Aqui encontrarás o que o Senhor te dirá para permaneceres na fidelidade à caminho de sua Glória Eterna.
VEM SENHOR JESUS!
SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO
"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).
domingo, 31 de março de 2013
CRISTO RESSUSCITOU, ALELUIA!
CRISTO RESSUSCITOU, ALELUIA!
Hoje Cristo ressuscitou e com Ele nós também ressuscitamos, essa é a grande certeza que Deus, nosso Pai, nos dá por meio da fé; certeza de uma vida feliz com Ele aqui e na eternidade para onde nos encaminha por Seu Filho Jesus Cristo e o Espírito Santo derramado em nossos corações.
De fato, nossa maior alegria é saber que a morte não tem mais poder sobre nós, porque o poder da ressurreição do Senhor a venceu e nos abriu as portas do paraíso, onde nos espera a herança eterna por uma vida de obediência e fidelidade, em resposta à bondade do Senhor, que nos outorgou em seu amor a liberdade dos justos, a paz dos eleitos, longe de todos os males e preconceitos deste mundo tenebroso.
Cristo Ressuscitou, aleluia! Cristo ressuscitou, aleluia! O Senhor ressuscitou para que vivamos nova vida por sua ressurreição. Eis o que nos ensinou São Paulo:”O amor de Cristo nos constrange, considerando que, se um só morreu por todos, logo todos morreram. Sim, ele morreu por todos, a fim de que os que vivem já não vivam para si, mas para aquele que por eles morreu e ressurgiu. Por isso, nós daqui em diante a ninguém conhecemos de um modo humano. Muito embora tenhamos considerado Cristo dessa maneira, agora já não o julgamos assim. Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!” (2Cor 5,14-17).
Portanto, como eleitos de Deus pela ressurreição do Seu Filho, renovemos sem cessar o sentimento de nossa alma, revestindo-nos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade. (cf. Ef 4,2-24).
Feliz Páscoa!
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria,OFMConv.
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sábado, 30 de março de 2013
AS INVOCAÇÕES DA LADAINHA DE NOSSA SENHORA (XXIV)
AS INVOCAÇÕES DA LADAINHA DE
NOSSA SENHORA (XXIV)
Rainha
dos Apóstolos
O
Messias é carne de minha carne e sangue do meu sangue, gerado pelo
Espírito Santo em meu seio virginal. Somente
Maria Santíssima pôde
proclamar
essa verdade, como
Verdade Definitiva
(cf.
Lc 2,1-21),
e
a Igreja a confirmou (cf. LG, Cap. VIII);
pois
foi
por
essa verdade que toda a humanidade conheceu Deus pessoalmente, por
meio do seu Filho, Jesus Cristo.
Assim, pelo sim de Maria, o Verbo se fez Carne e habitou no meio de
nós; fundou a Igreja, seu Corpo Místico, sob
os apóstolos e sua Mãe, presentes no dia de Pentecostes quando o
Espírito Santo foi
enviado de sua parte, conforme prometera.
Desse
modo, Maria é
a
mãe
da Igreja, mãe dos apóstolos e de todos os filhos da Igreja que
nasceram do Sacramento do batismo.
Ora,
no Evangelho de São
João,
antes de sua morte, Jesus já havia anunciado
essa verdade que
se cumpriu em Pentecostes:”Junto
à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria,
mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e
perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: 'Mulher, eis aí
teu filho'. Depois disse ao discípulo: 'Eis aí tua mãe'. E dessa
hora em diante o discípulo a levou para a sua casa”. (Jo
19,25-27). Portanto,
Jesus é o soberano do céu e da terra e Maria, sua mãe, é a
Rainha, não somente dos apóstolos, mas também de todos os filhos
e filhas de Deus, participantes
do Reino dos Céus.
Rainha
dos Mártires
A
grandeza
dos mártires se encontra no seu testemunho de sangue, pois são
capazes da dá a vida pela causa que defendem, por isso, não temem a
morte, porque sabem que sairão
vitoriosos dessa
batalha espiritual, por
sua total
doação
a Deus. Maria Santíssima, em seu martírio de dor, sofreu o martírio
com
seu
Filho, Jesus, oferecendo-o
ao Pai em expiação pelos nossos pecados. Todos
os mártires têm no martírio de Jesus e de Maria o seu fundamento;
porque ser mártir não é uma simples decisão pessoal, mas é uma
escolha divina que lhes
dá a honra de imitar perfeitamente Jesus Cristo em sua morte de
cruz.
O
Reino de Deus é também Reino dos Mártires, e Jesus, por ser o Rei
dos Mártires, nos deu sua
Mãe, mártir consigo em seu suplício de dor, para ser a Rainha de
todos os que dão a vida pela
causa do Reino; nesse sentido, todo aquele que se entrega a Deus
sofre com Jesus e Maria, o martírio da fé, pois renunciam a si
mesmos para carregar sua cruz com Jesus. Eis o que escreveu São
Paulo na Carta aos Romanos:”Ou
ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos
batizados na sua morte?” (Rom 6,3). Assim, o batismo nos torna
mártires da fé por seguirmos o mesmo propósito de Jesus e de sua
Mãe santíssima, a obediência perfeita à Vontade do Pai.
Rainha
dos Confessores
Confessar
a fé é dizer com suas palavras e confirmar com sua
vida que
Jesus Cristo é o Senhor, a quem ama, adora e serve publicamente sem
receio algum nesse seu seguimento. O testemunho mais perfeito da
união com Jesus e do seu seguimento o deu Maria Santíssima, pois, é
isso que ela nos ensina, quando disse:”Eis aqui a serva do Senhor.
Faça-se em mim segundo a tua palavra”. (Lc 1,38). E ainda:”Fazei
o que ele vos disser”. (Jo 2,5). No tempo dos mártires de sangue,
estes eram chamados confessores, porque eram martirizados por
confessarem a fé em Jesus Cristo publicamente
e morrerem por ela;
hoje, tempo dos mártires da fé, são confessores todos os que
confessam sua fé em Jesus Cristo, quer por palavras quer por obras;
pois não baste dizer que Jesus é o Senhor, mas é preciso também
apresentar
as virtudes eternas
que nos levam a permanecer nele pela santidade de vida. Maria
santíssima é a Rainha dos confessores, porque confessou
ardentemente por
sua vida e palavras que seu Filho amado é o Emanuel, Deus conosco,
Senhor do Céu e da terra; e com isso, tornou-se modelo de perfeição
para todos os que confessam que Jesus Cristo é o Senhor, que
vive
e reina para sempre. Amém!
Paz
e Bem!
Frei
Fernando Maria,OFMConv.
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ladainha de nossa senhora,
Virgem Maria
segunda-feira, 25 de março de 2013
SER, VIVER E FAZER, EIS A QUESTÃO...
SER,
VIVER
E FAZER, EIS A QUESTÃO...
Para
nós que cremos e
naturalmente aqui estamos, a
vida é um lindo presente de Deus, mas também um constante
aprendizado, seja no campo das ciências naturais, comportamentais,
tecnológicas; seja ainda no campo das ciências teológicas. Apesar
de toda inteligência e capacidades que Deus, nosso Criador, nos
concedeu, ainda assim precisamos das evidências necessárias para
constatarmos a veracidade de nossas descobertas e crenças.
Sem
dúvida alguma, vivemos envoltos pelos sublimes mistérios de Deus,
do homem e de todas as coisas existentes. Às vezes temos respostas
intelectuais para tudo, menos para nossa vida pessoal e o que se
sucede após o seu término. Pois, por mais que a razão humana
chegue às conclusões óbvias sobre o que indaga, quase sempre
esbarra no limite de sua finitude, com exceção da fé que nos faz
ver e entender muito além de nossa razão obscura.
Nem
tudo cabe no entendimento humano. Por mais explicações e evidências
que tenhamos, ainda assim ficamos sem respostas para a vida e para
quase tudo que a cerca. Isto acontece talvez pela falta de humildade
e de fé do homem de não querer admitir a presença evidente de Deus
na criação e mais diretamente em nosso viver, “porque é em Deus
que nós vivemos, nos movemos e somos”, mesmo que os incrédulos e
malfeitores não admitam isso.
De fato, precisamos do dom da fé para nos atermos seguros de nossas
convicções e assim convivermos com o Senhor e nos deixar conduzir
por Ele, que nos ama e quer permanecer conosco numa profunda e
constante comunhão de amor.
Então,
quais os meios e evidências que Deus nos dá para isto? A primeira
evidência somos nós mesmos e a própria obra da criação, porque
somente em Deus nos sentimos seguros, visto
que, fora de Deus nada nos
sustenta nem mesmo os conhecimentos e as descobertas mais relevantes,
porque com a morte tudo se esvai. A segunda e mais importante
evidência é a vinda de Jesus Cristo, Seu Filho amado, ao seio de
nossa humanidade como um de nós, conforme nos ensinou São Paulo:
“Mas
quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu
de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que
estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção filial.
A
prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o
Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!
Portanto
já não és escravo, mas filho. E, se és filho, então também
herdeiro por Deus”. (Gal
4,4-7).
Então,
o que precisamos fazer para
termos a
vida eternamente? Interessante essa pergunta, porque certa feita um
jovem também a fez a Jesus, como lemos no Evangelho de São Mateus
19,16-22: em
tal ocasião o Senhor recomendou àquele jovem que obedecesse aos
santos mandamentos da Lei de Deus, ao que o jovem respondeu que já o
fazia
desde a mais tenra idade, porém, sentindo que ainda lhe faltava
alguma coisa, perguntou
ele a Jesus: “Que me falta ainda?”; e obteve como resposta: “Se
queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres e
terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. Ouvindo essas
palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos
bens”.
E
nós,
o que precisamos também para
seguir Jesus e termos a vida eterna Nele?
Como ouvimos acima, precisamos obedecer aos santos mandamentos e
fazer o
bem para o qual fomos criados, sem acumularmos nada, pois, foi
isto o que nos ensinou São
Paulo:”Sem
dúvida, grande fonte de lucro é a piedade, porém quando
acompanhada de espírito de desprendimento.
Porque
nada trouxemos ao mundo, como tampouco nada poderemos levar.
Tendo
alimento e vestuário, contentemo-nos com isto. Aqueles que
ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em
muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no
abismo da ruína e da
perdição. Porque
a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela
cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas
aflições.
Mas
tu, ó homem de Deus, foge desses vícios e procura com todo empenho
a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão.
Combate
o bom combate da fé. Conquista a vida eterna, para a qual foste
chamado”. (1Tim
6,6-12).
Portanto,
obedeçamos e façamos o
bem, e não nos preocupemos
se alguém nos criticar por fazermos tão pouco, o importante é que
o nosso fazer seja um fazer para Deus. Agir e reagir são ações que
dependem de cada situação; às vezes por medo, omissão ou culpa
nos abstemos de fazer o bem que cada situação de nossa vida nos
pede, porém, quando conscientes de nossa inocência não temos
nenhum medo de fazê-lo, porque Deus que é
o Senhor de nossa vida, se
faz presente em nossa inocência e
é o primeiro a nos
incentivar a fazer tal bem que Ele mesmo nos dá a viver e realizar,
como escreveu São Paulo:
“Porque é Deus quem,
segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar”.
E
ainda: “Somos obras suas, criados em Jesus Cristo para as boas
ações, que Deus de antemão preparou para que nós as
praticássemos”. (Fil 2,13; Ef 2,10).
Destarte,
faz jus que nos perguntemos: em quem vivemos centrados? Qual é o
fundamento de nossa vida e nossas ações? Se estamos centrados em
Deus, por meio do Seu Filho, Jesus Cristo, precisamos gozar de sua
intimidade para que nossas ações sejam agradáveis a Ele que
fundamenta a nossa vida, nosso existir. Porque quando nos encontramos
em Cristo e permanecemos nele, só vamos aonde ele nos conduz, e a
partir dessa singela condução, começamos a experimentar o céu que
ele mesmo preparou para aqueles que o amam (cf. Jo 14,1ss). Porque,
tudo o que começa em Deus, cresce e permanece Nele; tudo o que
começa sem Deus, não perdura por muito tempo, porque o fruto da não
presença de Deus é sinônimo de aborrecimento estéril e confuso,
culminando com a morte injuriosa, sem mérito algum. É como está
escrito no Salmo primeiro:
“Porque
o Senhor vela pelo caminho dos justos, ao passo que o dos ímpios
leva à perdição”. (Sl 1,6).
Paz
e Bem!
Frei
Fernando Maria, OFMConv.
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segunda-feira, 18 de março de 2013
FÉ, OBEDIÊNCIA, LIBERDADE, FELICIDADE...
FÉ,
OBEDIÊNCIA, LIBERDADE, FELICIDADE...
Obedeço,
quando essa obediência me conduz à verdadeira liberdade e a
felicidade que dela advém. Mesmo sendo um dom, é preciso que
aprendamos pela Sagrada Escritura como usá-lo, pois é assim que no
ensina o Senhor que nos criou por amor e nos quer livres para amá-lo
acima de todas as coisas. De fato, Deus nos deixa livres para
fazermos nossas escolhas e tomarmos nossas decisões. Mas Ele nos
orienta para não perdermos nossa liberdade; neste sentido, seus
santos mandamentos nos ensinam que são para nós proteção; não
cumpri-los significa tirar de nossa vida a proteção que o Senhor
nos dá por nossa obediência a ele.
Com efeito, somos tentados a todo instante a não crer e a não viver em comunhão com Deus. Porém, prestem bem atenção, porque toda tentação é uma mentira, pois o inimigo de nossas almas, que está por trás delas, a princípio, esconde seus resultados nefastos, para em seguida apresentar o terrível gosto amago de nossos desvarios e revoltas contra Deus e o seu Cristo. Mas, o que Deus nos ensina na Sagrada Escrituras a esse respeito? Eis o que está escrito na primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: “Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação, ele vos dará os meios de sairdes dela” (1Cor 10,13).
E nos diz ainda na Carta de São Tiago: “Feliz o homem que suporta a tentação. Porque, depois de sofrer a provação, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam. Ninguém, quando for tentado, diga: “É Deus quem me tenta”. Deus é inacessível ao mal e não tenta ninguém. Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado uma vez consumado, gera a morte. Não vos iludais, pois, meus irmãos muito amados” (Tiag 1,12-16).
Ora,
o aprendizado espiritual para a nossa vida é de suma importância,
visto que, aquilo que aprendemos para o nosso bem, é com amor que o
aprendemos e praticamos. Nada faz mais uma vida feliz e transparente
do que a verdade que nos é comunicada pelo Senhor por meio dos
exemplos de fé contidos nas Sagradas Escrituras. O Catecismo da
Igreja, falando sobre isso, nos ensina:“Obedecer
("ob-audire") na fé significa submeter-se livremente à
palavra ouvida, visto que sua verdade é garantida por Deus, a
própria Verdade. Desta obediência, Abraão é o modelo que a
Sagrada Escritura nos propõe, e a Virgem Maria, sua mais perfeita
realização” (CIC § 144).
“A
Epístola aos Hebreus, no grande elogio à fé dos antepassados,
insiste particularmente na fé de Abraão: "Foi pela fé que
Abraão, respondendo ao chamado, obedeceu e partiu para uma terra que
devia receber como herança, e partiu sem saber para onde ia"
(Hb 11,8). Pela fé, viveu como estrangeiro e como peregrino na Terra
Prometida. Pela fé, Sara recebeu a graça de conceber o filho da
promessa. Pela fé, finalmente, Abraão ofereceu seu filho único em
sacrifício”. (CIC
§145).
Assim,
pela fé, Abraão obedeceu a Deus e cumpriu Sua vontade
integralmente.
Também
“A
Virgem Maria realizou da maneira mais perfeita a obediência da fé.
Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazida pelo anjo
Gabriel, acreditando que "nada é impossível a Deus" (Lc
1,37) e dando seu assentimento: "Eu sou a serva do Senhor;
faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38). Isabel a
saudou: "Bem-aventurada a que acreditou, pois o que lhe foi dito
da parte do Senhor será cumprido" (Lc 1,45). É em virtude
desta fé que todas as gerações a proclamarão bem-aventurada.
Durante toda a sua vida e até sua última provação, quando Jesus,
seu filho, morreu na cruz, sua fé não vacilou. Maria não deixou de
crer "no cumprimento" da Palavra de Deus. Por isso a Igreja
venera em Maria a realização mais pura da fé”.
(CIC §148; §149).
Portanto,
só obedece quem é livre e só é livre quem encontra Deus e
permanece Nele. Todo escravo só faz o que lhe manda aquilo ou aquele
que o prende. Por isso, muitos gostariam de poder decidir sobre tudo
em sua vida, mas não o fazem por causa da liberdade que perderam
quando optaram pelo pecado. Pois, a pior de todas as prisões que o
ser humano se impõe, é o pecado. Assim, antes de tudo, o pecado é
uma decisão pelo mau uso da liberdade e a perca dela. E todos que
assim agem, o fazem pensando tirar algum proveito de seus atos
pecaminosos, quando de fato, caem na armadilha dos próprios
instintos e se perdem nos caminhos obscuros da maldade, por
rejeitarem as graças de Deus.
Falando
sobre a liberdade humana, no Evangelho de São João, Jesus disse:
“Se permanecerdes na minha Palavra, sereis meus verdadeiros
discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos livrará”. No
entanto, seus contendedores replicaram-lhe:”Somos descendentes de
Abraão e jamais fomos escravos de alguém. Como dizes tu: Sereis
livres?” Respondeu Jesus:”Em verdade, em verdade vos digo: todo
homem que se entrega ao pecado é seu escravo. Ora, o escravo não
fica na casa para sempre, mas o filho sim, fica para sempre. Se,
portanto, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres”. (Jo
8,31-36). “E
voltou-se para os seus discípulos, e disse: Ditosos os olhos que
veem o que vós vedes,
pois
vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e
não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram.
Bem-aventurado aquele para quem eu não for ocasião de queda!” (Lc
10,23-24; Mt 11,6).
Paz
e Bem!
Frei
Fernando Maria,OFMConv.
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quarta-feira, 13 de março de 2013
É PRECISO UM OLHAR DE MISERICÓRDIA...
É
PRECISO UM OLHAR DE MISERICÓRDIA...
Lançar
um olhar sobre a miséria humana é procurar ver com os olhos da
alma, do coração a condição de quem se aproxima de nós ou nos
aproximamos deles. Na parábola do bom samaritano, um sacerdote,
homem do Altar, passando por certa localidade, viu um homem ferido
caído ao chão, mas decidiu seguir adiante pelo outro lado sem
socorrê-lo; de igual modo, um Levita, homem da Palavra, viu aquele
mesmo ferido, mas esquivou-se dele também sem o socorrer. Um
samaritano, isto é, um homem de Samaria, que não fazia parte do
povo de Deus, viu aquele homem agonizante e teve compaixão dele,
socorre-o e deu-lhe toda assistência necessária para que se
recuperasse. E Jesus concluiu sua parábola a respeito de quem é o
nosso próximo, dizendo a um fariseu que o havia indagado sobre isso:
“Vai, e faze tu o mesmo” (Lc 10,37b).
Todos
nós recebemos de Deus no batismo as graças necessárias para vermos
os outros conforme a necessidade que nos se apresenta ou que
apresentamos a eles. Porque, ao nos aproximarmos de alguém, há
sempre a possibilidade de dar ou receber seja lá o que for. Às
vezes, dada a urgência da necessidade, cada um busca algo que a
supra, seja no campo material ou afetivo. Por exemplo, há os que só
buscam tirar vantagens materiais dos outros se aproveitando da
ingenuidade ou mesmo da generosidade deles; há também os se apegam
aos outros se deixando levar pelo sentimento de possessividade,
impedindo, com isso, um bom relacionamento ou até mesmo atrapalhando
a vida do outro, etc. No entanto, as abordagens se dão a partir do
estado de alma em que cada um se encontra. Ora, nós vivemos numa
sociedade tão individualista, preconceituosa e violenta que
procuramos ver os outros já com um pé atrás, isto é, desconfiados
ou como inimigos, se não temos convivência com eles.
Pensando
bem, não podemos seguir as regras esdruxulas dessa sociedade
hodierna, quase que totalmente desprovida dos valores cristãos que
devem nortear nossa vida. De fato, precisamos lançar um olhar de
misericórdia sobre essa nossa sociedade enferma pelo secularismo
estéril, repleta de ativismos infames, que chega até
descaracterizar e corroer a natureza humana. Pois, só os que se
deixam curar pela misericórdia divina é que podem transmitir o que
receberam a partir da gratuidade de sua fé, visto que, estes também
se deixam conduzir pelo Espírito Santo de Deus, como bem enfatizou
São Paulo na sua carta aos Romanos (cf. Rom 8,12-14).
Quanto
àqueles que de certa forma se aproximam de nós só para tirar algum
proveito ou até nos agredir, precisamos agir em Deus, para termos um
discernimento apropriado, de modo que cada um assuma a postura de
alguém que precisa reativar os valores eternos recebidos no batismo,
se são batizados, e que talvez se encontrem adormecidos pela falta
de prática da fé. Certamente nenhum de nós é a solução material
para os outros, todavia, podemos ajudá-los a encontrar não somente
essa solução, mas principalmente a solução para a sua vida diante
de Deus, ou seja, para melhorar, quem sabe, o estado precário de sua
alma e de sua vida, como aconteceu com o bom samaritano que teve
compaixão do homem ferido à beira do caminho.
Revendo
essa parábola, precisamos entender que, o que é fundamental num
encontro é que este seja um encontro com Cristo: “Quando fizestes
ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizeste”. Podemos até
dizer da dificuldade de se fazer hoje em dia um encontro como esse;
mas, se antes eu não me encontrar pessoalmente com o Senhor na minha
oração e nos sacramentos, especialmente a Eucaristia, tão pouco
poderei encontrá-lo caído à beira do caminho na pessoa do próximo,
seja qual for sua condição existencial. Isto porque cada um só dá
o que tem. Ora, se vivo em Cristo, então, tudo faço movido por ele.
Portanto,
em nossa piedade e penitência, podemos dizer que vivemos muito
próximo do Senhor, mas é preciso caminhar com Ele e sentir o nosso
coração arder como ardia o coração dos discípulos de Emaús.
Assim podemos afirmar que convivemos com o Cristo ressuscitado,
porque Ele arde nas entranhas de nossas almas, como afirmava São
Paulo: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim”
(Gal 2,20). Ora, se Ele vive em mim, é possível por Ele, vê-lo na
pessoa do próximo, mas isto só se dá quando permanecemos Nele e
lançamos um olhar de misericórdia sobre o próximo e a situação
em que se encontra; sem isto, de fato, nos sentimos inseguros e
incapazes de qualquer boa ação.
Paz
e Bem!
Frei
Fernando Maria,OFMConv.
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sábado, 9 de março de 2013
O QUE EU VEJO, SENHOR?
MEU
OLHAR SOB TEU OLHAR, SENHOR... (Lc 10,25-37)
Dá-me, Senhor, por amor de teu nome enxergar as tuas criaturas como Tu as enxergas...
Pois,
o que eu vejo
nelas? Com que olhar, olho as tuas criaturas, os acontecimentos e
tudo ao meu redor? E, qual a influência de tudo isso em minha vida?
O que preciso para enxergar a essência das pessoas e das cosias com
quem me relaciono? Será que preciso dá
mais tempo para isto?
Será que é preciso a mudança dos outros ou dos acontecimentos ou
ainda minha própria mudança, para que
eu atingir o âmago de
tudo e de todos? Ó Senhor, são tantas perguntas e tão poucas
respostas que penso: creio que estou errando o alvo onde devo mirar,
para encontrar as respostas que tanto desejo.
Lançar
só um olhar não é suficiente, porque muitos enxergam somente o que
querem enxergar, ou o que lhes agrada aos olhos. Talvez seja pela
curiosidade, ou quem sabe por interesses pessoais, ou ainda porque
buscam novidades. O fato é que, “o essencial é oculto aos olhos”.
Como seria bom que o nosso olhar fosse sempre um olhar de
misericórdia,
cheio de bondade ou quem sabe um olhar de fé, de compreensão, de
sabedoria, etc...
Ao
que parece, quando olhamos os outros e não temos familiaridade com
eles, enxergamos uma ameaça ou alguém que quer tirar nossa
liberdade ou mesmo nos importunar. Ou será por que não queremos nos
comprometer? Realmente, precisamos ficar atentos, porque muitas vezes
o que vemos e
ouvimos atentamente nos leva a enxergar o que nossa miopia espiritual
teima em não querer ver.
“Vinde
e vede”, é o convite do Senhor à vida comunitária, à comunhão
fraterna. De fato, nossa experiência existencial nos diz que
precisamos conhecer melhor para nos relacionar melhor, principalmente
aquilo que o amor nos ensina. A visão de Deus em nossa vida se dá
pela obediência, que significa para nós amor e fidelidade aos seus
mandamentos. Quando temos familiaridade com o Senhor, agimos a partir
de sua vontade em nossa vida, porque tudo o que Deus nos ensina é
agradável e nos faz bem. E para que isso aconteça, Deus nos deu o
dom da oração como a maneira mais fácil de termos familiaridade
com Ele, pois a oração é para a nossa alma, olhos, ouvidos e boca.
Por Ela, falamos com o Senhor, ouvimos sua vontade e contemplamos sua
glória.
O
que ou quem você encontra em sua oração? Com efeito, a experiência
de Deus é permanente nós é que a interrompemos com nossas
desventuras e infortúnios. Olhar o Sagrado com os olhos de nossa
alma pela oração é contemplar a Deus e participar de suas
maravilhas diretamente, pois a maior alegria da alma é ver a Deus
face a face e permanecer imersa Nele. Assim, posso dizer em minha
oração: Senhor, quando olho para Ti, não me falta nada, porque em
Ti tenho tudo.
Paz
e Bem!
Frei
Fernando Maria, OFMConv.
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terça-feira, 5 de março de 2013
O TEMPO DO HOMEM E O TEMPO DE DEUS...
O TEMPO DO HOMEM E O TEMPO DE DEUS...
Existe um tempo, dois tempos, três tempos...
Mas todos os tempos são apenas o tempo...
Porque o tempo é existência que passa, que vai
adiante...
Que não para nem mesmo quando o fim de uma
história acontece...
Porque já chegou a eternidade para ela...
Pois a missão do tempo é nos levar para a
eternidade mesmo...
E com toda certeza ele cumpre perfeitamente sua
missão...
Deus é Eterno,
e criou o homem no tempo para a eternidade...
Ora, aquilo que para nós é temporário, para Deus
não é...
Por isso, precisamos viver por Ele e para Ele todo
tempo que temos...
E mais ainda, tudo o que para nós é mistério,
é plenamente conhecido por Deus...
Porque Ele que fez a essência de tudo o que
existe...
E tudo o que existe, só existe porque Deus dá
existência...
Todavia, não confunda o bem com o mal,
porque o mal não vem de Deus...
Antes, saiu Dele como bem, mas tornou-se mal...
e como mal se perpetuará...
E ai de quem o seguir na estrada da maldade...
Terá por castigo a mesma eternidade da maldade que
impôs...
Então, precisamos ficar atentos...
Porque com o tempo e o bem que somos...
Deus nos deu também a capacidade de que
dispomos...
Para trabalharmos com afinco a nossa salvação...
Por isso, precisamos aproveitar todo o tempo e
capacidade...
Para nos firmarmos na verdade que fundamenta nossa
vida em Deus...
E a verdade que fundamenta nossa vida é Cristo
Jesus,
O Filho de Deus e da Virgem Maria...
Que disse um dia com suas Palavras Eternas:
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vai
ao Pai senão por mim”.
Assim é e sempre será, porque ninguém pode mudar o
que Deus falou...
Com efeito, hoje vemos como num espelho...
Todavia, no dia eterno, veremos como tudo é em sua
essência...
E o que hoje conhecemos com carência,
na eternidade conheceremos face a face...
Porque, na verdade, a nossa realidade natural...
é apenas o começo da Realidade Eterna que nos
espera para ela...
Porque Deus que nos ama tudo dispôs para o nosso
bem,
desde que o amemos acima de todas as coisas,
no cumprimento de sua vontade como convém...
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria,OFMConv.
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