VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O QUE ESTAMOS ESCOLHENDO?
















O QUE ESTAMOS ESCOLHENDO?

Vivemos em meio a realidades tantas...
Entre elas está essa que nos abrange...
É nela que nos encontramos...
e encontramos também as demais realidades...
com quem interagimos...

Melhor dizendo...
Vivemos em meio a dois mundos...
O mundo visível,
palpável,
incontestável...
Isto é, o mundo das imagens...
E o mundo da invisibilidade...
Onde a imagem dá lugar ao espírito invisível,
mas profundamente sensível...
e por isso mesmo também incontestável...

Porém, sem sobra de dúvidas...
a verdade se faz presente em tudo...
Em nós naturalmente...
pelo ser e estar nesse nosso mundo...
onde cultivamos com os insumos de nosso viver...
o bem ou o mal que nos aprouver...
Dependendo apenas da liberdade de nossa escolha...

Nas criaturas invisíveis...
a verdade é conhecida...
pelos efeitos que incidem sobre nossa vida...
quando cooperamos ou não com elas...
Pois, não existe neutralidade,
quando tratamos das realidades
que transpõem nossa natureza e razão...

Assim Deus nos criou em seu amor...
Dotados de liberdade e autoridade...
Dons e aptidões...
que ao serem vivenciados...
revelam o estado de nossa alma...
Porque todos os nossos atos...
trazem em si efeitos imediatos...
e revelam quem somos...
e que valores cultivamos...

Sabemos o que é certo e o que é errado...
Ora, aqui não se trata de meros conceitos intelectuais...
Ou discussões banais a respeito de palavras...
Mas se trata do discernimento do bem ou do mal...
Da veracidade ou inverdade de nossa prática...
Em suma, daquilo que somos e vivemos...

Por isso...
É aqui, nesse chão de nossa existência...
Que plantamos, com o nosso viver,
as sementes do eterno devir...
Seja para a glória de Deus...
onde o amor, a misericórdia e a bondade...
prevalecem para sempre...
Seja para a realidade do mistério da iniquidade...
onde a maldade cultivada nesta vida
mostrará suas feridas e seus efeitos pútridos...
Definitivamente...
...

Logo,
convém perguntar...

O que, em nossa liberdade e autoridade,
estamos escolhendo?

Porque, em sã consciência, nada fazemos...
sem que antes passe pelo crivo de nossa permissão...
O que vai além disso, foge de nossa alçada...
Então, temos em mãos a inocência...
como fruto de nossa decência...
e nossa maior defesa...
Seja contra o mal...
Seja diante dos homens...
Seja em plena comunhão...
com a vontade de Deus...
...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

EM SÚPLICE ORAÇÃO


















EM SÚPLICE ORAÇÃO

A vida é como um campo pronto, adubado...
Nela, Deus tudo dispôs com perfeição...
Cada ser precisa fazer germinar fecundamente...
as sementes do bem viver...
para que brote os bons frutos no tempo certo...

Em se tratando da humana criatura...
Nela vemos,
quando não atingida pelo pecado,
belíssimos resultados de um campo fértil...
Bem plantado...

Mas para isso...
Não podemos, em hipótese alguma,
afastar de nossa vinha...
nosso Vinhateiro Criador...
Ele, Senhor e Pai Eterno...
nos livra do inferno das ervas daninhas...
que o inimigo de nossas almas procura semear...
...

Em súplice oração, peçamos...

Pai Santo de infinita bondade...
quão feliz é quem te ama...
E se deixa fecundar pelo amor e obediência
do teu Filho Jesus...
Que atingido por morte de cruz...
fizeste ressuscitar...

Aqui estamos ó Senhor nosso...
e te suplicamos...
Vinde em nosso auxílio...
com a graça do Espírito Santo...
Para que fecundos neste chão de nossa vida...
possamos dar frutos de verdadeira conversão...
e assim vivermos a salvação que o teu Filho veio trazer...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O TEMPO DA QUARESMA














TEMPO DA QUARESMA

A quaresma é um tempo de reflexão e mudança que a Igreja instituiu desde o século IV para seus filhos e filhas, a fim de torná-los perfeitos na prática da fé, visto que, precisamos fazer em tudo a vontade de Deus como fez e nos ensinou Jesus; pois, todo o nosso viver tem que ser plano do Senhor para a nossa salvação; caso contrário, precisamos nos converter, para não corremos o risco de fazer a própria vontade e não a vontade de Deus.

ENTÃO, COMO DEVEMOS VIVER ESSE TEMPO?

Jesus começou sua vida pública anunciando: "Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho”. (Mc 1,15). Logo, compreendemos que esse é um tempo propício e mais profundo de oração, penitência e conversão para ajustarmos o nosso modo de ser e viver à sabedoria do Evangelho, que nos proporciona todas as bênçãos e graças necessárias para a nossa salvação.

São três os pilares ou alicerces desse tempo quaresmal, a saber: oração, jejum e caridade. A oração é o meio mais fácil de se viver na presença de Deus, porque por ela ascendemos aos céus, alcançamos todas as graças e nos libertamos de todas as nossas fraquezas. Por isso a oração verdadeira é como um metal que aquecido na fornalha é transformado no que o artesão quer; em outras palavras, por ela somos aquecidos no fogo do amor de Deus que, como perfeito artesão de nossas almas, nos funde com o seu querer e nos faz ser a perfeita imagem e semelhança do seu Filho Jesus Cristo ainda neste mundo.

Assim, percebemos que o sentido da oração é a comunhão permanente com a vontade de Deus sem a qual ninguém poderá ser salvo, é como escreveu São Paulo: “Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus”. (Ef 2,8). Ele ainda recomenda: “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus”. (Filip 4,6-7).

O segundo alicerce da quaresma é o jejum. Jejuar não é o mesmo que fazer regime, pois o jejum que agrada a Deus nasce do exercício da justiça e da verdade, ou seja, como a própria vida, a prática sincera da fé requer muito mais que um desejo ou demonstração de piedade; requer, sobretudo, o desapego dos bens materiais e amenização dos próprios sentidos com o fim de entrar mais ainda na intimidade divina, vencendo-se a si mesmo pela submissão dos instintos, visto que a prática do jejum precisa vir acompanhada das boas obras.

O ato de jejuar precisa vir também acompanhado de algum propósito ou intenção por parte do fiel que jejua, pois desse modo vencemos a tentação das injustiças e do imediatismo ou de uma fé mágica que não condiz de forma alguma com nossa fé católica. (Cf. Lc 4,3-4). A Igreja recomenda a prática do jejum na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa a todos os batizados de 18 a 60 anos, ou em dias diferentes de acordo com a necessidade de cada fiel. Pode ser praticado também por crianças, adolescentes e idosos acima de 60 anos conforme suas disposições.

Por fim, vem a caridade ou boas ações que, como escreveu são Tiago, “faz desaparecer uma multidão de pecados” (Cf. Tiag 5,19-20). Aliás, São Paulo também escreveu sobre essa prática quaresmal na carta aos Efésios (Cf. Cap 2,8-10) e na 1 Coríntios (cf. Cap 13). A palavra caridade significa o ato de amar e toda pessoa que ama de verdade é conduzida pelo Espírito Santo a fazer o bem como dádiva de Deus na sua vida e na vida dos outros.

Portanto, quem faz alguma boa obra na intenção de se promover ou promover seus negócios ou ainda com o fim de si salvar, está com má intenção ou enganando a si mesmo, pois, a intenção promocional nunca foi vontade de Deus; são João Batista bem nos ensinou isso quando disse: “Eu não sou o Cristo; eu não sou digno de lhe desatar as correias do calçado; importa que Ele cresça e que eu diminua”. (Cf. Jo 1,20.27;3,30).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

PENSO E LOGO EXPRESSO...
















PENSO E LOGO EXPRESSO...

Penso e logo expresso em meus versos...
Por meio de letras acesas...
as certezas que trago no coração...
Dou, com isso, um sumiço na insegurança...
Pela sua discrepância à verdade que me refaz...

Não, não sou capaz por mim mesmo dessa proeza...
A Verdade ela mesma é que me capacita...
e me faz ser assim...
Todo seu, todo em mim...
sem com isso ser egoísta...
Pois tenho em vista não o meu eu...
Mas o que Deus me dá a viver e fazer...
Segundo o seu plano de salvação...
O seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo...

Já ouvi alguém dizer:
“É muito difícil seguir Jesus”...
Ao que respondi: difícil é seguir o pecado
Porque o seu resultado é a morte e nada mais...

Ao contrário...
Seguir Jesus é fazer o que Ele nos ensinou...
Amar o Amor até as últimas consequências...
Renunciar a si mesmo...
Tomar a cruz de cada dia...
E segui-lo pela via da obediência e da penitência...
Até a ressurreição...

Por isso...
quando digo algo...
não o digo pra mim tão somente...
Porque o meu dizer tem que ser um dizer diferente...
Porém sempre de acordo a vontade de Deus...
Senão se torna apenas um palavreado qualquer...
Sem nexo...
Sem reflexo...
Sem vida...
...

“Nenhuma palavra má saia da vossa boca,
mas só a que for útil para a edificação,
sempre que for possível,
e benfazeja aos que ouvem.
Não contristeis o Espírito Santo de Deus,
com o qual estais selados para o dia da Redenção.

Toda amargura, ira, indignação, gritaria e calúnia...
sejam desterradas do meio de vós,
bem como toda malícia.
Antes, sede uns com os outros bondosos e compassivos.
Perdoai-vos uns aos outros,
como também Deus vos perdoou, em Cristo”. (Ef 4,29-31).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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sábado, 13 de fevereiro de 2010

"NÃO ESQUEÇAM O AMOR"



















“NÃO ESQUEÇAM O AMOR”

A Força Atrativa do Senhor é inegável...
Como inegável é a nossa ida para Ele...
Não somos frutos do acaso...
Ao contrário,
fomos muito bem pensados e amados...
Por isso existimos...

Há, porém,
os que lutam contra essa Força Atrativa do Senhor...
Mas ela é eterna, invencível...
Por isso é inútil lutar contra ela...
Então, por que esses lutam?
Porque não o amam como Ele nos ensinou...
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração,
de toda a tua alma e de todas as tuas forças”. (Deut. 6,5).

Realmente,
daí vem o sentido da liberdade humana...
ela só é verdadeira liberdade...
Quando se encontra em comunhão com a Liberdade Divina...
Pois fomos criados para isso...
Caso sejamos infiéis a esse encontro...
O Senhor continua fiel,
porque não pode desdizer-se... (Cf. 2Tim. 2,11-13).

Por isso, Ele nos sustenta na existência
e continua nos atraindo para Si,
mesmo se aqui,
com os nossos pecados,
O negamos...
Ora, mas isso se dá até o Devir Eterno...
onde todos compreenderão que nada passa despercebido;
e onde todos seremos inquiridos por Sua Divina Justiça...
Ai, ninguém poderá negá-LO mais...

Por outro lado...
existem aqueles que não comungam com o pecado...
Mas, sim, com a Força Atrativa do Seu Amor...
Estes se doam totalmente...
Renunciam a si mesmos...
Tomam sua cruz de cada dia...
E o seguem rumo à ressurreição...

Pois, depois que o pecado foi concebido e praticado...
Veio o seu terrível resultado, a morte...
Porém, nem o pecado nem a morte...
nem o mal que se introduziu...
impediu ou impede a Força Atrativa do Senhor...
Visto que, em Seu Amor, nos dá a liberdade para crer...
Porque é pela inocência da fé...
que O encontramos e gozamos do Seu favor...

Assim é a história da salvação...
Fomos criados à Sua imagem e semelhança...
E somos atraídos à Si...
para a vida que não tem fim...

E mesmo quando ante a negação de Sua Presença,
pelos pecados cometidos,
o Senhor não se esquivou...
mas enviou o Seu Filho a fim de nos perdoar
e nos mostrar o caminho da salvação...
Nós não O ouvimos e matamos o Seu Filho...
Porém, nem mesmo isso...
tornou-se empecilho...
à Sua Força Atrativa de redenção...

Portanto,
Concluo este poema...
com as sábias palavras de São Maximiliano:
“O ódio não é a força criativa;
a força criativa [ e atrativa ] é o amor.
Por isso...
“Não esqueçam o amor”...
...

“É agora o julgamento deste mundo, agora o príncipe deste mundo será lançado fora; e quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim”. (Jo 12,31-32).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A MATERNIDADE DIVINA DE MARIA NA TRADIÇÃO DA IGREJA




















A MATERNIDADE DIVINA DE MARIA NA TRADIÇÃO DA IGREJA

A palavra maternidade (condição de mãe) e divina (proveniente de Deus), nos leva a uma única pessoa: Maria. Deus [quis] fazer-se homem e escolheu sua Mãe em quem colocou todos os dons e virtudes, a fim de preparar sua morada em seu seio virginal. A contemplação do mistério do nascimento do Salvador tem levado o povo cristão não só a dirigir-se à virgem Maria como à Mãe de Jesus, mas também a reconhecê-la como Mãe de Deus. Essa verdade foi aprofundada e compreendida como pertencente ao patrimônio da Igreja, já desde os primeiros séculos da era cristã, até ser solenemente proclamada pelo Concílio de Éfeso, no ano 431.

“Theotokos (grego: Θεοτόκος, transliteração: Theotókos) é o título grego de Maria, mãe de Jesus, usado especialmente na Igreja Ortodoxa e Igrejas Orientais Católicas. Sua tradução literal para o português é: "portadora de Deus" e "aquela que dá a luz a Deus". Maria é a Theotokos, porque seu filho Jesus é simultaneamente Deus e homem, divino e humano, Theotokos, portanto, refere-se à Encarnação, quando Deus assumiu a natureza humana em Jesus Cristo, sendo isto possível graças à cooperação de Maria”.*

Ao confessar que Maria é “Mãe de Deus”, a Igreja professa com uma única expressão a sua fé acerca do Filho e da Mãe, visto que, com a definição da maternidade divina de Maria, os Padres da Igreja evidenciaram a sua fé na divindade de Jesus Cristo. A expressão “Mãe de Deus” remete ao Verbo de Deus que na Encarnação, assumiu a humildade da condição humana, para elevar o homem à filiação divina. (Cf. Gl 4,4-6).

Para entendermos melhor a maternidade divina de Maria, sigamos o seguinte raciocínio: Deus em Si mesmo não nasce porque Deus é e sempre será; enquanto assumindo a natureza humana em Seu Filho Jesus no seio da Virgem Mãe, Deus nasce e cresce em estatura, sabedoria e graça... (Cf. Lc 2,52).

Deus não morre porque Deus é imortal; para vencer o pior inimigo do homem, a morte; Deus morre e ressuscita em Seu Filho, que da cruz nos transmite sua imortalidade nos dando participar de Sua divindade; é como Ele mesmo disse: “Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo porque tenho o poder de retomá-la” (Jo 10,18), isto é, morre por nós e ressuscita por Seu poder.

Assim, nesses atos divinos, se encontra a maternidade divina de Maria, que gera o Verbo de Deus em seu ventre para que Ele divinizasse a nossa carne, ou seja, Cristo assumiu em Maria o que somos para sermos o que Ele é segundo a vontade de Deus Pai; e ainda, a Virgem Mãe o entrega ao Pai como vítima de expiação pelos nossos pecados; ora, tudo isso se dá no Mistério do Amor, no Seio da Trindade Santa.

A MATERNIDADE DIVINA NA SAGRADA TRADIÇÃO

Na Sagrada Tradição da Igreja os Apóstolos de Cristo já se manifestavam com relação à maternidade divina de Maria. Vejamos o que diz o Apóstolo Santo André: "Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu". (Sto Andreas Apost. in trasitu B. V., apud Amad.). Vejamos agora o testemunho de São João Apóstolo: "Maria, é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu a luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido à carne humana." (S. João Apost. Ibid); e São Tiago: "Maria é Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus" (S. Jac. in Liturgia).

Vejamos os Padres da Igreja: São Dionísio Areopagita: "Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes." (S. Dion. in revel. S. Brigit.); Orígenes escreveu: "Maria é Mãe de Deus, unigênito Rei e criador de tudo o que existe" (Orig. Hom I, in divers. - Sec. II ); Santo Atanásio diz: "Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta." (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.); Santo Efrém: "Maria é Mãe de Deus sem culpa" (S. Ephre. in Thren. B.V.); São Jerônimo: "Maria é verdadeiramente Mãe de Deus". (S. Jerôn. in Serm. Ass. B.V.); Santo Agostinho: "Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus". (S. Agost. in orat. ad heres.). Em suma, todos os Santos Padres afirmaram com amor e veneração a maternidade divina de Nossa Senhora; e a Igreja reconhece e confirma essa belíssima tradição.

PASMEM: LUTERO E CALVINO VENERARAM A SANTÍSSIMA VIRGEM.

"Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da Terra, comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar o suficiente, a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade." (Martinho Lutero no comentário do Magnificat - cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista Jesus vive e é o Senhor).

"Não há honra, nem beatitude, que se aproxime sequer, por sua elevação, da incomparável prerrogativa, superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um Filho em comum com o Pai Celeste" (Martinho Lutero - Deutsche Schriften, 14,250).

"Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus." (Calvino - Comm. Sur I'Harm. Evang., 20).

A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação da Verdade que é Cristo, Verbo de Deus que se fez Carne nela. Portanto, negar a Divindade de Cristo é negar o ensino dos Apóstolos e da Igreja fundada por Cristo sob o alicerce dos mesmos apóstolos, sendo Ele a pedra fundamental.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

Fonte: http://www.comshalom.org/formacao/exibir.php?form_id=43 (11/02/2010).

(*)http://pt.wikipedia.org/wiki/Theotokos (11/02/2010).

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

LOURDES: A CONFIRMAÇÃO DO DOGMA DA IMACULADA CONCEIÇÃO















LOURDES: A CONFIRMAÇÃO DO DOGMA DA IMACULADA CONCEIÇÃO

Em 1854 ocorre a proclamação do dogma da Imaculada Conceição; quatro anos depois, a própria Virgem se apresenta com esse nome: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Ora, um ser imaculado é um ser totalmente iluminado por Deus; é um ser sem mácula, isto é, sem pecado algum; é um ser cuja liberdade, inocência e obediência são incondicionais, porque traz em si a plenitude da graça; em suma, é um ser plenamente habitado por Deus. Logo, ninguém alcança esse status (estado) por si mesmo, mas somente aquele ser que recebeu de Deus tal missão toda especial em virtude da realização do Seu Reino de Amor. Nesse sentido, Maria, a mãe de Jesus, foi agraciada, como disse São Paulo, “com toda a bênção espiritual em Cristo”, em vista da nossa salvação eterna.

A Definição do Dogma

“... Depois de na humildade e no jejum, dirigirmos sem interrupção as Nossas preces particulares, e as públicas da Igreja, a Deus Pai, por meio de seu Filho, a fim de que se dignasse de dirigir e sustentar a Nossa mente com a virtude do Espírito Santo; depois de implorarmos com gemidos o Espírito consolador; por sua inspiração, em honra da santa e indivisível Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a Nossa, declaramos, pronunciamos e definimos:

A doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, e por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis”. (Bula "Ineffabilis Deus" - Dogma da Imaculada Conceição - Pio IX).

As aparições da Mãe de Jesus à Bernadette Soubirous na gruta de Massabielle em Lourdes, constitui um marco fundamental da Teofania divina em nosso tempo, pois, por vontade de Deus muitas e muitas almas têm se beneficiado, primeiro da conversão e depois das graças que o Senhor tem derramado pela intercessão de sua mãe sobre toda a Igreja e sobre o nosso mundo.

“A veracidade das aparições de Lourdes não são um artigo de fé para os católicos. Não obstante todos os últimos Papas visitaram este local. Bento XV, Pio XI e João XXIII foram quando ainda eram bispos, Pio XII, como delegado papal. Ele também declarou uma peregrinação a Lourdes em uma encíclica na comemoração sobre o 100º aniversário das aparições, completados em 1958. João Paulo II visitou Lourdes três vezes e o Papa Bento XVI concluiu uma visita lá em 15 de setembro de 2008 para comemorar o 150º aniversário das aparições em 1858”. *

“A Igreja Católica celebra uma missa em honra de Nossa Senhora de Lourdes (memória facultativa), em muitos países, em 11 de fevereiro de cada ano - o aniversário da primeira aparição. Havia uma longa tradição de interpretar o Cântico dos Cânticos (4,7) - "Tu és toda formosa, meu amor, não há mancha em ti", como uma alegoria à imaculada conceição e às aparições de Lourdes, isso até a reforma litúrgica na sequência do Concílio Vaticano II”. *

Portanto, Lourdes e tudo o que acontece por graça do Senhor em se tratando de aparição da Virgem Mãe, foi, é e sempre será uma confirmação desse privilégio singular que Deus concedeu à sua mãe: ser concebida sem pecado, Imaculada.

“Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós, e por todos quantos a Vós não recorrem, de modo especial pelos inimigos da Santa Igreja e por aqueles que a Vós estão recomendados”.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

(*)http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_de_Lourdes (11/02/2010).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

NA CONTRA MÃO DA VIDA E DA HISTÓRIA SALVÍFICA















NA CONTRA MÃO DA VIDA E DA HISTÓRIA SALVÍFICA

Cada momento é único...
Porque somos únicos...
Nada se repete...
E mesmo que se repita...
não é a mesma coisa...
Porque o nosso modo de ser e agir...
se faz em mudança...

E de onde vem tudo isso?
Vem de Deus...
que nos fez à sua imagem e semelhança...
Deus não se repete nunca...
Porque Deus é Único...
Mesmo em Pessoas Três...

Jesus disse:
“Eis que faço novas todas as coisas”. (Apoc 21,5b).
E a todo momento...
E a cada instante...
A vida que o Senhor nos deu...
segue também esse seu dinamismo...
Nela nada fica parado...
e por mais que queiramos,
não obtemos êxitos...

Por acaso,
já vimos o tempo parar?
O vento parar?
O mar parar?
Até dizemos: parece que tudo parou no tempo...
Mas é só em nossa cabeça...
Por isso, esqueçam o tempo não para...
Ou dizemos ainda: o vento está parado...
Mas é só ficção, porque o vento não para não...
Nós o estamos respirando...
Do mesmo modo são o mar e todas as coisas...

Também as leis que regem a natureza...
seguem a mesma direção...
E reagem aos nossos movimentos bruscos contra elas...
E muitas vezes essas reações,
nos são profundamente dolorosas...
Porque não as respeitamos com a devida obediência...
Elas, então, nos dão lições inequívocas...
como que a nos dizer: não me façam mal,
porque esse mal se volta contra todos...

Atenção, convém lembrar...
A vida é mais do que a naturalidade que vemos...
Ela tem sua origem em Deus...
E somente em Deus ela se firma e cresce...
Porque sem Deus tudo o que há definha...
E sentimos isso em nós mesmos...
e em tudo que não segue sua direção...
em conformidade com suas leis...

Negar essa verdade...
é perder o sentido da vida...
é viver para a morte...
Porque quem aqui não encontra Deus...
pela verdade que se é e que se vive...
agride a si mesmo e à toda a criação...
Porque anda na contra mão da vida
e da histórica salvífica...
...

“Não procureis a morte por uma vida desregrada,
não sejais o próprio artífice de vossa perda.
Deus não é o autor da morte,
a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma.
Ele criou tudo para a existência,
e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação”.

“Nelas nenhum princípio é funesto,
e a morte não é a rainha da terra,
porque a justiça é imortal.
Mas, (a morte), os ímpios a chamam com o gesto e a voz.
Crendo-a amiga, consomem-se de desejos,
e fazem aliança com ela;
de fato, eles merecem ser sua presa”. (Sab 1,12-16).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ORAÇÃO PARA SE OBTER UM CORAÇÃO PURO




















ORAÇÃO PARA SE OBTER UM CORAÇÃO PURO

O que é um coração puro?
É um coração seguro da vontade de Deus...
É um coração em perfeito estado de graça...
E por isso é bem aventurado...
Porque é livre do pecado e de todo mal...

Um coração assim carrega em si...
a mais linda esperança...
Ver a Deus face a Face...
Porque foi isso mesmo que Ele prometeu:
“Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão Deus”! (Mt 5,8).

Por sua vez o salmista reza:
“Uma só coisa peço ao Senhor...
e a peço incessantemente:
é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida,
para admirar aí a beleza do Senhor...
e contemplar o seu santuário”. (Sl 26,4).

Existe um hino da missa aos defuntos...
Onde cantamos assim...
“A certeza que existe em mim...
é que um dia verei a Deus...
Contemplá-LO com os olhos meus...
é a felicidade sem fim”..

Então rezemos com São Tomás de Aquino:
Que eu não deseje nada fora de Ti Senhor...
Concede-me frequentemente que eleve o meu coração até Ti
e, quando fraquejar,
que me arrependa da minha falta com pesar,
com o firme propósito de me corrigir.

Concede-me, Senhor Deus, um coração vigilante...
que nenhum pensamento estranho afaste para longe de Ti;
Um coração nobre...
que nenhuma afeição indigna abata;
Um coração reto...
que nenhuma intenção equivoca desvie;
Um coração firme...
que nenhuma adversidade quebre;
Um coração livre...
que nenhuma paixão violenta domine.

Confere-me, Senhor meu Deus,
uma inteligência que Te conheça...
Um ardor que Te procure...
Uma sabedoria que Te encontre...
Uma vida que Te agrade...
Uma perseverança que Te espere com confiança
e uma confiança que por fim Te possua.

Confere-me pela penitência...
ser atribulado com aquilo que Tu suportaste...
pisar no caminho da Tua proteção pela graça,
gozar das Tuas alegrias,
sobretudo na pátria pela glória.
Ó Tu que, sendo Deus,
vives e reinas por todos os séculos.
Amém.
...

Cuidemos irmãos para não ouvirmos do Senhor...
a seguinte sentença:
“Bem profetizou Isaías a vosso respeito,
hipócritas, quando escreveu:
Este povo honra-me com os lábios,
mas o seu coração está longe de mim.” (Mc 7,6).
Por isso, ouçamos com atenção o conselho do rei Salomão:
“Guarda teu coração acima de todas as outras coisas,
porque dele brotam todas as fontes da vida”. (Pr 4,23).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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A VIDA














A VIDA...

A vida é dom de Deus...
Pois só Deus dá a vida...
Ninguém mais...
Ela precisa ser vivida...
Nele...
Por Ele...
Para Ele...
Porque sem Ele,
nada há...

Por isso,
seu devir depende do sim ou do não que damos a Deus...
E essa resposta é dada a cada instante vivido...
Porque é o nosso viver...
que revela quem somos e seremos...
eternamente diante do Senhor...

Então,
quem são os que dizem sim à Deus?
Os justos...
Os honestos...
Os fiéis...
Os puros de coração...
Os misericordiosos...
Os pacíficos...
Os que são perseguidos por causa da justiça...
Os pobres de coração...

E quem são os que dizem não à Deus?
“Os tíbios, os infiéis, os depravados,
os homicidas, os impuros, os maléficos,
os idólatras e todos os mentirosos”...
Estes o odeiam...
porque não vivem segundo a sua vontade...
Por isso, terão como herança eterna...
o soldo de seus malefícios...
Porque desprezaram a correção do Senhor...
...

“Novamente me disse: Está pronto!
Eu sou o Alfa e o Ômega, o Começo e o Fim.
A quem tem sede eu darei gratuitamente de beber...
da fonte da água viva”... (Apoc 21,6).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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sábado, 6 de fevereiro de 2010

NADA... NADA ALÉM... NADA MAIS...
















NADA... NADA ALÉM... NADA MAIS...

Tão linda...
Tão pura...
Tão meiga..
Tão plena ternura...
Tão mãe natureza...
O que seríamos sem ela?
E o que seremos sem sua formosura?
Nada...

Porque...
homens perversos, desumanos...
estão quebrando os seus encantos...
sua inigualável brandura...
que nos cercava por todos os lados...
e agora não nos cerca mais como antes...

Seus mares e rios...
não são mais os mesmos...
Seus veios naturais também não o são...
Porque a perversão e a ganância humana...
Os estão dizimando...
Como estão dizimando os animais,
as espécies vegetais e minerais...
e até mesmo a nossa própria raça...

Estes indignos filhos ingratos...
estão contaminando também o espaço...
Que o diga a camada de ozônio destruída...
Contagiando e comprometendo...
toda a vida de nosso planeta...
Causando catástrofes horrendas...
Trazendo doenças incuráveis...
e outros tantos males incontáveis...

Mãe natureza...
A razão humana perdeu o sentido de ser...
Os homens já não reconhecem mais o seu criador...
Optaram pela frieza e dureza de coração...
Por isso andam na contra mão da naturalidade...
Deixaram-se tomar pela vaidade...
e outros males morais de nosso tempo...

Desse modo,
inventaram ídolos para si...
Na música...
Nos filmes e novelas...
Nas esferas da fama...
e do vão poder televisivo...

O que esperar de uma sociedade assim?
Nada além dos males plantados...
Nada além dos pecados cometidos...
Nada além dos castigos que nos impomos...
Nada além dos infortúnios concebidos...
Nada...
Nada além...
Nada mais...
...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

EXAMINA E RESPONDE
















EXAMINA E RESPONDE

Queres ser fiel a Deus e viver segundo a Sua Vontade? Reza a Ele com o coração puro e de todo coração.

Queres vencer o pecado e todas as tentações? Reza com fervor e intimidade de coração, desejando o amor de Deus que nos traz plena satisfação.

Queres ser feliz todos os dias de tua vida e fazer a outros felizes? Aprende a viver com todo o teu ser: corpo, alma, mente e coração na presença do Altíssimo por tua oração. Então, experimentarás a felicidade dos eleitos e verás brilhar a glória de Deus pela vivência do amor fraterno.

Pergunta-te: como está minha oração? É oportunista ou doação de mim mesmo? É troca ou gratuidade? É escuta amoroso ou exigência para que se faça a minha vontade? É louvor, ação de graças, adoração ou lamúrias, questionamentos, reclamações? Qual é o sentido mais íntimo de minhas palavras à Deus?

Examina e responde, pois é muito importante saber como está o cultivo da comunhão com o Senhor pela vida de oração. Porque oração é atualização do encontro definitivo com Deus e também atualização da vida eterna neste vale de lágrimas.

“Antes de tudo, precisamos do silêncio, porque o fruto do silêncio é a oração; o fruto da oração é a fé. O fruto da fé é o amor; o fruto do amor é o serviço e o fruto do serviço é a paz”. (Madre Tereza de Calcutá).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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O DOM DA ORAÇÃO
















O DOM DA ORAÇÃO

A oração é o dom mediante o qual alcançamos a Deus em Sua infinita Bondade. Por ela nos exercitamos nas virtudes do Espírito Santo e temos acesso ao Senhor pelas graças que Ele mesmo nos concede. Orar é buscar as forças divinas para a santificação de nossas almas, para nos atermos seguros em meio à insegurança deste mundo.

Quem faz de sua vida, oração, faz de seu viver um viver santo para Deus; porque faz tudo baseado em Sua Vontade, mantendo o diálogo permanente com Ele que está sempre presente interagindo conosco para nos conduzir à Plenitude da salvação.

O maior desejo de alma que temos é a visão beatífica de Deus, perdida pelo homem quando pecou no paraíso. Quem tem vida de oração, tem vida de comunhão com o Senhor e se mantém na Sua presença contemplando Sua Divina Face, gozando de Sua Santa Amizade.

Jesus nos ensinou que devemos orar sempre sem nunca deixar de fazê-lo (Cf. Lc 18,1), pois na oração encontramos alento para nossas almas e conforto para nossa vida; por ela cumprimos a Vontade de Deus.

A EFICÁCIA DA ORAÇÃO

Queres que tua oração seja eficaz e prontamente atendida? Afasta-te do pecado e de tudo aquilo que te leva a cometê-lo. Aproxima-te do Senhor com o coração puro e a mente iluminada pela reta intenção; assim, verás a vontade de Deus realizar-se em tudo na tua vida.

Quanto mais transparentes somos em nosso viver, mais perto de Deus chegamos; mais seu amor absorvemos e mais ainda experimentamos sua divina misericórdia; por isso, é impossível alguém se aproximar de Deus e não ser feliz, porque o Senhor é a Única Felicidade.

Existem duas atitudes interiores que muito nos aproximam de Deus: Quando nos arrependemos dos pecados e os abandonamos, e quando perdoamos a quem nos ofendeu; e também, quando vivemos a humildade e o amamos, adoramos e prestamos-LHE toda honra, toda glória e louvor.

Temos ainda na intercessão dos santos e santas o auxílio necessário para vencermos todos os males que nos afetam. Por isso, peçamos a intercessão deles, pois, ninguém mais próximo do Senhor do que aqueles que Ele santificou, especialmente Sua Mãe, a Virgem Maria.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O DOM DO DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS




















O DOM DO DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS

Discernimento dos espíritos, dom do Espírito Santo que nos dá a conhecer o que vem e o que não vem de Deus; como escreveu São Paulo: “Ora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas sim o Espírito que vem de Deus, que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou”. (1Cor 2,12).

Douto nesse entendimento, São João nos exorta: “Caríssimos, não deis fé a qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus, porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo. Nisto se reconhece o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo se fez carne é de Deus; e todo espírito que não confessa Jesus esse não é de Deus, mas é o espírito do Anticristo de cuja vinda tendes ouvido, e já está agora no mundo.

Vós, filhinhos, sois de Deus, e os vencestes, porque o que está em vós é maior do que aquele que está no mundo. Eles são do mundo. É por isto que falam segundo o mundo, e o mundo os ouve. Nós, porém, somos de Deus. Quem conhece a Deus, ouve-nos; quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro”. (1Jo 4,1-6).

Para uma melhor compreensão desse dom do Espírito Santo, temos uma bela explanação do Bispo Diádoco de Foticéia, cujo título é: A ciência do discernimento dos espíritos vem da percepção da Inteligência. Eis como ele se expressa:

“A luz da verdadeira ciência está em discernir sem errar o bem do mal. Feito isto, a via da justiça que leva a mente à Deus, sol de justiça, introduz então a inteligência naquele infinito fulgor do conhecimento, que lhe faz procurar daí em diante, com segurança, a caridade.

Os que combatem precisam manter sempre o espírito fora das agitações perturbadoras para discernir os pensamentos que surgem: guardar os bons, vindos de Deus, no tesouro da memória; expulsar os maus e demoníacos dos antros da natureza. O mar, quando tranquilo, deixa os pescadores verem até o fundo, de sorte que quase nenhum peixe lhes escape; mas, agitado pelos ventos, ele esconde na turva tempestade aquilo que se via tão facilmente no tempo sereno. Assim, toda a perícia dos pescadores se vê frustrada.

Somente, porém, o Espírito Santo tem o poder de purificar a mente. Se o forte não entrar para espoliar o ladrão, nunca se libertará a presa. É necessário, portanto, alegrar em tudo o Espírito Santo pela paz da alma, mantendo em nós sempre acesa a lâmpada da ciência. Quando ela não cessa de brilhar no íntimo da mente, conhecem-se os ataques cruéis e tenebrosos dos demônios, o que mais ainda os enfraquece sendo eles manifestados por aquela santa e gloriosa luz.

Por esta razão diz o Apóstolo: Não apagueis o Espírito, isto é, não causeis tristeza ao Espírito Santo por maldades e maus pensamentos, para que não aconteça que ele deixe de proteger-vos com seu esplendor. Não que o eterno e vivificante Espírito Santo possa extinguir-se, mas é a sua tristeza, quer dizer, seu afastamento que deixa a mente escura sem a luz do conhecimento e envolta em trevas.

O sentido da mente é o paladar perfeito que distingue as realidades. Pois como pelo paladar, sentido corporal, sabemos discernir sem erro o bom do ruim quando estamos com saúde e desejamos as coisas delicadas, assim nossa mente, começando a adquirir a saúde perfeita e a mover-se sem preocupações, poderá sentir abundantemente a consolação divina e conservar, pela ação da caridade, a lembrança do gosto bom para aprovar o que for ainda melhor, conforme ensina o Apostolo: Isto peço: que vossa caridade cresça sempre mais na ciência e na compreensão, para discernirdes o que é ainda melhor”. (Capítulos sobre a Perfeição Espiritual, Diádoco de Foticéia, bispo Séc. V).

Por fim, menciono outra fonte de discernimento perfeito dos espíritos revelada por São Paulo na Carta aos Romanos: “Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito”. (Rom 12,1-2).

“Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos. O que aprendestes, recebestes, ouvistes e observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará sempre convosco”. (Fil 4,8-9).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

ORAÇÃO PARA OBTER O DOM DO DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS

“Eterno Deus Onipotente, Justo e Misericordioso, concedei-nos a nós míseros, praticar por vossa causa o que reconhecemos ser a vossa vontade e querer sempre o que vos agrade, a fim de que interiormente purificados, iluminados e abrasados pelo fogo do Espírito Santo, possamos seguir as pegadas de Vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, e por vossa graça unicamente chegar até vós, ó Altíssimo, que em Trindade Perfeita e Unidade Simples viveis e reinais na Glória como Deus Onipotente por toda a eternidade, amém”. (São Francisco de Assis).


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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O MAL NÃO É LÓGICO


















O MAL NÃO É LÓGICO

A luta contra o pecado parece interminável para nós que fomos a causa de sua entrada na natureza humana e em toda naturalidade. Não existe efeito sem causa nem causa sem efeito e em se tratando da desordem na criação, não podia ser diferente; pois ao homem foi dado pelo Senhor ordenar todas as coisas e administrar toda a sua obra natural. No entanto, com o advento pecado e a consequente queda do homem, o mal estabeleceu o seu reinado provisório no mundo, embotando o reinado do homem na obra da criação; mas esse reinado das trevas tem começo e fim porque o Bem prevalece sempre, visto que a Deus tudo pertence.

De fato, sentimos os efeitos do pecado e da presença do mal em toda parte desse nosso habitat natural, pois, quanto mais os homens pecam mais aumentam suas dores, agonias e frustrações, porque pecar é encontrar-se com o demônio autor e princípio do pecado e que está por trás de todo pecado, gerando o desequilíbrio e toda a maldade que vemos na face da terra. Em outras palavras, pecar é ceder ao domínio do mal a liberdade e a autoridade que nos foi dada por Deus para que o servíssemos neste mundo. É como disse Jesus: “Em verdade, em verdade eu vos digo: todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo”. (Jo 8,34).

Por outro lado, diz o Senhor: “Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (Jo 8,31-32). “Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á. Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida? Ou que dará o homem em troca da sua vida? Porque, se nesta geração adúltera e pecadora alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os seus santos anjos”. (Mc 8,34-38).

O Papa Bento XVI em sua audiência geral do dia 03/12/08 (© copyright Libreria Editrice Vaticana), falou o seguinte a respeito do mal:

“O fato do poder do mal no coração humano e na História da humanidade é indesmentível. Mantém-se a questão: como explicar este mal? [...] A fé diz-nos que existem dois mistérios de luz e um mistério de noite que, no entanto, está rodeado pelos mistérios de luz. O primeiro mistério de luz é o seguinte: a fé diz-nos que não há dois princípios, um bom e um mau, mas um único princípio, o Deus criador, e que este princípio é bom, somente bom, sem sombra de mal (Cf.Tia 1,13). É por isso que o ser também não é um misto de bem e de mal: o ser como tal é bom, e, portanto é bom ser, é bom viver. Tal é o anúncio feliz da fé: só existe uma origem, que é boa, o Criador. [...]

Em seguida vem um mistério de obscuridade, de noite. O mal não provém da origem do próprio ser, não é igualmente original. O mal provém de uma liberdade criada, de uma liberdade mal utilizada. Como foi isso possível? Como se produziu isso? As coisas permanecem obscuras. O mal não é lógico. Apenas Deus e o bem são lógicos, são luz. O mal permanece misterioso. [...] Podemos [até fazer inferência, mas não explicá-lo ainda totalmente]; não podemos falar dele como de um fato que se segue a outro [e ponto final], uma vez que se trata de uma realidade mais profunda. Continua a ser um mistério de obscuridade, de noite.

Mas surge de imediato um mistério de luz. O mal provém de uma origem subordinada. Deus é mais forte, com a Sua Luz. É por isso que o mal pode ser ultrapassado. Então a criatura, o homem, pode ser curado. [...] Tanto assim é que, em última análise, vemos que o homem não só pode ser curado, mas efetivamente o é. Deus introduziu a cura. Ele entrou pessoalmente na história.

À origem permanente do mal, Ele opôs a origem do bem puro. Cristo crucificado e ressuscitado, novo Adão, contrapõe ao rio poluído do mal um rio de luz. E este rio está presente na História: lembremo-nos dos santos, dos grandes santos, mas também dos santos humildes, dos simples fiéis, e perceberemos que o rio de luz que provém de Cristo está presente, é poderoso”.

Ou seja, por meio do Seu Filho Jesus Cristo, Deus refez a sua obra tal qual é a sua vontade. Portanto, em Cristo Jesus nosso Senhor, já fazemos parte da Nova Criação; porém, não mais revestida dessa natureza mortal, mas sim, da imortalidade do Filho amado de Deus que ressuscitou e nos deu ressuscitar como Ele. É como o Senhor mesmo disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crês nisto?” (Jo 11,25-26).

Ao que respondemos com essa linda profissão de fé de Marta, na ressurreição: “Sim, Senhor. Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, aquele que devia vir ao mundo”. (Jo 11,27).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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