VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

sexta-feira, 30 de março de 2012

SEM A CONVERSÃO DO CORAÇÃO NÃO HÁ SALVAÇÃO





















Por que os homens se matam tanto?
Porque veem na morte a única solução para os seus conflitos...
É triste constatar que a solução humana para suas crises...
seja um fim tão difícil, tão trágico...

Mas porque ocorre isto?
Porque vivemos num mundo que se esquece de Deus...
Porém, se lembra frequentemente do inimigo de nossas almas...
Por isso o serve com uma presteza de causar espanto...
Pois quase tudo o que empreende o leva para o mal...

Vejamos o porquê...
Cidades mal planejadas,
pervertidas administrações e péssima prestação de serviço público...
Eis o que constatamos nos centros avançados ou nos mais recônditos lugares onde os senhores da política entram em ação...
E não é por falta de dinheiro não...
Mas sim, por conta da corrupção e os desvios de verbas...
Que só servem para aumentar as reservas materiais do afortunados de plantão...
E assim os pobres miseráveis são empurrados para as encostas e sarjetas da vida...
Onde infelizmente são soterrados pelas catástrofes naturais e dessa infame corrupção...

E o que dizer dos grandes empresários deste mundo que só visam o lucro de seus negócios e nada mais?
Estes pouco ou nada se importam com os assalariados que passam a maior parte do tempo trabalhando por migalhas de pão,
adquirido com muito enfado, suor, lágrimas e sofreguidão...

Enquanto isso, os “caríssimos” políticos, magistrados ou colarinhos brancos, etc., se aproveitam dos encantos do poder para fazerem suas farras particulares...
Desse modo, criam leis e as administram em causa própria...
manipulando-as ao bel prazer com as facilidades que o poder político lhes dá...
Mentir! Ah! Pra eles é fácil e rápido por maiores que sejam as evidências de seus golpes...

Ah! Liga pra isso não, na próxima eleição é só comprar os votos...
Ou se valer do famigerado “habeas corpus”...
Ou mesmo recorrer das sentenças por meio de liminares compradas e pronto, está resolvido o imbróglio que os ameaçava;
Além do mais o povo esquece fácil...
O que importa mesmo é nunca perder o poder, nunca,
aconteça o que acontecer...

Por isso, pergunto:
Já viram algum político corrupto preso por muito tempo?
Ou algum magistrado na cadeia ou mesmo sem aposentadoria compulsória quando pego em falcatruas?
E assim esse veneno de hipocrisia se alastra como uma epidemia danosa...
Corroendo as massas perdidas nos labirintos desta vida...
Onde sempre ganha o mais forte, o quem tem mais e por isso manda mais...

E assim vamos nós eternidade adentro,
sofrendo as barbáries, os tormentos...
daqueles que se acham donos do poder neste mundo, imundo,
afundado nos mais terríveis pecados...
Destruído pelos vícios, guerras, fomes, assassinatos...
Doenças incuráveis, catástrofes medonhas e destruição dos bons costumes...
Enquanto os justos não passam de estrumes para os injustos...
que lhes impõe as regras que o mal traçou...

Será que existe alguma saída pra tudo isto? Existe sim...
É preciso crer no Filho de Deus, único caminho...
Única Verdade que dissipa todos os vícios
e todas as maldades desta nossa sociedade decaída...
Pois, somente Nele temos vida nova, temos ressurreição...
Mas infelizmente os desvios de conduta têm levado muitos à perdição...
Pois, só seguindo os passos de Jesus é que podemos chegar aonde ele chegou...
Isto é, no oceano do amor de Deus Pai, por uma vida íntegra...
Amparada no plano da salvação que o Senhor mesmo para nós preparou...

Então, só há uma solução para que haja a verdadeira libertação da humanidade...
Conversão, conversão, conversão...
Como aconteceu em Nínive, a cidade do pecado...
Porque sem a conversão do coração,
não há salvação para essa nossa humanidade hedionda...
afundada na lama da própria perversão...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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quinta-feira, 29 de março de 2012

DEUS É AMOR



DEUS É AMOR


Deus é amor e com seu amor abrange tudo e todos...
Nunca falhou para com suas criaturas...
No entanto, suas criaturas falharam e falham para com Ele...
Não obstante, revelou-se misericordioso ao infinito...
Perdoando os pecadores por seu Filho, que disse:
“Não vim salvar os justos, mas sim, os que estavam perdidos”...

Por isso, as criaturas,
mesmo não medindo as consequências de seus atos falhos,
Não perdem a liberdade totalmente enquanto não forem julgadas...
A Princípio pela morte temporal...
Em seguida pelo Próprio Deus...
que lhes destinará à condição eterna que escolheram para si...

Todavia, ninguém pode acusar o Criador de nada,
pois, agachando-se da Plenitude de sua divindade,
se fez homem para salvar os homens e toda a obra criada...
Por seu sacrifício cruento ainda no tempo,
para que por meio de seu Sangue derramado,
reparasse todo pecado e eliminasse o mal de entre sua criação...

Assim o Senhor realizou o seu Plano de salvação,
por nunca abrir mão de suas criaturas...
Ora, os males que hoje vemos tem seus dias contados;
porque não é possível que o pecado e o mal,
vençam a justiça e a bondade divinas...

Por isso, digo e repito...
Deus é amor, Infinito amor...
E quem ama permanece em Deus, e Deus nele...
“Pois todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus...
Daqueles que são seus eleitos”, (Rom 8,28)...
mesmo as coisas que não entendemos...

Portanto, devotamente procuremos entender...
Baseados em nossa liberdade precisamos dizer sim a Deus...
E dizer sempre não ao pecado e ao mal...
Porque, pelo que vivemos sabemos que neste mundo tudo tem fim...
Mas quem ama o Filho de Deus, Nele tem a vida eterna...
Porque já não vive para si, mas para o Senhor que nos criou...
E que nos deu em seu amor ressuscitar como ressuscitou...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.



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terça-feira, 27 de março de 2012

O EXAME DE CONSCIÊNCIA NO ESPÍRITO SANTO














EXAME DE CONSCIÊNCIA NO ESPÍRITO SANTO

O grande dom da Páscoa é o perdão dos pecados. Ao aparecer aos discípulos após a ressurreição, enviando o Espírito Santo, Jesus oferece como primeiro fruto o perdão: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes, os pecados serão perdoados” (cf. Jo 20, 22-23). Assim, nossa ressurreição pessoal é o fruto mais belo do perdão dos pecados que reata nossa amizade com Deus e recupera nossa beleza original.

Para pedirmos a remissão dos pecados necessitamos examinar nossa consciência, termos conhecimento de nossa vida em Deus. Desse modo, veremos o quanto nos falta da semelhança divina. É pelo Espírito Santo que somos capazes de um verdadeiro exame de consciência, exame de vida; e não de tarefas. O Espírito sonda tudo, mesmo as profundezas de Deus. Ninguém conhece o que é de Deus, a não ser o Espírito de Deus, que recebemos para conhecermos os dons que Deus nos concedeu (cf. 1Cor 10-12) e, com ele, clamarmos o socorro divino.
O Espírito, porém, nos revela a verdade sobre nossa vida não para nos humilhar ou proclamar nossa inutilidade. Não! Jesus afirma que ele é o Paráclito, o Advogado (cf. Jo 14,26); e por isso, nos assiste em nossa fraqueza (cf. Rom 8,26). Ora, se o demônio é o acusador; o Espírito é o Advogado e Consolador: sonda nossas profundezas para nos dizer: “vocês podem ser diferentes, Deus lhes oferece a verdadeira vida, não essa que afasta de uma mais perfeita humanidade”.

O Espírito indica-nos que vivemos na confusão de Babel (cf. Gn 11, 1-9), onde há apenas competição; e orienta nosso ser para a unidade (cf. At 2, 1-11), onde todos se compreendem e se reconhecem como irmãos.

O exame de consciência, feito no Espírito, poderia nos tirar a coragem de continuar, dado o conhecimento profundo que temos de nossas misérias, de nossa incapacidade para a reconciliação com Deus e o próximo. Nesse momento de dúvida, o Consolador vem em socorro de nossa fraqueza. Intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis. Pois, é segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos (cf. Rom 8,26-27): a ação de Deus é fruto da infinita compaixão do Pai pelo Filho, por isso, a intercessão espiritual é obra da grande compaixão do Senhor.

Certa visão moralizante reduz a vida espiritual ao comportamento ético, simplifica a vida espiritual no comportamento religioso e, como fruto, pensamos que examinar a consciência é considerar a observância maior ou menor dos Dez Mandamentos. E com isso, nos esquecemos que o Decálogo é a síntese da antiga Lei, sendo as Bem-aventuranças a Lei da Nova Aliança. O “não” dos mandamentos é amadurecido no “bem-aventurados”: a fidelidade a Deus deixa de ser privação para se tornar procura incessante da felicidade. Assim, os Santos são chamados de beatos/bem-aventurados/felizes.

Deficiente formação espiritual oferece para guia dos fiéis listas de pecados, dividindo-os em veniais, graves e mortais, divisão essa colocada em cada fase da vida, com numerosas variantes. Tipificar pecados é o mesmo que dizer que podemos ofender a Deus “de leve”, “seriamente”, “mortalmente”. Evidente que essa linguagem não leva em conta a seriedade do amor que se manifesta na atitude de vida e não nos fragmentos do comportamento.

O Espírito Santo nos conduz ao verdadeiro exame de consciência: coloca-nos diante da pessoa e da vida de Jesus Cristo. E nele, a palavra central é a palavra que rege o amor: fidelidade. Penetrando as nossas profundezas, o Espírito Santo revela o quanto de nossas atitudes é vida de Cristo, vida divina. Nisso o fato da Encarnação é um fato primordial: sem ela, tudo passa a ser vã pretensão, remendo de leis e remorsos. Deus Filho, assumindo a carne humana, convida o homem e a mulher a se transformarem na face humana de Deus.

O fruto da Encarnação não pode ser fragmentado: é o homem total buscando ser totalmente Cristo no Espírito. Do mesmo modo como Deus tem o impulso de vir ao nosso encontro, colocou em cada um de nós o impulso de ir ao encontro dele, impulso que o homem tem no coração e que atinge o cume no Cristo. O homem e Deus se olham como num espelho e, em certo sentido, se conhecem (P. Evdokimov) e também percebem o que os diferencia. E Deus faz o convite a que busquemos a imagem e semelhança de seu Filho.

O Salvador busca destruir tudo o que vem da natureza decaída e que afasta de Deus, e o faz codividindo a condição humana em tudo, menos no pecado. Ele nos salva dos três motivos que provocam o afastamento de Deus: a natureza enfraquecida pela queda original (Cristo a restaura pela encarnação); o pecado (Cristo o vence pela obediência da cruz); e a morte (que Cristo vence pela ressurreição). É o que nos revela o Evangelho da Salvação, é o que conhecemos em nossa vida pela ação do Espírito Santo. Assim, o nosso exame de consciência nos transporta à felicidade da reconciliação com Deus Pai.

Pe. José Artulino Besen


Paz e Bem!

segunda-feira, 26 de março de 2012

CONDUZIDOS PELO ESPÍRITO




Os homens se acham seguros em sua insegurança. E por que isso acontece? Porque a todos foi dado um tempo que pode ser encurtado ou não, isso depende da conduta e de como se vive a liberdade que cada um recebeu de Deus. Todavia, por Deus fomos chamados não só à vida e à liberdade naturais, mas também à vida eterna Nele, isto é, à vida em estado de graça, sem pecados. Quem o conhece pela fé, o ama e o segue rumo ao infinito do seu amor, e sabe que a vida vivida no Senhor, em nada se compara com o que vivemos naturalmente neste mundo.

Ora, tudo Deus criou e tudo sustenta com o seu poder, porém, é preciso que reconheçamos isto; caso contrário, seguiremos nosso próprio itinerário existencial rumo a lugar nenhum, porque não sabemos por nós mesmos, quem somos, de onde vimos e para onde vamos. Por isso, Deus nos deu o seu Espírito, por meio do seu Filho Jesus Cristo, para que por ele vivamos em plena comunhão de amor com o Senhor, que é Pai de nossas almas. Mas, para seguirmos o itinerário do Espirito, precisamos renunciar ao nosso projeto de vida, para seguirmos o Plano de Deus para a nossa salvação e de toda a criação, plano este que consiste no seguimento de Jesus Cristo, pela ação do Espírito Santo.

Sem o Espírito Santo nada podemos, porque “o Espírito conhece todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus”. E Ele que conhece todas as coisas e as tem unidas, sabe muito bem o que precisamos para que a Vontade de Deus aconteça em nossa vida, ou seja, o Espírito sabe o caminho certo para a implantação do Reino de Deus a partir deste mundo e por isso nos dá a graça, o entendimento e a fortaleza, para cumprirmos tudo o que temos que cumprir sem hesitação alguma, como aconteceu com Jesus de Nazaré, nosso Senhor e Salvador.

Logo, precisamos do Espírito de Deus em todos os sentidos da vida, porque quando nos deixamos conduzir por ele, perdemos o medo, nos enchemos de coragem e dos seus dons e virtudes que nos capacitam para as boas obras que Deus de antemão preparou para que nós as pratiquemos; assim, trabalhamos a nossa salvação a partir de nossa entrega incondicional ao Senhor, permanecendo em sua presença todos os instantes de nosso viver.

Porém, isso requer de nós, seus filhos e filhas, alguns procedimentos básicos para que a obra do Senhor se realize perfeitamente em nós e por meio de nós, porque o Senhor nada quer fazer sem a nossa cooperação. Então, como cooperar com o Senhor em sua ação redentora? Primeiro, precisamos da vida de oração e escuta atenta da Sua Palavra, porque nela está consignado o seu Plano salvífico que o Senhor traçou para nós; depois, precisamos da vivência dos Sacramentos, especialmente o do batismo, da confissão e da eucaristia, fontes inesgotáveis da sabedoria e da força divina que nos sustenta nesta vida; e ainda, precisamos de formação bíblica, litúrgica, catequética; estudo atento do Catecismo da Igreja, para conhecê-la e conhecer sua doutrina; e formação humana e educacional, necessárias à nossa sobrevivência e bem estar na vida em sociedade.

Por fim, se pôr a serviço do Reino de Deus nas mais diversas vocações: consagração matrimonial, consagração religiosa, consagração leiga; para o serviço da Igreja nas mais diversas pastorais e movimentos, nas novas comunidades eclesiais; como também nos mais diversos serviços em nossa sociedade, como por exemplo: militância política, serviços profissionais, tais como: medicina, advocacia, comércio, etc... De tal forma que toda a sociedade fique impregnada do Espírito Santo, para que haja harmonia, unidade e paz em todos os sentidos da vida comunitária.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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domingo, 25 de março de 2012

A VIDA, EM MARIA, É ETERNA

A VIDA, EM MARIA, É ETERNA...

Quando o Espírito Santo gerou o Filho de Deus no ventre de Maria, a vida eterna chegou até nossa humanidade, tomou posse dela e a redimiu definitivamente; Maria tornou-se, então, arquétipo e modelo dos redimidos e desse modo, toda de Deus em definitivo, assume o papel da nova Eva, isto é, mãe da nova humanidade, redimida pelo sacrifício do seu Filho Jesus, novo Adão, conforme o Plano divino de salvação. Desse modo, Deus entra e se estabelece em sua criatura e assim nossa natureza humana é plenificada de Deus, Deus agora é homem sem deixar de ser Deus e o homem conhece a Deus em sua humanidade.

E Maria, então, por meio dessa perfeita união com Deus, torna conhecido o grande mistério da deificação humana e da humanização divina. Ela não é mais uma simples criatura ou simples mulher, ela, pela presença permanente do Espírito Santo, tem a Deus em seu ventre virginal, cede-lhe a carne e o sangue que o Senhor lhe cedeu quando da criação do homem. Desse modo, Deus resgata em definitivo, não mais um povo, mas todos os povos, dos quais Maria é a primeira resgatada; ela é a mãe e serva de Deus, e Deus é o Pai e Senhor de todos os resgatados em Jesus Cristo, seu Filho, nascido da Virgem.

Esse Mistério que ora vivemos como novos redimidos, se realiza em nós a partir do batismo e da comunhão eucarística, isto é, da comunhão no Corpo e Sague, Alma e Divindade de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos alimenta e constitui nosso novo corpo ressuscitado com o qual fazemos parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja, do qual Jesus é a Cabeça e nós somos os membros. Ora, tudo isso se tornou realidade em Maria desde o momento da concepção do Verbo que a alimenta e é alimentado por ela numa permuta que se completa plenamente. Ele é o Ser divino que dá a vida eterna, mas que, ao mesmo tempo, recebe a vida natural que criou, de Maria, e assim a transforma no que Ele é, ser eterno.

Por isso, em Maria a verdade é permanente, o amor de Deus também é permanente, assim como todas as virtudes nela são atributos, porque a vida natural que tem já não lhe pertence mais, pertence somente a Deus; desse modo, olhar para Maria é contemplar as maravilhas que Deus nela realizou e glorificar o Senhor, que o fará também em nós, não como aconteceu com a Virgem, porque o que nela aconteceu é único e jamais se repetirá, mas da forma como Deus quer, ou seja, por meio da fé (cf. Mc 3,33-34).

Contemplando a vida de Maria santíssima plena de Deus e seu modo de ser diante do Altíssimo, “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa Palavra”; qual deve ser a nossa conduta diante do Senhor cada vez que o recebemos na Eucaristia? Além disso, o que dizer ainda mais de Maria, mãe de Deus, mãe da Igreja e mãe da nova humanidade redimida?

O Reino de Deus é o estado por excelência das almas purificadas e adotadas por Deus como seus filhos e filhas; estado onde todos os valores eternos são em plenitude; pois é justamente o que experimentou Maria quando da ação divina nela ainda em sua naturalidade aqui no tempo. Ora, o Poder de Deus é o Amor, o Amor numa escala Infinita, porém, podemos também entender o poder de Deus expresso na criação ou nas forças da natureza, por exemplo: o poder do mar, dos elementos físicos, do sol, das estrelas, do cosmos, etc., como pertencente a Deus; na verdade esses poderes são apenas uma pálida imagem do poder divino.

Agora imaginemos esse divino poder habitando a santíssima Virgem Mãe! Pois, não há limite para a ação divina, como também não há espaço para a Plenitude de Deus, desse modo, somente a alma imortal é capaz recebe-lo, como também fundir-se Nele e para Ele, como seu deu com a Virgem Maria. Por isso mesmo, todo entendimento que tenhamos do que Deus fez e pode fazer ainda é nada em comparação com o amor que Deus expressou por nós na pessoa da Virgem Maria quando da encarnação do seu Verbo divino, Jesus Cristo, nosso Senhor.

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.



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quarta-feira, 21 de março de 2012

A LÓGICA DIVINA & LÓGICA HUMANA











A LÓGICA DIVINA & LÓGICA HUMANA

A Lógica Divina difere da lógica humana...
A Lógica Divina se expressa pela ação do Espírito Santo...
A lógica humana, quando desprovida da graça,
se fundamenta apenas nos interesses pessoais ou coletivos...

A Lógica Divina visa sempre o nosso bem, a nossa felicidade...
Porque ela é a verdade que precisamos para viver...
A lógica humana se reveste de egoísmo individualista ou coletivo...
Por isso, é repleta de conflitos, tensões, guerras e perdições...

A Lógica Divina revela os desígnios de Deus para a humanidade,
E por isso Deus não abre mão deles nunca...
A lógica humana nem sempre compreende esses desígnios,
Pois, para se ter tal compreensão é necessário a vivência da fé...

Assim, a lógica humana sem a comunhão de fé com a Lógica Divina...
Perde-se nas esquinas de sua finitude,
porque o seu raio de ação é limitado,
sem perspectivas para além do que somos naturalmente...

Ora, tudo na Lógica Divina é permanente,
porque não lhe falta nada...
Já a lógica humana está sempre mudando...
conforme mudam os interesses que a move...

Então, o que é a Lógica Divina? E o que é a lógica humana?
A Lógica Divina se traduz pela humanidade de Deus, em Cristo Jesus...
Para que nossa humanidade seja divinizada por sua redenção...
Enquanto que, a lógica humana se traduz pelo desejo de realização plena...
Todavia, frustrado pela morte sempre presente...
Logo, só encontramos resposta definitiva para esse impasse existencial,
na ressurreição de Cristo e na vida eterna que Ele nos oferece...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

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segunda-feira, 19 de março de 2012

SÃO JOSÉ, SOLENIDADE


SÃO JOSÉ, SOLENIDADE

«Não temas receber Maria, tua esposa»

Sabemos muito pouco da vida de S. José. O Evangelho não relata mais do que dois ou três fatos; e um autor antigo observou que não se encontra nele nenhuma palavra sua. Talvez que [...] o Espírito Santo quisesse com isso assinalar o silêncio e a humildade de São José, o seu amor pela solidão e a vida escondida. Seja como for, perdemos muito com isso. Se o Senhor tivesse permitido que soubéssemos detalhes da vida deste grande santo, com certeza que se teriam encontrado belos exemplos, belas regras, sobretudo para quem vive no estado de casado. [...]

Toda a vida de São José se pode dividir em duas partes: a primeira é a que precedeu o seu casamento; a segunda é a que se lhe segue. Não sabemos absolutamente nada da primeira e da segunda sabemos muito pouco. Afirmo, no entanto que ambas foram muito santas: a primeira porque foi coroada por casamento tão vantajoso; a segunda foi ainda mais santa porque toda ela se passou neste casamento. [...]

Que proveito deve São José ter tirado dos muitos anos de diálogo que manteve quase continuamente com a Santa Virgem! [...] Não tenho qualquer dúvida de que o próprio silêncio de Maria foi extremamente edificante e de que só olhar para ela era suficiente para ele se sentir levado a amar Deus e a desprezar tudo o resto. Mas quais não seriam os discursos de uma alma onde o Santo Espírito habitava, onde Deus tinha derramado uma plenitude de graças, que Lhe tinha mais amor que todos os serafins juntos!

Que fogo não sairia desta boca quando ela se abria para exprimir os sentimentos do seu coração! Que frialdades, que gelos este fogo não teria dissipado! E que efeito não teria ele tido em José, que já tinha uma tão grande disposição a ser inflamado! [...] Este grande fogo, capaz de abrasar toda a terra, teve só o coração de José para acalorar e consumir durante muitos anos. [...] Se Ela acreditou que o coração de São José era uma parte do seu, que cuidados não terá tido em o inflamar do amor de Deus!

Paz e Bem!

Fonte: São Claude la Colombière (1641-1682), jesuíta  - 1º Panegírico de São José 

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sexta-feira, 16 de março de 2012

JUSTOS OU ÍMPIOS?


JUSTOS OU ÍMPIOS?


O que se espera do justo?
Que pratique a justiça, que ame a bondade,
e que ande com humildade diante do Senhor Deus.
E o que se espera do ímpio?
Que se converta e viva,
pois a impiedade é sinônimo de morte.

Ser justo não é privilégio de alguns,
mas dom de Deus para todos,
pois Ele nos justificou em seu Filho Jesus Cristo,
para que pratiquemos a justiça que vem de Cristo pela fé...
Porque é gratuitamente que fomos salvos mediante a fé.
Isto não provém de nossos méritos, mas é puro dom de Deus.

E quanto aos ímpios que não querem deixar a impiedade?
Ora, é vontade de Deus “que todos os homens se salvem
e cheguem ao conhecimento da verdade”. (1Tim 2,4).
Todavia, àqueles que resistirem à misericórdia do Senhor...
Nada mais lhes resta além da própria maldade que praticaram.

Por isso,
“Não procureis a morte por uma vida desregrada,
não sejais o próprio artífice de vossa perda.        
Deus não é o autor da morte,
a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma.
Ele criou tudo para a existência,
e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação.
Nelas nenhum princípio é funesto,
e a morte não é a rainha da terra,     
porque a justiça é imortal”. (Sab 1,12-15).

Assim, cada um proceda de acordo com a vontade do Senhor...
Para que o seu plano de amor se realize no meio de nós...
Deste modo seremos os filhos de nosso Pai do céu,
pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons,
e faz chover sobre os justos e sobre os injustos. (Mt 5,45).
No entanto, não deixará sem castigo os pecados praticados...

Por fim, cada um se examine e se converta se preciso for...
Ou então, se ficar como está:
“O injusto faça ainda injustiças,
o impuro pratique impurezas.
Mas o justo faça a justiça
e o santo santifique-se ainda mais.
[Porque] Eis que venho em breve,
e a minha recompensa está comigo,
para dar a cada um conforme as suas obras”. (Ap 22,11-12).

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.

***
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isso mesmo colherá. Quem semeia na carne, da carne colherá a corrupção [e a morte]; quem semeia no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na fé”. (Gal 6,7-10).

***


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quarta-feira, 14 de março de 2012

O MISTÉRIO DE NOSSA VIDA NOVA



O MISTÉRIO DE NOSSA VIDA NOVA

O bem-aventurado Jó, como figura da santa Igreja, ora fala em nome do corpo, ora em nome da cabeça. Mas, às vezes, ocorre que, quando fala dos membros, toma subitamente as palavras da cabeça. Eis por que diz: Sofri tudo isso, embora não haja violência em minhas mãos e minha oração seja pura (Jó 16,17).

Sem haver violência alguma em suas mãos, teve também que sofrer aquele que não cometeu pecado e em cuja boca não se encontrou falsidade; no entanto, pela nossa salvação, suportou o tormento da cruz. Foi ele o único que elevou a Deus uma oração pura, pois mesmo em meio aos sofrimentos da paixão orou por seus perseguidores, dizendo: Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem! (Lc 23,34).

Quem poderá dizer ou pensar uma oração mais pura do que esta em que se pede misericórdia por aqueles mesmos que infligem a dor? Por isso, o sangue de nosso Redentor, derramado pela crueldade dos perseguidores, se transformou depois em bebida de salvação para os que nele acreditariam e o proclamariam Filho de Deus.

Acerca deste sangue, continua com razão o texto sagrado: Ó terra, não cubras o meu sangue, nem sufoques o meu clamor (Jó 16,18). E ao homem pecador foi dito: És pó e ao pó hás de voltar (Gn 3,19).

A terra, de fato, não ocultou o sangue de nosso Redentor, pois qualquer pecador, ao beber o preço de sua redenção, o proclama e louva e, como pode, o manifesta aos outros. A terra não cobriu também o seu sangue porque a santa Igreja já anunciou em todas as partes do mundo o mistério de sua redenção.

Notemos no que se diz a seguir: Nem sufoques meu clamor. O próprio sangue da redenção, por nós bebido, é o clamor de nosso Redentor. Por isso diz também Paulo: Vós vos aproximastes da aspersão do sangue mais eloquente que o de Abel (Hb 12,24). E do sangue de Abel fora dito: A voz do sangue de teu irmão está clamando da terra por mim (Gn 4,10).

O sangue de Jesus é mais eloquente que o de Abel, porque o sangue de Abel pedia a morte do irmão fratricida, ao passo que o sangue do Senhor obteve a vida para seus perseguidores.

Assim, para que não nos seja inútil o sacramento da paixão do Senhor, devemos imitar aquilo que recebemos e anunciar aos outros o que veneramos.

O clamor de Cristo fica sufocado em nós, se a língua não proclama aquilo em que o coração acredita. Para que esse clamor não seja sufocado em nós, é preciso que, na medida de suas possibilidades, cada um manifeste aos outros o mistério de sua vida nova.

Paz e Bem!

Fonte: Dos Comentários sobre o livro de Jó, de São Gregório Magno, papa - (Lib. 13,21-23: PL75,1028-1029) (Séc.VI)

terça-feira, 13 de março de 2012

DAÍ E VOS SERÁ DADO...


















São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois bispo de Constantinopla, doutor da Igreja - Homílias sobre a conversão, n°3, sobre a esmola

Acolher Cristo

Os pobres no adro da igreja pedem esmola. Quanto dar? Cabe-vos a vós decidir; não fixarei montante, a fim de vos evitar qualquer embaraço. Comprai na medida das vossas posses. Tendes uma moeda? Comprai o céu! Não que o céu seja barato, mas é a bondade do Senhor que o permite. Não tendes moedas? Dai-lhes um copo de água fresca. (Mt 10,42). [...]

Podemos adquirir o céu e deixamos de o fazer! Por um pão que deis, recebereis o paraíso. Oferecei objetos de pouco valor, e recebereis tesouros; oferecei as adversidades, e obtereis a imortalidade; dai bens perecíveis, e recebereis em troca bens imperecíveis. [...] Quando se trata dos bens perecíveis, revelais muita perspicácia; por que manifestais tal indiferença quando se trata da vida eterna? [...] De resto, podemos estabelecer um paralelo entre os vasos cheios de água que se encontram à porta das igrejas para purificar as mãos e os pobres que estão sentados fora do edifício para purificardes a vossa alma através deles. Lavastes as mãos na água: da mesma maneira, lavai a alma através da esmola. [...]

Uma viúva, reduzida a uma pobreza extrema, deu hospitalidade a Elias (1R 17,9ss): a sua indigência não a impediu de o acolher com grande alegria. Então, em sinal de reconhecimento, recebeu numerosos presentes, que simbolizavam o fruto do seu gesto. Este exemplo talvez vos faça desejar acolher um Elias. Mas por que pedis Elias? Proponho-vos o Senhor de Elias, e não lhe ofereceis hospitalidade. [...] Eis o que Cristo, o Senhor do universo, nos diz: «Sempre que fizestes isto a um destes Meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25,40).

Paz e Bem!

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quinta-feira, 8 de março de 2012

SAUDAÇÃO ÀS MULHERES...


SAUDAÇÃO ÀS MULHERES


Sei que não existiria vida
e nem eu estaria aqui falando da vida
se Deus não tivesse te criado ó mulher
como obra prima de nossa natureza...

Por isso te saúdo,
olhando-te como essência,
transparência do ser e existir
bem aqui nessa nossa realidade...
Verdade que me faz amar-te como és...

Bela...
Feminina...
Esplendida...
Divina...
Menina dos olhos de Deus...

Suave...
Serena...
Plena de dignidade...
Da livre vontade a caminho dos céus...

E digo mais...
Sem ti tudo aqui ficaria sem graça
Sem singeleza...
Sem essa beleza que nos atrai tanto...
Sem o encanto de tuas formas...
Sem a fecundidade de teu ventre mãe...
Sem a brisa leve das manhãs...
sem as vozes de teu infinito...
vocal bendito como se de anjos fosse...

Ah! Mulher...
Como és incompreendida
e desrespeitada em teu modo de ser...
Porque no mais das vezes
és olhada somente em tuas medidas
como objeto do desejo masculino....
na ânsia de possuírem-te 
e nada mais....

Quem dera que fosses percebida...
como o anjo percebeu a mãe de Jesus...
Cheia de graça...
Plena do Espírito Santo...
Toda de Deus...
Sim onipresente...
Onisciente...
Onipotente...
Verdadeiro dom de Sua Luz...

Que sejas assim ó mulher,
não apenas neste teu dia de festa,
mas em todos os dias de tua vida...
Pois eis que falo de tua intimidade
Dessa realidade sagrada
criada por Deus
como verdadeira fonte do puro amor...

Creio seria covardia não te olhar assim...
Não te querer assim...
Creio que seria covardia...
Não te admirar como tu és...
E não te amar nessa admiração...

Por isso, beijo o teu coração
na moção da graça do amor,
na certeza que és a mais bela flor  
plantada por Deus no jardim
desse nosso imenso paraíso terrestre...

Parabéns...
Feliz dia das mulheres...

Paz e Bem!

Frei Fernando,OFMConv.


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O ÚNICO CAMINHO CERTO


O ÚNICO CAMINHO CERTO

Dos Tratados sobre os Salmos, de Santo Hilário, bispo - (Ps 127,1-3:CSEL 24,628-630) (Séc.IV)

O verdadeiro temor do Senhor

Feliz és tu se temes o Senhor e trilhas seus caminhos (Sl 127,1). Todas as vezes que na Escritura se fala do temor do Senhor, nunca se fala isoladamente, como se ele bastasse para a perfeição da nossa fé; mas vem sempre acompanhado de muitas outras virtudes que nos ajudam a compreender sua natureza e perfeição. Assim aprendemos desta palavra que disse Salomão no livro dos Provérbios: Se suplicares a inteligência e pedires em voz alta a prudência; se andares à sua procura como ao dinheiro, e te lançares no seu encalço como a um tesouro, então compreenderás o temor do Senhor (Pr 2,3-5).

Vemos assim quantos degraus é necessário subir para chegar ao temor do Senhor. Em primeiro lugar, devemos suplicar a inteligência, pedir a prudência, procurá-la como ao dinheiro e nos lançarmos ao seu encalço como a um tesouro. Então chegaremos a compreender o temor do Senhor. Porque o temor, na opinião comum dos homens, tem outro sentido. É a perturbação que experimenta a fraqueza humana quando receia sofrer o que não quer que lhe aconteça. Este gênero de temor manifesta-se em nós pelo remorso do pecado, pela autoridade do mais poderoso ou a violência do mais forte, por alguma doença, pelo encontro com um animal feroz e pela ameaça de qualquer mal.

Esse temor, por conseguinte, não precisa ser ensinado, porque deriva espontaneamente de nossa fraqueza natural. Não aprendemos o que se deve temer, mas são as próprias coisas temíveis que nos incutem o terror. Pelo contrário, sobre o temor de Deus, assim está escrito: Meus filhos, vinde agora e escutai-me: vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus (Sl 33,12). Portanto, se o temor do Senhor é ensinado, deve-se aprender. Não nasce do nosso receio natural, mas do cumprimento dos mandamentos, das obras de uma vida pura e do conhecimento da verdade.

Para nós, todo o temor do Senhor está contido no amor, e a caridade perfeita expulsa o temor. O nosso amor a Deus leva-nos a seguir os seus conselhos, a cumprir os seus mandamentos e a confiar em suas promessas. Ouçamos o que diz a Escritura: “E agora, Israel, o que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o temas e andes em seus caminhos; que ames e guardes os mandamentos do Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, para que sejas feliz” (Dt 10,12-13).

Ora, os caminhos do Senhor são muitos, embora ele próprio seja o Caminho. Pois, ele chama-se a si mesmo caminho, e mostra a razão porque fala assim: “Ninguém vai ao Pai senão por mim” (Jo 14,6). Devemos, portanto, examinar e avaliar muitos caminhos, para encontrarmos, por entre os ensinamentos de muitos, o único caminho certo, o único que nos conduz à vida eterna. Há caminhos na Lei, caminhos nos profetas, caminhos nos evangelhos e nos apóstolos, caminhos nas diversas obras dos mestres. Felizes os que andam por eles, movidos pelo temor do Senhor.

Paz e Bem!



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