VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ORAÇÃO DE SANTO ANDRÉ















O Martírio de Santo André, por Bartolomeu Esteban Murillo

Papa Bento XVI
Audiência geral de 14/06/06 (© copyright Libreria Editrice Vaticana)

Santo André imita Cristo até na morte

Uma tradição [...] narra a morte de André em Patras, onde também ele sofreu o suplício da crucifixão. Mas, naquele momento supremo, de modo análogo ao de seu irmão Pedro, pediu para ser posto numa cruz diferente da de Jesus. No seu caso tratou-se de uma cruz decussada, isto é, cruzada transversalmente inclinada, que por isso foi chamada «cruz de Santo André».

Eis o que o Apóstolo disse naquela ocasião, segundo uma antiga narração [...]: «Salve, ó Cruz, inaugurada por meio do corpo de Cristo e que se tornou adorno dos Seus membros, como se fossem pérolas preciosas. Antes que o Senhor fosse elevado sobre ti, tu incutias um temor terreno. Agora, ao contrário, dotada de um amor celeste, és recebida como um dom. Os crentes sabem, a teu respeito, quanta alegria possuis, quantos dons tens preparados.

Portanto, certo e cheio de alegria venho a ti, para que também tu me recebas exultante como discípulo Daquele que em ti foi suspenso [...]. Ó Cruz bem-aventurada, que recebeste a majestade e a beleza dos membros do Senhor! [...] Toma-me e leva-me para longe dos homens e entrega-me ao meu Mestre, para que por teu intermédio me receba Quem por ti me redimiu. Salve, ó Cruz; sim, salve verdadeiramente!»

Como se vê, há aqui uma profundíssima espiritualidade cristã, que vê na Cruz não tanto um instrumento de tortura como, ao contrário, o meio incomparável de uma plena assimilação ao Redentor, ao grão de trigo que caiu na terra. Devemos aprender com isto uma lição muito importante: as nossas cruzes adquirem valor se forem consideradas e aceites como parte da cruz de Cristo, se refletirem a sua luz. Só naquela Cruz são também os nossos sofrimentos nobilitados e adquirem o seu verdadeiro sentido.

Paz e Bem!

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sábado, 28 de novembro de 2009

TEMPO DO ADVENTO














TEMPO DO ADVENTO

O Advento (do latim Adventus: "chegada", do verbo Advenire: "chegar a") é o primeiro tempo do Ano litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às quatro semanas que antecedem o Natal.

ORIGEM

A primeira referência ao "Tempo do Advento" é encontrada na Espanha, quando no ano 380, o Sínodo de Saragossa prescreveu uma preparação de três semanas para a Epifania, data em que, antigamente, também se celebrava o Natal. Na França, Perpétuo, bispo de Tours, instituiu seis semanas de preparação para o Natal e, em Roma, o Sacramentário Gelasiano cita o Advento no fim do século V.

Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal.

No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha, tinha caráter ascético com jejum, abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecumenos para o batismo na festa da Epifania.

Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.

Só mais tarde é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.

Surgido na Igreja Católica, este tempo passou também para as igrejas reformadas, em particular à Anglicana, à Luterana, e à Metodista, dentre várias outras. A igreja Ortodoxa tem um período de quarenta dias de jejum em preparação ao Natal.
O tempo do advento e suas características

O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.

O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.

Esse tempo possui duas características: Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de Dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa. Uma das expressões desta alegria é o canto das chamada "Antífonas do Ó".

TEOLOGIA DO ADVENTO

O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo.

Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor, Jesus, que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15).

O Advento recorda também o Deus da Revelação. Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final dos tempos.

O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da vida missionária de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.

A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referência e fundamento, dispondo-nos a "perder" a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.

ESPIRITUALIDADE DO ADVENTO

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão.

Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia (volta) do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Marana tha"! Vem Senhor Jesus!

O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.

O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, lutando incessantemente contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.

No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus e não dos bens terrenos. Pobreza que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.

AS FIGURAS DO ADVENTO

ISAÍAS

Isaías é o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 - 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim os exilados.

As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos. Ele que no capítulo 7 do seu livro já anuncia a vinda do Senhor

JOÃO BATISTA

É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).

A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e o aponta como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento. Por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.

João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profetisas do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.

SÃO JOSÉ

Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".

José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.

A CELEBRAÇÃO DO ADVENTO

O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.

Os paramentos litúrgicos(casula, estola, dalmática, pluvial, cíngulo, etc) são de cor roxa, bem como o véu que recobre o ambão, a bolsa do corporal e o véu do cálice; como sinal de recolhimento e conversão em preparação para a festa do Natal. A única exceção é o terceiro domingo do Advento, Domingo Gaudete ou da Alegria, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do Salvador que está bem próxima.

Também os altares são ornados com rosas cor-de-rosa. O nome de Domingo Gaudete refere-se à primeira palavra do intróito deste dia, que é tirado da segunda leitura que diz: "Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto"(Fl 4, 4). Também é chamado "Domingo mediano", por marcar a metade do Tempo do Advento, tendo anologia com o quarto domingo do Tempo da Quaresma, chamado Laetare.

SÍMBOLOS DO ADVENTO

Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento. Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do Advento. A coroa pode ser, colocada ao lado do altar ou em qualquer outro lugar visível.

A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4° domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo, brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. A cor roxa das velas nos convida a purificar nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de cor rosa, nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.

A COROA DE ADVENTO

Origem: A Coroa de Advento tem a sua origem em uma tradição pagã européia. No inverno, se acendiam algumas velas que representavam ao “fogo do deus sol” com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltasse. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar as pessoas. Partiam de seus próprios costumes para anunciar-lhes a fé. Assim, a coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos:

A FORMA CIRCULAR

O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma idéia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.

AS RAMAS VERDES

Verde é a cor da esperança e da vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida. Bênçãos que nos foram derramadas pelo Senhor Jesus, em sua primeira vinda entre nós, e que agora, com esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na sua segunda e definitiva volta.

AS QUATRO VELAS

As quatro velas da coroa simbolizam, cada uma delas, uma das quatro semanas do Advento. No início, vemos nossa coroa sem luz e sem brilho. Nos recorda a experiência de escuridão do pecado. A medida em que se vai aproximando o Natal, vamos ao passo das semanas do Advento, acendendo uma a uma as quatro velas representando assim a chegada, em meio de nós, do Senhor Jesus, luz do mundo, quem dissipa toda escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada. A primeira vela lembra o perdão concedido a Adão e Eva. A segunda simboliza a fé de Abraão e dos outros Patriarcas, a quem foi anunciada a Terra Prometida. A terceira lembra a alegria do rei Davi que recebeu de Deus a promessa de uma aliança eterna. A quarta recorda os Profetas que anunciaram a chegada do Salvador.

As cores das velas do Advento são: Roxa, Vermelha, Branca e verde.

Paz e Bem!

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Advento (28/11/2009)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A REALIDADE DO PECADO NO HOMEM




















A REALIDADE DO PECADO NO HOMEM

O pecado é como uma erva daninha que nasce de forma misteriosa, mas permitida pelo homem (cf. Gen 3), no terreno de sua vida, levando-o a ruína e à perdição parcial ou total. Onde ele se faz presente com a anuência (aceitação) da humana criatura, perdemos toda ternura, todo sentido de vida e começamos pouco a pouco a derrocada rumo ao caos; isto se dá porque quando pecamos, o demônio, inimigo número um de nossas almas, “mina” todas as nossas iniciativas para Deus, fazendo-nos ter uma visão controversa da obra do Senhor e de nosso papel na criação. O pecado de Adão e Eva (original) se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação; ele é inerente a cada indivíduo (cf. Sl 50,7).

Segundo Santo Agostinho, o pecado se traduz por "«palavra, ato ou desejo contrários à Lei eterna»", causando por isso ofensa a Deus e ao seu amor. Logo, este ato do mal é um "abuso da liberdade" e fere a natureza humana. "Cristo, na sua morte de cruz, revela plenamente a gravidade do pecado e vence-o com a sua misericórdia".

Há uma grande variedade de pecados, distinguindo-lhes "segundo o seu objeto, ou segundo as virtudes ou os mandamentos a que se opõem. Podem ser diretamente contra Deus, contra o próximo, contra nós mesmos, ou ainda contra a obra da criação. Podemos ainda distinguir entre pecados por pensamentos, por palavras, por ações e por omissões".

A repetição de pecados gera os vícios, que "'são hábitos perversos que obscurecem a consciência e inclinam ao mal, à escravidão. Os vícios conduzem aos chamados pecados capitais: soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e preguiça ou negligência". A Igreja ensina também que temos responsabilidade "nos pecados cometidos por outros, quando cupavelmente neles cooperamos”(*). A Santa Sé fez uma atualização (L’Osservatore Romano 10/03/2008) da lista dos pecados capitais para adaptá-la à “realidade da globalização”. Os quatro novos pecados capitais passíveis de condenação, são: desigualdade social, manipulação genética, poluição ambiental e uso de drogas.

Segundo São Paulo: “Com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus, e são justificados gratuitamente por sua graça; tal é a obra da redenção, realizada em Jesus Cristo”. (Rm 3,23-24). Ora, Excetua-se desse “todos” de que fala São Paulo, a Virgem Mãe de Jesus, pois o Filho de Deus não tem pecado e não pode nascer de alguém com pecado (cf. 1Jo 3,5-6; Heb 7,26.28). Sabemos que a obra é de Deus e Deus age assim providencialmente tendo em vista a nossa salvação; por isso, Seu Filho Jesus nasce da Virgem Imaculada e oferece-se em sacrifício pelos nossos pecados para nos trazer a Eterna Redenção (cf. Heb 9,12.24).

Não restam dúvidas que a realidade do pecado humano na face da terra é visível e dolorosa, porque acompanhada de toda espécie de maldade e de seus efeitos tenebrosos; no entanto, “onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5,20). “Por isso não desanimamos deste ministério que nos foi conferido por misericórdia” (2Cor 4,1) do Senhor, o anúncio da nossa participação no Reino dos Céus.

Por fim, supliquemos à sempre Virgem Maria que interceda por nós, ela que, pela ação do Espírito Santo, concebeu e deu à luz o Filho de Deus humanado para nos livrar de todo pecado e de todo o mal. “Àquele que, pela virtude que opera em nós, pode fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou entendemos, a ele seja dada glória na Igreja, e em Cristo Jesus, por todas as gerações dos séculos dos séculos! Amém”. (Ef 3,20-21).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

(*) Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_católica#Pecado
(27/11/2009)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O QUE É MESMO A ETERNIDADE?















O QUE É MESMO A ETERNIDADE?

“Dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele a glória por toda a eternidade! Amém!” (Rm 11,36).

Às vezes, indagamos, em nossa naturalidade: Quem somos? De onde vimos? Para onde vamos? Qual é mesmo o verdadeiro sentido da vida? E por mais que nossas indagações se façam, continuamos sem respostas, pois, as buscamos ou em nós mesmos ou na natureza que nos rodeia, por isso, não as encontramos porque a criação não foi posta para nos dar respostas, mas como expressão do amor de Deus.

Também o Papa João XXIII se indagou: “Quem sou eu, de onde venho, para onde vou? (...) Eu sou o nada. Tudo o que possuo, o ser, a vida, o intelecto, a vontade, a memória, tudo me foi dado por Deus, portanto tudo pertence a Ele. (...) Mesmo há vinte anos, quando nasci, já existia tudo o que me cerca; existia o Sol, a Lua, as estrelas, os montes, os mares, os desertos, os animais, as plantas, os homens”.

“No mundo, as coisas procediam ordenadamente sob o olhar vigilante da Divina Providência. E eu? E eu não existia. Tudo aconteceria sem mim, ninguém me imaginava, nem mesmo em sonho, porque eu não existia. E Tu, meu Deus, por um inefável traço do teu amor, (...) tu me tiraste do meu nada, me comunicaste o ser, a vida, a alma”.

Amados irmãos e irmãs, nós somos frutos da predileção divina, Deus em sua Infinita Bondade nos escolheu, não por acaso, mas com o santo propósito de sermos perenes em seu Desígnio Criador. Pois, dentre os cerca de 300 milhões de espermatozóides, que numa corrida amorosa, se fizeram em direção ao óvulo, foi exatamente o que me gerou e te gerou que venceram essa corrida do amor; corrida sem brigas ou disputas, mas cheia de entusiasmo pela chegada.

E é exatamente aqui que nos defrontamos com o milagre da vida, eis a grande resposta do Amor de Deus para conosco: somos amados mesmo antes de existirmos, pois, o nosso existir é fruto desse Amor Criador, dessa revelação de sermos em Deus; como disse São Paulo: “É em Deus que nós vivemos, nos movemos e somos.” (At 17,28)

Falando a respeito da interação entre vida de oração e eternidade, Santo Agostinho assim se refere na Carta a Proba: ”Quem pede ao Senhor aquele único bem e o procura com empenho, pede cheio de segurança e não teme ser-lhe prejudicial o recebê-lo; sem ele, nada do que puder receber como convém lhe adiantará. Pois é a única e verdadeira vida e a única feliz. Contemplar eternamente a maravilha do Senhor, imortais e incorruptos de corpo e de espírito. Em vista desta única vida tudo o mais se há de pedir sem impropriedade. Quem a possuir terá tudo quanto desejar. Nem desejará o que não convém e que ali nem mesmo pode existir”.

“Ali, com efeito, está a fonte da vida, de que temos sede agora no coração, enquanto vivemos na esperança e ainda não vemos o que esperamos; à sombra de suas asas, diante de quem está todo nosso desejo, para embriagarmo-nos da riqueza de sua casa e bebermos da torrente de suas delícias. Porque junto dele está a fonte da vida e à sua luz, veremos a luz (cf. Sl 35,8-10), quando se saciar de bens nosso anseio e nada mais haverá a procurar com gemidos, mas só aquilo que no gozo abraçamos.”

Findo essa meditação com o que diz o salmista no Salmo 72: “Mas estarei sempre convosco, porque vós me tomastes pela mão. Vossos desígnios me conduzirão, e, por fim, na glória me acolhereis. Afora vós, o que há para mim no céu? Se vos possuo, nada mais me atrai na terra. Meu coração e minha carne podem já desfalecer, a rocha de meu coração e minha herança eterna é Deus”.

“Sim, perecem aqueles que de vós se apartam, destruís os que procuram satisfação fora de vós. Mas, para mim, a felicidade é me aproximar de Deus, é pôr minha confiança no Senhor Deus, a fim de narrar as vossas maravilhas diante das portas da filha de Sião”. (Sl 72, 23-28).

Amém, assim seja! Vem, Senhor Jesus!

Paz e Bem!

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

AS DIMENSÕES DO HUMANO E A PRÁTICA DA FÉ
















AS DIMENSÕES DO HUMANO E A PRÁTICA DA FÉ

O sentido da vida, diz respeito ao que somos aqui para a eternidade; porque o que vivemos aqui é o que viveremos na eternamente, ou seja, se aqui vivemos o amor de Deus para com todos, certamente viveremos esse amor por todo o sempre. Então é bom desde já sermos fiéis nas pequenas coisas para recebermos o nosso galardão nas grandes (nos céus)...

A vida só tem sentido quando vivida por amor a Deus, quem o encontra tem a liberdade, realidade que o conduz ao céu; porque do mundo nada se leva, porque no mundo, sem a graça de Deus, tudo é ilusão, visto que aqui e eternamente só Deus é a única felicidade, fora Dele nada há...

EIS AS DIMENSÕES DO HUMANO E A PRÁTICA DA FÉ

Dimensão espiritual: é aquilo que diz respeito à nossa alma, ou seja, somos eternos (cf. Gn 1,26) e tudo o que fazemos, para a eternidade é que fazemos, como escrevi acima. Por isso precisamos fazer para Deus porque tudo o que fazemos tem a sua recompensa: quem ama tem a recompensa do amor; quem perdoa tem a recompensa do perdão; quem compreende tem a recompensa da compreensão, etc. Se, porém, falharmos nisso, teremos como recompensa o produto nefasto dos nossos erros, que chamamos de perdição, infelicidade, maldição, etc.

Ensinando sobre isto são Paulo escreve: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé.” (Gal. 6,7-10).

A Dimensão Biológica: é tudo o que diz respeito ao nosso corpo, ou seja, somos templos do Espírito Santo e temos que nos amar como templos do Espírito Santo; não somos objetos sexuais como a sociedade escrava dos instintos prega; somos lugares sagrados onde Deus habita e precisamos viver como tais. (cf. 1Cor 3,16-17)

Dimensão Psicológica: é tudo o que diz respeito ao nosso psique, ou seja, nossos pensamentos de onde nascem? Veja o que São Paulo nos ensina: "Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos". (Fl 4,8).

Dimensão Moral: a palavra moral vem de “mors” que em Latim significa: lei, ordem. Ora, uma vida desordenada é uma vida bagunçada, sem nexo, sem sentido; pelo contrário uma pessoa moralmente equilibrada é, de fato, uma pessoa conduzida pelo Espírito Santo. Vede o que São Paulo escreve a este respeito:

“Os que vivem segundo a carne gostam do que é carnal; os que vivem segundo o espírito apreciam as coisas que são do espírito. Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz. Porque o desejo da carne é hostil a Deus, pois a carne não se submete à lei de Deus, e nem o pode. Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus”.

“Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele. Ora, se Cristo está em vós, o corpo, em verdade, está morto pelo pecado, mas o Espírito vive pela justificação.” (Rom 8,5-10).

EIS A PRÁTICA DA FÉ

Para vivermos mais perfeitamente a nossa vida de fé, precisamos da oração pessoal e comunitária; da meditação da Palavra de Deus e da contemplação dos mistérios de sua paixão, morte e ressurreição, como exercícios da alma que nos ajuda a crescer na graça, na sabedoria e no amor do Senhor.

Todavia, não podemos esquecer as obras da fé, porque... “Somos obras de Deus, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos”. (Ef 2,10). De fato, precisamos trabalhar para o Reino de Deus nos engajando em algum movimento ou comunidade da Igreja, tais como: Grupo de Jovem, Renovação Carismática, Liturgia, Ministério de Música, Pastoral do Batismo e tantos outros.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

UM SÓ AMOR
















UM SÓ AMOR...

Os teus olhos ...
São como chamas vivas...
Acesas labaredas infinitas...
Iluminando nossas almas...
Nossos corações...

Adentro os teus mistérios...
Fitando a beleza inigualável do teu olhar...
Que me toma para si...
e me faz delirar...
o delírio do mais profundo amor...

Ó ardor incomparável...
Ó harmonia inestimável...
Ó doçura pura...
cheia de ternura..
dos que se tornam Um...

Um só em Deus...
Um só amor...
Uma só fé...
Um único Senhor...

E tudo isso...
Vejo em ti...
Vês em mim...
Vemos em Deus...
Porque só em Deus...
e somente Nele...
a vida é eterna...
o amor não tem fim...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

PS: Poema dedicado ao amor de Ceci e Altino...meus irmãos na fé e de coração...



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POEMA DE AMOR














POEMA DE AMOR

Amar o Amor...
É a razão de ser da vida...
É saber que a dor será vencida...
Porque o amor...
“é mais forte do que a morte”...

Amar o amor...
É saber-se amado primeiro...
e por isso se doar por inteiro...
Num dar e receber infinito...

Amar o Amor...
É desde já experimentar o céu aqui na terra...
Porque o céu é o Trono de Deus...
E a terra é o escabelo de seus pés...
Porém, tudo Ele fez e faz por amor...

De fato, não podemos medir o amor...
Porque o Amor não tem limites...
Visto que o amor consiste em dar a vida...
E a vida é eterna porque fruto do amor...

...
POS SCRITUM:

“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele. Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados”.

“Caríssimos, se Deus assim nos amou, também nós nos devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amor em nós é perfeito. Nisto é que conhecemos que estamos nele e ele em nós, por ele nos ter dado o seu Espírito. E nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho como Salvador do mundo. Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus”.

“Nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem para conosco. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. Nisto é perfeito em nós o amor: que tenhamos confiança no dia do julgamento, pois, como ele é, assim também nós o somos neste mundo”. (cf. 1Jo 4,7-17).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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sábado, 21 de novembro de 2009

CERTEZA ABSOLUTA


















CERTEZA ABSOLUTA

De uma coisa nós temos certeza absoluta, não estamos parados no tempo nem aqui é o nosso lugar definitivo, mesmo que queiramos. Nenhum ser natural existe em si e por si mesmo, essa é outra máxima que constatamos em nós por causa de nossa dependência mútua. Estamos no tempo, mas não somos do tempo, podemos até ser com o tempo, porém, devido à nossa realidade passageira, sabemos que ele é escasso e por isso não podemos perder tempo.

A vida que palpita em nós, nos impulsiona a crer e aceitar que nossa origem é divina, por isso mesmo, é para essa origem que nos dirigimos a cada instante que passa; a cada palpitar do coração; a cada sensação vivida no intímo de nossas almas. A única coisa que não passa em nosso meio são os valores eternos, porque eles nos perpetuam à medida que os cultivamos; assim sendo, a verdade, o amor, a bondade, etc. nos fazem viver a realidade em que estamos de maneira tão transparente que transpomos os limites de nossa contingência. Isto se dá porque esses valores vêem de Deus e nos une a Ele que nos faz, por seu Filho Jesus Cristo, participantes de sua natureza divina.

Discorrendo sobre o plano de Deus para a nossa salvação, são Paulo escreve: “Sede contentes e agradecidos ao Pai, que vos fez dignos de participar da herança dos santos na luz. Ele nos arrancou do poder das trevas e nos introduziu no Reino de seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. Ele é a imagem de Deus invisível, o Primogênito de toda a criação”.

“Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as criaturas visíveis e as invisíveis. Tronos, dominações, principados, potestades: tudo foi criado por ele e para ele. Ele existe antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem nele. Ele é a Cabeça do corpo, da Igreja. Ele é o Princípio, o primogênito dentre os mortos e por isso tem o primeiro lugar em todas as coisas. Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus”.

“Há bem pouco tempo, sendo vós alheios a Deus e inimigos pelos vossos pensamentos e obras más, eis que agora ele vos reconciliou pela morte de seu corpo humano, para que vos possais apresentar santos, imaculados, irrepreensíveis aos olhos do Pai. Para isto, é necessário que permaneçais fundados e firmes na fé, inabaláveis na esperança do Evangelho que ouvistes, que foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro”. (Col 1,12-23).

Caríssimos, não podemos esquecer que Deus é Amor; e quando vivemos o seu amor e praticamos o bem que Ele nos dá a praticar (cf. Ef 2,8-10), revelamos com o nosso proceder a presença do Seu Reino no meio de nós; “porque é em Deus que nós vivemos, nos movemos e somos” (At 17,28); sabemos, porém, que o nosso mundo não correspondeu e nem está correspondendo a esse amor de Deus por nós; por isso, o Senhor enviou o seu Filho para nos tirar da celeuma que causamos a nós mesmos, com o nosso modo de ser, de pensar e agir muito distante do seu propósito eterno; porque, de fato, nossa humanidade está vivendo como se Deus não existisse, como tudo se resumisse à loucura que atualmente presenciamos na face da terra.

Portanto, nós que vivemos a fé em Cristo Jesus e cultivamos a esperança na vida eterna, temos que manter viva essa nossa fé católica, porque como disse o Senhor: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da iniqüidade, a caridade de muitos esfriará. Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo”. (Mt 24,11-13). Ora, “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê”. (Heb 11,1). De fato, não vemos ainda, mas é Deus mesmo quem nos dá experimentar a Ressurreição do seu Filho como nossa ressurreição, fazendo-nos conhecer que somente a sua Vontade prevalece para sempre e que toda maldade tem um fim escatológico, ou seja, “o tanque de fogo e enxofre, a segunda morte”. (cf. Apo 21,8).

Quanto à salvação eterna dos justos, escreve São João no Apocalipse: “Vi, então, um novo céu e uma nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra desapareceram e o mar já não existia. Eu vi descer do céu, de junto de Deus, a Cidade Santa, a nova Jerusalém, como uma esposa ornada para o esposo. Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles. Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição. Então o que está assentado no trono disse: Eis que eu renovo todas as coisas. Disse ainda: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras”. (Apo 21,1-5). “Aquele que atesta estas coisas diz: Sim! Eu venho depressa! Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Apo 22,20).

“A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!” (2Cor 13,13).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

AINDA BEM...
















AINDA BEM...

A vida em sua formosura...
É ternura de Deus para conosco...
É beleza infinda...
Porque só Deus conhece a vida como ela é...
Porém, nos dá a viver esse Seu Mistério...
para que participemos do Infinito de Sua Liberdade...

Porém, aqui nesse nosso mundo...
os homens, infelizmente, ainda não entenderam...
as intenções do nosso divino autor...
Por esse motivo a vida para eles não vale nada...
Trocam-na por paixões depravadas...
Trocam-na por migalhas de emoções...
Sentimentos banais e más intenções...
E por isso vivemos em uma sociedade de marginais...
Onde impera a mentira e a violência...
Como se fôssemos seres irracionais...

É triste constatar tudo isso...
É triste ver os homens em precipício...
desperdiçando tantos dons excepcionais...
É triste ver criaturas tão lindas...
perdidas nas esquinas da vida...
mergulhadas em terríveis vícios...
Sem contar outros atitudes infernais...

E o que dizer da natureza que está sendo vilipendiada?
Essa destruição resulta da ganância exacerbada...
que dilacera dia e noite, noite e dia...
Nossas matas...
Nossos rios...
pelo simples desvario...
de criaturas que foram criadas somente para amar...
mas, por causa da cegueira espiritual...
não percebem o mal que fazem...

O que fazer, então?
Porque ao que parece não há mais solução...
para que haja salvação nesse nosso habitat natural...
Visto que,
os homens lhe causam tanta mal e desperdício...
que não sabemos como contê-los...
nesse intento perverso e destruidor...

Pensando bem, realmente estamos perdidos...
porque deixamos as Leis de Deus de lado...
para cultivarmos o pecado como única herança...
Logo...
não há mais bonança...
que possa nos salvar...


Senhor, socorre-nos em teu amor...
Porque, infelizmente, a vida não é mais vida...
Ela parece mais uma coisa esquecida...
Que foi posta de lado por causa da ganância...
e de todo pecado que se comete cá em nosso meio...
como seres em agonia terminal...
por fazerem tanto mal a si mesmos...
e ao resto da criação...

Não quero ser pessimista...
Não quero proclamar oráculos escatológicos...
Mas tenho que ser realista...
Esse nosso mundo está em vias de dar o último suspiro...
E o que dizer de tudo isso?
Ainda bem, caso contrário,
não sobraria ninguém entre nós para a Nova Criação...
que está prestes a emergir...
como fruto do resto dos justos...
que ainda está aqui...


Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A CHAVE DA ORAÇÃO



















A CHAVE DA ORAÇÃO

A oração é um dos pilares da vida cristã; ela é um dom de Deus posto em nossa alma que nos dá acesso a todas as suas graças e bênçãos sempre que a vivemos em conformidade com sua vontade eterna. Assim sendo, a oração nos faz incidir nas mais diversas situações da vida de tal forma, que vemos o seu resultado quase que ou mesmo de imediato, dependendo da situação que estamos vivendo.

A chave que abre o coração humano para o exercício legítimo da oração é o dom do perdão; pois assim nos ensinou Jesus: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará”. (Mt 6,14-15). Logo, quem perdoa o faz seguindo a determinação do Senhor.

Por isso, oração é condição de vida e é por meio dessa condição que comungamos com o querer de Deus e o realizamos plenamente como plano de nossa salvação, isto porque a oração nos faz alçar vôos para além das fronteiras de nossa natureza. Rezar, pois, é, antes de tudo, manter a vigilância e a piedade interior na prática da fé visando à perfeição e a santidade que Deus nos oferece.

Por isso, “Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto”. (Is 55,6). “Exulte o coração dos que buscam a Deus. Sim, buscai o Senhor e sua força, procurai sem cessar a sua face”. (Sl 104, 3-4).

Por fim, nos ensina São Paulo: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! Seja conhecida de todos os homens a vossa bondade. O Senhor está próximo. Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus”. (Fil 4,4-7).

Destarte, “reza sempre a Deus com o coração puro”, como escreveu São Francisco de Assis (RB 10,10); porque quem reza assim, permanece na presença do Senhor, contempla pela fé a Sua Divina Face e goza de todas as suas graças.

A HUMILDADE

“Se me é possível, pois, alguma consolação em Cristo, algum caridoso estímulo, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão, completai a minha alegria, permanecendo unidos. Tende um mesmo amor, uma só alma e os mesmos pensamentos. Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros. Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus”. (Fil 2,1-5).

A virtude da humildade nos ensina qual é o nosso verdadeiro lugar na vida, pois ela é virtude santificante que nos leva a cultivar a Vontade de Deus em nosso viver. Os humildes não procuram os primeiros lugares nem interesses próprios, mas estão sempre abertos às inspirações divinas para que se realize o Plano da Salvação.

O humilde enxerga nos outros, o que ele experimenta da parte do Senhor em si mesmo e se alegra com isso. Sente-se bem porque vê o bem que os outros estão vivendo e fazendo. E quando percebe o mal, recolhe-se em oração e não divulga o mal percebido, mas intercede ao Senhor para que esse mal seja extinto.

Em toda pessoa humilde se constata a ação do Espírito Santo com mais evidência. Creio que seja por isso que São Paulo escreveu: “Deixai-vos conduzir pelo Espírito Santo e não satisfareis os desejos da carne.” (Gl 5,16).

Por isso, “Todos vós, em vosso mútuo tratamento, revesti-vos de humildade; porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes (Pr 3,34). Humilhai-vos, pois, debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele vos exalte no tempo oportuno.” (1Ped 4,5b-6).

Paz e Bem!


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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

DONS DESPERDIÇADOS (UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA)















DONS DESPERDIÇADOS

Deus não nos criou desligados Dele porque sem Ele nada existe; porém, tudo o que existe precisa corresponder a esse amor criador de Deus que é doador de todos os dons. São João escreve em uma de suas cartas que amar a Deus é observar os seus mandamentos e os seus mandamentos não são penosos, porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.

De fato, a criatura humana é dotada dos mais excelentes dons: só nós temos o dom da inteligência, da liberdade, da vontade, do desejo consciente e do poder de decisão; também nos foi concedida a graça dos valores eternos, como: “caridade (amor), alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança”. (cf. Gal 5,22-23).

Então, podemo-nos perguntar: por que, o ser humano tendo todos esses dons excelentes ainda vive na miséria comportamental que constatamos em nosso dia a dia? Na verdade, temos que entender que a não correspondência ao amor de Deus equivale à negação de todos esses dons e valores excelentes que recebemos; em outras palavras, quando não somos fiéis aos propósitos divinos, isto é, não vivemos de acordo com a vontade de Deus, negamos a nós mesmos, negamos a Deus e a todas as graças que Dele recebemos e passamos a viver na contra mão da história da salvação, ou seja, fazemo-nos inimigos de Deus e de toda a obra por Ele criada; vejam se não é essa a realidade que vivenciamos atualmente.

O homem foi criado só e unicamente para fazer o bem e viver bem consigo mesmo e com todas as criaturas; mas, na realidade, não é isso o que está acontecendo, visto que, por incrível que pareça, o homem se tornou “lobo do próprio homem”, pelo fato de não haver mais respeito pela vida humana; nem mesmo os animais escapam desse desrespeito via tráfico de animais selvagens.

Abrindo hoje (16/11/09) os trabalhos na FAO (a agência da ONU para alimentação e agricultura), o secretário-geral da ONU, Ban ki Moon, chamou atenção para o tema da fome, afirmando que, no mundo, uma criança morre de fome a cada cinco segundos - seis milhões por ano, e 17 mil a cada dia. Já o presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, também nesta segunda-feira (16/11/2009), em Roma, que com a metade dos recursos usados pelos países ricos para salvar bancos falidos seria possível erradicar a fome no mundo.

Por outro lado, quando se quer tratar seriamente a questão do aquecimento global, os “donos” deste mundo (vide potências mundiais atuais: Estados Unidos e China), que são os maiores poluidores do planeta, se esquivam e não querem assumir compromissos para a diminuição da emissão de gases poluentes, em vista da diminuição do efeito estufa e evitar uma tragédia mais que evidente, uma vez que o derretimento das geleiras glaciais já está em pleno curso e o aumento da temperatura global do planeta dá sinais de catástrofes horrendas para muito em breve.

O que dizer então de tudo isso? Nossa humanidade está chegando, de fato, aos seus últimos dias e não há de se duvidar disso, pois, nunca passamos por desequilíbrios tão assustadores quantos os atuais. Impera em toda a parte a corrupção, o tráfico de drogas e de armas; a prostituição, homossexualismo, lesbianismo, pedofilia; a derrocada dos valores humanos e da fé; o fanatismo religioso; o desequilíbrio ambiental, as catástrofes naturais, etc.

Realmente as potências dos céus estão sendo abaladas, creio que muito em breve milhares de milhares morrerão pela fome, pelas guerras, pelas doenças incuráveis; pela insuportável intolerância; e mesmo os poucos justos que restarem, sofrerão as piores torturas por defenderem a fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus; porém, como ele mesmo disse: “Se aqueles dias não fossem abreviados, criatura alguma escaparia; mas por causa dos escolhidos, aqueles dias serão abreviados. Porque então a tribulação será tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será. Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo”. (Mt 24,22.21.13).

“Em verdade vos declaro: não passará esta geração antes que tudo isto aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai. Vigiai, pois, porque não sabeis a hora em que virá o Senhor”. (Mt 24,34-36.42).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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NA DOR O ENCONTRO




















NA DOR O ENCONTRO

A dor da alma é como uma lâmina cortante que abre sucos em nossa carne... e ao sentir essa dor, nos invade um desejo profundo de cura, de libertação.

É nesse desejo que encontramos a Deus pela fé, e Nele, nos encontramos também; porque, de fato, estamos como que perdidos, enfrentando os perigos e a própria morte nesse nosso habitat natural; porém, não estamos sozinhos e nem lutamos sozinhos, o Senhor está conosco e é nossa força e salvação.

Porque a morte, para nós que acreditamos na vida eterna, não é o fim...ela é apenas o agente do nosso encontro definitivo com Deus; ou seja, ela é o inimigo que enfrentamos certos de que sairemos vitoriosos, porque lutamos este combate revestidos da ressurreição do Senhor que em seu sacrifício de amor, nos libertou de todo o mal.

Como a sede encontra a água e logo se sacia; assim também somos nós em nosso encontro com Deus, na intimidade de nossas almas; porém, como estamos ainda no tempo, esse nosso desejo da libertação infinita continua até que o saciemos totalmente na eternidade; todavia, para isso, precisamos passar pela mesma experiência de morte e ressurreição de Jesus...

Paz e Bem!

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ó VERDADE ETERNA




















Do Livro das "Confissões", de Santo Agostinho, bispo (Lib. 7, 10, 18; 10, 27; CSEL 33, 157-163. 255)

"Instigado a voltar a mim mesmo, entrei em meu íntimo, sob tua guia e o consegui, porque tu te fizeste meu auxílio".

Entrei e vi com olhos da alma, acima destes olhos, acima de minha mente, a luz imutável — não esta luz vulgar e evidente para toda a carne nem como do mesmo gênero, apenas mais forte e que fosse muito e muito mais brilhante e iluminasse e enchesse tudo com o seu tamanho. Não era assim, mas outra coisa, inteiramente diferente de todas estas. Também não estava acima da minha mente como o óleo sobre a água nem como o céu sobre a terra, mas mais alta, porque ela me fez, e eu, mais baixo, porque feito por ela. Quem conhece a verdade, conhece esta luz.

Ó eterna verdade e verdadeira caridade e cara eternidade! Tu és o meu Deus, por ti suspiro dia e noite. Desde que te conheci, tu elevaste-me para ver que quem eu via, era, e eu, que via, ainda não era. E reverberaste sobre a mesquinhez da minha pessoa, irradiando sobre mim com toda a força; e eu tremia de amor e de horror. Vi-me longe de ti, no país da dessemelhança, como que ouvindo a tua voz lá do alto: "Eu sou o alimento dos grandes; cresce e comer-me-ás. Não me mudarás em ti, como o alimento do teu corpo, mas tu te mudarás em mim".

E eu procurava o meio de obter forças, para tornar-me idôneo a te degustar e não o encontrava até que abracei "o mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, que é Deus acima de tudo, bendito pelos séculos"; ele chamava-me e dizia: "Eu sou o caminho da verdade e da vida"; e o pão, que eu não era capaz de receber, uni à minha carne, "porque o Verbo se fez carne", para dar à nossa infância o leite da tua sabedoria, pela qual tudo criaste.

Paz e Bem!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O QUE FAZER, ENTÃO?












O QUE FAZER, ENTÃO?

Quando olho no mais íntimo de minha alma...
E atentamente me vejo como sou...
fico a pensar no teu amor criador Senhor...
Porque criastes todas as almas...
dotadas de dons tão perfeitos...
que custo acreditar,
que apesar de todos esses dons,
somos tão vulneráveis...

Inteligência...
Vontade...
Liberdade...
Desejo...
Ensejos de faculdades livres...
E por mais incrível que pareça...
Nós humanos colocamos tudo isso...
a serviço do crime...
da perversão...
Da infelicidade...

E a consequência...
É a maldade que se espalha em toda parte...
É a triste realidade que estamos vivendo...
Massacres horrendos de homens contra homens...
Insanos desejos cultivados...
Vícios e mais vícios desvairados...
E a multiplicação dos pecados...
Pela inversão dos valores eternos...

Pensam e dizem os homens: não há inferno...
Porém, não percebem...
que já vivem no inferno de suas perversões...
De suas ilusões tresloucadas...
Dos infortúnios delirantes...
Dos absurdos imundos da impureza...
Quer tirando a pureza das crianças: pedofilia...
Quer entregando-se às perdidas paixões:
Lesbianismo...
Homossexualismo...
Bestialismo...
e outras aberrações humanas...

Vejam os manicômios e presídios...
Vejam os hospitais entupidos...
Vejam os sofrimentos sem medidas...
Causados pelas feridas:
Da desobediência...
Do fanatismo...
Do egoísmo...
Do indiferentismo...
Do Ateísmo...
e de tudo o que dele advém...

O que fazer, então?
Só há uma saída...
Conversão, conversão, conversão...
Nada mais...
Sem ela não existirá paz...
nem salvação sobre a terra...
Que atualmente encerra...
todo espécie de perdição...

Paz e Bem!


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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A FELICIDADE
















A FELICIDADE

A felicidade é uma dádiva do amor de Deus para nós, pois, foi para sermos felizes que o Senhor nos criou. De fato, ser feliz é um dom de Deus e o mais sublime, porque por meio desse dom alcançamos aquilo que Deus É e quer nos dar para sempre.

Ninguém é feliz e satisfeito cem por cento com o que tem; nem com o que pode ou sente em si e das criaturas, porque somos limitados; nada do que vemos ou temos nos basta; nosso maior desejo é o desejo de Deus.

Por maior que seja a fortuna; por maior que seja o prazer ou a fama; nada disso nos completa ou realiza totalmente; porque diante de uma doença incurável ou mesmo da "morte", tudo se esvai; de nada adianta o que se acumulou de bens materiais ou status social nesse instante.

Então, onde reside a nossa esperança de Felicidade Eterna? Unicamente em Deus, nossa Fonte de Alegria permanente, nosso Oasis de paz. “Pois, só em Deus a nossa alma tem repouso, porque Dele é que nos vem a salvação. Ele é meu rochedo, meu abrigo onde encontro segurança”.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O AMOR VERDADEIRO












O AMOR VERDADEIRO

O amor verdadeiro começa pela escuta atenta do coração e pela doação total do ser. Quando amamos e somos correspondidos nesse amor, não medimos as consequências porque já sabemos qual seja o resultado, mesmo que a situação seja de dor e sofrimento.

Vejamos o exemplo da cruz, realidade de calvário, de perca profunda, mas ao mesmo tempo de amor pleno. Porque para se ganhar o tudo é preciso perder o que temos e somente o amor é capaz dessa façanha única e definitiva.

Para nós que vivemos a vida de fé, a experiência de perda total leva-nos ao encontro definitivo com Deus. Assim, a impotência real diante dos acontecimentos e situações adversas, nos faz permanecer na graça e na vontade do Senhor que vem em nosso socorro com sua misericórdia benfazeja.

Quem sacrifica-se voluntariamente buscando a plenitude do amor de Deus, realizar o seu querer benevolente, porque já não vive para si mas para Ele que nos concede todo bem e a vida sem fim.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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sábado, 7 de novembro de 2009

SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS
















SEM FÉ É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS...

"Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram". (Hb 11,6).

De uma coisa fiquemos certos, todos nós humanos temos fé, somos portadores do dom de acreditar. Ora, esse dom é inerente ao ser humano, ninguém que existe neste mundo é isento de crer, todos já nascem com esse dom especial. Uns creem e crescem naquilo que acreditam; outros não acreditam em nada e crescem nesse seu “ateísmo” formal.

Porém, verdade seja dita, somos o que acreditamos porque fomos criados para crer. Assim sendo, nos tornamos vítimas ou cooperadores daquilo em que pusemos a fé do nosso coração. Se damos créditos ao amor nos tornamos amor em plenitude; se ao contrário, abrimos espaços para o ódio, nos tornamos vítimas da violência e desperdiçamos nosso modo de ser alimentando vinganças, medos e mortes atrozes que neutralizam nosso existir.

Então o que é crer realmente? Crer é ser aquilo que somos aos olhos de Deus e aos olhos de Deus nós somos seus filhos eternos, santos, justos e misericordiosos. Vejamos o que São João nos ensina a esse respeito: “Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. E todo aquele que nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro”. (1Jo 3,2-3).

Portanto, quando digo: creio em Deus, o digo não por dizer ou como algo isolado, ou como uma afirmação somente; mais o digo precisamente como expressão da comunhão que tenho com o Senhor que me deu em seu amor liberdade para crer, pois, O carrego em minha alma de batizado como Mistério santificante, que revelo a cada instante pelas virtudes vividas para o bem de todos; desse modo, a fé que professo com os lábios é fruto do Espírito Santo que habita em minha alma e que me faz viver professando uma fé genuína, realizadora da Vontade de Deus em todos os sentidos; infinitamente longe, de todo fanatismo ou embuste subjetivista; de todo individualismo ou sectarismo infernal.

Destarte, “a fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê”. Por ela vivemos na presença do Deus Altíssimo e é Ele mesmo quem a alimenta em nós.

EIS O RESUMO DA NOSSA FÉ CATÓLICA:

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do Céu e da Terra,
De todas as coisas visíveis e invisíveis.

Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigênito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, luz da luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.

Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós, homens, e para nossa salvação
desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria.
e se fez homem.

Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.
Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há de vir em sua glória
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu Reino não terá fim.

Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho
é adorado e glorificado:
Ele que falou pelos Profetas.

Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só batismo para a remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos
e vida do mundo que há de vir. Amém.

Paz e Bem!


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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

QUANDO A MORTE...
















QUANDO A MORTE...

Quando a morte bate à nossa porta...
Não importa quem quer que sejamos...
Pequenos ou grandes...
Pobres ou ricos...
Pecadores ou santos...
Crentes ou ateus...
Educados ou Plebeus...

Não importa quem quer que sejamos...
Quer queiramos ou não...
Mais cedo ou mais tarde...
Ela (a morte) nos invade...
Com alarde ou sem alarde...
e cumpre a sua missão...

Acostumamos-nos ver essa realidade nos outros...
E quando chegar o nosso dia?
A nossa hora?
E como será a agonia...
dessa acepção?
E qual será o nosso galardão...
para sempre?

Certamente...
Já estamos respondendo isso...
com a própria vida...
vivida a cada instante...
Porque...
o nosso modo de ser e agir no mundo...
é o que há de mais profundo...
da resposta que damos...
à Deus...

Por isso...
Oh! Senhor...
Tende piedade de nós...
Escuta a nossa voz e nos perdoa...
Sem Ti o que somos ou haveremos de ser?
Como será a nossa eternidade?

Na verdade, Senhor...
só tua misericórdia e o teu amor nos preenche...
Porque sem a Tua presença em nossa vida...
somos presas fáceis da fonte inimiga...
geradora de todo pecado...
e de toda perdição...

Porque sem Ti, Senhor...
andamos na escuridão...
na contra mão da história...
E a nossa vida se torna um inferno...
fruto do tédio que cultivamos...

Sem Ti...
A vida é um engano...
Nada podemos...
Nada somos...
Tudo é insano...
Ou não mais...

Paz e Bem!


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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

CONTEMPLAÇÃO




















CONTEMPLAÇÃO

Teus olhos...
São espelhos de tua alma...
Que a beleza do teu olhar...
Faça resplandecer...
O brilho Do Divino Olhar...

Contempla o Senhor...
com a pureza do teu coração...
“Porque os puros de coração verão a Deus”...
Deixa, então, a serenidade dessa contemplação...
transparecer como fruto do teu amor...
Assim transmitirás pelo esplendor do teu olhar...
A Beleza infinda que há...
Em tua alma transparente...
Amante do Amor que não tem fim...

O olhar não é tudo...
mas ele é revelação do mundo interior
que amanhamos e vivemos...
Então...
Quem e o quê...
habita o âmago do teu ser?

Antes de qualquer resposta, medita...
“Não sabeis que sois o templo de Deus,
e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Cor 3,16).
E ainda: “Bem-aventurados os puros de coração,
porque verão Deus!” (Mt 5,8).

Feita tal meditação...
Logo vemos, pelos olhos de nosso entendimento...
a necessidade de purificação de nossas almas...
E como proceder para que isso aconteça?
Pelo arrependimento e pedido de perdão dos pecados...
Porque eles são o motivo de nossa cegueira interior...
O pecado é a falta de amor em todos os sentidos...
Por ele nos tornamos inimigos de Deus...
e nos impedimos de ver a Sua Face...

Então, aumentemos o zelo de nossas almas...
Pelo o arrependimento sincero...
Para que no espelho de nosso olhar...
Reflita-se a Face oculta do Senhor...
que nos revela em seu Divino Amor...
Sua Beleza Infinita...
Assim será bendita para sempre...
a nossa contemplação..

Paz e Bem!

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

DIA DE SAUDADES, MAS TAMBÉM DE BOAS LEMBRANÇAS



DIA DE SAUDADES, MAS TAMBÉM DE BOAS LEMBRANÇAS

Para muitas pessoas, o dia de finados é uma data triste, que deveria ser excluída do calendário. Muitos, nesse dia, ficam deprimidos ao recordarem os seus entes queridos que partiram desta vida. Alguns isolam-se, outros viajam para esconder suas mágoas...

Porém, poucos conseguem ver que o dia de finados deve ser um momento de reflexão acerca de como anda a nossa conversão. Deve ser um dia de "fecho para balanço", daqueles em que se para tudo, totalizam-se os lucros e os prejuízos e promete-se e permite-se vida nova.

Não podemos esquecer-nos de que um dia estaremos também partindo desta vida. Não podemos ignorar isso pois, como um ladrão na noite, como diz o Evangelho, esse dia chegará. Felizes aqueles que foram "apanhados" em oração, com os Sacramentos em dia.

Muitas pessoas lamentam a "perda" de um pai ou uma mãe e esquecem-se de que eles fizeram apenas uma viagem distante e que estão esperando por nós. Partiram quando o Pai, transbordando de saudades, gritou: - Filho(a), há quanto tempo estás aí! Volta para casa! - e assim foi feito.

Muitos, porém, desses que lamentam a perda de um ente querido, ao invés de serem verdadeiramente santos para, um dia, voltarem a encontrar-se com seus parentes e amigos que partiram desta vida, tomam um outro rumo, ora distanciando-se de Deus e da Sua Igreja ora vivendo uma fé morna, como diz Jesus.

Não percebem que, ao fazer isso, desperdiçam a única oportunidade que têm de rever essas pessoas. É uma pena...

Neste dia 2 de Novembro, que possamos verdadeiramente rever os nossos sonhos, a nossa vida, a nossa fé e, pela glória de Deus, mudar de rumo, se necessário for.

Paz e Bem!

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