PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 19,25-34)(20/5/24)
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1. "Considerando as estreitas relações de Maria com a Igreja, para a glória da Santa Virgem e para nosso conforto, proclamamos Maria Santíssima Mãe da Igreja, isto é, de todo o povo de Deus, tanto dos fiéis como dos Pastores, que lhe chamam Mãe amorosíssima; e queremos que, com este título suavíssimo, a Mãe de Deus seja doravante ainda mais honrada e invocada por todo o povo cristão." (São Paulo VI).
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2. Caríssimos, com essas palavras São Paulo VI, começou o discurso de encerramento do Concílio Vaticano II, que culminou com a memória que hoje celebramos, proclamada pelo Papa Francisco: "Maria, Mãe da Igreja."
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3. Ora, a proclamação desta significativa memória nasce aos pés de Jesus na cruz: "Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa." (Jo 19,26-27).
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4. Com efeito, todas as palavras e ações de Jesus têm um sentido universal porque dizem respeito à nossa salvação. Por isso, nesse episódio em particular, o Senhor nos ensina que como João, nós fazemos parte de sua família divina, pois, Ele foi enviado pelo Pai para nos divinizar começado por sua mãe à quem deu a missão de ser a mãe de todos os filhos e filhas de Deus nascidos da água e do Espírito Santo no seio da Santa Igreja.
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5. Amados irmãos e amadas irmãs, existe uma belíssima canção muito conhecida que proclama este grande mistério que Jesus nos revelou aos pés da cruz: "Se um dia um anjo declarou que tu eras cheia de Deus. Agora penso: Quem sou eu para não te dizer também
Cheia de graça, ó Mãe agraciada?
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6. "Se a palavra ensinou
Que todos hão de concordar
E as gerações te proclamar
Agora eu também direi
Tu és bendita, ó Mãe
Bem-aventurada. Surgiu um grande sinal no céu
Uma mulher revestida de sol
A lua debaixo de seus pés
E na cabeça uma coroa. Não há com que se comparar
Perfeito é quem te criou
Se o Criador te coroou
Te coroamos, ó Mãe
Nossa Rainha". (Walmir Alencar).
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7. Destarte, escutemos esta belíssima reflexão de Santo Anselmo a respeito da maternidade universal de Maria Santíssima: "Ó Nossa Senhora, tu és a Mãe da justificação e dos justificados, da reconciliação e dos reconciliados, da salvação e dos salvos. Feliz certeza e refúgio seguro!
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8. A Mãe de Deus é nossa Mãe, a Mãe da nossa única razão de esperança e de temor é nossa Mãe. Ó Mãe bendita e excelsa, não só por ti mas também por nós, que vejo acontecer-nos através de ti? Como és grande e digna de amor! Esta visão encanta-me com uma alegria que não ouso exprimir.
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9. Se tu, Senhora, és Mãe dele, os teus outros filhos são irmãos dele. Mas que irmãos e de quem? Devo dizer o que encanta o meu coração, ou calar-me com medo de parecer orgulhoso? Mas por que não hei de proclamar em louvor aquilo em que acredito ardentemente?
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10. Falarei, pois, não por vaidade, mas por gratidão. Pois Aquele que quis, nascendo de uma Mãe, partilhar a nossa natureza e, dando-nos a vida, fazer de nós filhos de sua Mãe, convida-nos a reconhecermo-nos como seus irmãos. Assim, o nosso Juiz é nosso irmão. O Salvador do mundo é nosso irmão. Em suma, o nosso Deus tornou-Se nosso irmão através de Maria."
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Santo Anselmo (1033-1109), monge, bispo, doutor da Igreja - Oração 7).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
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