VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

sexta-feira, 30 de julho de 2010

OS PRETENSOS "IRMÃOS DE JESUS"


OS PRETENSOS "IRMÃOS DE JESUS"

Bíblicamente, não existe irmãos consanguíneos de Jesus, isto é, outros filhos de Maria e de José além de Jesus, uma vez que os relatos bíblicos não o demonstram. O que existe, de fato, são interpretações protestantes para algumas passagens dos Evangelhos (Cf. Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20; Jo 7, 1-10), querendo, com isso, contestar a doutrina católica da virgindade perpétua de Maria; mas essas interpretações são facilmente refutadas pelos próprios relatos bíblicos e pela Tradição da Igreja.

Ora, o uso de interpretações subjetivas contraria o princípio da Verdade Divina; é isso o que afirma São Pedro em uma de suas cartas: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal. Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus”. (2Ped 1,20-21). Logo, só o Espírito Santo dar o sentido verdadeiro ao que inspirou e isso Ele o faz por meio da Igreja que Ele mesmo conduz, pois, a Igreja é aquela que guarda o Depósito da Fé verdadeira que nos leva a perseverar até o fim na graça da salvação (Cf. Mt 24,13).

Quem são os pretensos “irmãos de Jesus”? (*)

Em diversos lugares, os Evangelhos falam desses “irmãos”. São Marcos e São Lucas referem que “estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem te ver" (Cf. Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20).  São João, por sua vez, também fala de tais “irmãos” (Cf. Jo 7, 1-10).

Ora, essa suposta objeção protestante (“Maria teve outros filhos”) revela apenas a tamanha ignorância da Bíblia que dizem conhecer, mas na verdade não conhecem porque a interpretam ambiguamente quando a leem com os olhos da desobediência, vejamos por que. As línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam os termos “primo” ou “prima” comum em outros idiomas e também no nosso, por isso, servem-se das palavras “irmão”, “irmã”. A palavra hebraica “ha”, e a aramaica “aha”, são empregadas para designar “'irmãos” ou “irmãs” do mesmo pai, não da mesma mãe (Cf. Gn 37, 12-17; 42,5-8; 43, 5; 49, 8); sobrinhos, primos irmãos (Cf. 1 Cro 23, 21-22), e primos segundos (Cf. Lv 10, 4), e até “parentes” em geral (Cf. Jó 19, 13-14; 42, 11). Logo, vemos que essas passagens demonstram, inequivocamente, que a palavra “irmão” era uma expressão genérica, geral, muito usada naquele tempo e naquela cultura.

No Novo Testamento, a expressão, “irmãos de Jesus”, era usada com o mesmo sentido semítico do Antigo Testamento, pois são da mesma cultura e mesma língua. Desse modo, os “irmãos de Jesus” não eram filhos de Maria e José. Constatemos as evidências: "Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? E ficaram perplexos a seu respeito”. (Mc 6,3).


Ora, esses supostos “irmãos de Jesus” indicados no Evangelho de São Marcos, na verdade, conforme afirma São Lucas, são filhos de Alfeu Cleofas: “Chamou Tiago, filho de Alfeu... e Judas, irmão de Tiago" (Lc 6, 15-16). Quanto ao outro pretenso irmão de Jesus chamado “José”, São Mateus diz que é irmão de Tiago: "Entre elas se achavam Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu." (Mt 27, 56). Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de São José, mas esposa de Alfeu Cleofas, citada acima por São Lucas; ela era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê no Evangelho de São João: "Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena". (Jo 19,25). Quanto a Simão, é também irmão dos outros três, Tiago, José e Judas, filhos de Maria e Alfeu Cleofas. Logo, “os pretensos irmãos de Jesus” são verdadeiramente irmãos entre si, porém, filhos de Maria e Alfeu Cleofas e não de Maria Mãe de Jesus.

Ainda outras evidências que derrubam a objeção protestante: Por que os evangelhos nunca chamam os “irmãos de Jesus” de filhos de Maria ou de José, como o fazem em relação à Jesus? (Cf. Mt 13,55a) E como, durante toda a vida da Sagrada Família, o número de seus membros é sempre três? A fuga para o Egito e volta para Nazaré (Cf. Mt 2,13-23); a perca e o encontro do menino Jesus no templo (Cf. Lc 2,41-52).

Mais uma outra evidência, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de São João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Vejamos o que diz São João: “Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa”. (Jo 19,26-27).

Desse modo, fica provado que a objeção protestante não passa de um equívoco interpretativo subjetivista e nada mais.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

(23/07/10).


quarta-feira, 28 de julho de 2010

SÃO FRANCISCO DE ASSIS E A PÉROLA DE GRANDE VALOR


 SÃO FRANCISCO E A PÉROLA DE GRANDE VALOR

São Boaventura (1221-1274), franciscano, Doutor da Igreja
Vida de São Francisco, Legenda major, cap. 7 (a partir da trad. de Vorreux, Eds franciscaines 1951, p. 122)

A pérola de grande valor

Dentre os dons espirituais recebidos da generosidade de Deus, Francisco obteve em particular o de enriquecer constantemente o seu tesouro de simplicidade graças ao seu amor pela extrema pobreza. Vendo que aquela que tinha sido a companheira habitual do Filho de Deus se tornara, nessa altura, objeto de uma aversão universal, tomou a peito desposá-la e devotou-lhe um amor eterno.

Não satisfeito em «deixar por ela pai e mãe» (cf. Gn 2, 24), distribuiu pelos pobres tudo o que pudesse ter (cf. Mt 19, 21). Nunca ninguém guardou tão ciosamente o seu dinheiro como Francisco guardou a sua pobreza; nunca ninguém vigiou o seu tesouro com maior cuidado do que o que ele colocou em guardar esta pérola de que fala o Evangelho.

Nada o magoava mais do que encontrar junto dos seus irmãos qualquer coisa que não fosse perfeitamente conforme à pobreza dos religiosos. Pessoalmente, desde o princípio da sua vida como religioso até à morte, não teve senão uma túnica, uma corda a servir de cinto e umas bragas (Calças largas e curtas) como única riqueza; não precisava de mais nada.

Acontecia-lhe muitas vezes chorar ao pensar na pobreza de Cristo Jesus e na de Sua Mãe. Dizia ele: «Aqui está a razão pela qual a pobreza é a rainha das virtudes: pelo esplendor com que brilhou no «Rei dos reis» (1Tm 6, 15) e na Rainha Sua Mãe.»

Quando os irmãos lhe perguntaram um dia qual era a virtude que nos torna mais amigos de Cristo ele respondeu abrindo-lhes, por assim dizer, o segredo do seu coração: «Sabei, irmãos, que a pobreza espiritual é o caminho privilegiado para a Salvação, visto que é a seiva da humildade e a raiz da perfeição; os seus frutos são incontáveis, embora escondidos. Ela é esse «tesouro escondido num campo», do qual nos fala o Evangelho, pelo qual é necessário vender tudo o resto e cujo valor deve impelir-nos a desprezar todas as outras coisas.»

Paz e Bem!

         ©Evangelizo.org 2001-2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

VIRGEM ANTES, DURANTE E DEPOIS DO PARTO


VIRGEM ANTES, DURANTE E DEPOIS DO PARTO

Deus é eterno e tudo o que faz, o faz com um propósito eterno, isto é, o faz para a eternidade visando à salvação de todos os seus filhos. É certo afirmar que todo o conhecimento da parte de Deus para nós é revelação, visto que, o Senhor tira o véu do nosso entendimento para que compreendamos os seus desígnios de amor a nosso respeito. É como escreveu são Paulo: “Ó abismo de riqueza, de sabedoria e de ciência em Deus! Quão impenetráveis são os seus juízos e inexploráveis os seus caminhos! Quem pode compreender o pensamento do Senhor? Quem jamais foi o seu conselheiro? Quem lhe deu primeiro, para que lhe seja retribuído? Dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele a glória por toda a eternidade! Amém. (Rm 11,33-36). Porém, não podemos esquecer que “o Senhor Javé nada faz sem revelar seu segredo aos profetas, seus servos. Porque “o leão ruge, quem não temerá? O Senhor Javé fala: quem não profetizará? (Amós 3,7-8). Logo, quando tratamos da virgindade de nossa Senhora, o fazemos baseados na revelação que o Senhor faz por meio do profeta Isaías: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco”. (Is 7,14).

Virgem antes do parto

O primeiro testemunho da virgindade de nossa Senhora antes do parto no Novo Testamento está no relato de São Lucas quando da encarnação do Verbo: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria”. (Lc 1,26-27). O segundo é da própria Virgem depois do anuncio do Anjo de que ela seria Mãe do Filho de Deus: “Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem?” (Lc 1,34). Aqui vemos perfeitamente a Divina Providência em ação.

Virgem durante o parto

“Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus”. (Lc 1,35). Ora, o fato de conceber um filho sem a incursão de homem algum, só isso já diz do verdadeiro milagre que envolve e revela a integridade física-moral da Virgem Mãe de Deus em todos os sentidos. Quando o Anjo Gabriel à saudou disse do quanto esse misterioso desígnio de amor do Senhor, lhe é peculiar e único; pois, assim disse o Anjo: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”. (Lc 1,28). Logo, entendemos que quem concebeu pela via da graça virginalmente, também virginalmente pela via da graça fez “nascer” Àquele que é o Senhor da vida.

Virgem após o parto

Caríssimos, quem tem o prazer de conceber e dar à luz ao Eterno, ao Eterno pertence unicamente, pois, ao fazer a afirmação: “Como se fará isso, pois não conheço homem?” (Lc 1,34 ), a Virgem Santíssima, pela iluminação do Espírito Santo, carregava consigo o propósito da castidade perpétua, mesmo desposada pelo justo José, pois, ser  justo significa se ajustar aos Propósitos do Senhor como resposta à Sua Vontade revelada no mais íntimo da alma. Quem vive neste mundo a Vontade de Deus, nada mais deseja fora de Sua Vontade, ou seja, nada faz fora do Plano da Salvação ou ainda, tudo o que faz é cumprimento do Plano da Salvação. Portanto, em Maria, Deus fez cumprir-se todo o seu Plano de Amor ao fazer dela Seu Templo Vivo e Eterno, Casto e Santo, de Beleza Inigualável.

"Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. E por todos quantos a vós não recorrem de modo especial pelos inimigos da Santa Igreja e por aqueles que a vós estão recomendados."

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


terça-feira, 20 de julho de 2010

ORAÇÃO DA MANHÃ E DA NOITE À NOSSA SENHORA


RAÇÃO DA MANHÃ A NOSSA SENHORA

Ó Virgem, toda luminosa de esperança, este dia, ainda intacto e puro, entrego-o em tuas mãos, para que o apresentes ao Senhor. Ei-lo cheio de promessas, carregado, desde o início, de tantas possibilidades de amor, e que, sendo oferecido por ti a Deus, como outrora teu Filho, possa realizar o que anuncia!

Ofereço, portanto, de antemão, sobre o altar de teu Filho, tudo o que este dia me trará de trabalho e de sacrifício, de tremor e de tranquilidade, de sofrimento e de alegria! Ofereço a Deus todos os meus bons desejos, minha aspiração a uma vida generosa e o medo de minha própria covardia, minha vontade de fazer o bem e minha fraqueza diante do mal, minha esperança depositada unicamente na graça!

Sustenta, sobretudo, minha resolução de amar o Senhor com todas as minhas forças, de nada lhe recusar, de aceitar cada momento deste dia tal como Ele o envia por sua mão onipotente, e ser apenas acolhimento a seu beneplácito! Amém.

Pai nosso... Ave Maria...

ORAÇÃO DA NOITE A NOSSA SENHORA

Mãe indulgente e boa, esta noite quero depor a teus pés o fardo de meu dia, o fardo de meus trabalhos e de minhas labutas e, sobretudo, o fardo de minhas ofensas e infidelidades ao Senhor. Venho entregar tudo, rogando-te que dirijas ao Pai do Céu um obrigado pela abundância de seus benefícios, e um pedido de perdão por minhas faltas.

E depois de me ter colocado inteiramente entre tuas mãos maternas, venho reclamar, pela última vez, um olhar de benevolência, o sorriso afetuoso que destinas a teus filhos. Depois ter suportado o cansaço de um dia inteiro, ficamos felizes ao encontrar à tarde um refúgio amoroso, uma bondade sorridente.

Teu semblante tão acolhedor e tão compreensivo me fará esquecer todas as dificuldades encontradas e neste dia; poderei dormir na paz, sabendo que continuas a me amar e a velar por mim. Com esta certeza reconfortante, minha fadiga não me impedirá de responder a teu sorriso, e será na doce alegria de tua afeição que abandonarei minha alma ao Senhor para um repouso de todo o meu ser. Amém.

Boa noite Santa Mãe de Jesus e minha mãe amada!

Pai nosso... Ave Maria...

Paz e Bem!

Fonte: Devocionário Franciscano pags. 561 e 569 – Editora Vozes (www.vozes.com.br)


quarta-feira, 14 de julho de 2010

COMO DEVEMOS AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO


COMO DEVEMOS AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO...

“Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para pô-lo à prova: Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Respondeu Jesus: Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5). Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18). Nesses dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas”. (Mt 22,34-40).

“Presta atenção, caríssima alma serva de Jesus Cristo, que amor o teu amado Jesus exige de ti. Que farás para amar teu Deus de todo o teu coração? Ouve São João Crisóstomo ensinar-te: ‘Amar a Deus de todo o coração significa não teres o coração inclinado ao amor de coisa alguma mais do que Deus, não te deleitares na figura deste mundo nem nas honras, nem nos pais, mais do que em Deus’.” (Do opúsculo De Perfectione Vitae, de São Boaventura, bispo).

“Não somente de todo o teu coração, mas ainda de toda a tua alma hás de amar o Senhor Deus Jesus Cristo. Como de toda a alma? Santo Agostinho te instrui: ‘Amar a Deus de toda a alma consiste em amá-lo de toda a vontade, excluindo qualquer coisa contrário’. É certo que amas de toda a alma, quando fazes de boa vontade, sem contradição, não o que queres nem o que aconselha o mundo nem o que sugere a carne, o que sabes querer o Senhor, teu Deus. Seguramente amas a Deus de toda a alma, quando por amor de Jesus Cristo expões de bom grado à morte, se necessário, a tua vida”. (Do opúsculo De Perfectione Vitae, de São Boaventura, bispo).

Não apenas de todo o coração, não só de toda a alma, mas ainda de toda a mente ama a teu Esposo, o Senhor Jesus. Como de toda a mente? De novo, Santo Agostinho ensina: ‘Amar a Deus de toda a mente é amar a Deus de toda a memória, sem esquecimento’.” (Do opúsculo De Perfectione Vitae, de São Boaventura, bispo).

E QUANTO O AMOR AO PRÓXIMO?

Ouçamos São Paulo: ”Se me é possível, pois, alguma consolação em Cristo, algum caridoso estímulo, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão, completai a minha alegria, permanecendo unidos. Tende um mesmo amor, uma só alma e os mesmos pensamentos. Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros. Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus”. (Fil. 2,1-5).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.




terça-feira, 13 de julho de 2010

A PLENITUDE DA LEI É O AMOR, PORQUE O AMOR É O BEM MAIOR


A PLENITUDE DA LEI É O AMOR, PORQUE O AMOR É O BEM MAIOR

Quando Deus nos criou “à sua imagem e semelhança”, dispôs tudo a nosso favor, isto é, escreveu em nossas almas toda a sua lei e nos fez como expressão do seu amor para amarmos ao Senhor acima de todas as coisas e a nós uns aos outros, é isto que consiste a plenitude da felicidade; e de tal forma essa verdade está presente em nossa vida que é impossível alguém ser feliz sem o amor a Deus e ao próximo como a si mesmo.

Ora, ninguém poderá dizer que não conhece essa verdade, visto ser ela o princípio fundamental da existência, porque é o amor que nos identifica como filhos de Deus e participantes do seu Reino e nos faz revelar sua presença em meio a toda criação; quem age contrário a esse princípio fundamental da vida, semeia uma cultura de morte, porque perde o sentido de ser e estar no mundo, praticando toda espécie de maldade, revelando com isso a face tenebrosa do inferno e do príncipe das trevas.

Sem dúvida alguma o mal existe e quem o segue sabe disso porque vive sob seu domínio; e por que vive sob o domínio? Porque não deu ouvidos a Deus que nos fala no íntimo por suas leis escritas em nossas almas. Quem segue a Lei do Amor escrita por Deus em tudo o que Ele criou, vence-se a si mesmo e a todo o mal que se levanta contra a verdade do amor de Deus presente em todos nós.

Certa feita escreveu São Boaventura: “Nada de melhor pode proferir, nada mais útil pensar que a caridade (o amor), para mortificar os vícios, progredir na graça, alcançar o cume da perfeição de todas as virtudes. Por esse motivo afirma Próspero no livro sobre a vida contemplativa: ‘A caridade (o amor) é a vida das virtudes, a morte dos vícios’, e, como a cera se derrete ao fogo, assim perecem os vícios perante a caridade (o amor)”. (Do opúsculo De Perfectione Vitae, de São Boaventura, bispo).

“A caridade possui tanta força que é a única entre as virtudes a ser denominada Virtude. Quem a tem é rico, abastado e feliz; quem não a possui, pobre, mendigo e mísero. Assevera Santo Agostinho: ‘Se a virtude nos leva à vida feliz, nada mais chamaria de virtude senão o amor sumo a Deus’. Por ser a caridade virtude tão grande, devemos insistir, mais do que em todas, na caridade, não em caridade qualquer, mas somente naquela pela qual amamos a Deus acima de tudo e ao próximo por causa de Deus”. (Do opúsculo De Perfectione Vitae, de São Boaventura, bispo).

Portanto, não há desculpas para o pecado, não há desculpas para não amarmos, por mais frágeis que sejamos, visto que somos as criaturas mais capazes entre as criaturas de revelarmos a vontade de Deus presente em nossa vida por suas leis que nos legou e que por seu Filho Jesus Cristo as levou à plenitude, como Ele mesmo disse: “Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus”. (Mt 5,17-19).

Logo, a plenitude da lei é o amor, porque o amor está acima de todos os bens, na verdade o Amor é o Bem Maior.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


sábado, 3 de julho de 2010

ORAÇÃO PARA COMPREENDER ... A VIDA... A MORTE... O MISTÉRIO DO MAL...
















ORAÇÃO PARA COMPREENDER... A VIDA... A MORTE... O MISTÉRIO DO MAL...

Senhor, passando com o tempo na obra que é tua,
me vejo na eternidade...
Não sei porque, Senhor,
tu me criaste na verdade que sou...
Porém sei que o teu amor já me responde tudo...

Também sei que jamais existiria uma única criatura...
se a tua ternura eterna não estivesse nela...
Se a verdade não fosse o seu fundamento...
Se a tua bondade não fosse o alento que nos consola...
E se a tua liberdade não nos atraísse para Ti...

Senhor, em meio à tantas dores e sofrimentos...
descubro a loucura dos intentos do mal e de sua maldade...
Não sei por que existem...
Mas olhando para Ti com os olhos do amor que me deste...
Sei que tens um propósito santo em tudo para deixá-los existir...
Mesmo constatando que a morte está presente aqui...
Mas, o que é a morte diante de tua ressurreição?

Por isso, Senhor, não me vejo com medo da morte...
mesmo quando a enfrento em condições de desigualdade...
Na verdade dela não escaparei,
porém sei que livrar-me-as de seus grilhões...
Porque ela não poderá deter o teu Sangue Redentor...
Que derramaste por amor,
nos libertando do pecado e de todo o mal...

Senhor, livra-me de mim mesmo...
e de tudo o que se levanta, tentando-me contra Ti...
Porque só em pensar de não Te encontrar aqui e por toda a eternidade...
sinto-me como se fosse nada...
Nunca...
Ninguém...

Ó Senhor...
Não foi para isso que nos criastes...
Nem estamos aqui para que o mal prevaleça...
Por incrível que pareça...
ele agora existe e até nos atormenta,
mas somente por um tempo determinado...
que já está findando...
Porque a Nova Criação já está posta...
Nascida da vitória de tua cruz e ressurreição...
Por ela nos deste a eterna salvação...
A entrada no Reino de Deus nosso Pai...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.








quinta-feira, 1 de julho de 2010

A ÚLTIMA CHANCE

















A ÚLTIMA CHANCE

Tudo o que vemos...
Tudo o que temos...
Tudo o que vivemos...
Um dia não será mais...
Porque tudo nos será tirado,
uma vez que tudo nos foi dado...
Disso não há de se duvidar...

Mas tudo o que vemos, temos e vivemos...
Faz parte da natureza criada,
reveladora do propósito divino...
Porque por essa revelação natural,
compreendemos que tudo vem de Deus...
O Sobrenatural que sustenta todas as coisas...

Porém, não podemos esquecer...
toda causa gera um efeito
e esse efeito traz em si o sentido da vida...
Por isso fiquemos certos...
a realidade que vivemos...
é o que herdaremos como efeito do que cultivamos...
com nosso viver de cada dia...
Porque aqui neste mundo nada se firma ou cresce...
se não permanece em Deus e para Deus...
Visto que dependemos sempre...
e nada somos por nós mesmos...

Ora, isso pode até parecer filosofia obvia ou barata...
Mas nem sempre o que parece ser é...
Porque o viver de cada instante é sempre novo...
pelo menos no seu modo de ser e estar no mundo...
Visto que nada se repete tal qual como antes...
Só não vive essa verdade quem na realidade a nega...

Todavia não só basta negar,
é preciso viver a vida para além do finito que estamos...
e isso só nos é possível em Deus...
Porque de nós mesmos nada podemos...
e nem temos resposta alguma convincente ou definitiva...
Porque só em Deus é que tudo permanece...

E, então, qual é a última chance?
É o arrependimento dos pecados...
A absolvição sacramental dos mesmos...
com a adesão incondicional à Cristo Jesus,
Fonte Eterna de salvação...
Do contrário não há remissão para estes...
Já para quem não peca, é a permanecia em Cristo...
Uma vez que somente assim,
veremos a Deus face a Face...
...
A cada um, cabe tirar suas conclusões...
...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.
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