio Maria Pereira, Livraria Editora, Lisboa, 5a. edição, 1922, pp. 207 e ss.). (http://www.mensageiradapaz.org/novissimos.html – 18/01/13).


O INFERNO

Não haveria justiça alguma se a maldade dos anjos e dos homens fosse recompensada; se a verdade presente em todas as coisas não viesse à tona; se não se revelasse os reais pensamentos e intenções dos corações; se todo esse desequilíbrio do jeito que se encontra aqui continuasse na eternidade. E se Deus, depois de enviar o seu Filho Único, nascido da Virgem Maria, para nos salvar por sua morte e ressurreição, não nos desse um repouso definitivo fruto do sacrifício de seu Filho para a nossa redenção, o que seria de nós e de toda a criação? E como ficaria o derramamento de todo sangue inocente que clama justiça aos céus à começar pelo sangue de Cristo, seu Filho amado?

Muitos dizem: Deus é amor, e por isso jamais punirá alguém. Realmente Deus é amor, então, vivamos segundo o amor de Deus e jamais haverá punição alguma; mas se desdenharmos de Seu Infinito Amor, o que restará? Somente o ódio, porque todo pecado mortal se transforma em ódio, e é assim que vivem os que estão condenados no inferno. Pois todo pecado mortal é sinônimo de infortúnio e maldição; cada ato pecaminoso é um doloroso desligamento de Deus; e caso não haja arrependimento e reparação desses pecados, também não haverá salvação para aqueles que os cometem.

Com efeito, assim está escrito na Carta aos Hebreus: “Depois de termos recebido e conhecido a verdade, se a abandonarmos voluntariamente, já não haverá sacrifício para expiar este pecado. Só teremos que esperar um juízo tremendo e o fogo ardente que há de devorar os rebeldes. Se alguém transgredir a Lei de Moisés - e isto provado com duas ou três testemunhas -, deverá ser morto sem misericórdia. Quanto pior castigo julgais que merece quem calcar aos pés o Filho de Deus, profanar o sangue da aliança, em que foi santificado, e ultrajar o Espírito Santo, autor da graça! Pois bem sabemos quem é que disse: Minha é a vingança; eu a exercerei (Dt 32,35). E ainda: O Senhor julgará o seu povo (Sl 134,14). É horrendo cair nas mãos de Deus vivo”. (Heb 10,26-31).

Portanto, a respeito do céu ou do inferno não é preciso provar nada intelectualmente, porque todos nós que aqui estamos já os experimentamos naquilo que pensamos e vivemos. De fato, cada um colhe sempre o que planta, desse modo, o julgamento já se faz presente implicitamente em cada ato praticado, cujo resultado é detectado pelo estado de alma que cada um traz em si mesmo. É como nos ensinou São Paulo: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção [e a morte]; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé”. (Gal 6,7-10).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.


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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A TODOS FOI DADO UM PODER, MAS ESSE PODER UM DIA FINDARÁ...


A TODOS FOI DADO UM PODER, MAS ESSE PODER UM DIA FINDARÁ...


O cotidiano existencial é constituído pelas relações dos homens com Deus, entre si e com todas as outras criaturas visíveis e invisíveis. Estamos sempre interagindo uns com os outros e com tudo o que há o tempo todo, pois o homem só para essa interação quando morre, porque com a morte perde a liberdade de ser e estar no mundo, liberdade esta concedida por Deus quando criou todas as coisas e as deu para o homem governa-las. Ora, por essa interação causamos o equilíbrio, a harmonia e o bem estar de todas as coisas ou o desequilíbrio e a ruína de tudo.

Notamos em nós e nas outras criaturas um poder que emana de nossa essência, esse poder natural veio diretamente de Deus, nosso criador e único Senhor de todas coisas, Aquele que tem todo poder sobre o céu e sobre a terra. Todavia, esse poder nos foi dado por Deus para nossa felicidade, ou seja, em função de nossa salvação e para a glória de Deus. Em outras palavras, temos esse poder para o bem e somente para o bem de todos e para que sejamos um só em Deus. Usar esse poder contrariando essa vontade do Senhor, é desligar-se dele e causar a própria ruína, porque com a nossa morte Deus reivindicará o que lhe pertence, nossa vida, tudo o que somos e temos e o que fizemos com o poder que dele recebemos.

Em sua carta aos Gálatas, São Paulo nos dá o seguinte ensinamento: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção [e a morte]; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé”. (Gal 6,7-10). E na primeira carta à Timóteo, disse: “Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão constituídos em autoridade, para que possamos viver uma vida calma e tranquila, com toda a piedade e honestidade. Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”. (1Tim 2,1-4). Ou seja, Deus tudo despõe a nosso favor para que vivamos em paz uns com os outros, só precisamos pôr em prática as suas leis e mandamentos.

Por outro lado, percebemos que neste mundo há uma espécie de poder que é adverso a todo bem e que atenta contra nós e contra a obra criada por Deus e que chamamos de poder do mal ou do espírito das trevas. Esse poder se manifesta nas criaturas a partir do pecado delas que consiste na não comunhão com a vontade de Deus. Eis o que escreveu o hagiógrafo no Livra da Sabedoria (escritor bíblico inspirado por Deus) a esse respeito: “Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão”. (Sab 2,23-24).

Por isso, “Amai a justiça, vós que governais a terra, tende para com o Senhor sentimentos perfeitos, e procurai-o na simplicidade do coração, porque ele é encontrado pelos que o não tentam, e se revela aos que não lhe recusam sua confiança; com efeito, os pensamentos tortuosos afastam de Deus, e o seu poder, posto à prova, triunfa dos insensatos. A Sabedoria não entrará na alma perversa, nem habitará no corpo sujeito ao pecado; o Espírito Santo educador (das almas) fugirá da perfídia, afastar-se-á dos pensamentos insensatos, e a iniquidade que sobrevém o repelirá”. (Sab 1,1-5).

Portanto, o tempo de todos está se esgotando, não demora muito e esse mundo dará lugar à nova criação, que Jesus, o Filho de Deus, veio inaugurar com a sua morte e ressurreição; precisamos aproveitar todo tempo que nos é dado para vivermos em estado de graça e participarmos do Reino de Deus e de sua justiça. A palavra certa para os nossos dias que são os últimos é, preparação. De fato, precisamos estar preparados para o dia da redenção, como está escrito na segunda carta de São Pedro: “Mas há uma coisa, caríssimos, de que não vos deveis esquecer: um dia diante do Senhor é como mil anos, e mil anos como, um dia. O Senhor não retarda o cumprimento de sua promessa, como alguns pensam, mas usa da paciência para convosco. Não quer que alguém pereça; ao contrário, quer que todos se arrependam”.

Entretanto, virá o dia do Senhor como ladrão. Naquele dia os céus passarão com ruído, os elementos abrasados se dissolverão, e será consumida a terra com todas as obras que ela contém. Uma vez que todas estas coisas se hão de desagregar, considerai qual deve ser a santidade de vossa vida e de vossa piedade, enquanto esperais e apressais o dia de Deus, esse dia em que se hão de dissolver os céus inflamados e se hão de fundir os elementos abrasados! Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça. Portanto, caríssimos, esperando estas coisas, esforçai-vos em ser por ele achados sem mácula e irrepreensíveis na paz”. (2Ped 3,8-14).

Paz e Bem!

Frei Fenando Maria,OFMConv.


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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O QUE É SER SEM PECADO?



O QUE É SER SEM PECADO?


O homem foi criado à “imagem e semelhança” (cf. Gen 1,26-27) de Deus para permanecer em comunhão com Deus. Foi criado sem pecado, para permanecer ligado a Deus que é inacessível ao mal (cf. Tiag 1,27). Assim, percebemos que o homem foi criado pleno das virtudes divinas (amor, verdade, bondade, justiça, etc), e com discernimento e capacidade para governar a criação (cf. Gen 2,15-17), porém, em comunhão com o seu Criador. Percebemos ainda que toda a criação é boa, bela e perfeita, com suas leis naturais impressas em sua alma, ou ainda, como o código genético que carrega em suas entranhas físicas.

Mas, por que existe esse terrível desequilíbrio que ora percebemos numa obra que foi criada com tamanha perfeição e por Deus infinitamente perfeito? A resposta a essa pergunta, está na fonte do conhecimento de Deus, as Sagradas Escrituras. Pois, após o homem ter cometido o pecado de não permanecer em estado de comunhão com o seu criador (cf. Gen 3) lhe restou a comunhão com o Senhor, mas não face a face como antes, e sim pela revelação que Deus faz de si mesmo na criação e nas Sagradas Escrituras, e pessoalmente por Seu Filho, Jesus Cristo enviado para nossa salvação (cf. Heb 1,1-4). E como resposta a essa pergunta, temos a figura emblemática da face tenebrosa do mal, chamado satanás, gerador do pecado e de todo desequilíbrio causado pelos homens de todos os tempos.

De fato, conhecemos Deus a partir de nossa criação; mas antes da criação natural já existia a criação sobrenatural e um certo infortúnio causado pelos anjos decaídos, que Deus nos deu conhecer com clareza (cf. Gen 2,15-17; Is 14,12-15; 1Pd 5,8) para que nunca perdêssemos a comunhão com Ele. É como está escrito: “Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. É por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão”. (Sab 2,23-24).

Com efeito, como foi dito acima, Deus é inacessível ao mal, isto é, o mal nunca pode ter acesso a Deus; mas, como a criação não é Deus, ele pôde ter acesso à criação e causar o escarcéu (desordem) que causou, mesmo conhecendo a punição por ter gerado tal pecado de desobediência na obra da criação. Ao homem, porém, que não foi o causador do pecado em si, mas apenas colaborou para que este existisse, Deus ofereceu o perdão, livrando-o da punição eterna, pelo arrependimento e o novo nascimento na ordem da graça pelo batismo, com a vinda do Seu Filho Jesus Cristo. Só não tem perdão quem não se arrepende e por isso mesmo não deixa o pecado, porque todo homem que experimenta o perdão oferecido por Cristo Jesus Cristo e deixa o pecado, recebe a graça da salvação e da santificação de sua alma e passa a viver desde já como um filho de Deus.

Então, o que é um ser sem pecado? É o Ser perdoado por Deus e que permanece em estado puro, sem mácula; é o ser em plena posse da graça santificante do Senhor; é aquele que nasceu da água e do Espírito Santo pelo batismo e vive nesse estado de graça permanente, isto é, em plena comunhão com a vontade de Deus, praticando aquilo que é próprio aos filhos e filhas consagrados e destinados ao Reino dos Céus. Como nos ensinou São Paulo: “De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo. A lei do Espírito de Vida me libertou, em Jesus Cristo, da lei do pecado e da morte”. (Rom 8,1-2).

Portanto, cabe a cada um de nós que somos batizados, a vivência do nosso batismo, isto é, a vivência de todas as virtudes eternas que estão em nossas almas e que dão os frutos de nossa permanência em Cristo Jesus, como ele mesmo nos ensinou:Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim.

Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo ao fogo, e queimar-se-á. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos”. (Jo15,1-8).

Com toda certeza, Maria Santíssima mãe de Jesus e nossa mãe, é esse ser sem pecado, ela é imaculada por excelência, porque dela nasceu o Filho de Deus, gerado pelo Espírito Santo. Por isso, em vista de sua maternidade divina não conheceu pecado algum, pois vivia tão unida ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, que nenhuma sobra de pecado pairou sobre ela. Dos seres humanos ainda em vida, Maria Santíssima é a primeira redimida e assim permaneceu todos os dias de sua vida, por isso, Deus a elevou aos céus em corpo e alma, por não conhecer corrupção alguma. (cf. At 2,31). Assim também todo aquele que nasceu de Deus e permanece em Cristo não peca (cf. 1Jo 3,5-6), pode até cair em pecado se assim decidir, mas se permanecer em estado de graça, viverá conforme a santidade que lhe comunica o Senhor na eucaristia.

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria, OFMConv.


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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

AS INVOCAÇÇÕES DA LADAINHA DE NOSSA SENHORA (XXII)


AS INVOCAÇÕES DA LADAINHA DE NOSSA SENHORA (XXII)


Consoladora dos aflitos

De fato, por causa dos pecados praticados neste mundo, somos constantemente açoitados e massacrados pelos mais terríveis flagelos que a humanidade talvez jamais tenha conhecido em tamanha proporção: guerras, fome, tsunamis, doenças incuráveis, famílias destroçadas, violência desenfreada; o flagelo das drogas e toda espécie de maldades, que ficamos pasmos ao ver ou ouvir tais relatos, a ponto de nos causarem asco e medonho pavor.

Todavia, somos observados constantemente por Deus que se faz presente e cuida de nós. Ele conhece todos os desafios existenciais e aflições que passamos, sabe também como nos dar alento e nos fortalecer em nossa fé, para vencermos o mal que se alastra neste mundo. Por isso, como Pai amoroso que é, nos deu uma mãe consoladora que nos consola em todas as aflições com sua santa interseção, para nos livrar das tentações e perseguições de toda espécie que o mundo se nos impõe, tentando nos desestabilizar e nos afastar da graça da salvação.

Quando do caminho da cruz, Maria foi a primeira a consolar o seu Filho amado em sua dor; já bem antes, quando da perseguição do menino Jesus por Herodes, a Virgem mãe lhe aconchegou em seus braços, livrando-o do medo e da morte que o infeliz tirano queria causar-lhe; também nas bodas de Canaã, Maria interviu e a aflição daquela família deu lugar ao vinho novo da alegria, que se lhe veio pelo milagre realizado por Jesus. Assim também nós, toda vez que recorremos à nossa mãe amada em nossas aflições, somos prontamente atendidos e consolados. Maria Santíssima, sabe muito bem como nos consolar, pois também ela sofreu a aflição da perca do seu Filho Jesus por três dias quando da visita anual ao Templo e também quando de sua morte na cruz. Ó Maria, consoladora dos aflitos, consolai-nos ó Mãe neste vale de lágrimas!

Auxílio dos cristãos

Com efeito, Jesus nos ensinou: “Tudo é possível ao que crê”. (Mc 9,23b), ele disse isso a um pai que lhe pedia a cura de seu filho, ao que o pai respondeu: “Eu creio, Senhor! Mas vem em socorro à minha falta de fé!” (Mc 9,24b). De fato, os homens usam o poder que têm, mas diante de certas circunstâncias se veem impotentes e logo recorrem a alguém que os ajude, para que possam vencer suas impotências ou incapacidades. Também nós que acreditamos, em certos momentos, nos vemos diante de fatos ou circunstâncias que nos levam a recorrer ao poder da fé, mas, às vezes, ficamos com que impotentes ou paralisados sem solução alguma, e por isso precisamos de um auxílio salvador que nos ajude. Ora, Deus em seu infinito amor, nos dá, na mãe de Jesus e nossa mãe, um auxílio perfeito para nos ajudar a vencer todos os obstáculos circunstanciais com os quais nos deparamos ao longo de nosso viver, ou no caminho de nosso calvário.

Antes de rezarmos o santo terço, normalmente fazemos a seguinte oração: “Debaixo de vossa proteção nos refugiamos, ó Santa mãe de Deus. Não desprezeis nossas súplicas em nossas necessidades, mais livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Senhora nossa, Advogada nossa, Medianeira nossa! Com vosso Filho nos reconciliai, ao vosso Filho nos recomendai, ao vosso Filho nos apresentai! Amém”. Aqui se percebe claramente quão maravilhosa é a nossa devoção à Santa Mãe de Deus e como somos amados por nosso Pai Celeste. Ó Maria, auxílio dos cristãos, rogai por nós que recorremos a vós e nos alcançai do Senhor os auxílios necessários para a nossa salvação!

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria, OFMConv.


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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

INSATISFAÇÃO, VAZIO EXISTENCIAL, MELANCOLIA, QUAIS SÃO AS CAUSAS?



INSATISFAÇÃO, VAZIO EXISTENCIAL, MELANCOLIA, QUAIS SÃO AS CAUSAS?


Para muitos esse nosso tempo é um tempo de pavor e trevas, pois sua vida, seu passado, suas memórias, lhes trazem histórias de abuso sexual, tragédias familiares, violências, degradação dos valores humanos e religiosos, falta de bens necessários para a sobrevivência; ou consumismo exagerado por parte dos mais abastados; uma vida de vícios e contra tempos, desemprego, bullyning e outros tormentos, como traumas pela ausência do pai ou da mãe, maus tratos, etc. Enfim, uma somatória de desordens existenciais que os torna indivíduos perdidos num mundo repleto de frenesi e outros desvios comportamentais, capazes de escândalos e traumas sem proporção.

Ora, somos obras perfeitas das mãos de Deus, criados em Jesus Cristo, para as boas ações que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos (cf. Ef 2,8-10). E tudo isso conforme as leis do Senhor escritas em nossas almas, pois Deus imprimiu seu código santo em nossa vida, como também está impresso o código genético em nossos corpos. Porém, toda essa grandeza divina que se faz presente em nós, pode se perder caso não cultivemos as virtudes eternas que o Senhor nos concedeu em seu amor.

De fato, só tem uma coisa que nos pode levar a essa perda, é o famigerado pecado, que consiste no desligamento de Deus, porque em Deus não há pecado e nem mesmo sombra de instabilidade (cf. Tiag 1,13). Cabe a nós vivermos em comunhão com Ele pela ação do Espírito Santo, presente na alma de todo batizado; ou ainda pela fé mesmo que seja natural, que leva o homem ao encontro com Cristo Jesus, nosso Senhor, que cura, salva e faz feliz todo ser humano que o encontra e nele permanece.

Então, eis a pergunta que não quer calar, por que vivemos num mundo de tantos conflitos e confusões? Porque os homens tornaram-se inimigos de si mesmos por causa dos bens materiais, que geram conflitos raciais, religiosos, ditatoriais; por causa da corrupção e outras condutas perversas que geram revolta contra Deus e o seu Cristo; por causa dos terríveis efeitos dos pecados que tem destruído milhões vidas; por causa da impunidade tamanha; por causa da maldade que é tanta; por causa dos pecados contra a natureza; por causa da rudeza de tantos corações.

O resultado é esse mundo repleto de indivíduos mal amados, frustrados, deprimidos, endemoniados; onde suas ações revelam não só a face tenebrosa da maldade, mas o próprio mal agindo por meio deles. Eis as causas de tanto sofrimento e desespero na face da terra, que se encaminha à passos largos para o caos definitivo. Guerras, fome, peste, aquecimento global, catástrofes naturais; loucura generalizada, etc. Sem contar tantas outras práticas abomináveis, com a conivência dos poderes constituídos (político, jurídico, social), que revelam a intolerância e a incapacidade humana para resolver os problemas criados por todos que se dão a essas práticas. E assim, segue este mundo como um barco perdido em alto mar dominado por ondas revoltas, singrando sem rumo certo, prestes a afundar.

De fato, a tudo e a todos foi um tempo, que aliás, enquanto vida natural tivermos, Deus renova esse tempo todos os dias sem nunca deixar de fazê-lo. Todavia, existe o fim desse tempo e ele se cumprirá sem dúvida alguma. Ora, vemos esse fim acontecer nas coisas da vida e no viver dos outros, certamente um dia chegará a nossa vez e veremos isso acontecer conosco, mas será que estaremos preparados? Boa pergunta que requer uma boa resposta, caso contrário, é sinal de que não estamos correspondendo a tudo o que Deus tem nos dado, ao longo de nossa vida.

Com efeito, assim escreveu São Paulo: “Vigiai, pois, com cuidado sobre a vossa conduta: que ela não seja conduta de insensatos, mas de sábios que aproveitam ciosamente o tempo, pois os dias são maus. Não sejais imprudentes, mas procurai compreender qual seja a vontade de Deus. Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes. Ora, o fruto da luz é bondade, justiça e verdade. [Por isso], Procurai o que é agradável ao Senhor, e não tenhais cumplicidade nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente. Porque as coisas que tais homens fazem ocultamente é vergonhoso até falar delas. Mas tudo isto, ao ser reprovado, torna-se manifesto pela luz. E tudo o que se manifesta deste modo torna-se luz. Por isto (a Escritura) diz: Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará (Is 26,19; 60,1)!” (Ef 5,15-17; 8-14).

Paz e Bem!

Frei Fernando Maria,OFMConv.



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