VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

domingo, 26 de novembro de 2023

CRISTO REI DO UNIVERSO...


 Sol. Cristo Rei do Universo (Mt 25,31-46)(26/11/23)

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1. Caríssimos, como entender que Cristo é o Rei do Universo num mundo aparentemente dominado pelo pecado? Para responder a essa pergunta é necessário primeiro responder quem é que permitimos reinar em nossa vida. Ora, nas almas que não permitem o reinado de Cristo, impera o pecado e todo o mal que o pecado gera.
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2. No Evangelho segundo Mateus, o Senhor Jesus nos ensina que "se conhece a árvore pelos frutos que ela dá." Desse modo, compreendemos que os frutos dos que participam do Seu Reinado são frutos de felicidade, de paz interior, e da alegria de viver a fé partilhando essas graças com quem convivemos em meio às provações deste mundo (cf. At 14,22).
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3. O Evangelho de hoje narra a parábola do juízo final na qual o Senhor Jesus, o justo juiz, se identifica com os necessitados de alguma ajuda, dizendo: "Pois, eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’."
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4. Com efeito, diante de tais critérios, o Senhor considera justos aqueles que sem pretensões ou interesses pessoais praticam essas obras de misericórdia, o encontrando nos que delas necessitam. Por outro lado, são reprovados os que mesmo podendo, se fecharam em si mesmos e nada fizeram para ajudar aqueles que deles precisaram.
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5. Comentando este Evangelho, disse o Papa Bento XVI: "Jesus, o Filho do Homem, juiz supremo das nossas vidas, quis assumir o rosto dos que têm fome e sede, dos estrangeiros, dos que estão nus, doentes ou prisioneiros, em suma, de todos os que sofrem ou são postos de lado; o comportamento que tivermos para com eles será, portanto, considerado como o comportamento que teremos para com o próprio Jesus. 

6. Não se trata aqui de uma simples fórmula literária, de uma simples imagem! Toda a existência de Jesus é uma demonstração disso mesmo. Ele, o Filho de Deus, fez-se homem, partilhou a nossa existência, até nos pormenores mais concretos, fazendo-se servo do mais pequeno dos seus irmãos. 
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7. Ele, que não tinha onde reclinar a cabeça, foi condenado a morrer numa cruz. É este o Rei que celebramos! Sem dúvida que isto nos pode parecer estranho! Ainda hoje, como há 2000 anos, somos habituados a ver os sinais da realeza no sucesso, no poder, no dinheiro, temos dificuldade em aceitar um rei assim, um rei que se faz servo dos mais pequenos, dos mais humildes, um rei cujo trono é uma cruz. 
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8. No entanto, dizem-nos as Escrituras, é assim que se manifesta a glória de Cristo: é na humildade da sua existência terrena que Ele encontra o poder de julgar o mundo. Para Ele, reinar é servir! E o que Ele nos pede é que o sigamos neste caminho, que sirvamos, que estejamos atentos ao grito dos pobres, dos fracos, dos marginalizados. 
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9. O batizado sabe que a sua decisão de seguir Cristo pode levá-lo a grandes sacrifícios, por vezes até o da sua vida. Mas, como nos recorda São Paulo, Cristo venceu a morte e arrasta-nos atrás de si na sua ressurreição. Ele conduz-nos a um mundo novo, um mundo de liberdade e de felicidade. Ainda hoje, temos tantos laços com o velho mundo, tantos medos nos prendem e nos impedem de viver livres e felizes. 
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10. Deixemos que Cristo nos liberte deste mundo velho! A nossa fé n'Ele, que vence todos os nossos medos, todas as nossas misérias, conduz-nos a um mundo novo, um mundo em que a justiça e a verdade não são uma utopia; um mundo de liberdade interior e de paz conosco mesmo, com os outros e com Deus."

11. Portanto, caríssimos, supliquemos ao Senhor que nos conduza durante o tempo que ainda temos neste mundo nos dando o discernimento e a graça de poder ajudar aqueles nos quais ele se faz presente de uma forma totalmente diferente daquela que aos olhos dos incrédulos, dos indiferentes e dos que buscam as vantagens deste mundo, jamais ele poderia estar.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

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