VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

CRER NO IMPOSSÍVEL




















CRER NO IMPOSSÍVEL...

Crer no impossível...
É transpor o limite de nossa razão...
É crer na Verdade de Deus...
que está trilhões de anos luz...
acima da verdade que somos no mundo...

Crer no impossível...
É saber que o tempo nos leva à eternidade...
E isso já é o impossível...
que não conseguimos deter...

Crer no impossível...
É dizer não à incredulidade...
e às teorias que a gera...
porque são imaginações fúteis...
que nos encerra no nada...

Crer no impossível...
É deixar de seguir os famosos ateus...
que dizem não crer em Deus...
mas nada fazem além de suas negações barulhentas...

Crer no impossível...
É dizer não ao pecado todos os dias...
Porque todos os dias ele se nos apresenta...
tentando nos derrubar...

E quando caímos,
perdemos o estado de graça...
e somos corroídos pela traça dos vícios...
que geram a morbidez...
a insensatez...
e toda espécie de contradição...

Crer no impossível...
É não perder a esperança nunca...
É vivê-la a cada passo dado...
no ritmo do plano salvífico...
que Deus traçou para a nossa vida....

Afinal, a força atrativa do Senhor é tamanha...
que nada e nenhuma criatura a consegue parar...
Muito menos o mistério da iniqüidade...
Ao contrário esse mistério apressa mais ainda...
a segunda vinda do Filho de Deus...

Vejam o exemplo da Cruz...
Dela pendeu Jesus...
cumprindo em tudo a vontade do Pai...
Morrendo, matou a morte...
Ressuscitado nos deu a ressurreição...
O que pra nós naturalmente era impossível,
Para Ele não...

“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida.
Aquele que crê em mim,
ainda que esteja morto, viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim,
jamais morrerá.
Crês nisto?”

“Sim, Senhor.
Eu creio que tu és o Cristo,
o Filho de Deus,
aquele que devia vir ao mundo”. (Jo 11,25-27).

Paz e Bem!

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

POR UM FIO



















POR UM FIO...

Esse nosso planeta...
Está em rota de colisão...
com a insanidade humana...
Tudo por causa da ganância...
Da intolerância...
E da agressão à natureza...
que gera a incerteza de dias melhores...

Desde a muito...
gasta-se mais com os vícios...
a violência...
e a pornografia...
do que com a preservação da vida...

Drogas...
Armas...
Lascívia...
Abortos provocados...
Eis as armas do pecado...
de que se serve Satanás...
para levar as almas pro inferno...

E esse inferno começa aqui...
Eis alguns sintomas dele...
Depressão...
Opressão...
Obsessão...
Insônia...

Doenças incuráveis...
Todo tipo de malefícios...
de Blasfêmias...
de sacrifícios humanos...
Todo tipo revolta...
De ódio e estupidez...
Que por sua vez causam os suicídios...

E sabem por quê?
Deixaram Deus de lado;
Para cultuar o diabo abertamente...
Seja nas músicas...
Nas danças...
Nas discrepâncias sociais...

Seja nos carnavais...
Nas paixões imorais...
Na corrupção de menores...
Casamentos homossexuais...
No tráfego de seres humanos...

Seja nos rituais de magia negra...
Nas seitas...
No ocultismo...
No espiritismo...
Cultos afros...
E tudo o mais...

Na literatura... (livros de “auto-ajuda”; livros eróticos; revistas e jornais coniventes com o lixo da corrupção);
No cinema, arte e televisão... (a mídia se vendeu ao inferno);
Na magistratura...(corrupção de juízes e magistrados);
Nos tribunais...(compra de sentenças; habeas corpus; advogados trambiqueiros)
Na política...(mentiras, calúnias, perseguição, corrupção, etc.)...

Por isso vivemos em meio à maldição...
Financiam...
As guerras...
A indústria bélica...
O entretenimento fútil...
Os bancos falidos...
Mas não financiam o equilíbrio do Planeta...

Estamos prestes a sumir do mapa...
O caos total não deve demorar...
É só uma questão de tempo...
De pouco tempo...
Porque a mãe natureza não agüenta mais...
Está no limite máximo de sua serventia...

Talvez digam que eu sou pessimista...
Mas vivendo num cenário desses...
Quem não é?
Basta ver o mal que os homens causam a si mesmos...
Nessa agressão à natureza...
Com toda certeza e convicção...
Estamos por um fio...
O pavio já está acesso...
Só falta a explosão...

Senhor, os homens estão apressando a tua volta...
Porque tudo está acontecendo como disseste:
“Haverá sinais no sol,
na lua e nas estrelas.
Na terra...
a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações...
pelo bramido do mar e das ondas”.

“Os homens definharão de medo,
na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a terra.
As próprias forças dos céus serão abaladas.
Então verão o Filho do Homem vir...
sobre uma nuvem com grande glória e majestade”.

“Quando começarem a acontecer estas coisas,
reanimai-vos e levantai as vossas cabeças;
porque se aproxima a vossa libertação”. (Lc 21,25-28).

Paz e Bem!


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sábado, 26 de dezembro de 2009

VIDA, FÉ E POESIA




















VIDA, FÉ E POESIA

De fé e versos simples...
É a minha poesia...
Feita de rimas talvez não tão bem rimadas...
Mas plena de conteúdo de vida...

Porque o que digo...
Faço-o como a vida precisa ser...
Assim meus traçados versos...
não são mero dizer...
Porque dizer algo qualquer um diz...
Mas viver o afago da vida em Deus...
requer muito mais que palavras escritas
ou sopradas ao vento...

Requer a coragem e o alento...
de viver e ser profecia...
Profecia que se cumpre...
a cada anúncio feito...
porque é impulso perfeito...
de inspiração divina...

Muitas vezes incomoda,
mas dá resultado...
porque é verdade...
a realidade que descreve...
dando conhecer dos corações...
suas reais intenções mais íntimas...

Por isso minha poesia é diferente...
Porque não é um repente qualquer...
Nem um disse me disse...
Ao contrário é um dizer bendito...
para quem a sabe auscultar...

Ela é como um olhar transparente...
que tudo vê...
até mesmo o recôndito da alma...
e faz transparecer o que precisa ser mudado...

Quem a lê assim...
Muda, se converte, se transforma...
Inunda-se da graça de Deus...
Quem não a lê assim...
Perde o élan vital que ela traz...
em seus versos proféticos...

Porque, de fato, mais que poesia...
ela é profecia que nos faz compreender...
as razões de ser da vida que Deus nos dá...
Porque nela...
nunca digo algo que não seja para o bem...
o Sumo Bem de nossas almas...

Paz e Bem!

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

QUANTO?




















QUANTO?

Deixo-me tomar por ti Senhor...
Porque, o que sou por mim mesmo?
Ou aonde vou se todos os caminhos temporais
me levam à morte?

Sei disso porque a realidade natural que vivo...
Segue sua trajetória rumo ao fim...
mesmo que eu não queira...
Isto porque a tua Vontade...
está acima de todas as vontades...
E ela se cumpre sempre...

Enquanto todos pensam que o fim é o fim...
Tua Vontade nos aponta para a eternidade...
Porque a tua Vontade é Absoluta e Soberana...
e recompensa quem por Ela se exercita...

A vida que nos deste...
tem sua origem em Ti...
e somente em Ti...
Mas o seu devir...
depende do que fazemos dela...

Quem a vive por amor...
Tem no amor os mais belos frutos de paz...
Porque permanece em Ti...
e não morre mais...
Quem, porém,
dela faz um antro de perdição...
Caminha em sua contra mão...
rumo ao caos infinito...

Tudo isso é Mistério é verdade...
Mas o bom do Mistério...
é que fazemos parte dele Contigo...
e nos vais desvendando-o pouco a pouco...
Dia a dia...
Como uma sinfonia maravilhosa...
que nos encanta com seus belíssimos acordes perfeitos...
Que tu meu Senhor com santa maestria...
reges aos nossos ouvidos e corações imperfeitos...
Porém, afeitos à tua Revelação...

Assim somos nós no tempo que nos dás...
e que vivemos e ainda temos pra viver...
Quanto?
Não sei, Tu o sabes...
Só sei meu Deus...
que nunca quero me apartar de Ti...
Seja aqui no mistério da vida no tempo...
Seja em tua eternidade,
onde na verdade...
a vida não tem fim...

Paz e Bem!

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O CÉU COMEÇA AQUI













O CÉU COMEÇA AQUI

E quando olho as nuvens no céu...
E quando sinto ó Senhor a tua inspiração...
Ponho mãos no arado...
Rejeito todo pecado...
E sigo em tua direção sem demora...

Senhor,
não vejo a hora do teu dia chegar...
Porque assim também verei os dias do mal se acabar...
E desde já antevejo também tua alegria reinando...
em nossos corações palpitando ressurreição...
Fruto da redenção...
e do amor que nos dás...

Quanta glória, Senhor, Tua Luz...
Esplendor que santifica os teus eleitos...
Ápice da paz tão esperada...
Salvação dos teus prediletos...
que esperam pacientemente...
o cumprimento de tua justiça...

De fato,
o céu começa aqui com a nossa conversão...
Bem aqui nesse nosso chão disperso...
Em meio ao sim ou ao não de cada vida...
Porque a vida de cada um de nós...
é um sim ou um não que damos a Ti...
em cada ato que fazemos...
a cada momento que vivemos...

Por isso,
perdoa-nos Senhor...
pelos nãos que te demos ou te damos...
quando não te obedecemos...
como deveríamos obedecer...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

PS: Não pensem que não dá pra sentir o sabor do céu aqui na terra, pois a vida é um dom de Deus e todo dom do Altíssimo é agradabilíssimo; nós é que a estragamos com nossos desenganos e ilusões...

Nada nem ninguém existiria se a vida não fosse um presente do céu e se Deus não se fizesse Presente nela, ensinando-nos a sermos bons, somente bons. Ocorre que o mal que constatamos é fruto do pecado da desobediência, por não ouvirmos a Deus em seus santos mandamentos, que são lições de vida eterna para nos santificar...

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O QUE NOS FALTA AINDA?




















O QUE NOS FALTA AINDA?

A vida nos foi dada...
E nós a temos temporariamente...
Com ela nos foi dado também...
todos os ingredientes, dons e aptidões...
que nos fazem viver obviamente
nesse nosso habitat natural...

Então, o que é mesmo a vida humana?
É esse misto de temporalidade e eternidade...
Feita de corpo mortal e alma imortal...
Mistério de amor revelado no tempo,
mas para além do tempo...
visto que nem o tempo a comporta...
porque ele mesmo a transporta para o além de si...
que não passa...

Então, reflitamos...
O que nos falta ainda?
Falta-nos o sem limites...
que nossas almas insistem querer...
Porque o desejo do ilimitado
é desejo sagrado e só Deus pode dar...

Porque o que desejamos de fato
não é o ilimitado pelo ilimitado...
sem que este seja conhecido e amado...
Nós desejamos mesmo é a Deus...
em todo Seu Esplendor e Beleza...
Em toda sua Natureza Santa e Eterna...
Ele que nos governa...
sem que o conheçamos quem Ele é plenamente...

Douta sorte dos que te amam Senhor...
Porque somente no amor és conhecido...
O amor, o teu amor já é o sem limites...
Já é o viver eterno a partir do tempo...
Pois o tempo foi criado em sua invisibilidade...
para dar credibilidade ao que és...
Santo...
Divino...
Eterno...
Onde a vida humana encontra...
tudo o que o tempo e o mundo...
e as outras criaturas...
não lhe podem dar...
Porque somente em Ti Senhor...
a vida é...
e sempre será...



PS: Não busque a Deus apenas pela razão. Porque a razão sem a fé, esbarra no limite; e tudo o que a ultrapassa, sua tendência é: ou ignorar ou especular; se ignora, sente-se insatisfeita, incrédula, indiferente...; se especula, se abre para o além de si...

Ora, isto não significa abrir-se para o desconhecido, mas para o não conhecido totalmente, porque a Deus só o conhecemos quando o amamos, pois amados por Ele já somos, é por isso que existimos; e amá-LO, significa obedecê-LO em tudo o que nos ensina em seus Santos Mandamentos e por meio do Seu Filho Jesus.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.




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sábado, 12 de dezembro de 2009

MENSAGEM DE NATAL














MENSAGEM DE NATAL

Penetrar o Mistério do Natal do Senhor é penetrar o Mistério da Vida Divina que nos visita e nos enche de ternura, compreensão, paz e harmonia em nosso viver. Quando olhamos a singeleza do presépio, a simplicidade dos que o visitam e a Beleza Divina estampada nos rostos de Jesus, Maria e José, participamos também desse Mistério de Amor.

Creio que o ser humano não despertou ainda do sono letárgico de suas fraquezas, é por isso que vive envolvido nessa atmosfera de morte que o cerca. Precisamos acordar, por meio da fé, para a realidade do Filho de Deus que nasce entre nós, pára assim participarmos do seu reinado e com Ele vencermos o pecado e todo o mal.

O Natal do Senhor é o mais inovador dos acontecimentos, pois, nele nossa carne é divinizada e por isso, somos alçados à maior de todas as graças: à filiação divina, à participação definitiva no Reino de Deus. Cristo se encarnou para nos levar consigo para a Glória de Deus Pai e nos fazer participantes de sua divindade, herança eterna dos santos na paz.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PAPAI NOEL, QUEM É PAPAI NOEL?




















PAPAI NOEL, QUEM É PAPAI NOEL?

Ajuda-nos Senhor a sermos santos...
A escutar tua Sabedoria...
como uma melodia celestial...
nesta terra onde os homens perderam...
o sentido da vida...

Porque não somos daqui...
mas mesmo assim...
os homens insistem em fincar pé neste lugar...
E o pior de tudo,
querem acabar com o resto de vida
que ainda nos resta...

Por isso fazem festa pra tudo...
Menos para Ti...
Talvez porque se acham auto-suficientes...
Fingindo ser o que não são...
Fingindo não depender de nada...
mesmo tendo sua estada ameaçada...
pela terrível destruição que virá...

É triste constatar...
que o teu Natal não é mais o teu Natal...
Porque os homens só falam de presentes
e de Papai Noel...
E se esquecem que Tu és o verdadeiro presente
para nossa humanidade...

Papai Noel, quem é Papai Noel?
Ah! Já sei...
Não é “o bom velhinho” criado pelo comércio
para vender seus produtos...
e obter polpudos lucros...
e com isso descaracterizar o verdadeiro Natal?

De fato, a ganância e a fantasia...
sempre andaram juntas...
São filhas do mesmo princípio:
o amor ao dinheiro...
São netas do consumismo...
E esposas da luxúria...

E assim os homens deixam:
as coisas eternas pela temporais...
Criam mitos e fantasias...
em detrimento das realidades celestiais...
E tudo isso porque não te escutam...
nem te obedecem mais...
O resultado é a peste da incredulidade...
e a vergonhosa desigualdade
que estraçalha nosso sociedade...

Verdade seja dita:
o teu dia chegará...
não como cada manhã...
Mas chegará de repente...
Então, cada um receberá o que plantou...
Felizes os que plantaram o teu amor...
Esses reluzirão eternamente...

Quanto aos demais...
tomara que se convertam...
enquanto é tempo de conversão...
Do contrário, não haverá perdão
para os redimir...
Visto que, o que fizeram aqui...
foi tão somente transgredir...
a divina Lei do amor...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM MARIA, MÃE DE DEUS




















A IMACULADA CONCEIÇÃO DA VIRGEM MARIA MÃE DE DEUS

Ser imaculada é ser totalmente consagrada a Deus; é provar a essência de Sua natureza divina ainda nessa nossa naturalidade; é viver, por desígnio do Senhor, a realidade do céu aqui na terra in natura, ternura de um Deus apaixonado que nos quer para Si. Assim o Senhor realizou aos nossos olhos, por meio de Maria Santíssima, sua filha predileta, seu Eterno Plano de Amor para conosco e nos fazer entender que somos mais do que aparentamos ser.

Ser imaculada é também ser conduzida pelo Espírito Santo em todos os sentidos; é tornar-se encanto dos olhos do Altíssimo que ao contemplar, pelo Anjo Gabriel, sua obra prima restaurada em sua originalidade, expressou-se: “Ave gratia plena” (salve aquela que tem a plenitude da graça), ao que a virgem respondeu humildemente: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa vontade”. E nesse Fiat (faça-se), Deus mesmo se fez Carne pelo Espírito Santo e habitou o seio da Virgem Mãe e quis habitar no meio de nós para nos resgatar definitivamente.

Vejamos ainda mais os desenlaces de tamanha graça: Conta-se nos anais dos ditos franciscanos (século XIII), que os dominicanos não defendiam ainda a verdade referente à Imaculada Concepção de Maria Santíssima tanto quanto nós franciscanos. Então, um belo dia em que o Santo Padre, reuniu a nata dos teólogos da época para um debate no Vaticano sobre essa verdade, pois [desde o cristianismo primitivo diversos Padres da Igreja defenderam a Imaculada Conceição da Virgem Maria, tanto no Oriente como no Ocidente. Os escritos cristãos do século II relatam a doutrina, concebendo Maria como a "Nova Eva", ao lado de Jesus, o "Novo Adão"]. Outro exemplo, no século IV, Efrém da Síria (306-373), diácono, teólogo e compositor de hinos, propunha que só Jesus Cristo e Maria são limpos e puros de toda a mancha do pecado. (*)

Então, um dos teólogos franciscano, chamado Frei João Duns Scotus, firmemente convicto desse dom especial de Deus à Santíssima Virgem Maria, dirigiu-se para a sala onde haveria o referido debate, mas antes, passou diante da imagem da Virgem e fez-lhe uma oração pedindo que Maria intercedesse por seus argumentos diante dos demais teólogos, ao que a imagem deu-lhe um sinal inclinando a cabeça em sua direção, o devoto frade então sentiu nesse sinal a confirmação de que o seu propósito era, de fato, a vontade de Deus e prosseguiu no seu intento.

Postos os argumentos contrários à imaculada conceição; o humilde frade franciscano por sua vez expressou seu argumento favorável por meio de perguntas: Deus pode realizar esse ato? Ao que todos concordaram. E continuou: Deus quis em vista de Seu Filho Jesus realizar tal feito? Certamente quis, responderam. Ao que o humilde frade emendou: Então Deus fez. E assim encerrou o debate, tendo em favor de seu sutil argumento grande mérito. Até os dias de hoje o Beato João Duns Scotus é chamado nos meios acadêmicos franciscanos o “Doutor Sutil”. Em vista deste feito os frades Dominicanos se comprometeram, naquela época, lavarem os pratos dos frades Franciscanos, nos conventos mais próximos, todo dia oito de Dezembro.

De fato, a festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 1476 pelo Papa franciscano Sisto IV. A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854. Assim se expressou o Santo Padre na proclamação do dogma:

“Em honra da santa e indivisa Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e constantemente crida por todos os fiéis”.

LORDES (*)

Em 1858 Bernadete Soubirous, afirmou ter visto uma aparição que se autodenominou de "Imaculada Conceição" na localidade de Lourdes, diocese de Tarbes na França. O caso foi submetido às autoridades civis locais e eclesiásticas, após o que o bispo de Tarbes deu por confirmadas as aparições como sendo da Virgem Maria. As autoridades civis francesas se viram impotentes para impedir a devoção de milhares de peregrinos na época, atualmente Lourdes se transformou num lugar de peregrinação internacional de milhões de católicos devotos da Virgem Maria.

No dia 8 de dezembro de 2007 o papa Bento XVI, após a recitação do Angelus, comentou que nesta festa solene se recorda que "o mistério da graça de Deus envolveu desde o primeiro instante de sua existência à criatura destinada a converter-se na Mãe do Redentor, preservando-a do contágio com o pecado original. Ao contemplá-la, reconhecemos a altura e a beleza do projeto de Deus para cada ser humano: chegar a ser santos e imaculados no amor (Efésios 1, 4), a imagem de nosso Criador."

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

(*)http://pt.wikipedia.org/wiki/Imaculada_Conceição (07/12/2009).

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

UM SOFRER DIFERENTE



















UM SOFRER DIFERENTE

A união com Cristo é a nossa bem-aventurança e o aprofundamento dessa união com Ele traz-nos a felicidade terrena. Portanto, O amor à cruz não está, de forma nenhuma, em contradição com a alegria de sermos filhos de Deus. Ajudar a levar a cruz de Cristo dá uma alegria forte e pura aos que são chamados e são capazes de o fazer. Dessa forma, os verdadeiros filhos de Deus participam na edificação do Seu Reino.

Assim, a predileção pelo caminho da cruz também não significa que nos desagrade ver ultrapassada a sexta-feira Santa e cumprida a obra da Redenção. Só os resgatados, só os filhos da graça podem verdadeiramente carregar a cruz de Cristo. Só através da união com a divina Cabeça é que o sofrimento humano adquire a sua potencialidade redentora.

Sofrer e sentir-se bem-aventurado no sofrimento, permanecer firme de pé, seguir pelos caminhos poeirentos e pedregosos desta terra e estar ao mesmo tempo sentado com Cristo à direita do Pai, eis a vida do cristão, até que rompa a aurora da eternidade.

Paz e Bem!

Frei Fernando

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UM FELIZ NATAL DIFERENTE

 














UM FELIZ NATAL DIFERENTE

Não obstante os pecados dos homens,
Deus continua presente também nos que morrem de fome,
porque certamente Ele mesmo os espera
na fronteira do tempo com a eternidade...
para dar-lhes o sustento que aqui os homens lhes negaram (cf. Lc 16,19-31)...

Assim fizeram também com o seu Filho Jesus...
que nasceu numa manjedoura...
porque não havia lugar para Ele na hospedaria(cf. Lc 2,7)...
E depois ainda penduraram-no numa cruz...
como se fosse um indigente desprezível...
Ele, porém, os perdoou porque muito amou...

Por isso, não deixarei que os pecados dos homens
impeçam a comemoração do Natal do Senhor,
porque o seu nascimento é fonte inesgotável de amor,
mesmo que os homens,
por causa da cegueira espiritual,
não percebam isso...

FELIZ NATAL...

Paz e Bem!


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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ORAÇÃO DE SANTO ANDRÉ















O Martírio de Santo André, por Bartolomeu Esteban Murillo

Papa Bento XVI
Audiência geral de 14/06/06 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

Santo André imita Cristo até na morte

Uma tradição [...] narra a morte de André em Patras, onde também ele sofreu o suplício da crucifixão. Mas, naquele momento supremo, de modo análogo ao de seu irmão Pedro, pediu para ser posto numa cruz diferente da de Jesus. No seu caso tratou-se de uma cruz decussada, isto é, cruzada transversalmente inclinada, que por isso foi chamada «cruz de Santo André».

Eis o que o Apóstolo disse naquela ocasião, segundo uma antiga narração [...]: «Salve, ó Cruz, inaugurada por meio do corpo de Cristo e que se tornou adorno dos Seus membros, como se fossem pérolas preciosas. Antes que o Senhor fosse elevado sobre ti, tu incutias um temor terreno. Agora, ao contrário, dotada de um amor celeste, és recebida como um dom. Os crentes sabem, a teu respeito, quanta alegria possuis, quantos dons tens preparados.

Portanto, certo e cheio de alegria venho a ti, para que também tu me recebas exultante como discípulo Daquele que em ti foi suspenso [...]. Ó Cruz bem-aventurada, que recebeste a majestade e a beleza dos membros do Senhor! [...] Toma-me e leva-me para longe dos homens e entrega-me ao meu Mestre, para que por teu intermédio me receba Quem por ti me redimiu. Salve, ó Cruz; sim, salve verdadeiramente!»

Como se vê, há aqui uma profundíssima espiritualidade cristã, que vê na Cruz não tanto um instrumento de tortura como, ao contrário, o meio incomparável de uma plena assimilação ao Redentor, ao grão de trigo que caiu na terra. Devemos aprender com isto uma lição muito importante: as nossas cruzes adquirem valor se forem consideradas e aceites como parte da cruz de Cristo, se refletirem a sua luz. Só naquela Cruz são também os nossos sofrimentos nobilitados e adquirem o seu verdadeiro sentido.

Paz e Bem!

©Evangelizo.org 2001-2009

sábado, 28 de novembro de 2009

TEMPO DO ADVENTO














TEMPO DO ADVENTO

O Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal.

ORIGEM

A primeira referência ao "Tempo do Advento" é encontrada na Espanha, quando no ano 380, o Sínodo de Saragossa prescreveu uma preparação de três semanas para a Epifania, data em que, antigamente, também se celebrava o Natal. Na França, Perpétuo, bispo de Tours, instituiu seis semanas de preparação para o Natal e, em Roma, o Sacramentário Gelasiano cita o Advento no fim do século V.

Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal.

No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha, tinha caráter ascético com jejum, abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecumenos para o batismo na festa da Epifania.

Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.

Só mais tarde é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.

Surgido na Igreja Católica, este tempo passou também para as igrejas reformadas, em particular à Anglicana, à Luterana, e à Metodista, dentre várias outras. A igreja Ortodoxa tem um período de quarenta dias de jejum em preparação ao Natal.
O tempo do advento e suas características

O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.

O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.

Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa. Uma das expressões desta alegria é o canto das chamada "Antífonas do Ó".

TEOLOGIA DO ADVENTO

O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo.

Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor, Jesus, que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15).

O Advento recorda também o Deus da Revelação. Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final dos tempos.

O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da vida missionária de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.

A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referência e fundamento, dispondo-nos a "perder" a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.

ESPIRITUALIDADE DO ADVENTO

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão.

Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia (volta) do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Marana tha"! Vem Senhor Jesus!

O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.

O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.

No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus e não dos bens terrenos. Pobreza que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.

AS FIGURAS DO ADVENTO

ISAÍAS

Isaías é o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 - 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim os exilados.

As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos. Ele que no capítulo 7 do seu livro já anuncia a vinda do Senhor

JOÃO BATISTA

É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).

A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e o aponta como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento. Por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.

João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profetisas do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.

SÃO JOSÉ

Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".

José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.

A CELEBRAÇÃO DO ADVENTO

O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.

Os paramentos litúrgicos(casula, estola, dalmática, pluvial, cíngulo, etc) são de cor roxa, bem como o véu que recobre o ambão, a bolsa do corporal e o véu do cálice; como sinal de recolhimento e conversão em preparação para a festa do Natal. A única exceção é o terceiro domingo do Advento, Domingo Gaudete ou da Alegria, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do Salvador que está bem próxima.

Também os altares são ornados com rosas cor-de-rosa. O nome de Domingo Gaudete refere-se à primeira palavra do intróito deste dia, que é tirado da segunda leitura que diz: "Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto"(Fl 4, 4). Também é chamado "Domingo mediano", por marcar a metade do Tempo do Advento, tendo anologia com o quarto domingo do Tempo da Quaresma, chamado Laetare.

SÍMBOLOS DO ADVENTO

Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento. Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do Advento. A coroa pode ser, colocada ao lado do altar ou em qualquer outro lugar visível.

A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4° domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo, brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. A cor roxa das velas nos convida a purificar nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de cor rosa, nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.

A COROA DE ADVENTO

Origem: A Coroa de Advento tem a sua origem em uma tradição pagã européia. No inverno, se acendiam algumas velas que representavam ao “fogo do deus sol” com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltasse. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. Partiam de seus próprios costumes para anunciar-lhes a fé. Assim, a coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos:

A FORMA CIRCULAR

O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma idéia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.

AS RAMAS VERDES

Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. Bênçãos que nos foram derramadas pelo Senhor Jesus, em sua primeira vinda entre nós, e que agora, com esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na sua segunda e definitiva volta.

AS QUATRO VELAS

As quatro velas da coroa simbolizam, cada uma delas, uma das quatro semanas do Advento. No início, vemos nossa coroa sem luz e sem brilho. Nos recorda a experiência de escuridão do pecado. A medida em que se vai aproximando o Natal, vamos ao passo das semanas do Advento, acendendo uma a uma as quatro velas representando assim a chegada, em meio de nós, do Senhor Jesus, luz do mundo, quem dissipa toda escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada. A primeira vela lembra o perdão concedido a Adão e Eva. A segunda simboliza a fé de Abraão e dos outros Patriarcas, a quem foi anunciada a Terra Prometida. A terceira lembra a alegria do rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança eterna. A quarta recorda os Profetas que anunciaram a chegada do Salvador.

As cores das velas do Advento são: Roxa, Vermelha, Branca e verde.

Paz e Bem!

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Advento (28/11/2009)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A REALIDADE DO PECADO NO HOMEM




















A REALIDADE DO PECADO NO HOMEM

O pecado é como uma erva daninha que nasce de forma misteriosa, mas permitida pelo homem (cf. Gen 3), no terreno de sua vida, levando-o a ruína e à perdição parcial ou total. Onde ele se faz presente com a anuência (aceitação) da humana criatura, perdemos toda ternura, todo sentido de vida e começamos pouco a pouco a derrocada rumo ao caos; isto se dá porque quando pecamos, o demônio, inimigo número um de nossas almas, “mina” todas as nossas iniciativas para Deus, fazendo-nos ter uma visão controversa da obra do Senhor e de nosso papel na criação. O pecado de Adão e Eva (original) se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação; ele é inerente a cada indivíduo (cf. Sl 50,7).

Segundo Santo Agostinho, o pecado se traduz por "«palavra, ato ou desejo contrários à Lei eterna»", causando por isso ofensa a Deus e ao seu amor. Logo, este ato do mal é um "abuso da liberdade" e fere a natureza humana. "Cristo, na sua morte de cruz, revela plenamente a gravidade do pecado e vence-o com a sua misericórdia".

Há uma grande variedade de pecados, distinguindo-lhes "segundo o seu objeto, ou segundo as virtudes ou os mandamentos a que se opõem. Podem ser diretamente contra Deus, contra o próximo, contra nós mesmos, ou ainda contra a obra da criação. Podemos ainda distinguir entre pecados por pensamentos, por palavras, por ações e por omissões".

A repetição de pecados gera os vícios, que "'são hábitos perversos que obscurecem a consciência e inclinam ao mal, à escravidão. Os vícios conduzem aos chamados pecados capitais: soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça ou negligência". A Igreja ensina também que temos responsabilidade "nos pecados cometidos por outros, quando cupavelmente neles cooperamos”(*). A Santa Sé fez uma atualização (L’Osservatore Romano 10/03/2008) da lista dos pecados capitais para adaptá-la à “realidade da globalização”. Os quatro novos pecados capitais passíveis de condenação, são: desigualdade social, manipulação genética, poluição ambiental e uso de drogas.

Segundo São Paulo: “Com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus, e são justificados gratuitamente por sua graça; tal é a obra da redenção, realizada em Jesus Cristo”. (Rm 3,23-24). Ora, Excetua-se desse “todos” de que fala São Paulo, a Virgem Mãe de Jesus, pois o Filho de Deus não tem pecado e não pode nascer de alguém com pecado (cf. 1Jo 3,5-6; Heb 7,26.28). Sabemos que a obra é de Deus e Deus age assim providencialmente tendo em vista a nossa salvação; por isso, Seu Filho Jesus nasce da Virgem Imaculada e oferece-se em sacrifício pelos nossos pecados para nos trazer a Eterna Redenção (cf. Heb 9,12.24).

Não restam dúvidas que a realidade do pecado humano na face da terra é visível e dolorosa, porque acompanhada de toda espécie de maldade e de seus efeitos tenebrosos; no entanto, “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5,20). “Por isso não desanimamos deste ministério que nos foi conferido por misericórdia” (2Cor 4,1) do Senhor, o anúncio da nossa participação no Reino dos Céus.

Por fim, supliquemos à sempre Virgem Maria que interceda por nós, ela que, pela ação do Espírito Santo, concebeu e deu à luz o Filho de Deus humanado para nos livrar de todo pecado e de todo o mal. “Àquele que, pela virtude que opera em nós, pode fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou entendemos, a ele seja dada glória na Igreja, e em Cristo Jesus, por todas as gerações dos séculos dos séculos! Amém”. (Ef 3,20-21).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

(*) Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_católica#Pecado
(27/11/2009)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O QUE É MESMO A ETERNIDADE?















O QUE É MESMO A ETERNIDADE?

“Dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele a glória por toda a eternidade! Amém!” (Rm 11,36).

Às vezes, indagamos, em nossa naturalidade: Quem somos? De onde vimos? Para onde vamos? Qual é mesmo o verdadeiro sentido da vida? E por mais que nossas indagações se façam, continuamos sem respostas, pois, as buscamos ou em nós mesmos ou na natureza que nos rodeia, por isso, não as encontramos porque a criação não foi posta para nos dar respostas, mas como expressão do amor de Deus.

Também o Papa João XXIII se indagou: “Quem sou eu, de onde venho, para onde vou? (...) Eu sou o nada. Tudo o que possuo, o ser, a vida, o intelecto, a vontade, a memória, tudo me foi dado por Deus, portanto tudo pertence a Ele. (...) Mesmo há vinte anos, quando nasci, já existia tudo o que me cerca; existia o Sol, a Lua, as estrelas, os montes, os mares, os desertos, os animais, as plantas, os homens”.

“No mundo, as coisas procediam ordenadamente sob o olhar vigilante da Divina Providência. E eu? E eu não existia. Tudo aconteceria sem mim, ninguém me imaginava, nem mesmo em sonho, porque eu não existia. E Tu, meu Deus, por um inefável traço do teu amor, (...) tu me tiraste do meu nada, me comunicaste o ser, a vida, a alma”.

Amados irmãos e irmãs, nós somos frutos da predileção divina, Deus em sua Infinita Bondade nos escolheu, não por acaso, mas com o santo propósito de sermos perenes em seu Desígnio Criador. Pois, dentre os cerca de 300 milhões de espermatozóides, que numa corrida amorosa, se fizeram em direção ao óvulo, foi exatamente o que me gerou e te gerou que venceram essa corrida do amor; corrida sem brigas ou disputas, mas cheia de entusiasmo pela chegada.

E é exatamente aqui que nos defrontamos com o milagre da vida, eis a grande resposta do Amor de Deus para conosco: somos amados mesmo antes de existirmos, pois, o nosso existir é fruto desse Amor Criador, dessa revelação de sermos em Deus; como disse São Paulo: “É em Deus que nós vivemos, nos movemos e somos.” (At 17,28)

Falando a respeito da interação entre vida de oração e eternidade, Santo Agostinho assim se refere na Carta a Proba: ”Quem pede ao Senhor aquele único bem e o procura com empenho, pede cheio de segurança e não teme ser-lhe prejudicial o recebê-lo; sem ele, nada do que puder receber como convém lhe adiantará. Pois é a única e verdadeira vida e a única feliz. Contemplar eternamente a maravilha do Senhor, imortais e incorruptos de corpo e de espírito. Em vista desta única vida tudo o mais se há de pedir sem impropriedade. Quem a possuir terá tudo quanto desejar. Nem desejará o que não convém e que ali nem mesmo pode existir”.

“Ali, com efeito, está a fonte da vida, de que temos sede agora no coração, enquanto vivemos na esperança e ainda não vemos o que esperamos; à sombra de suas asas, diante de quem está todo nosso desejo, para embriagarmo-nos da riqueza de sua casa e bebermos da torrente de suas delícias. Porque junto dele está a fonte da vida e à sua luz, veremos a luz (cf. Sl 35,8-10), quando se saciar de bens nosso anseio e nada mais haverá a procurar com gemidos, mas só aquilo que no gozo abraçamos.”

Findo essa meditação com o que diz o salmista no Salmo 72: “Mas estarei sempre convosco, porque vós me tomastes pela mão. Vossos desígnios me conduzirão, e, por fim, na glória me acolhereis. Afora vós, o que há para mim no céu? Se vos possuo, nada mais me atrai na terra. Meu coração e minha carne podem já desfalecer, a rocha de meu coração e minha herança eterna é Deus”.

“Sim, perecem aqueles que de vós se apartam, destruís os que procuram satisfação fora de vós. Mas, para mim, a felicidade é me aproximar de Deus, é pôr minha confiança no Senhor Deus, a fim de narrar as vossas maravilhas diante das portas da filha de Sião”. (Sl 72, 23-28).

Amém, assim seja! Vem, Senhor Jesus!

Paz e Bem!

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

AS DIMENSÕES DO HUMANO E A PRÁTICA DA FÉ
















AS DIMENSÕES DO HUMANO E A PRÁTICA DA FÉ

O sentido da vida, diz respeito ao que somos aqui para a eternidade; porque o que vivemos aqui é o que viveremos na eternamente, ou seja, se aqui vivemos o amor de Deus para com todos, certamente viveremos esse amor por todo o sempre. Então é bom desde já sermos fiéis nas pequenas coisas para recebermos o nosso galardão nas grandes (nos céus)...

A vida só tem sentido quando vivida por amor a Deus, quem o encontra tem a liberdade, realidade que o conduz ao céu; porque do mundo nada se leva, porque no mundo, sem a graça de Deus, tudo é ilusão, visto que aqui e eternamente só Deus é a única felicidade, fora Dele nada há...

EIS AS DIMENSÕES DO HUMANO E A PRÁTICA DA FÉ

Dimensão espiritual: é aquilo que diz respeito à nossa alma, ou seja, somos eternos (cf. Gn 1,26) e tudo o que fazemos, para a eternidade é que fazemos, como escrevi acima. Por isso precisamos fazer para Deus porque tudo o que fazemos tem a sua recompensa: quem ama tem a recompensa do amor; quem perdoa tem a recompensa do perdão; quem compreende tem a recompensa da compreensão, etc. Se, porém, falharmos nisso, teremos como recompensa o produto nefasto dos nossos erros, que chamamos de perdição, infelicidade, maldição, etc.

Ensinando sobre isto são Paulo escreve: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé.” (Gal. 6,7-10).

A Dimensão Biológica: é tudo o que diz respeito ao nosso corpo, ou seja, somos templos do Espírito Santo e temos que nos amar como templos do Espírito Santo; não somos objetos sexuais como a sociedade escrava dos instintos prega; somos lugares sagrados onde Deus habita e precisamos viver como tais. (cf. 1Cor 3,16-17)

Dimensão Psicológica: é tudo o que diz respeito ao nosso psique, ou seja, nossos pensamentos de onde nascem? Veja o que São Paulo nos ensina: "Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos". (Fl 4,8).

Dimensão Moral: a palavra moral vem de “mors” que em Latim significa: lei, ordem. Ora, uma vida desordenada é uma vida bagunçada, sem nexo, sem sentido; pelo contrário uma pessoa moralmente equilibrada é, de fato, uma pessoa conduzida pelo Espírito Santo. Vede o que São Paulo escreve a este respeito:

“Os que vivem segundo a carne gostam do que é carnal; os que vivem segundo o espírito apreciam as coisas que são do espírito. Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz. Porque o desejo da carne é hostil a Deus, pois a carne não se submete à lei de Deus, e nem o pode. Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus”.

“Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele. Ora, se Cristo está em vós, o corpo, em verdade, está morto pelo pecado, mas o Espírito vive pela justificação.” (Rom 8,5-10).

EIS A PRÁTICA DA FÉ

Para vivermos mais perfeitamente a nossa vida de fé, precisamos da oração pessoal e comunitária; da meditação da Palavra de Deus e da contemplação dos mistérios de sua paixão, morte e ressurreição, como exercícios da alma que nos ajuda a crescer na graça, na sabedoria e no amor do Senhor.

Todavia, não podemos esquecer as obras da fé, porque... “Somos obras de Deus, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos”. (Ef 2,10). De fato, precisamos trabalhar para o Reino de Deus nos engajando em algum movimento ou comunidade da Igreja, tais como: Grupo de Jovem, Renovação Carismática, Liturgia, Ministério de Música, Pastoral do Batismo e tantos outros.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

UM SÓ AMOR
















UM SÓ AMOR...

Os teus olhos ...
São como chamas vivas...
Acesas labaredas infinitas...
Iluminando nossas almas...
Nossos corações...

Adentro os teus mistérios...
Fitando a beleza inigualável do teu olhar...
Que me toma para si...
e me faz delirar...
o delírio do mais profundo amor...

Ó ardor incomparável...
Ó harmonia inestimável...
Ó doçura pura...
cheia de ternura..
dos que se tornam Um...

Um só em Deus...
Um só amor...
Uma só fé...
Um único Senhor...

E tudo isso...
Vejo em ti...
Vês em mim...
Vemos em Deus...
Porque só em Deus...
e somente Nele...
a vida é eterna...
o amor não tem fim...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

PS: Poema dedicado ao amor de Ceci e Altino...meus irmãos na fé e de coração...



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POEMA DE AMOR














POEMA DE AMOR

Amar o Amor...
É a razão de ser da vida...
É saber que a dor será vencida...
Porque o amor...
“é mais forte do que a morte”...

Amar o amor...
É saber-se amado primeiro...
e por isso se doar por inteiro...
Num dar e receber infinito...

Amar o Amor...
É desde já experimentar o céu aqui na terra...
Porque o céu é o Trono de Deus...
E a terra é o escabelo de seus pés...
Porém, tudo Ele fez e faz por amor...

De fato, não podemos medir o amor...
Porque o Amor não tem limites...
Visto que o amor consiste em dar a vida...
E a vida é eterna porque fruto do amor...

...
POS SCRITUM:

“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados”.

“Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós, por ele nos ter dado o seu Espírito. E nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo. Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus”.

“Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. Nisto é perfeito em nós o amor: que tenhamos confiança no dia do julgamento, pois, como ele é, assim também nós o somos neste mundo”. (cf. 1Jo 4,7-17).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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sábado, 21 de novembro de 2009

CERTEZA ABSOLUTA


















CERTEZA ABSOLUTA

De uma coisa nós temos certeza absoluta, não estamos parados no tempo nem aqui é o nosso lugar definitivo, mesmo que queiramos. Nenhum ser natural existe em si e por si mesmo, essa é outra máxima que constatamos em nós por causa de nossa dependência mútua. Estamos no tempo, mas não somos do tempo, podemos até ser com o tempo, porém, devido à nossa realidade passageira, sabemos que ele é escasso e por isso não podemos perder tempo.

A vida que palpita em nós, nos impulsiona a crer e aceitar que nossa origem é divina, por isso mesmo, é para essa origem que nos dirigimos a cada instante que passa; a cada palpitar do coração; a cada sensação vivida no intímo de nossas almas. A única coisa que não passa em nosso meio são os valores eternos, porque eles nos perpetuam à medida que os cultivamos; assim sendo, a verdade, o amor, a bondade, etc. nos fazem viver a realidade em que estamos de maneira tão transparente que transpomos os limites de nossa contingência. Isto se dá porque esses valores vêem de Deus e nos une a Ele que nos faz, por seu Filho Jesus Cristo, participantes de sua natureza divina.

Discorrendo sobre o plano de Deus para a nossa salvação, são Paulo escreve: “Sede contentes e agradecidos ao Pai, que vos fez dignos de participar da herança dos santos na luz. Ele nos arrancou do poder das trevas e nos introduziu no Reino de seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. Ele é a imagem de Deus invisível, o Primogênito de toda a criação”.

“Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por ele e para ele. Ele existe antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem nele. Ele é a Cabeça do corpo, da Igreja. Ele é o Princípio, o primogênito dentre os mortos e por isso tem o primeiro lugar em todas as coisas. Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus”.

“Há bem pouco tempo, sendo vós alheios a Deus e inimigos pelos vossos pensamentos e obras más, eis que agora ele vos reconciliou pela morte de seu corpo humano, para que vos possais apresentar santos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai. Para isto, é necessário que permaneçais fundados e firmes na fé, inabaláveis na esperança do Evangelho que ouvistes, que foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro”. (Col 1,12-23).

Caríssimos, não podemos esquecer que Deus é Amor; e quando vivemos o seu amor e praticamos o bem que Ele nos dá a praticar (cf. Ef 2,8-10), revelamos com o nosso proceder a presença do Seu Reino no meio de nós; “porque é em Deus que nós vivemos, nos movemos e somos” (At 17,28); sabemos, porém, que o nosso mundo não correspondeu e nem está correspondendo a esse amor de Deus por nós; por isso, o Senhor enviou o seu Filho para nos tirar da celeuma que causamos a nós mesmos, com o nosso modo de ser, de pensar e agir muito distante do seu propósito eterno; porque, de fato, nossa humanidade está vivendo como se Deus não existisse, como tudo se resumisse à loucura que atualmente presenciamos na face da terra.

Portanto, nós que vivemos a fé em Cristo Jesus e cultivamos a esperança na vida eterna, temos que manter viva essa nossa fé católica, porque como disse o Senhor: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da iniqüidade, a caridade de muitos esfriará. Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo”. (Mt 24,11-13). Ora, “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê”. (Heb 11,1). De fato, não vemos ainda, mas é Deus mesmo quem nos dá experimentar a Ressurreição do seu Filho como nossa ressurreição, fazendo-nos conhecer que somente a sua Vontade prevalece para sempre e que toda maldade tem um fim escatológico, ou seja, “o tanque de fogo e enxofre, a segunda morte”. (cf. Apo 21,8).

Quanto à salvação eterna dos justos, escreve São João no Apocalipse: “Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia. Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo. Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição. Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras”. (Apo 21,1-5). “Aquele que atesta estas coisas diz: Sim! Eu venho depressa! Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Apo 22,20).

“A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!” (2Cor 13,13).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

AINDA BEM...
















AINDA BEM...

A vida em sua formosura...
É ternura de Deus para conosco...
É beleza infinda...
Porque só Deus conhece a vida como ela é...
Porém, nos dá a viver esse Seu Mistério...
para que participemos do Infinito de Sua Liberdade...

Porém, aqui nesse nosso mundo...
os homens, infelizmente, ainda não entenderam...
as intenções do nosso divino autor...
Por esse motivo a vida para eles não vale nada...
Trocam-na por paixões depravadas...
Trocam-na por migalhas de emoções...
Sentimentos banais e más intenções...
E por isso vivemos em uma sociedade de marginais...
Onde impera a mentira e a violência...
Como se fôssemos seres irracionais...

É triste constatar tudo isso...
É triste ver os homens em precipício...
desperdiçando tantos dons excepcionais...
É triste ver criaturas tão lindas...
perdidas nas esquinas da vida...
mergulhadas em terríveis vícios...
Sem contar outros atitudes infernais...

E o que dizer da natureza que está sendo vilipendiada?
Essa destruição resulta da ganância exacerbada...
que dilacera dia e noite, noite e dia...
Nossas matas...
Nossos rios...
pelo simples desvario...
de criaturas que foram criadas somente para amar...
mas, por causa da cegueira espiritual...
não percebem o mal que fazem...

O que fazer, então?
Porque ao que parece não há mais solução...
para que haja salvação nesse nosso habitat natural...
Visto que,
os homens lhe causam tanta mal e desperdício...
que não sabemos como contê-los...
nesse intento perverso e destruidor...

Pensando bem, realmente estamos perdidos...
porque deixamos as Leis de Deus de lado...
para cultivarmos o pecado como única herança...
Logo...
não há mais bonança...
que possa nos salvar...


Senhor, socorre-nos em teu amor...
Porque, infelizmente, a vida não é mais vida...
Ela parece mais uma coisa esquecida...
Que foi posta de lado por causa da ganância...
e de todo pecado que se comete cá em nosso meio...
como seres em agonia terminal...
por fazerem tanto mal a si mesmos...
e ao resto da criação...

Não quero ser pessimista...
Não quero proclamar oráculos escatológicos...
Mas tenho que ser realista...
Esse nosso mundo está em vias de dar o último suspiro...
E o que dizer de tudo isso?
Ainda bem, caso contrário,
não sobraria ninguém entre nós para a Nova Criação...
que está prestes a emergir...
como fruto do resto dos justos...
que ainda está aqui...


Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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