VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O TEMPO DA QUARESMA














TEMPO DA QUARESMA

A quaresma é um tempo de reflexão e mudança que a Igreja instituiu desde o século IV para seus filhos e filhas, a fim de torná-los perfeitos na prática da fé, visto que, precisamos fazer em tudo a vontade de Deus como fez e nos ensinou Jesus; pois, todo o nosso viver tem que ser plano do Senhor para a nossa salvação; caso contrário, precisamos nos converter, para não corremos o risco de fazer a própria vontade e não a vontade de Deus.

ENTÃO, COMO DEVEMOS VIVER ESSE TEMPO?

Jesus começou sua vida pública anunciando: "Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo; fazei penitência e crede no Evangelho”. (Mc 1,15). Logo, compreendemos que esse é um tempo propício e mais profundo de oração, penitência e conversão para ajustarmos o nosso modo de ser e viver à sabedoria do Evangelho, que nos proporciona todas as bênçãos e graças necessárias para a nossa salvação.

São três os pilares ou alicerces desse tempo quaresmal, a saber: oração, jejum e caridade. A oração é o meio mais fácil de se viver na presença de Deus, porque por ela ascendemos aos céus, alcançamos todas as graças e nos libertamos de todas as nossas fraquezas. Por isso a oração verdadeira é como um metal que aquecido na fornalha é transformado no que o artesão quer; em outras palavras, por ela somos aquecidos no fogo do amor de Deus que, como perfeito artesão de nossas almas, nos funde com o seu querer e nos faz ser a perfeita imagem e semelhança do seu Filho Jesus Cristo ainda neste mundo.

Assim, percebemos que o sentido da oração é a comunhão permanente com a vontade de Deus sem a qual ninguém poderá ser salvo, é como escreveu São Paulo: “Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus”. (Ef 2,8). Ele ainda recomenda: “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus”. (Filip 4,6-7).

O segundo alicerce da quaresma é o jejum. Jejuar não é o mesmo que fazer regime, pois o jejum que agrada a Deus nasce do exercício da justiça e da verdade, ou seja, como a própria vida, a prática sincera da fé requer muito mais que um desejo ou demonstração de piedade; requer, sobretudo, o desapego dos bens materiais e amenização dos próprios sentidos com o fim de entrar mais ainda na intimidade divina, vencendo-se a si mesmo pela submissão dos instintos, visto que a prática do jejum precisa vir acompanhada das boas obras.

O ato de jejuar precisa vir também acompanhado de algum propósito ou intenção por parte do fiel que jejua, pois desse modo vencemos a tentação das injustiças e do imediatismo ou de uma fé mágica que não condiz de forma alguma com nossa fé católica. (Cf. Lc 4,3-4). A Igreja recomenda a prática do jejum na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa a todos os batizados de 18 a 60 anos, ou em dias diferentes de acordo com a necessidade de cada fiel. Pode ser praticado também por crianças, adolescentes e idosos acima de 60 anos conforme suas disposições.

Por fim, vem a caridade ou boas ações que, como escreveu são Tiago, “faz desaparecer uma multidão de pecados” (Cf. Tiag 5,19-20). Aliás, São Paulo também escreveu sobre essa prática quaresmal na carta aos Efésios (Cf. Cap 2,8-10) e na 1 Coríntios (cf. Cap 13). A palavra caridade significa o ato de amar e toda pessoa que ama de verdade é conduzida pelo Espírito Santo a fazer o bem como dádiva de Deus na sua vida e na vida dos outros.

Portanto, quem faz alguma boa obra na intenção de se promover ou promover seus negócios ou ainda com o fim de si salvar, está com má intenção ou enganando a si mesmo, pois, a intenção promocional nunca foi vontade de Deus; são João Batista bem nos ensinou isso quando disse: “Eu não sou o Cristo; eu não sou digno de lhe desatar as correias do calçado; importa que Ele cresça e que eu diminua”. (Cf. Jo 1,20.27;3,30).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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